RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Típico gaúcho serrano - Criúva/RS

quinta-feira, 31 de março de 2016

QUANDO SE DEBATE COM RESPEITO


NÃO PRECISAMOS VIRAR INIMIGOS
 
Em se tratando de futebol, religião e política sempre tenho o maior cuidado no uso das palavras. Nenhuma manifestação ofensiva ou por demais jocosa, nestas searas, vale mais do que uma amizade. A explosão insensata pode causar danos e mágoas perenes pois cada um tem sua crença, seu time e seu partido e as opções devem ser respeitadas. Os radicalismos nunca são bem-vindos pois a razão é uma adaga, isto é, tem dois lados e a tolerância e as posições divergentes fazem parte da democracia.
 
Faço este preâmbulo para postar um e-mail que recebi de uma pessoa que admiro como jornalista por suas convicções, pela defesa destas (convicções) e por sua forma qualificada de expressar-se. O curioso é que nossa amizade adveio de minhas contrariedades aos seus posicionamentos em relação ao tradicionalismo e, principalmente, quanto a política. 
 
Trata-se do jornalista Moisés Mendes
 
Devido a forma respeitosa que eu me dirigia a Moisés Mendes, mesmo para contestá-lo, ele remeteu-me o seguinte e-mail:
 
Em Tempo: devo dizer que a Zero Hora comete um grande erro ao prescindir do trabalho de Moisés Mendes pois o contraponto é necessário em qualquer meio de comunicação que se diz imparcial.  
 
    Jornalista Moisés Mendes
 
 
Prezado Léo Ribeiro de Souza. Esse e-mail é para agradecer pelo convívio, no momento de meu desligamento de Zero Hora, já noticiado pelo próprio jornal. Agradeço a leitura, o reconhecimento e a crítica, nesses 27 anos em que atuei em muitas áreas da redação de ZH.
 
Solicitei meu afastamento em 29 de fevereiro, dias após ter sido informado de que a Zero juntaria as edições de sábado e domingo em uma superedição com o melhor de Zero Hora. Eu deixaria de escrever no espaço que ocupava no domingo e seria mantido como articulista em outros três dias da semana.
 
É óbvio que tais deliberações são da natureza e das prerrogativas de qualquer comando em qualquer atividade. Mas ainda tentei defender minha permanência na edição nobre do jornal, certo de que o espaço não era meu, mas do leitor de ZH. Não obtive êxito, procurei entender o contexto da decisão tomada pela direção e optei por sair. Aprendemos, nas mais variadas situações, que é preciso saber a hora de ir embora.
 
Faço esse breve esclarecimento porque só agora, após minhas férias, foi formalizada minha saída. Os que me acompanharam e contribuíram para o meu trabalho merecem pelo menos uma despedida.
 
Obrigado pelos questionamentos, pelos alertas e até pela total discordância com o que escrevo. Sempre acolhi com respeito as observações de quem me lê e continuarei defendendo com radicalidade, como obrigação de jornalista, a ampla liberdade de expressão.
 
Pluralidade, diversidade e livre circulação de ideias, no jornalismo e em todas as áreas que contribuem para a propagação de informações e de opiniões, não podem ser meros recursos mercadológicos. Somente serão efetivas se estiverem a serviço do debate, dos avanços civilizatórios e da democracia.
 
Abraço
 
Moisés Mendes
 
Aos que perguntarem, não tenho nenhum projeto no momento. Este é meu e-mail pessoal, que ofereço ao amigo sem restrições.
 
 
 
 

quarta-feira, 30 de março de 2016

QUEM FOI CABO TOCO?


No flagrante acima um raro registro de Olmira Leal Oliveira, Cabo Toco,
recebendo homenagem da turma de PMs Femininas

"Cabo Toco" foi a primeira mulher gaúcha a ostentar a farda da Brigada Militar. Olmira Leal de Oliveira nasceu em Caçapava do Sul, RS, em 18 de junho de 1902. Foi recrutada aos 21 anos de idade, para servir como enfermeira durante o movimento armado de 1923, quando Borges de Medeiros lutava pela legitimidade de sua reeleição ao governo do Estado. Olmira lutou ainda, nos movimentos revolucionários seguintes (1924 e 1926).
 
Olmira Leal oliveira ficou conhecida como Cabo Toco graças à sua participação nas tropas da Brigada Militar durante a Revolução Federalista, enfrentando ninguém menos que o General Zeca Neto.
 
Na década de 1920, integrou as fileiras da Brigada Militar, como combatente e enfermeira do 1.º Regimento de Cavalaria, hoje 1.º Regimento de Polícia Montada, sediado em Santa Maria. Participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926. Incorporou em 1923 e só deixou a Brigada em 1932.
 
Ela também é patrona da primeira turma de PMs femininas do Estado. Ijuí também homenageou-a dando o seu nome a uma rua da cidade, bem como ao CTG do 9.º Batalhão da Polícia Militar da mesma cidade.
 
Mesmo tendo sido considerada heroína, Olmira Leal de Oliveira só conseguiu receber um soldo do Governo do Estado depois que Nilo Brum e Heleno Gimenez, em 1987, venceram a V Vigília do Canto Gaúcho com uma composição em sua homenagem interpretada por Fátima Gimenez.
Recebia, quando faleceu em 21 de outubro de 1989, aos 87 anos, morando em um pequeno casebre em Cachoeira do Sul, a pensão vitalícia especial, correspondente ao cargo de 2.º sargento da Brigada Militar concedida havia dez anos.
 
 
 

terça-feira, 29 de março de 2016

EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO PIRATINI?


 
Corre pelas redes sociais um abaixo-assinado contra a extinção da Fundação Piratini - Rádio e Televisão.  
 
Tal documento tem motivação porque o governo do Estado do Rio Grande do Sul enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 44/2016 que tem como objetivo qualificar entidades privadas, sem fins lucrativos, como Organizações Sociais. Com isso, essas organizações poderão, através de parcerias e convênios com o setor público, receber recursos orçamentários, além de se utilizar da estrutura pública para implementar políticas em diversas áreas, como a da cultura.
 
Segundo o abaixo assinado, este projeto nada mais é do que a “terceirização” de setores essenciais para a população.  
 
Inseridos neste contexto, os servidores da Fundação Piratini – TVE e FM Cultura, os agentes e as entidades culturais do Rio Grande do Sul repudiam toda e qualquer forma de “privatização” das emissoras públicas do Estado. A aprovação de tal proposta coloca em risco o funcionamento e abre caminho para a extinção das emissoras públicas do Rio Grande do Sul.
 
 
 

segunda-feira, 28 de março de 2016

LIVRARIA MIRAGEM


SE DESTACA ENTRE AS BIBLIOTECAS DO MUNDO
 
Livraria Miragem, em São Francisco de Paula
 
Texto dos Administradores do Site Bibliotecas do Mundo
 
No dia 19 de março de 2016, os administradores da página Bibliotecas do Mundo conheceram a Livraria Miragem, no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, uma cidade pequena, com pouco mais de 20 mil habitantes. Possui paisagens muito bonitas, como o maravilhoso lago São Bernardo, e seu povo é simples e acolhedor.

A livraria, fundada por Luciana Olga Soares, professora aposentada, tornou-se mais uma atração turística na cidade. São três andares de encanto, com livros de quase todos os assuntos, objetos antigos, espaços para leitura, galerias de arte. Possui também ambientes específicos: ala infantil, sebo e sala de literatura gaúcha e municipal. A arquitetura é rústica e elegante, por dentro e por fora, e todos os ambientes são decorados com muito capricho. Objetos antigos enfeitam e embelezam quase todo o espaço. Anexa, existe a Casa de Chá, que não estava funcionando no momento, e, nos fundos, foi construída uma sala de eventos.

O espaço por si já fala muito sobre quem o fundou. A paixão e o carinho pelos livros e pela História são visíveis desde a entrada. Vale muito a pena conhecer.
 
A proprietária Luciana Soares, e este blogueiro,
num dia de visita a Livraria Miragem  
 
Soneto a Livraria Miragem
(Léo Ribeiro)

Lúdica paisagem, ilusão da mente,
és tu, miragem, ao sofrido olhar.
Falso oásis no deserto quente,
irreal navio na vastidão do mar.

Mas pra nós, serranos, Miragem é vida,
não é um fruto da imaginação.
Pode ser tocada, pode ser sentida
e, por bela, prende a nossa visão.

É o lar dos livros, casa de cultura,
querência das artes de essência pura,
altiva e nobre, com cheiro de terra.

É a nossa origem materializada,
é a nossa história sendo recontada,
é assim Miragem, no altar da serra.
 

 

 

 

domingo, 27 de março de 2016

UM BOM DOMINGO A TODA COMPANHEIRADA



 
O verde, o viço, vem a perecer
qual folha seca esvoaçando ao léu
mas na energia entre terra e céu

há muito mais do que podemos ver
e tudo, um dia, há de renascer
de quem se foi ouvireis a voz.
Tenham a certeza, não estamos sós
a prova está em quem sangrou a cruz
e agora vive sendo guia e luz
que ilumina a cada um de nós.
 
 
 
 
 
 

SOBRE O CANTOR ARGENTINO LUNA


Algumas lembranças sobre Argentino Luna 



No flagrante acima o espetáculo Canto Sem Fronteira, no antigo Teatro da Ospa. Na frente, Argentino Luna e Jayme Caetano Braun. Ao fundo, da esquerda para a direita, José Claudio Machado, Glênio Fagundes, Enio Rodrigues, Paulo de Freitas Mendonça, Gilberto Monteiro, Cenair Maicá e Dante Ramon Ledesma.

O amigo Léo Ribeiro me instigou a escrever um artigo sobre alguns fatos da minha convivência com Argentino Luna. É um desafio, mas como eu agradeço diariamente a Deus pelos amigos que Ele tem me dado ao redor do mundo e sou daqueles que sente saudade, haja vista que a maioria não encontro no dia a dia, resolvi atender ao seu pedido de amigo, até porque neste final de semana que passou, houve uma série de postagens nas redes sociais e sites sobre os cinco anos do desencarne de Rodolfo Gimenez, o Argentino Luna. Este foi um dos irmãos que, embora nos encontrássemos muito esporadicamente, nos considerávamos e a cada vez que nossos caminhos se cruzavam, gozávamos de momentos divertidos e compartilhávamos nossas experiências de andejos.
 
O “Negro Luna” e eu nos conhecemos pessoalmente no início da década de 80 do século passado, quando ele veio ao Rio Grande do Sul para participar de um espetáculo que eu era apresentador e contribuía na organização, o Canto Sem Fronteira, evento que aconteceu por quatro anos no Teatro da Ospa, em Porto Alegre e era promovido pelo Grupo Nativista Vento Minuano, com patrocínio da Polisul, empresa de segunda geração do Polo Petroquímico. Fui encarregado de ser o anfitrião de Luna e convivemos durante a semana que ele esteve na capital gaúcha. Pensei que ele se reservaria no hotel como a maioria dos famosos faz, mas na primeira manhã de sua estada aqui, nem bem eu havia chegado ao meu escritório ele entrou porta adentro com um pacote de erva-mate e um disco (LP) e cevamos o primeiro mate de muitos que tomamos naqueles dias. Presenteou-me com um disco de José Curbelo, Roberto Ayrala e Miguel Franco, autografado pelo primeiro, que depois veio a ser meu parceiro de pajadas, gravações, andanças pelo mundo, mates e boas gargalhadas. Convivemos e conversamos bastante naqueles dias, Luna e eu, porém um dia antes do espetáculo fizemos um churrasco com o elenco do show, então tive o privilégio de apresentá-lo a Jayme Caetano Braun e Braun a ele. Digo assim, desta forma estranha, porque ambos eram fãs um do outro, mas não se conheciam. Quando o recepcionei no aeroporto, a primeira pergunta que me fez foi a de que se Braun estaria no espetáculo. Então, me informou queria conhecê-lo. E depois veio expressar esta vontade quando ambos improvisaram no palco do Teatro da Ospa: “yo lo queria encontrar / ya lo encontré compañero”/. Também o apresentei a Cenair Maicá, Glênio Fagundes, José Claudio Machado, Gilberto Monteiro e Dante Ledesma, entre outros que faziam parte daquele elenco e aos organizadores do evento. Depois disso, nossos caminhos se cruzaram algumas vezes e o nosso próximo encontro no Brasil foi, no início da década de 90, no Te-Déun de Pajadores da América Latina, em Passo Fundo, quando entre mates, me regalou um pala vermelho que usei até o ano passado quando alguma mão amiga do alheio me subtraiu a peça de grande estima. Luna foi contratado pelo Grupo Chamamento do Pampa para atuar com o pajador uruguaio Gustavo Guichón naquela ocasião. Também participavam do evento, Jayme Caetano Braun e Glênio Fagundes, já seus conhecidos, e Arabi Rodrigues que pajou comigo. Para o bem da verdade, esclareço que Luna não era conhecido como pajador na Argentina e já existe até em livro aqui no Brasil, equivocadamente, que seria um dos maiores representantes do canto pajadoril argentino. Como a maioria dos cantores crioulos, especialmente os sureños, ele conhecia bem a décima, escrevia também em espinela, tocava bem a guitarra e cantava bem as milongas. Por isso, se dispôs a improvisar aqui no Rio Grande do Sul. Pajou duas vezes em público que se tem notícia. As duas, no Brasil, com Braun no início da década de 80, em Porto Alegre e com Guichón, no início da década de 90, em Passo Fundo.  Foi sim, consagrado como cantor, compositor, poeta e guitarreiro sureño. Tanto que, em 2009, quando Luna apresentou ao público do Festival de Cosquin, o jovem pajador da cidade de Rojas, Nicolás Membriani, soltou esta décima, aqui traduzida por mim: 

“Se eu fosse pajador
tu sabes que eu não sou,
mas irmão onde estou
vou cobrando este valor.
Tão somente sou cantor
porque este cantar alaga,
é fogo que não se apaga
meu irmão, se não te “enojas”
você tem lembrado  “Rojas”
e eu lembro Madariaga.” 

Ressalto que ele não era considerado e nem se considerava pajador, sem demérito algum a Argentino Luna, porque em reconhecimento, ele estava acima dos pajadores de seu país, em seu tempo. Tanto que, por exemplo, no 29º Encontro Santosvegano de Payadores de San Clemente de Tuyu, na Argentina, em 2010, quando nos encontramos por última vez, havia um grupo dos principais pajadores do Mercosul e o espetáculo especial (“actuación estelar”, como dizem lá) era de Argentino Luna, que brilhou com sua guitarra e sua voz inconfundível. Também lembro que, em 2002, quando recebemos o Troféu Condor de Fuego, em  Magdalena, na Província de Buenos Aires, Argentina, ele como cantor e eu como pajador, Luna foi anunciado e o público que lotava o teatro cantou à capela uma das suas canções enquanto ele se deslocava do seu lugar até o palco: “Mire que es lindo mi país paisano, si usted lo vea como yo lo vi...”

Era consagrado como poeta, cantor guitarreiro e compositor. Dentre seus sucessos destacam-se "Zamba Para Decir Adiós" (que foi traduzida e gravada por Cenair Maicá), "Mire Qué Lindo Es Mi País Paisano", "Pero El Poncho No Aparece", “Uno Nunca Entiende”, "Ando Por La Huella", "Capitán De La Espiga", y "Hoy Función Guitarra y Canto", entre tantos outros, inclusive “Tres Gauchos” em parceria com Jayme Caetano Braun, que alguns andam confundindo aqui no Rio Grande do Sul, pela mesma temática, com Milonga de Tres Banderas, que é de Braun e Noel Guarany.

Argentino Luna, conhecido entre os mais íntimos como “Negro Luna” (não era um pseudônimo e sim um apelido íntimo) era um cantor guitarreiro com estilo pajadoresco, admirador e apoiador dos pajadores, mas não o era, não por falta de competência e sim por autocrítica exacerbada. É um dos nomes imortais da música argentina e latino-americana que, para meu privilégio, me deu a honra de alguns mates, de boas prosas e um dia me regalou um disco de Curbelo, hoje meu irmão de arte, e noutro, um pala, que por ironia do destino “el poncho no aparece”, como diz uma de suas lindas canções.

Sinto saudades do Negro Luna e no ano 2015 aconteceu um fato interessante que relato pra finalizar este resumo de lembranças. Estávamos numa turnê de pajadores pela província de Buenos Aires e fomos convidados para o almoço de aniversário do ex-goleiro Pato Fillol, na cidade de San Miguel del Monte, na qual atuaríamos à noite. Para minha surpresa, quando chegamos à residência, era a casa de Argentino Luna, que fora comprada por Fillol. Por eu não acreditar em acaso ou coincidência, mais uma vez agradeci a Deus pelas amizades que me permite ter e que, independente de suas nacionalidades, argentina como as de Luna e de Fillol, uruguaia como a de Curbelo, ou brasileira, como a de Leo Ribeiro, estão interligadas pelo plano espiritual e nos induzem a acreditar na maior razão da vida, a irmandade.

Paulo de Freitas Mendonça – Jornalista e pajador


 
 
 
 

sábado, 26 de março de 2016

PARABÉNS, PORTO ALEGRE.


CAPITAL DE TODOS OS GAÚCHOS
 
Porto Alegre, a capital de todos os gaúchos, na data de hoje, completa 244 anos. Um número bonito. Queremos aproveitar a olada e deixar aqui nossa saudação a esta cidade hospitaleira e de múltiplas culturas.

Contudo, nosso blog quer mostrar um outro lado do "Porto dos Casais", isto é, a Porto Alegre Gaudéria. Sim, pois aqui também andeja, com muito orgulho, o gaúcho de bota e bombacha. Nos parques, nas praças, nos shoppings, pelas ruas da cidade é comum ver a juventude mateando e carregando esta satisfação de terem nascidos rio-grandenses. Foto: Afonso Abraham 
Começamos dizendo que foi na Ponte da Azenha (foto), na noite de 19 para 20 de setembro de 1835, com a invasão de Porto Alegre, que começou o mais longo embate entre patriotas brasileiros. A Guerra dos Farrapos, hoje motivo de orgulho e devoção dos rio-grandenses. A poucos metros deste marco histórico, dois monumentos representativos. O primeiro foi erguido pela maçonaria, em honra aos irmãos maçons, republicanos e farrapos, que pelearam nesta revolução. Mais adiante, a bela estátua do grande líder farrapo, Bento Gonçalves da Silva, na av. João Pessoa, como se estivesse adentrando novamente em Porto Alegre.  
Também foi nas ladeiras deste glorioso reduto açoriano que nomes como Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Assis Brasil, Gaspar Martins, andejaram tramando revoltas onde irmãos contra irmãos, Maragatos contra Chimangos, pelearam como inimigos ferozes nas revoluções de 1893 e 1923.
Foi nas ruas de Porto Alegre que Paixão Côrtes e mais sete cavalarianos (num tempo em que era "proibido" um gaúcho sair pilchado na "cidade grande"), fizeram parte do cortejo reverenciando os restos mortais do General Farrapo David Canabarro, arrancando aplausos entusiásticos dos assistentes e começando, no Colégio Júlio de Castilhos, a Ronda Crioula, dando origem a Semana Farroupilha e a todo o Movimento Tradicionalista que hoje engloba mais de 2.000 Centros de Tradições em todo o mundo.

É junto ao aeroporto, numa das entradas da cidade, que está a Estátua do Laçador, do artista pelotense Antônio Caringi, escolhida pelos porto alegrenses como símbolo da capital e que, ao mesmo tempo, representa todo o povo gaúcho.





Na avenida Ipiranga, impávido e representativo, está o 35 CTG, primeiro centro de tradições fundado no Estado. Hoje, Porto Alegre é a cidade com o maior número de entidades tradicionalistas no sul do país, isto sem falar que abriga a sede do M T G e da Estância da Poesia Crioula..
Nos fins de semanas, quem andejar lá por Belém Velho, Belém Novo, no sul da cidade, sempre encontrará cavalgadas saindo das mais de 100 hospedarias de animais da região. Foto: Lucas Vallim
Em Porto Alegre residem centenas de artistas, poetas, grupos musicais gaúchos que, vindos do interior, escolheram a velha Porto dos Casais para morar. Foto: Divulgação
E quando chega setembro? Deus nos guarde! O Parque da Harmonia se transforma num acampamento com mais de 400 ranchos de costaneiras entre os suntuosos edifícios da redondeza.
Poderíamos fazer mais, ter mais? Claro que sim, bastasse que os administradores municipais tivessem alguma tendência pelo tradicionalismo ou, no mínimo, boa vontade com aqueles que tentam fazer do gauchismo o brazão cultural desta capital. Exemplo disto é o abandono daquela que foi a primeira entidade de cunho tradicionalista do Rio Grande, o Grêmio Gaúcho (foto), que poderia abrigar um Museu do Gaúcho, coisa que não temos em nossa capital.

 
Mesmo assim, PARABÉNS PORTO ALEGRE DE TODOS OS GAÚCHOS!
 
 
 

sexta-feira, 25 de março de 2016

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO



Foto LRS

Sexta-Feira Santa, ou Sexta-Feira da Paixão, é a sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao 14º dia do calendário hebráico. Assim contando, chega-se a sexta-feira como dia da morte de Cristo.

A Sexta-Feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul, ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Na igreja católica, este é o mais importante período do ano litúrgico. Toda ritualística e liturgia católica está em função de Cristo Crucificado.

Em várias partes do Brasil e do mundo a celebração da Paixão e Morte do Senhor é acompanhada de Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto. Em Porto Alegre, em direção ao Morro da Cruz, se refaz a Via Sacra de Cristo.

A igreja exorcisa os fiéis a que neste dia se observem alguns sinais de penitência, assim, convida-os a prática de jejum e de abstinência de carne, além de muita oração.

Lembro que em meus tempos de menino, na Sexta-Feira Santa, as crianças eram proibidas de correr, de gritar, caso contrário apareceria o "demo". Os adultos não tiravam leite, não varriam as casas, enfim, era um dia de reclusão e venerança.

 


 

quinta-feira, 24 de março de 2016

CRIOLLA DEL PRADO


Uma festa campeira de 91 anos
cancha de gineteadas abriga 40 mil pessoas 
A 91ª edição Semana Criolla Internacional del Prado, de Montevidéu, capital do Uruguai, começou no dia 20 e vai até 27 de março de 2016. O evento teve sua primeira edição no ano de 1925 e se tornou a maior festa campeira do país e o evento mais importante do calendário turístico do Uruguai. Cerca de 200 mil pessoas visitam o parque todos os anos para apreciar as gineteadas e os espetáculos artísticos. São diversos palcos, cinco oficiais e muitos outros nas penhas como são denominados os diversos restaurantes instalados no parque da Criolla. Artistas e ginetes uruguaios, argentinos, chilenos e brasileiros são os protagonistas da festa.  A cancha de gineteadas tem capacidade para 40 mil pessoas e nos finais de semana está completamente lotada para assistir aos mais corajosos ginetes do sul da América. Os concursos de gineteadas são nas modalidades de basto e pelo. A integração poético-musical também faz parte fundamental da Criolla, especialmente com os pajadores que possuem um teatro específico para seus versos de improviso, o Palco Carlos Molina, uma homenagem ao principal pajador oriental. Neste palco há cerca de duas décadas vem contando com a participação brasileira, especialmente com as atuações de Pedro Junior da Fontoura e Paulo de Freitas Mendonça que trançam versos com seus pares dos outros países, a exemplo dos uruguaios José Curbelo, Juan Carlos Lopez, Mariela Acevedo, Gabriel Luceno, Gustavo Guichón  e Santiago Clares, entre outros, dos argentinos Marta Suint, Emanuel Gabotto, David Tokar, Lazaro Moreno, Susana Repetto, Luis Genaro, Juan Lalanne, Cristain Mendez e tantos outros e dos chilenos Jorge Cespedes Romero, Fernando Yanes, Juan Carlos Bustamante, Leonel Sanchez, Guillermo Villalobos e outros. No palco Alfredo Zitarrosa se apresentam os principais cantores e grupos do Uruguai, dentre os quais podemos destacar os conceituados Pepe Guerra, Numa Moraes, Labarnois e Carrero, Maciegas, Teresita Minetti e tantos outros. Ao todo são cerca de 200 artistas que se apresentam na grande festa uruguaia que acontece anualmente na semana do turismo, que culmina na semana santa, encerrando no domingo de páscoa.
Paulo de Freitas Mendonça, pajando na Criolla Del Prado 
 
 

MADRUGADA DE COLHER MACELA


deve-se colher a macela na madrugada de quinta para sexta-feira santa
quando ainda está serenada (lágrimas de Nossa Senhora)

A macela é uma erva da flora brasileira também conhecida por macela-do-campo, macelinha, macela de travesseiro, carrapichinho-de-agulha, camomila nacional etc. Popularmente, em algumas regiões, é incorretamente chamada de "marcela".

É um arbusto perene que atinge cerca de um metro de altura e que, na nossa região, costuma florescer no mês de março. As flores são amarelas, com cerca de um centímetro de diâmetro, florescendo em pequenos cachos. As folhas são finas e de cor verde-claro, meio acinzentada, que se destaca do restante da vegetação do campo.

Aqui pelo sul, as flores da macela costumam ser usadas como estofo de travesseiros para os bebês, por se acreditar que tenha efeitos calmantes.

Tais flores têm um aroma agradável e a infusão destas ou de suas folhas alivia dores de cabeça, cólicas e problemas estomacais.

Como uso externo emprega-se a macela na lavagem de feridas e úlceras. Também é utilizada para o clareamento de cabelos.

Em São Francisco de Paula a tradição da Colheita da Macela virou festividade. Milhares de motoqueiros, em romaria, dirigem-se a cidade serrana para participarem de espetáculos musicais e, na madrugada, colherem a planta que amarela os campos de cima da serra.

A colheita da macela na Sexta-feira Santa, antes do sol nascer, se deve a crença de que nesse dia a planta traga mais eficiência ao chá das flores.

No entanto, segundo os antigos, deve-se colher a macela na madrugada de quinta para Sexta-Feira Santa porque o seu orvalho representa as lágrimas de Nossa Senhora.

festa da colheita da macela, em São Francisco de Paula
 
 
 
 

quarta-feira, 23 de março de 2016

O NOVO CD DE PAULO FOGAÇA




O cantor serrano, filho de São Francisco de Paula, Paulo Fogaça, está lançando seu terceiro CD, agora ao vivo, intitulado Gauderiando.
 
O grande intérprete que iniciou suas cantorias no grupo Os Tiranos, passando pelos Nativos, de São Miguel do Oeste e Chiquito & Bordoneio, de Erechim, agora faz sucesso por todo o Sul do Brasil em sua carreira solo. 
 
O Grupo Gauderiando é composto por Paulo Fogaça (voz), Sidnei Leite - Canudo - (gaita), Everson Canhoto (gaita), Sidnei Spanholi (guitarra, violão e voz), Ricardo Teixeira - Pexe - (contrabaixo e voz) e Ezequiel Augustin (guitarra e voz).
 
O CD foi gravado ao vivo em Mafra, SC, no Centro de Eventos Raízes da Tradição e possui um repertório de músicas que tornaram-se verdadeiros clássicos na voz de Paulo Fogaça ou na gaita do Canudo como: Castelhana, Canta Catarina, A Primeira Vez, Capricha Gaiteiro, Domingueiro, Descendo Pra Fronteira, Alma de Pampa, Cá No Fim Do Mundo, De Chão Batido, Nossa Vaneira, Bugio do Chico, Sina de Andejo, Farrancho Missioneiro e Gauderiando.
 
Com certeza este trabalho vai repetir o sucesso dos anteriores já que meu conterrâneo e grande intérprete Paulo Fogaça prima pela qualidade em suas obras.
 
De minha parte só tenho a agradecer por uma letra de minha marca com música do grande acordeonista Rodrigo Lucena (Cá no fim do mundo) fazer parte deste belo repertório.
 
Parabéns e sucesso, meu galo Paulo Fogaça.

 

 

23ª RT É CAMPEÃ DA FECARS 2016


Com a maior pontuação nas modalidades da Festa Campeira do Rio Grande do Sul, mesmo não vencendo "Laço Seleção" (vencido pela 29ªRT), a 23ª Região Tradicionalista, do Coordenador João Luz, foi a grande campeã da FECARS 2016, recebendo o troféu Cyro Dutra Ferreira.

Coordenador João Luz com equipe da gurizada
TROFÉU CYRO DUTRA FERREIRA
1º Lugar: 23ª RT
2º Lugar: 27ª RT
3º Lugar: 14ª RT


Demais resultados da 28ª edição da FECARS:

LAÇO SELEÇÃO – TROFÉU ALFREDO JOSÉ DOS SANTOS
1º Lugar:    29ª REGIÃO TRADICIONALISTA
2º Lugar:    14ª REGIÃO TRADICIONALISTA
3º Lugar:    23ª REGIÃO TRADICIONALISTA


29ªRT campeã Laço Seleção - Troféu Alfredo José dos Santos
LAÇO VETERANO
1º Lugar: VALDIR ALVES DE MACEDO – CTG TIO DANILO – CAXIAS DO SUL – 25ª RT
2º Lugar: MAURO NERI HOFFMANN – CTG ALEXANDRE PATO – LAGOA VERMELHA – 8ª RT
3º Lugar: SÉRGIO B. LEÃES – CTG PEDRO PORTO – JARI – 9ª RT

LAÇO VAQUEANO
1º Lugar: APARÍCIO DOS SANTOS – PT IRMÃOS SAGRILO – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: CLÉSIO SANTOS GOMES – CTG QUERÊNCIA PAMPEANA – NOVA SANTA RITA – 12ª RT
3º Lugar: ANTONIO CARLOS BOHRER – CTG ANDARILHOS DO PAGO – RESTINGA SECA – 13ª RT

LAÇO PATRÃO
1º Lugar: JOSÉ CARLOS MAIJO – PT OS LEGENDÁRIOS – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: ATHOS AYRES TORRES – GN ALMA NATIVA – FAXINALZINHO – 19ª RT
3º Lugar: MARCOS FERNANDO LIMA DE SOUZA – PL OS SERRANOS – ARROIO DOS RATOS – 2ª RT

LAÇO CAPATAZ
1º Lugar: ALAN SOARES - PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: MAIKI SILVA DE MELLO – CTG SINUELO DOS PAGOS – JACUIZINHO – 14ª RT
3º Lugar: WILLIAN AZEREDO DECKER – CTG JOÃO FORNARI – TRIUNFO – 15ª RT

LAÇO COORDENADOR
1º Lugar: LEANDRO DA SILVA PACHECO – CTG O FOGÃO GAÚCHO – TAQUARA – 22ª RT
2º Lugar: EVERALDO DUTRA – PL JOÃO DE BARRO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
3º Lugar: CLEBER AUGUSTO BÉRGAMO – CTG RINCÃO DOS BÉRGAMOS – BARRACÃO – 29ª RT

LAÇO DIRETOR CAMPEIRO DE RT
1º Lugar: PAULO CESAR CAMPOS RAMOS – GTCC ESTÂNCIA DO LAGO – PASSO FUNDO – 7ª RT
2º Lugar: FLÁVIO LUIS GOMES – CTG PEDRO SERRANO – SAPIRANGA – 30ª RT
3º Lugar: ERALDO MENDES PEREIRA – DC OS CARRETEIROS – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

LAÇO BRAÇO DE OURO
1º Lugar: ARIANE SILVA SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: ALAN SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
3º Lugar: JONAS OLIVEIRA ANDRADE – PL LAGO VERDE – CANELA – 27ª RT

LAÇO BRAÇO DE DIAMANTE
1º Lugar: RODRIGO ELIAS ROCHA MORETTO – PL PORTEIRA DA COXILHA – COXILHA – 7ª RT
2º Lugar: ANGELITO CUSTÓDIO HERNANDEZ – CTG TAPERA VELHA – TUPANCIRETÃ – 9ª RT
3º Lugar: ALAN SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT

LAÇO PAI E FILHO
1º Lugar: LEANDRO REIS e BRUNA TEIXEIRA DA SILVA – PL LAJEADO BONITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: NESTOR GUSTAVO HERINGER e ALEX GUSTAVO HERINGER – CTG MATE AMARGO – ERVAL SECO – 17ª RT
3º Lugar: CLEOMAR PAULO BECKEL e EVERTON LUIZ BECKEL – CTG TAPERA VELHA – CAMPOS BORGES – 14ª RT

LAÇO DUPLA DE IRMÃOS
1º Lugar: ARIANE SOARES e ALAN SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: LUCAS FELIPE JANHEL e MATEUS FERNANDO JANHEL – CTG SENTINELAS DA TRADIÇÃO – IGREJINHA – 22ª RT
3º Lugar: EDSON LUIS DO AMARAL E SOUZA e ELISANDRO AMARAL E SOUZA – CTG PLANALTO CAPOENSE – MUITOS CAPÕES – 8ª RT

LAÇO GERAÇÃO
1º Lugar: SINVAL LIMA, HENRIQUE LIMA e THALLES LIMA – PQT FAZENDA DO CEDRO – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: ADÃO SUBTIL DA CRUZ – CTG CRIOULO EXPEDITENSE – SANTO EXPEDITO DO SUL; VANDERLEI SUBTIL DA CRUZ e JONATHAN DE LIMA DA CRUZ – PL ORLY TELES – TUPANCI DO SUL – 29ª RT
3º Lugar: ALVIM LOUZADA, LUIS ALBERTO DOS SANTOS LOUZADA E FELIPE DIAS LOUZADA, CCN SENTINELA DO RIO GRANDE – RIO GRANDE – 6ª RT

LAÇO PIÁ /MENINA DUPLA
1º Lugar: BERNARDO UMPIERRE – CTG ESTÂNCIA PEDRO BOL SOBRINHO – CACEQUI e CARLOS EDUARDO JACQUES – CT FAZENDA SÃO LUIS – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: DIOGO ABMAEL CAMARATTA DA SILVA e CENEU ERYK CARVALHO – PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ – 23ª RT
3º Lugar: LUIS FELIPE MORAES CAVALHEIRO – PL ALMIRO BORGES – RESTINGA SECA e LUCAS LORENZI – CTG MANECO RODRIGUES – SANTA MARIA – 13ª RT

LAÇO GURI/GURIA DUPLA
1º Lugar: VALDEIR DELAVECHIA PINTO – PL DA RESTINGA – SÃO VICENTE DO SUL – 10ª RT e KAUAN DO AMARAL JAVASQUE – PT CAMPO A FORA – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: ALEX SCHMITT – PL SAIQUI – CANELA – 27ª RT e GABRIEL OLIVEIRA ANDRADE – CTG QUERÊNCIA – CANELA – 27ª RT
3º Lugar: MICHEL PELIZOLI NUNES – PL MATHIAS VELHO PACHECO – OSÓRIO – 23ª RT e BRENO DA ROSA JACQUES – CTG VAQUEANOS DA PRAIA DO PINHAL – BALNEÁRIO PINHAL – 23ª RT

LAÇO RAPAZ/PRENDA DUPLA
1º Lugar:  DIOGO DE ALMEIDA ZWEIDRIKER – PL SÃO GERALDO – OSÓRIO – 23ª RT e LUCAS MIGUEL FERREIRA NUNES – PL VENTO XUCRO – OSÓRIO – 23ª RT
2º Lugar: CARLOS FELIPE DALCIN – CTG CAMPEIROS DO CERRITO – SÃO SEPÉ – 13ª RT e VINICIUS JORAS DE MELO – CTG ANDARILHOS DE PAGO – RESTINGA SECA – 13ª RT
3º Lugar: PEDRO AFONSO AMARANTE – CTG RINCÃO DOS BÉRGAMOS – BARRACÃO – 29ª RT e ANTONIO PAULO DE SOUZA JUNIOR – CTG RANCHO CRIOULO – MACHADINHO – 29ª RT

LAÇO PRENDA DUPLA
1º Lugar: ARIANE SILVA SOARES – PL SINUELO DO CERRITO e BRUNA TEIXEIRA DA SILVA – PL LAJEADO BONITO
– SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: POLIANA HERGEMOLLER – PTG ARNO MARKUS – PAVERAMA e BRENDA BIANCA O. NUNES –
CTG ERVA MATE – VENÂNCIO AIRES – 24ª RT
3º Lugar: BIANCA MICHELE BENVENUTTI DA ROSA, CTG CEL. APARÍCIO BORGES e MARIANI HAR MOTTA,
GF MADRUGADA DO RIO GRANDE – SANTO ÂNGELO – 3ª RT

LAÇO PEÃO 
1º Lugar: JONAS OLIVEIRA ANDRADE – PL LAGO VERDE – CANELA – 27ª RT
2º Lugar: EVERTON DE DEUS VALIM JUNIOR – PL VENTO XUCRO – OSÓRIO – 23ª RT
3º Lugar: RICARDO FELIPE ZAMBIAZI – PL PORTEIRA DA COXILHA – COXILHA – 7ª RT

VACA PARADA PIAZINHO DUPLA
1º Lugar: ARTHUR NUNES SILVEIRA – PL TIO ROSA – CIDREIRA e NICOLAS MOTTA MOREIRA –
PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ – 23ª RT
2º Lugar: GABRIEL TEIXEIRA GONÇALVES – PTG TUNEL VERDE – BALNEÁRIO PINHAL e MARCELO ANTONIO DO AMARAL – PL TIO ROSA – CIDREIRA – 23ª RT
3º Lugar: CARLOS EDUARDO GREFF e MATHEUS CAMARGO DOS SANTOS BERTON – CTG POUSADA DO IMIGRANTE – NOVA BASSANO – 11ª RT

VACA PARADA PIAZINHO INDIVIDUAL
1º Lugar: NICOLAS MOTTA MOREIRA – PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ – 23ª RT
2º Lugar: PEDRO HENRIQUE DA ROSA RIGUER – PL PRESILHA CRUZALTENSE – CRUZ ALTA – 9ª RT
3º Lugar: JOÃO GABRIEL ROMANOVSKI RIBEIRO – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS – 12ª RT

VACA PARADA PIAZITO DUPLA
1º Lugar: EDUARDO MASSING CARPES – CTG CANCELA DA PALMEIRA – NOVO BARREIRO e TAUÃ ZATT DE
ALMEIDA – CTG CRIOULOS DA QUERÊNCIA – JABOTICABA – 17ª RT
2º Lugar: VITOR GUILHERME FRANCISQUET NUNES – CTG PORTEIRA DA AMIZADE – LAGOÃO e GUILHERME
COSTA GARDIN – PL OS GAUDÉRIOS DE SÃO DOMINGOS – ESPUMOSO – 14ª RT
3º Lugar: DIEGO GMICH GOEDEL BACKES – CTG TROPEIRO VELHO – ERNESTINA e ARTHUR DE PIERRI –
CTG RECANTO DOS TROPEIROS – PONTÃO – 7ª RT

VACA PARADA PIAZITO INDIVIDUAL
1º Lugar: KAUÃ MARTINS BUENO – PL PRESILHA CRUZALTENSE – CRUZ ALTA – 9ª RT
2º Lugar: MURILO FERNANDO AULER – CTG DESGARRADOS DA QUERÊNCIA – SAPIRANGA – 30ª RT
3º Lugar: DANIEL DE BASTOS – CTG QUERÊNCIA DE NOVA HARTZ – NOVA HARTZ – 30ª RT

VACA PARADA PRENDINHA DUPLA
1º Lugar: MYRELA SILVEIRA LESSA DA SILVA – PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ e JULIA DA SILVA ROCHA –
PL TROPEIROS DO PAGO – SANTO ANTONIO DA PATRULHA – 23ª RT
2º Lugar: RAFAELLA QUEVEDO DA SILVEIRA – EM TAQUAREMBÓ – TUPANCIRETÃ e LUCIANA QUEVEDO MACHADO –
CTG JÚLIO DE CASTILHOS – JÚLIO DE CASTILHOS – 9ª RT
3º Lugar: EMILLY NUNES DE SOUZA KAISER – PL THEODORICO ANDRADE – TUPANCIRETÃ e GABRIELA MARQUES
BRENNER – CTG JÚLIO DE CASTILHOS – JULIO DE CASTILHOS – 9ª RT

VACA PARADA PRENDINHA INDIVIDUAL
1º Lugar: EMILLY NUNES DE SOUZA KAISER – PL THEODORICO ANDRADE – TUPANCIRETÃ – 9ª RT
2º Lugar: BRUNA REGHELIN – CTG QUERÊNCIA CRIOULA – GIRUÁ – 3ª RT
3º Lugar: MARIA LUIZA KIPPER BILLIG – CTG ESTRELA DO PAGO – ESTRELA VELHA – 14ª RT

VACA PARADA BONEQUINHA DUPLA
1º Lugar: SUELY HACK DA ROSA – CTG MIGUEL DA ROCHA SAMPAIO e MARIANA MARTINS DA SILVA – PL TRÊS
PALMEIRAS – PALMEIRAS DAS MISSÕES – 17ª RT
2º Lugar: ANA MANOELA CARVALHO DOS SANTOS – CTG POTREIRO GRANDE – SALTO DO JACUÍ e MARIA CECÍLIA
MARCKMANN HAAS – PL OS GAUDÉRIOS DE SÃO DOMINGOS – ESPUMOSO – 14ª RT
3º Lugar: EMILY DOS SANTOS DIAS e POLIANA AZEVEDO NUNES – CTG FAGUNDES DOS REIS – PASSO FUNDO –
7ª RT

VACA PARADA BONEQUINHA INDIVIDUAL
1º Lugar: NICOLY DO AMARAL DE CASTRO – PL TIO ROSA – CIDREIRA – 23ª RT
2º Lugar: SUELY HACK DA ROSA – CTG MIGUEL DA ROCHA SAMPAIO - PALMEIRAS DAS MISSÕES – 17ª RT
3º Lugar: ANA MANOELA CARVALHO DOS SANTOS – CTG POTREIRO GRANDE – SALTO DO JACUÍ – 14ª RT

RÉDEAS PIÁ
1º Lugar: DIEGO HENRIQUE FONSECA RUBIN – PQT LOURIVAL DIAS DE FREITAS – URUGUAIANA – 4ª RT
2º Lugar: JOÃO FRANCISCO DA CRUZ FACHINI – CTG QUERÊNCIA PAMPEANA – NOVA SANTA RITA – 12ª RT
3º Lugar: HENRIQUE MARTINS PORTELA – CTG JÚLIO DE CASTILHOS – JÚLIO DE CASTILHOS – 9ª RT

RÉDEAS GURI
1º Lugar: FELIPE FONSECA SOARES – PQT LOURIVAL DIAS DE FREITAS – URUGUAIANA – 4ª RT
2º Lugar: JOSÉ GABRIEL DE OLIVEIRA – CTG PORTEIRA DA RESTINGA – PORTO ALEGRE – 1ª RT
3º Lugar: JOÃO VITOR LADWIG CASTRO – CTG TROPEIRO DOS CAMPOS NEUTRAIS  - SANTA VITÓRIA DO PALMAR – 6ª RT

RÉDEAS PEÃO
1º Lugar: ALECSANDRO ANTUNES CARUZO – CTG VAQUEANOS DA PRAIA DO PINHAL – BALNEÁRIO PINHAL – 23ª RT
2º Lugar: JOÃO ONEIDE DA SILVA GODOIS – AL AGROPECUÁRIA BARCELOS – SÃO NICOLAU – 3ª RT
3º Lugar: JOCEMAR DA ROSA PEGORARO – CF PORTEIRA DA TRADIÇÃO – SANTA MARIA – 13ª RT

RÉDEAS VETERANO
1º Lugar: IRAN RICARDO – PL CRIA DO RIO GRANDE – SANTA MARIA – 13ª RT
2º Lugar: ANANIAS LADI DA COSTA – CTG SINUELO DO PAGO – JACUIZINHO – 14ª RT
3º Lugar: PAULO OSVALDO FELIX DOS SANTOS – PQT DESCANSO DO PINGO – VIAMÃO – 1ª RT

RÉDEAS MENINA
1º Lugar: KIMBERLY MAITÊ PEDROSO DOS SANTOS – CTG PORTEIRA DA RESTINGA – PORTO ALEGRE – 1ª RT
2º Lugar: GABRIELA MARQUES BRENNER – CTG JÚLIO DE CASTILHOS – JÚLIO DE CASTILHOS – 9ª RT
3º Lugar: BIBIANA PAIVA BETIM – CTG SINUELO DO PAGO –URUGUAIANA – 4ª RT

RÉDEAS GURIA
1º Lugar: GABRIELE MACHADO SOARES – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS – 12ª RT
2º Lugar: NICOLE CHAPUIS BAPTISTA – PL LAÇO DA AMIZADE – MONTENEGRO – 15ª RT
3º Lugar: ALANA MARINA LIMA DE AVILA – CTG SINUELO – CANGUÇU – 21ª RT

RÉDEAS PRENDA
1º Lugar: MONIQUE EVELIN TASCHETTO – CTG DESGARRADOS DA QUERÊNCIA – SAPIRANGA – 30ª RT
2º Lugar: NARA DA ROSA PEGORARO – CF PORTEIRA DA TRADIÇÃO – NOVA PALMA – 13ª RT
3º Lugar: MARIA IZABEL JACQUES – PQT LOURIVAL DIAS DE FREITAS – URUGUAIANA – 4ª RT

CHASQUE
1º Lugar: ELEANDRO BERTAO, CTG NECO GOULART, CIRIACO; ADEMIR DE LIMA, CTG NECO GOULART,
CIRIACO; GILBRAZ VELOSO, CTG NECO GOUALRT, CIRIACO; ADEMAR DE LIMA, CTG NECO GOULART,
CIRIACO; RODRIGO ELIAS ROCHA MORETTO, PL PORTEIRA DA COXILHA, COXILHA - 7ª REGIÃO
TRADICIONALISTA

2º Lugar: JONAS OLIVEIRA ANDRADE, PL LAGO VERDE, CANELA; TAIHAN RODRIGUES, PL SINUELO DO
CERRITO, SÃO FRANCISCO DE PAULA; IGOR DOS REIS MACHADO, PL LAGO VERDE, CANELA; EDSON
RICARDO, PL GAUDÉRIOS DA QUERÊNCIA, SÃO FRANCISCO DE PAULA; ALAN SOARES, PL SINUELO
DO CERRITO, SÃO FRANCISCO DE PAULA - 27ª REGIÃO TRADICIONALISTA

3º Lugar: LISANDRO POCH MEDEIROS, CTG CAMAQUÃ, CAMAQUÃ; RODRIGO MARTINS FREITAS,
CTG CAMAQUÃ, CAMAQUÃ, ITALO MARTINS FREITAS, CTG CAMAQUÃ, CAMAQUÃ; DOUGLAS PEREIRA
SABIO, CTG CAMAQUÃ, CAMAQUÃ; ANDRÉ AMARANTO DE CASTRO, PIQ. COXILHA DO CARIJÓ, ARAMBARÉ –
16ª REGIÃO TRADICIONALISTA

GINETEADA
1º Lugar: JOÃO FELIPE LIMA RIBEIRO – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS -  12ª RT
2º Lugar: NELSON MOREIRA SILVEIRA – CTG JULIO DE CASTILHOS – JULIO DE CASTILHOS – 9ª RT
3º Lugar: LEONARDO SAMPAIO – CTG SENTINELAS DO PAGO – MARAU – 7ª RT

LAÇO CONSELHEIRO DE REGIÃO
1º Lugar:  FRONTELMO MACHADO – PL CAMPO ABERTO – PORTO ALEGRE – 1ª RT
2º Lugar:  JOSÉ NICANOR CASTILHOS DE OLIVEIRA – DC GINETES DA TRADIÇÃO – CAXIAS DO SUL – 25ª RT
3º Lugar:  DAURO SOARES – CTG LAÇO VELHO – BENTO GONÇALVES – 11ª RT

LAÇO NARRADOR
1º Lugar:  CARLOS ALBERTO DE MORAES – CTG NENÊ LIMA – CAPÃO BONITO DO SUL – 8ª RT
2º Lugar:  ARLINDO ANTÔNIO LOPES – CTG NECO GULARTE – CIRIACO – 7ª RT
3º Lugar: DELMAR DORNELES – CTG SOMBRA DE CARRETEIROS - BOSSOROCA – 3ª RT

LAÇO AUTORIDADE
1º Lugar:  ALCEU BARBOSA VELHO – DC PRESILHA SERRANA – CAXIAS DO SUL – 25ª RT
2º Lugar:  JAMES AYRES TORRES – GN ALMA NATIVA – FAXINALZINHO – 19ª RT
3º Lugar:  ARLINDO ANTONIO LOPES – CTG NECO GOULART – CIRIACO – 7ª RT

LAÇO PEÃO FARROUPILHA
1º Lugar: FELIPE DIAS LOUZADA – CCN SENTINELA DO RIO GRANDE – RIO GRANDE – 6ª RT
2º Lugar: ERNANI NUNES – PL TIMBAÚVA – PORTÃO – 15ª RT
3º Lugar: LOURENÇO DE OLIVEIRA NUNES – PL TIMBAÚVA – PORTÃO – 15ª RT


Fonte: Blog Notícias do Tradicionalismo - Rogério Bastos

 

COMEÇA HOJE O FESTIVAL DA BARRANCA


Foto: Emílio Pedroso
 
Um dos mais tradicionais eventos da cultura gaúcha, o Festival da Barranca, já está sendo organizado em São Borja. A comissão responsável está intensificando os preparativos para o evento que chega a 45° edição.

Os convites já estão sendo entregues, de acordo com o presidente do Festival da Barranca em 2016, Marco Antônio Loguercio. Ele informa ainda que o evento será realizado entre os dias 23 a 26 de março.

Loguercio destaca ainda que além do Festival, também será realizado no dia 23 de março o show Caravana da Barranca, que deverá reunir um grande número de artistas do cenário nativista no Parque Esportivo General Vargas, o Parcão.

Alguns detalhes ainda serão acertados com a prefeitura nos próximos dias. No dia 10 de março acontece a posse do novo presidente do Grupo de Artes Amadoras Os Angüeras, Celso Morais, conhecido como Toti.

O Festival da Barranca

O festival acontece às margens do Rio Uruguai e tem como característica principal a composição e apresentação de canções, compostas em menos de 24 horas. O tema é anunciado no começo da noite da Sexta-Feira Santa e, no sábado, os músicos têm que defender as obras.

Considerado o festival regionalista há mais tempo em atividade sem interrupção, a Barranca deverá reunir cerca de 250 pessoas neste ano. Outra característica da Barranca é permitir somente a entrada de homens.


Fonte: Folha de São Borja
 
 
 

terça-feira, 22 de março de 2016

MORRE ARY MARCHI



Calou-se ontem, na cidade de Osório, a voz de um dos maiores intérpretes da musicalidade rio-grandense. Estamos fazendo referência a morte do cantor Ary Marchi que, por mais de vinte anos, levou o melhor da música gaúcha aos sete ventos ao lado de seus parceiros do

Conjunto Os Araganos.
 
Ary Marchi estava residindo em Osório e nesta segunda-feira sofreu um infarto fulminante. Segundo seus familiares o velório e o enterro será, também, na cidade de Osório.
 
Dono de um timbre inconfundível Ary e seus parceiros Araganos primavam pelo vocal elaborado e diversas canções tornaram-se verdadeiros clássicos na sua interpretação.  
 
 
Ari Marchi está de branco, ao centro da foto.
 
 
 

1ª PATRULHA URUGUAIANENSE



DA POESIA GAÚCHA 

CLASSIFICADAS- Ordem Alfabética:

Cerzido de Rimas no Rastro dos Panos- Joseti Gomes- Gravataí
 Estradeando- Jadir Oliveira- Portão
Nunca Mais, Porongos... Nunca Mais!- Moisés Silveira de Menezes- São Pedro do Sul
O Bolso Cheio de Afetos- Adão Quevedo- São Lourenço do Sul
O Vendedor de Flores- Appolinário Quiroz Filho- Foz do Iguaçú e Uruguaiana
Patas e Botas- José Luiz Flores Moró- Farroupilha
Pequena Sonata ao Grande Rio- Vaine Darde- Capão da Canoa-RS e Uruguaiana
Quero Casar com Uma Estrela- Sebastião Teixeira Corrêa- Caxias do Sul
Relato da Flor Bordada- Matheus Costa- Dom Pedrito
Reverência a uma Princesa- Jorge Claudemir Soares- Uruguaiana
Rugas- Marcelo Davila- Santana do Livramento
 
 
 

segunda-feira, 21 de março de 2016

REPONTANDO DATAS / 21 DE MARÇO



No dia 21 de março de 1949 nascia, em Uruguaiana, RS, César Osmar Rodrigues Escoto, o saudoso César Passarinho, considerado um dos melhores intérpretes de festivais nativistas. Apareceu para o mundo musical do Estado através da Califórnia da Canção Nativa onde saiu-se vencedor por quatro edições, consagrando clássicos como Negro da Gaita e Guri. Antes disto, César Passarinho cantava em conjuntos de música popular e foi grande puxador de samba, em escolas do carnaval de Uruguaiana. 
 
Na foto, registrada em 1997, o cantor aparece junto aos seus inúmeros troféus. No final de sua carreira, César Passarinho escolheu Caxias do Sul para viver, residindo no bairro Medianeira.
 

Foto de Léo Ribeiro de Souza.

COISAS DA ESTÂNCIA...


....DA POESIA CRIOULA
 
O Secretário Cândido Brasil (camisa preta) é um dos responsáveis 
pelo sucesso das atividades culturais da EPC 
 
Muitos nos questionam como uma entidade literária, sem fins lucrativos, consegue atravessar tantos anos ininterruptos promovendo nossa cultura através do versejar gauchesco. Há 58 anos a Estância da Poesia Crioula congrega os poetas e prosadores voltados para a temática rio-grandense, além de pesquisar, manter e divulgar tudo aquilo que se relacione com a arte poética em suas mais diversas formas de manifestações.
 
Na realidade isto se deve a dedicação de homens e mulheres, poetas e poetisas que, voluntariamente, labutam em prol desta instituição. As paredes da Academia Xucra do Rio Grande abrigaram e continuam abrigando os maiores vates do verso terrunho, de Dimas Costa a Jayme Caetano Braun, ou do verso de manifestação mais contemporânea, de Aureliano de Figueiredo Pinto a Apparício Silva Rillo.   
 
A Estância da Poesia Crioula é a única entidade literária do Sul do país com sede própria, localizada num lugar privilegiado à rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre. Sem depender de financiamentos públicos, a EPC sobrevive das mensalidades e doações de seus associados.
 
Anualmente, realiza diversos concursos literários, saraus culturais, oficinas de arte declamatória, Rodeio de Poetas e sessões comemorativas, além de editar uma antologia de forma cooperativa com os integrantes da entidade. No fim de semana próximo passado a Academia Xucra prestou sua homenagem às mulheres com a realização do 3º Sarau Feminino. O evento foi um sucesso. 
 
Longa vida a nossa exemplar Estância da Poesia Crioula.

Cesar Tomazzini, Vice-Presidente; Léo Ribeiro, Ex-Presidente;
Ubirajara Anchieta, Tesoureiro e Wilson Tubino, Presidente.
alguns integrantes da Diretoria

Fotos: Marilene Huff
 
 
 
 
 
 

domingo, 20 de março de 2016

SOBRE O GAÚCHO QUE LAÇOU O AVIÃO

























Quando postamos aqui sobre o Projeto de Lei do deputado Elton Weber (PSB) que institui o dia 26 de março, aniversário da capital, como o "Dia do Laço" (um absurdo), citamos como exemplo algumas passagens que realmente mereceriam ser taxadas como o Dia do Laço. Uma destas foi quando um peão de estância laçou um avião. 

Muitos leitores nos solicitaram para contar o causo novamente. Então lá vai.

Euclides Guterres foi um peão gaúcho, nascido em Santa Maria, que se tornou celebridade instantânea no dia 20 de janeiro de 1952, quando tinha 24 anos de idade, ao laçar o avião CAP4/Paulistinha (prefixo PP-HFP), que estava dando rasantes na fazenda de seu patrão.
O avião, pilotado por Irineu Noal, com histórico de apenas 20 horas de vôo, decolou do aeródromo de Santa Maria com destino à fazenda de Cacildo Pena Xavier (pai da ex-namorada do piloto) em Tronqueiras, onde ele terminaria seu relacionamento amoroso e devolveria as cartas à ex-namorada, que já estava noiva de outro. O piloto levou menos de dez minutos para chegar à localidade de Tronqueiras, que é uma Unidade Residencial do bairro Arroio do Só, no distrito de Arroio do Só - distrito de Santa Maria desde 1886. Ao sobrevoar a fazenda, começou a fazer uma série de manobras rasantes próximas à cerca, onde Guterres, depois de três ou quatro tentativas, conseguiu laçar a aeronave.
O avião não caiu porque a hélice do motor cortou o laço. Mesmo assim foi danificado, e o piloto Irineu recebeu uma multa e teve seu brevê cassado. Até hoje ele guarda a hélice da aeronave com o pedaço do laço, segundo matéria do jornal Correio do Povo de 29 de janeiro de 2007 (foto abaixo).
Na ocasião, houve registro do fato na Time Magazine, em 11 de fevereiro de 1952 e em jornais da época, como A Razão, Diário de Notícias e no caderno Almanaque do Correio do Povo. A Base Aérea de Santa Maria também mantém em seu acervo vários jornais e revistas da época, relatando a façanha do peão Euclides Guterres.
Euclides Guterres morreu de leucemia em 1981. Não existem registros de casos semelhantes.