UM DOS MELHORES CARTUNS QUE JÁ VI
INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO
AO LAÇADOR SERRANO
Quinta-feira, dia 14, tive a honra de ser o mestre de cerimônias no evento de inauguração do Monumento ao Laçador em São Francisco de Paula. O ato foi prestigiado por diversas autoridades e um grande número de convidados.
No ano de 1969, quando o
homem pisava pela primeira vez na lua, realizava-se no CTG Rodeio Serrano o 14º Congresso
Tradicionalista Gaúcho. Nesta ocasião Onésimo Carneiro Duarte, um próceres do
Movimento, falou em seu pronunciamento que São Chico de Paula era uma das
cinco cidades mais gaúchas do Rio Grande do Sul, ou seja, uma localidade que
cumpria com autenticidade o seu papel na preservação de nossos costumes.
Na visão deste importante líder tradicionalista o jeito de falar, de cumprimentar, a sua indumentária típica, a encilha de seu cavalo, a gastronomia, a fama de seus gaiteiros e laçadores, tornava o município um exemplo de gauchismo.
Sabemos de passagens folclóricas de grandes laçadores como Maneco Pereira, de Rio Pardo, que laçava até mesmo com os pés, ou Euclides Guterres que laçou um avião de pequeno porte que fazia rasantes sobre sua propriedade em Santa Maria, mas poucos lugares se tem notícias da quantidade de exímios laçadores como em São Francisco de Paula. O Rodeio Internacional de Vacaria, o ícone destes eventos que tem no tiro de laço sua maior atração é testemunha disto. Tivemos 28 laçadores e 4 laçadoras campeões de Vacaria.
Além deste rodeio internacional, todos os
fins de semana temos serranos erguendo troféus nas dezenas de festas campeiras pago a fora criando um estilo próprio que vem dos tempos dos
laços pesados de couro cru até a evolução que as regras atuais nos permitem. As
seguidas vitórias da Seleção de Laçadores de nosso município é testemunha disto, servindo de exemplo as crianças que crescem botando
armadas em vacas paradas. Cabe destacar,
também, visto que é um fato relativamente novo, a grande participação das
mulheres nos Rodeios Crioulos e, neste contexto, a vitoriosa representação das
prendas serranas.
Tudo isso e muito mais passa
a ficar de maneira perene neste belo memorial do artista Edmilson Duarte
Almeida, obra esta que recebeu todo apoio da administração municipal.
A rua dourada (avenida Júlio
de Castilhos) é um museu a céu aberto. Na sua extensão estão encravados o símbolo da hospitalidade no
Monumento a Cuia, a saga de nossos colonizadores nos memoriais aos tropeiros e aos
carreteiros, as lendas do sul na estátua do Negrinho do Pastoreio (obra de Vasco Prado) e agora esta representativa
escultura.
Se a estátua do laçador na entrada de Porto Alegre, um belíssimo trabalho em bronze do escultor pelotense Antônio Caringi, simboliza o povo gaúcho como um todo, nós também, nos píncaros da serra gaúcha, temos encravado em nossa avenida um marco que passa a simbolizar não somente o pessoal do lombo do cavalo mas todos aqueles que, como disse Onésimo Carneiro Duarte, ajudaram a tornar nosso município como um dos mais gaúchos do Rio Grande do Sul.
ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA
HOMENAGEIA O DIA DA MULHER
MÚSICA BERTUSSI É PATRIMÔNIO
CULTURAL E IMATERIAL DE CAXIAS DO SUL
Durante evento
realizado no Parque Mário Bernardino Ramos, antecedendo o show comemorativo do
centenário de Honeyde Bertussi na noite desta quarta-feira (13/03), a obra
musical dos Irmãos Bertussi foi reconhecida como Patrimônio Cultural e
Imaterial do Município de Caxias do Sul. Os certificados foram entregues aos
familiares, Paulo Bertussi, filho de Honeyde Bertussi, e Gilney Bertussi, filho
de Adelar Bertussi.
Os Irmãos Bertussi nasceram em São Jorge da Mulada, interior de Criúva, então pertencente a São Francisco de Paula e atualmente anexada a Caxias.
O Show Histórico
“Centenário Honeyde Bertussi” contou com a participação de renomados artistas
da música tradicionalista gaúcha, como Gildinho, Edson Dutra, Renato Borghetti,
César Oliveira e Rogério Melo, Fernando Montenegro, Porquinha, Chiquito,
Marines Siqueira, Paulo e Gilney Bertussi, entre outros. Além disso, houve
apresentações do Quarteto de Jazz, da Orquestra Municipal de Sopros, com
participação do acordeonista Rafael De Boni, e do Grupo de Danças Folclóricas
Os Gaudérios. O evento marcou o encerramento das celebrações do centenário de
Honeyde Bertussi.
SOB NOVA DIREÇÃO
LAÇADOR SERRANO
TODOS CONVIDADOS
ESQUECERAM DE NÓS
NAQUELES TEMPOS
No flagrante acima vemos três serranos, meus conterrâneos, dando uma volteada pela capital ali pelas dependências da Galeria Chaves, ao final da década de 50. É mais ou menos naqueles tempos de que Paixão Côrtes falava que o gaúcho interiorano chegava na "estação" rodoviária, tirava as bombachas e colocava uma "calça corrida" para não virar chacota no centro da cidade.
Notem que as pessoas ficam admirando aqueles cernes de guajuvira passeando normalmente como se em São Chico de Paula estivessem.
Ainda bem que nos tempos hoje andar de bombachas pelas alamedas da capital é algo rotineiro (pelo menos para mim).
"Naqueles tempos, sim
Naqueles tempos
As portas eram altas
E alto o pé-direito das salas dessas casas
Mas eram simples as pessoas que as casas abrigavam
Os homens chamavam-se Bento, Honorato, Deoclécio
As mulheres eram Carlinda, Emerenciana, Vicentina
Os homens usavam barbas e picavam fumo em rama
As mulheres faziam filhos, bordados e rosquinhas
Os homens iam ao clube, as mulheres À missa
E homens e mulheres aos velórios
Morriam discretamente e ficavam nos retratos"
Resenha do poema Herança, de Apparício da Silva Rillo
REPONTANDO DATAS - 09 DE MARÇO
14 ANOS SEM LEONARDO
Jamais o tipo clássico do gaúcho superior esteve tão bem representado na chefia do executivo do Rio Grande do Sul como no período de 1930 a 1937, quando José Antônio Flores da Cunha foi sucessivamente interventor federal e governador. Filho de Sant'Ana do Livramento, do sangue castelhano herdou a valentia, a eloquência, o gosto por emoções fortes, a generosidade, a rebeldia, o espírito alegre, apaixonado e sedutor. Se acrescentarmos outros atributos pessoais como a razoável cultura, inteligência aguda, capacidade de liderança, teremos os ingredientes para compreender o fascínio que exerceu sobre todos com quem conviveu.
A margem dos acontecimentos históricos relacionados com ele, há fatos engraçados e pitorescos, bastante ilustrativos e caracterizadores da época. Alguns destes causos retiramos do livro Anedotário da Rua da Praia, Vol. 2, de Renato Maciel de Sá Junior, Editora Globo, e vamos repassar, paulatinamente, aos nossos leitores:
1 - As divergências entre Getúlio Vargas e Flores da Cunha acentuavam-se rapidamente naquele segundo semestre de 1937. Flores, governador desde 1935, vivia em permanente exasperação, e quem sofria eram os subalternos do palácio. Certo fim de manhã, apareceu para visitá-lo seu amigo e deputado federal João Carlos Machado, figura espirituosa e simpática, a quem os assessores pediram para alegrar o chefe. Quando Machado entrou Flores foi direto ao assunto:
- Quais são as novidades?
- Novidades, general? Pois olha, acabo de assistir um fato muito contristador. Não é que, justamente quando o gringo jardineiro do palácio estava urinando lá nos fundos, apareceu um marimbondo e picou o membro do coitado? Levaram-no berrando de dor para o pronto-socorro, junto com sua mulher. Antes de atendê-lo o médico procurou acalmar a esposa: "A senhora não se preocupe, com uma injeção a dor passa logo". Quando o doutor ia saindo a italiana segurou-o pelo braço e pediu com os olhos brilhando: "doutore, vou lhe fazer um pedido; tire a dor mas, per favore, no tire o inchume!".
REPONTANDO DATAS - 05 DE MARÇO
NASCE FLORES DA CUNHA
21º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA
Fonte: Blog Rondas dos Festivais / Jairo Reis
A milonga intitulada
Fruta de Tapera, de autoria de Francisco Brasil e Vitor Amorim, interpretada
por André Teixeira, conquistou o troféu de Primeiro Lugar no Acampamento da
Canção Nativa, festival de músicas inéditas, cuja 21ª edição foi realizada nos
dias 01 e 02 de março, no Parque do Trabalhador, onde também se desenvolve a
programação do 44º Rodeio Nacional de Campo Bom.
O público que
prestigiou a grande final da qualificada mostra competitiva, pode apreciar
também o espetáculo do cantor Joca Martins.
Ao final, a comissão
julgadora composta por Adriano Lima, Érlon Péricles, Lucas Gross, Rogério Ávila
e Xirú Antunes, após analisar criteriosamente as 14 (quatorze)
composições finalistas apontou os destaques do 21º Acampamento, cujo
resultado completo pode ser conferido a seguir:
Primeiro Lugar:
FRUTA DE TAPERA
Ritmo: Milonga
Letra: Francisco Brasil
Melodia: Vitor Amorim
Interpretação: André
Teixeira
Pedro Terra: violão;
Gustavo Otesbelgue:
violão;
André Teixeira: violão;
João Paulo Deckert:
bandoneon;
Carlos de Césaro:
contrabaixo acústico;
Adriano Silva Alves:
recitado
Segundo Lugar:
A CURA E O VENENO
Ritmo: Milonga
Letra: Matheus Bauer
Melodia: Pirisca Grecco
Interpretação: Maria
Alice
Guilherme Castilhos:
violão;
Paulinho Goulart:
acordeon
Marcelo Caminha Filho:
contrabaixo;
Pirisca Grecco: cajon e
vocal;
Texo Cabral: flauta
Terceiro Lugar:
ESTRELA DO PASTO (O
Mapa Pra Tua Morada)
Ritmo: Milonga
Letra: Sérgio Carvalho
Pereira
Melodia: Juliano Gomes
Interpretação: Fabiano
Bacchieri
Luciano Fagundes:
violão;
Quinto Oliveira:
violão;
Ricardo Comasseto:
gaita botoneira;
Daniel Zanotelli:
flauta transversal;
Eduardo Varela:
teclado;
Juliano Gomes:
contrabaixo
Melhor Intérprete:
MARIA ALICE
Música: A Cura e o
Veneno
Melhor Instrumentista:
EDILBERTO BÉRGAMO
Instrumento: Gaita
Botoneira
Música: Chamarrita
Pontezuela
Melhor Poema:
ESTRELA DO PASTO (O
Mapa Pra Tua Morada)
Autor: Sérgio Carvalho
Pereira
Melhor Melodia:
DE VOLTA
Autor: Pingo Martins
Melhor Arranjo:
FRUTA DE TAPERA
Música Mais Popular:
DE VOLTA
Ritmo: Chamamé
Letra: Pingo Martins
Melodia: Pingo Martins
Interpretação: Cairon e
Gustavo
Gustavo Ortácio: violão
base;
Lincon Ramos: acordeon;
Carlos Möller: violão
solo;
Anderson Vieira:
contrabaixo
*Imagens captadas da
transmissão da TV do Gaúcho.
REPONTANDO DATAS - 03 DE MARÇO
Num dia 3 de março, do ano de 1927, nascia na localidade de Mascarada, então pertencente a Santo Antônio da Patrulha e hoje ao município de Rolante, Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, filho de Saturno Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira. Teixeirinha consagrou-se com a música Coração de Luto aonde retrata o episódio do incêndio em sua casa, fato que vitimou sua mãe. Antes disto o Rei do Disco - ninguém vendeu mais que ele no Brasil - foi dono de banca de tiro ao alvo, caminhoneiro e outras profissões que o ajudaram a manter-se até ser reconhecido.
Em diversas localidades como Passo Fundo e Rolante existem monumentos em sua homenagem. A RS 020 que liga Porto Alegre a Taquara carrega seu nome.
Nosso blog, no ano de 2020, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul o Prêmio Vitor Mateus Teixeira pelo trabalho de divulgação da cultura regional gaúcha.
PARTE DESTE PLANO EXISTENCIAL
O GRANDE GAITEIRO
PAULINHO SIQUEIRA
REPONTANDO DATAS - 02 DE MARÇO
Num dia 02 de março do ano de 1952 nascia na localidade de Pontão, então pertencente ao município de Lagoa Vermelha, o grande amigo e carismático gaiteiro Elio da Rosa Xavier, o Porca Véia.
Quanta saudade de nossos entreveiros, meu parceiro velho.
MORRE FRANCISCO SOLANO LOPEZ
A Batalha de Cerro Corá ou Aquidabanigui foi o último confronto da Guerra do Paraguai. Foi travada no dia 1 de março de 1870, nas imediações de Cerro Corá, 454 quilômetros ao nordeste de Assunção. É notória por ter sido a batalha em que Francisco Solano López, presidente paraguaio, foi morto às mãos do Exército Imperial Brasileiro.
A Guerra do Paraguai perdurava por mais de cinco anos e, após numerosas batalhas, o exército paraguaio havia sido reduzido a velhos, doentes e crianças. A batalha de Campo Grande foi o último grande combate do conflito, que a partir de então se restringiu à lutas ocasionais, nos meses finais de 1869 e início de 1870. Neste período, o Conde d'Eu organizou expedições à procura de Solano López, seguindo o caminho que sua coluna havia passado. No trajeto os homens de López e os de Conde d'Eu faziam sofrer a população civil, seja por causa de supostas conspirações contra López, ou dos saques e maus-tratos infligidos pelas tropas imperiais. No dia 8 de fevereiro de 1870, López e sua coluna atingiram Cerro Corá.
As condições no acampamento eram deploráveis, com as quinhentas pessoas que acompanhavam López no extremo da fome e miséria. Em Cerro Corá abatia-se uma rês por dia, para alimentar a todos. Consequentemente, as posições defensivas organizadas pelo marechal eram deficientes, e a isso somava-se o fraco armamento presente. As tropas brasileiras, com cerca de 2 600 homens sob o comando do general José Antônio Correia da Câmara, se aproximaram e cercaram o acampamento, sem este saber. No dia 1º de março atacaram em duas frentes: pela parte frontal e pela retaguarda. Os dois pontos defensivos, um no arroio Tacuara e o outro no arroio Aquibadán, caíram rapidamente e o assalto ao acampamento durou poucos minutos, com a resistência se dispersando logo em seguida.
López foi cercado pelos brasileiros e, após negar a se render, foi ferido a lança pelo cabo Francisco Lacerda, gaúcho apelidado de Chico Diabo, se embrenhando na mata logo em seguida. O general Câmara o seguiu e o achou próximo ao arroio Aquibadán, onde negou-se novamente a render-se, sendo alvejado no coração pelo também gaúcho João Soares. Os fatos sobre sua morte são cercados por divergências e imprecisões. Logo em seguida a batalha foi encerrada, com cerca de 240 paraguaios presos e sete imperiais feridos. O tempo fez surgir interpretações acerca da figura de López, retratando-o tanto como um tirano cruel quanto a um grande líder paraguaio. No decorrer dos anos, o nome Cerro Corá se tornaria parte da cultura paraguaia, batizando ruas e parques.
Tocamos neste tema porque nosso Estado foi uma da federações que mais enviou soldados para a guerra e por ser palco de violentos combates, como a invasão de Uruguaiana.
Pessoas que haviam lutado por 10 anos na Guerra dos Farrapos se uniram para defender o Império, como foi o caso do general Antônio de Sousa Netto, que morreu em Corrientes, Argentina, após um combate.
CHICO DIABO
O GAÚCHO QUE MATOU SOLANO LOPEZ
Existem histórias que, dependendo
de como são contadas, passam por diferentes interpretações. Enquanto, em um
contexto, alguém possa parecer bom, em outro, a índole da mesma personagem
ganha distintas proporções.
Esse é o caso de José Francisco Lacerda,
ou Chico Diabo. Eternizado pela história militar brasileira, o gaúcho é
comumente considerado um herói nacional. Quando sua lenda é contada por
paraguaios, contudo, as coisas mudam um pouco de figura.
Conhecido como o responsável pela
morte de Francisco Solano López, o soldado brasileiro é considerado um grande
vilão no imaginário do Paraguai.
Nascido em Camaquã, um município
do Rio Grande do Sul, em 1848, Francisco Lacerda era um menino brincalhão,
vindo de uma família muito pobre. A condição econômica, inclusive, fez com que
ele começasse a trabalhar muito cedo.
Aos precoces 15 anos, Chico foi
apresentado ao mundo da violência quando deixou que um cachorro entrasse na
carniçaria onde trabalhava. Furioso com os prejuízos, o patrão do menino, um
italiano rígido, começou a espancá-lo.
Reza a lenda que, desesperado e
lutando pela própria vida, Chico agarrou uma faca e matou seu chefe. Jovem e
amedrontado, ele correu para casa e, quando estava subindo a rua, foi
reconhecido pela mãe, que o chamou de diabinho.
Mesmo em meio a um contexto tão
terrível, o apelido se espalhou e o menino logo tornou-se Chico Diabo. Com medo
das consequências do assassinato, no entanto, o jovem foi enviado para a propriedade
de seu tio Vicente Lacerda, em Bagé.
Não demorou muito até que Chico
entrasse no universo militar, em 1865. Na ocasião, os Voluntários da Pátria
visitaram a casa de Vicente e, convidado pelo coronel Joca Tavares, o jovem
gaúcho aceitou fazer parte do pelotão.
Anos mais tarde, em meados de
1870, o soldado e seus companheiros foram enviados até a Guerra do Paraguai.
Durante o conflito, Chico foi promovido a cabo e, logo em seguida, lutou na
Batalha de Cerro Corá, cujo desfecho o consagrou como herói.
Em meio ao terrível embate,
enquanto cavalos galopavam por um lado e facas brandiam pelo outro, Chico Diabo
acertou um golpe fatal. Sua lança, comprida e afiada, havia perfurado a carne
do ditador Francisco Solano López.
Como se não fosse o suficiente, o
gaúcho João Soares ainda alvejou o oponente com seu revólver. Aquele era o fim
do homem que, para o Paraguai, era um herói nacional e, para o Brasil, não se
passava de um líder sanguinário.
Diversas teorias surgiram após o
fim do conflito, dizendo que Chico Diabo teria descumprido ordens ao matar
Solano. Outras fontes, entretanto, indicam que havia uma recompensa de cem
libras de ouro para quem acabasse com o ditador.
Pelo considerado grande feito, Chico Diabo recebeu cem cabeças de gado e reivindicou a faca que Solano usava no dia do combate. Em 1871, o gaúcho voltou para o Brasil e casou-se com sua prima, com quem formou uma família — cujos membros vivem até hoje e, na tradição oral do Sul, crescem escutando a história do homem.