RETRATO DA SEMANA


Partindo para revolução - Autor desconhecido
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sábado, 7 de maio de 2011

A MEDICINA CAMPEIRA

Com esta breve mudança de temperatura peguei uma gripe daquelas. Ando amolado, com o lombo doído e sem ânimo para o trabalho (coisa comum neste corpo).

Por este motivo me vali de algumas receitas lá de fora, que sempre dão resultados positivos nestas horas.

Em todos os ranchos campeiros costuma-se efetivar uma série de recursos nativos quando acontece um acidente ou anormalidade na saúde.

Uma das primeiras providências é buscar saber se uma pessoa está febril. Não dispondo de um termômetro para “tirar” a febre, costuma-se colocar os lábios na testa do paciente. O calor dirá se a pessoa está com temperatura alterada.

Tratando-se de uma dor de garganta, comum nas oscilações climáticas do sul, introduz-se na garganta uma colher de sopa pelo cabo. O estado das amígdalas fornecerá o diagnóstico.

Para aliviar uma dor de dentes violenta, faz-se o paciente gargarejar um chá com semente de papoula ou folhas de malva.

Uma dor de cabeça é aliviada colocando-se nas fontes (fronte ou testa) rodelas de batata crua.

Um desfalecimento ou desmaio, conhecido popularmente por chilique, recebe logo uma terapêutica popular: a vítima deve aspirar vinagre, ou, na falta deste, álcool puro.

Um engasgue é aliviado de imediato com umas batidinhas nas costas do engasgado, acompanhadas da competente oração.

Se uma espinha de peixe tranca na garganta, faz-se o sinistrado engolir farinha de mandioca ou miolo de pão.

Contra cortes que produzem hemorragias, costuma-se colocar no local pó de café.

Os “galos” produzidos por batidas são aliviados colocando-se, sobre o local, a face fria de uma faca.

O veneno produzido por ferrão de certos peixes como o pintado, é tratado com urina logo após o acidente.

As picadas de insetos, com uma pasta de fumo mascado sobre o ferimento.

O bicho-de-pé (tunga penetrens), exige sua extirpação, retirando-se o saquinho contendo os ovos. Aplica-se sobre o ferimento querosene ou creolina.

O cobreiro (cobrelo) só pode ser tratado por meio de benzedura.

As frieiras são tratadas com vinagre, querosene, creolina ou açúcar.

Uma diarréia não resiste a um tratamento a base de chá com folhas de pitangueira, goiabeira e casca de romã.

Já a prisão de ventre encontra no velho óleo de rícino (purgante) o seu remédio ideal.

Para curar uma borracheira (embriaguês) nada melhor do que um café preto, sem açúcar,com cinzas do fogão.

Para cólicas, bolsa de água quente sobre o local dolorido.

Obtém-se um ótimo vomitório, irritando a campainha (úvula) com uma pena de galinha.

O excesso de gases é combatido com bicarbonato de sódio.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

ESSA DOR PODE SER EVITADA

Campanha Nacional de Luta Contra Queimadura

Embora nosso Blog seja voltado para a cultura rio-grandense, sempre que convidados aderimos á campanhas de utilidade pública de um modo geral.

Como já nos manifestamos contra o uso de qualquer tipo de droga ilícita, hoje demos nossa pequena contribuição com a linha de cuidados em relação a queimaduras, uma luta encampada pelo Hospital Cristo Redentor, de Porto Alegre, uma referência nesta área.

Conselhos Úteis

1. Diga adeus ao álcool líquido. Ele oferece riscos de explosão. Utilize o álcool gel.

2. As pessoas que sofrem de “ataque” ou mal súbito, devem evitar contato com fogo ou superfícies quentes.

3. Cuidado com fios elétricos expostos e tomadas sem proteção. Em caso de choque elétrico desligue logo o registro de corrente e só toque na vítima com isolamento.

4. Exposição excessiva ao sol, sem proteção, pode provocar queimaduras dolorosas.

5. Muito cuidado com crianças na cozinha pois é nela que acontecem a maioria dos acidentes domésticos.

6. Nunca considere uma queimadura sem importância pois ela pode ser fatal.

7. Muito cuidado com fogos de artifício. Leia e siga a orientação do fabricante.

Estas são as orientações contidas no folder do Hospital Cristo redentor.

Acrescento algumas prevenções campeiras, de fatos que vivenciei e que foram motivos de muitas tristezas.



1. Ao queimar o campo para o rebrotar do pasto (prática hoje proibida mas, ainda, muito utilizada) não fazê-lo de cima do cavalo pois o mesmo pode assustar-se com as chamas e derrubá-lo.

2. Ainda sobre a queima de campo, não utilizar estopas embebidas em combustíveis, presas ao corpo, pois um tufo de vento pode mudar de direção e atear fogo sem que haja tempo de desfazer-se de tais objetos. Ao queimar o pasto, faça-o sempre a favor do vento.

3. Muitos ranchos, nestes fundos de campos, não tem luz elétrica e a vela, o lampião e similares, ainda são muito utilizados. Ao acender uma vela, nunca coloque-a diretamente sobre mesas, armários, etc. sem uma base como um prato, uma lata, para que a vela, caso venha a cair, não o faça sobre superfícies de madeira ou de pano.

4. Ao terminar seu palheiro (cigarro) apague-o completamente antes de jogá-lo fora. Da mesma forma, não fume no catre (cama). O sono não espera o pito crioulo apagar.

5. Mesmo no rigor do inverno, cuidado ao dormir com o borralho (fogo-de-chão) aceso.

6. Muito cuidado ao acomodar a cambona do mate em superfícies desparelhas e falsas.

Após a queimadura não utilizar produtos como: creme dental, borra de café, clara de ovo, e outras medicinas campeiras. Lave o local com água corrente limpa, morna ou fria, em abundância e procure recurso.