RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

sábado, 31 de julho de 2010

AS CAVALHADAS NO RIO GRANDE DO SUL

Grupo de Cavalhadas de Cazuza Ferreira - Foto: LRS

Não tivemos por aqui as guerras entre cristãos e mouros (os muçulmanos) que agitaram a Europa e a Terra Santa, mas os torneios medievais inspirados nesses conflitos foram muito populares até o início do século passado no Rio Grande do Sul e voltaram a ressurgir no último quarto desse século, com um reflorescimento das velhas tradições em muitas cidades do interior.

Santo Antônio da Patrulha, Gravataí, São Francisco de Paula, Caçapava do Sul, Alegrete, Vacaria, entre outros municípios, estão entre as cidades onde a tradição das Cavalhadas chegou aos dias atuais.

— A Cavalhada é uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções eqüestres e movimentos de espada, lança e garrucha, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, e que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do "castelo" na praça e a "submissão" dos mouros ao cristianismo, através do "batismo" destes, na Igreja — explica o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) em publicação sobre as Tradições Gaúchas.

As Cavalhadas, segundo mostram pesquisas históricas, surgiram no reinado de Carlos Magno, na França, que se destacou pelo combate ao Islã, no final do século VIII. O objetivo era destacar as vitórias do cristianismo sobre o islamismo, o que levou o esporte a se tornar muito popular também em Portugal e Espanha, que sofreram bastante com uma prolongada dominação dos muçulmanos, os mouros, como eram conhecidos na Península Ibérica. Por conseqüência, as Cavalhadas terminaram chegando ao Brasil, ainda nos primeiros tempos da colonização portuguesa, alastrando-se por todo o território nacional e, no caso do Rio Grande do Sul, nos principais núcleos portugueses do Estado.

As Cavalhadas consistem em dois grupos, de cristãos e mouros, com 12 cavaleiros cada um, número esse que remete aos 12 Pares de França. Os diálogos das Cavalhadas, entre os embaixadores dos dois lados, também têm inspiração histórica, baseando-se em grandes romances da cavalaria como "Cid Campeador", "La Canción de Rolando" e "Mata-Mouros", revela o IGTF.

A popularidade das Cavalhadas no Rio Grande do Sul foi impulsionada pela tradição do estado ligada ao cavalo, em decorrência das características da formação histórica do homem gaúcho e do próprio Estado, fortemente marcadas pelas lutas de fronteira e revoluções.

Os estudos do IGTF mostram que, encerrada a Revolução de 1923, as Cavalhadas se tornaram manifestações isoladas, mas que voltaram a se fazer presentes nos últimos 25 anos do século passado.

— Novamente, mouros e cristãos se defrontam em homenagem ao santo padroeiro de uma vila interiorana; ali, integrando as comemorações cívicas, turísticas e festivas (por exemplo) do centenário daquela cidade, o estandarte da lua crescente dos súditos de Maomé desafia os defensores do Evangelho de Cristo — constatou o IGTF em suas pesquisas.

Vestimentas muito coloridas e fogosos e enfeitados cavalos tornam o espetáculo muito bonito.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

ESSA DOR PODE SER EVITADA

Campanha Nacional de Luta Contra Queimadura

Embora nosso Blog seja voltado para a cultura rio-grandense, sempre que convidados aderimos á campanhas de utilidade pública de um modo geral.

Como já nos manifestamos contra o uso de qualquer tipo de droga ilícita, hoje demos nossa pequena contribuição com a linha de cuidados em relação a queimaduras, uma luta encampada pelo Hospital Cristo Redentor, de Porto Alegre, uma referência nesta área.

Conselhos Úteis

1. Diga adeus ao álcool líquido. Ele oferece riscos de explosão. Utilize o álcool gel.

2. As pessoas que sofrem de “ataque” ou mal súbito, devem evitar contato com fogo ou superfícies quentes.

3. Cuidado com fios elétricos expostos e tomadas sem proteção. Em caso de choque elétrico desligue logo o registro de corrente e só toque na vítima com isolamento.

4. Exposição excessiva ao sol, sem proteção, pode provocar queimaduras dolorosas.

5. Muito cuidado com crianças na cozinha pois é nela que acontecem a maioria dos acidentes domésticos.

6. Nunca considere uma queimadura sem importância pois ela pode ser fatal.

7. Muito cuidado com fogos de artifício. Leia e siga a orientação do fabricante.

Estas são as orientações contidas no folder do Hospital Cristo redentor.

Acrescento algumas prevenções campeiras, de fatos que vivenciei e que foram motivos de muitas tristezas.



1. Ao queimar o campo para o rebrotar do pasto (prática hoje proibida mas, ainda, muito utilizada) não fazê-lo de cima do cavalo pois o mesmo pode assustar-se com as chamas e derrubá-lo.

2. Ainda sobre a queima de campo, não utilizar estopas embebidas em combustíveis, presas ao corpo, pois um tufo de vento pode mudar de direção e atear fogo sem que haja tempo de desfazer-se de tais objetos. Ao queimar o pasto, faça-o sempre a favor do vento.

3. Muitos ranchos, nestes fundos de campos, não tem luz elétrica e a vela, o lampião e similares, ainda são muito utilizados. Ao acender uma vela, nunca coloque-a diretamente sobre mesas, armários, etc. sem uma base como um prato, uma lata, para que a vela, caso venha a cair, não o faça sobre superfícies de madeira ou de pano.

4. Ao terminar seu palheiro (cigarro) apague-o completamente antes de jogá-lo fora. Da mesma forma, não fume no catre (cama). O sono não espera o pito crioulo apagar.

5. Mesmo no rigor do inverno, cuidado ao dormir com o borralho (fogo-de-chão) aceso.

6. Muito cuidado ao acomodar a cambona do mate em superfícies desparelhas e falsas.

Após a queimadura não utilizar produtos como: creme dental, borra de café, clara de ovo, e outras medicinas campeiras. Lave o local com água corrente limpa, morna ou fria, em abundância e procure recurso.


CENTROS DE TRADIÇÕES

CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS ESTÂNCIA DA AZENHA
Lema: No Rio Grande de Agora, Cultuamos Tradições de Outrora.


O CTG Estância da Azenha tem este nome em homenagem ao Bairro da Azenha, em Porto Alegre, no qual foi fundado. Este bairro por sua vez, tem sua origem, assim como a Avenida da Azenha em função da existência de um moinho com roda da água (Azenha), que existiu nas margens do atual Arroio Dilúvio, mais precisamente no local onde hoje esta localizado o hospital Ernesto Dorneles. Esta Azenha foi construída pelo açoriano Francisco Antônio da Silveira que ficou conhecido como “Chico da Azenha”. Tal engenho era usado para a moagem do trigo, que era plantado desde as margens do Arroio até os morros hoje ocupados pelos principais cemitérios de Porto Alegre. O acesso a este moinho, se dava por uma ponte que era chamada Ponte da Azenha.

Foi, justamente na “Ponte da Azenha”, que se deu a arrancada da tropa de Onófre Pires, em 20 de setembro de 1835, que invadiu Porto Alegre iniciando oficialmente a Revolução Farroupilha.

Desde 1981 um grupo de funcionários do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, localizado na Av. Da Azenha, 631 (distante aproximadamente a 100 metros desta ponte) ligados ao tradicionalismo, trabalhavam a idéia da criação de um Centro de Tradições Gaúchas junto ao corpo de funcionários da Autarquia.

Sendo assim, mais tarde, em 01 de dezembro de 1983 era criado o CTG Estância da Azenha, funcionando inicialmente junto às dependências do DMLU.

Fazendo parte da 1º RT-Região Tradicionalista, o CTG Estância da Azenha liga-se ao MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, com o lema "No Rio Grande de agora cultuamos tradições de outrora".

Em 1985 foi construído o Galpão que passou a ser sede do CTG, com acesso pela Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto nº 155, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Parque da Harmonia).

Atualmente o quadro social do CTG Estância da Azenha conta entre funcionários públicos municipais e amigos colaboradores com mais de mil associados, participando de atividades cívico-culturais, na promoção da cultura gaúcha.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

CHASQUES DE PRIMEIRA (1ª RT)


CURSO DE DANÇAS DE SALÃO

Início - 02/Agosto/2010 - Todas as segundas-feiras

Venha aprender a autêntica dança gaúcha tchê!

Vaneira, vaneirão, chote, chamamê, milonga, valsa, bugio e rancheira.

Instrutores: Paulo e Laureci, Jorge e Rosa

Todas as segundas-feiras : agosto-setembro-outubro

Horário: das 20:30 horas até às 22:30 horas

Traje: Pilcha ou esporte discreto.

Matrículas individual: R$ 10,00 por mês e 3 kg de alimento não perecível para doação a entidades carentes.

Realização: Departamento de Tradições Gaúchas

“GAÚCHOS DO SÃO JOSÉ”

Informações e instuções - Secretaria do Clube
Fones: 3341-3200 ou 3341-3566
E-mail: saojose@saojose.net Site: www.saojose.net

ESPORTE CLUBE SÃO JOSÉ
Avenida Assis Brasil, 1200 – Porto Alegre – RS


CTG AMARANTO PEREIRA

Bueno! A patronagem do CTG Amaranto Pereira boleia a perna e convida as entidades tradicionalistas da cidade, região e de todo o RS para participar dias 5, 6 e 7 de agosto, do 3º Festival Tradicionalista de Arte e Tradição – FETARC

Por: Valdemar Engroff


UNIÃO TRADICIONALISTA DE VIAMÃO

Vejam na Blog do Departamento de Comunicação e Divulgação da UTV http://utvcomunicacaoedivulgacao.blogspot.com/ a Programação dos Festejos Farroupilhas de 2010 em Viamão.

Um Baita Abraço

Valter Fraga Nunes
Dep. De Comunicação e Divulgação da UTV


75ª CONVENÇÃO TRADICIONALISTA GAÚCHA
SÃO GABRIEL - RS
Programação:

Abertura: 31/07/2010 DAS 8hs às 10hs

9hs - Credenciamento para o Seminário do Dep. Jovem

10hs - Ínicio das Plenárias

14hs- Seminário Departamento Jovem

Fonte: Sítio do MTG

Postado por Dpto. Com. Social - 1ª RT no Chasque de Primeira em 7/29/2010 09:37:00 AM

COMO CAPTAR RECURSOS PARA EVENTOS

Esteve palestrando, ontem (28) no CTG Osório Porto em Passo Fundo, 7ª Região Tradicionalista, o Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre e editor do site tradicionalista Chasque Pampeano (www.chasquepampeano.com.br), tradicionalista Paulo Roberto Rossal Guimarães.

Para um atento público de 50 pessoas, o palestrante iniciou falando das providências administrativas necessárias que os CTGs devem adotar e repassou todos os passos que as Entidades Tradicionalistas tevem seguir para buscar recursos através de projetos, com os vários programas Estaduais e Federais.

Representantes do Conselho de Desenvolvimento de Passo Fundo, membros da Academia Passo-Fundense de Letras e de outras entidades, além de patrões de CTGs de Passo Fundo e região ouviram atentamente o palestrante, e o comentário geral é que foi uma palestra muito instrutiva e proveitosa.

Após a palestra a Patroa Clair do CTG Osório Porto agradeceu o palestrante e a presença dos presentes e convidou todos a saborearem um suculento churrasco.

Colaboração: Hilton Araldi

VOLTEANDO DATAS

Em 29 de julho, do ano de 1857, nasce em São Gabriel Joaquim Francisco de Assis Brasil, advogado, diplomata, político, revolucionário e líder Maragato.

Em 29 de julho, do ano de 1860, nasce na Fazenda da Reserva, hoje Júlio de Castilhos, Júlio Prates de Castilhos, famoso coronel Prates, padrinho político de Borges de Medeiros e líder Chimango.


Quis o destino que os futuros inimigos Assis Brasil e Júlio de Castilhos nascessem no mesmo dia.

TALENTO NO PARANHANA

Ubiratan da Cunha Guilherme, no flarante acima com seu piá Miguel Augusto Bernardo Guilherme (e filho de tigre sai pintado) é um colunista que está merecendo um livro com retrospectivas de seus escritos. Alicerçando o tradicionalismo numa terra de germânicos (cidade de Taquara e adjacências), Ubiratan vai peleando só com o cabo da adaga, mas vai...

Escreve com pertinência sobre pessoas que labutam pelo gauchismo por aquelas bandas e, também, faz referências a musicalidade e aos costumes do pago de uma maneira geral.

A coluna do "loco véio" chama-se Buenas e Me Espalho e, nesta semana, escreveu sobre um grande parceiro de cavalgadas, o meu mano Genilton Altmeyer, que é uma rica de uma criatura.

Em fragmentos, Ubiratan assim descreveu Genilton: Na estampa a pura simplicidade, nos gestos um reflexo de sua alma. Sempre com um sorriso estampado e um abraço aos amigos. O reconhecimento ás pessoas que lhe indicaram os caminhos é sempre presente. Genilton têm na alma e no coração o reconhecimento pela pátria gaúcha, esta que foi defendida e demarcada à pata de cavalo.

É HOJE, NO TIARAYÚ.

Venha mostrar seu talento e saborear uma deliciosa "vaca atolada", a partir das 20 hs no CTG Tiarayú (rua Abilio Miller 251, Jardim Itu, Porto Alegre). Valor para o sócio em dia R$ 8,00 e para os demais R$ 10,00. Informações fone (51) 33444206.

Colaboração: Angélica Fraga

CONTATOS

Tenho recebido algumas ponderações dos leitores que tentam fazer contato com o blog e não conseguem.

Ocorre que o espaço que temos para os chasques é limitado a um número de caracteres que, passando do estipulado, não é aceito. O chasque é para pequenos recados. Contudo, aquelas pessoas que desejam enviar fotos, folders e reportagens maiores, podem acessar diretamente no seguinte e-mail: blogdoleoribeiro@hotmail.com

Estejam a gosto neste final de julho (que piada sem graça, mas era o que eu tinha para terminar). Abraços e um beijo no coração de todos!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

VOLTEANDO DATAS

No dia 28 de julho, do ano de 1954, nasce em Lavras do Sul Moisés Silveira de Menezes (no flagrante acima recebendo mais um de seus inúmeros troféus), poeta, escritor, pesquisador, Irmão de uma Ordem Maior e pessoa preocupada com a cultura genuina do Rio Grande. Parabéns, Moisés.

CHASQUES MUSICAIS

Sábado, dia 31, ás 10 hs, o cantor Amilton Lima estará no programa do Volmir Martins (Band/RS), antecipando o repertório de seu CD "Estampa Caudilha", que será lançado em agosto pela gravadora ACIT. O vídeo está no site www.amiltonlima.com.br

Também no dia 31, ás 20 hs, Luiz Marenco estará no Palácio de Cultura de Campo Grande, fazendo show na 2ª Tertúlia Sul-Mato-Grossense.

UMA PITADA DE SAL

NUM BLOG FEITO DE AÇUCAR

Um amigo contou-me que, neste ano, durante todo o percurso de uma cavalgada que durou mais que três dias, a música que rodava no carro de som era uma só, elogiando uma pessoa, gente boa, tradicionalista que muito colabora com a cultura do Rio Grande.

Quem me relatou o acontecido sabia de cor e salteado toda a música que ficava martelando na sua cabeça até na hora de dormir. Até aí tudo mais ou menos, a não ser pelo fato de que, quem mandava rodar sem parar o CD fosse o comandante da cavalgada que era o próprio homenageado na fadada música.

Agora, lendo a letra da composição oficial da Chama Crioula do Estado, que teve o lançamento na manhã de segunda-feira (12/07), na Câmara de Vereadores de Itaqui-RS, me deparo com outro tipo de auto-promoção (mirem o autor da letra e o penúltimo verso).


VEM QUE O ITAQUI TCHÊ ESPERA

Letra: João Sampaio & Valtair Behling
Música e Interpretação: Érlon Péricles

Chama crioula do pago
Fogo de alma bendita
É o próprio ideal farrapo
Que em tua chama crepita.
Pira votiva da pátria
Fulgor que recebe tua luz
O ITAQUI não tem tramela!

Para exaltar nossa chama
Louvor a deus bombeando o céu
E a cavalo acendo a chama
Depois de tirá o chapéu!

Nossa bandeira nossa farrapa
Tremula no céu azul
Grita o povo ao pé da chama:
Viva o Rio grande do Sul!

Sagrada chama crioula
Fogo do pago que brilha
Itaqui é o teu santuário
Na semana Farroupilha!

Vem que o Itaqui Tchê Espera!
Vem que o Itaqui Tchê Espera!
Chama Crioula da Pátria
Que o Rio grande retempera!

A terra do João Sampaio
Orgulho da nossa gente
Vai trazer a Chama Crioula
Pra iluminar o presente!

Cada centelha da chama
Guarda um pedaço da História
Levando pra todo o Estado
Nosso passado de glórias!

Eu considero o João Sampaio um dos maiores letristas terrunhos deste pago, além de excelente escritor, historiador e poeta. Ele não precisa disto, pois quem conhece um pouco da musicalidade riograndense sabe da importância do João Sampaio e do seu trabalho para a formação cultural discográfica e editorial desta querência. Mas, cada um pensa de um jeito....


terça-feira, 27 de julho de 2010

LA PAMPA GAUCHA


“Soy el cantor fogonero
que entre rodajas y pingos
le arrimo a cada domingo
un duende festivalero
Despues como un buen ladero,
si es gaucho el animador,
desparramando primor
en las alas de un punteo,
ato al palenque un floreo
pa’ ayudarlo al montador”

Payada de Juan Villarreal
Semana Criolla del Prado, Montevideo, Uruguay
Foto: Eduardo Amorim

SOBRE O JAYME

Em virtude do grande número de e-mails que recebemos em relação a questão levantada sobre a homenagem a Jayme Caetano Braun pelos organizadores da Coxilha Nativista e se o maior pajador riograndense de todos os tempos morou ou não em Cruz Alta, contraponho, educadamente, ao amigo Hilton que questionou, não a homenagem, mas a alegação de que "Jayme morou por muitos anos em Cruz Alta", me lembrando que a poetisa cruzaltense Beatriz de Castro me falava, lá na Estância da Poesia Crioula, que toda a família do Jayme, não sei em que época, morou por aqueles recantos bonitos. Tive, também na Estância, mais contato com seu irmão, grande poeta, Pedro Canísio Braun (estivemos juntos em uma sessão poética na tarde de quarta-feira que antecedeu seu falecimento), mas nunca tocamos neste assunto.

Ademais, meu parceiraço Hilton, penso que toda homenagem á Jayme é pouca em virtude do que ele representou para o Rio Grande (e tenho lutado para colocar sua estátua, a linda obra de Vinícius Ribeiro, num local mais visível ali no Parque da Harmonia pois está de frente para um lugar de difícil acesso). Sei que o que tu alegas é o motivo da homenagem, mas isto, cá entre nós, não tem muita importância pois Jayme Caetano Braun era um senhor do mundo.

Foto: LRS
Escultura: Vinícius Ribeiro

NOSSA TERRA - PELOTAS

Em fins do século XVIII, o gado selvagem existente na capitania de São Pedro do Rio Grande transformara-se já em ótima fonte de renda. A exportação para São Paulo, Rio e Minas Gerais era bastante ativa. Surge, então, numerosas, as estâncias e charqueadas.

Coube ao cearense José Pinto Martins, em1780, fundar o primeiro desses estabelecimentos e o litoral do canal de São Gonçalo foi todo partilhado em nada menos do que sete estâncias.

Em 1812, tão povoada achava-se a região, que D. João VI houve bem erguer uma nova freguesia no lugar denominado Pelotas, desmembrando-se da freguesia de São Pedro do Rio Grande. No ano seguinte, iniciou-se a construção da Capela dedicada a São Francisco de Paula, no local onde se situa a cidade.

Não tardou que para ali se transferissem os moradores das margens do arroio Pelotas e do Laranjal.

A grande expansão das charqueadas fez com que Pelotas fosse considerada a verdadeira capital econômica da província, vindo a se envolver em todas as grandes causas cívicas. O nome origina-se de "pelota", uma embarcação de couro puxada a pé dentro do rio, por homens, para atravessar a carg de charque de um lado ao outro do rio.

Considerada uma das capitais regionais do Brasil, juntamente com o município de Rio Grande, possui uma população de 343.167 habitantes e é a terceira cidade mais populosa do estado. Está localizado às margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, ocupando uma área de 1.609 km² e com cerca de 92% da população total residindo na zona urbana do município. Pelotas está localizada a 250 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado.

Na história econômica do município destaca-se a produção do charque que era enviado para todo o Brasil, e fez a riqueza de Pelotas em tempos passados.

O município conta com cinco instituições de ensino superior, quatro grandes escolas técnicas, três teatros, uma biblioteca pública, vinte e três museus, dois jornais de circulação diária, três emissoras de televisão, um aeroporto e um porto flúvio-lacustre localizado às margens do Canal São Gonçalo.

Tanto a zona urbana quanto a rural de Pelotas conta com monumentos, paisagens e vistas belíssimas, que levaram a televisão brasileira a escolher o município já por duas vezes como cenário para suas produções: "Incidente em Antares", cuja locação foi feita na zona do porto; e "A Casa das Sete Mulheres", filmada numa charqueada na zona rural.

Em Pelotas é realizada todos os anos a tradicional Fenadoce - Feira Nacional do Doce -, festa de eventos ancorada pelos famosos doces de origem portuguesa e que fazem a fama de Pelotas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CLASSIFICADAS DA 20ª GUYANUBA

Composições classificadas para a Etapa Estadual da 20ª Guyanuba da Canção de Sapucaia do Sul, que acontece de 05 a 08 de agosto:

CLASSIFICADAS:

1) CHUVA DE ESPERA (Arabí Rodrigues/José Luiz dos Santos/ Délcio Tavares)
2) ZECA MULEIRO (Hermes Lopes/ Érlon Péricles)
3) RIO ANDEJO (João Stimamilio Santos/Carlitto Magallanes/Osmar Carvalho)
4) CRUZANDO O TEMPO (Juca Moraes/Anderson Mireschi)
5) GATEADO FRENTE ABERTA (Telmo de Lima Freitas)
6) QUANDO O CÉU CHORA A SAUDADE (Rômulo Chaves/Nilton Ferreira)
7) DE IDÉIA GASTA (José Carlos Batista de Deus/Eduardo Munhoz/ João Bosco Ayala)
8) ESTRELA NOVA (Carlos Omar Villela Gomes/João Bosco Ayala)
9) DE VERSOS E PROSAS (Carlos Moacir Pinto Rodrigues/Beto Caetano)
10) JEITO GAUCHO (Eron Carvalho /João Chagas Leite)

Fonte: Blog Jairo Reis

III TERTÚLIA MAÇÔNICA DA POESIA CRIOULA

RETA FINAL No flagrante acima Adão Bueno, vencedor da II Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula (interpretando um poema de Rodrigo Borges Bueno) e Léo Ribeiro


Estamos a menos de um mês da III edição da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, evento poético-musical criado e organizado pelo Grupo Tradicionalista Fraternidade Gaúcha, Departamento Cultural nativista do Grande Oriente do Rio Grande do Sul.

Tal evento visa resgatar e preservar a arte da poesia e integrar a família maçônica, de tantas histórias na formação do Rio Grande, com os admiradores e cultores desta manifestação cultural.

A III edição do Festival ocorrerá no dia 24 de agosto no Teatro Dante Barone, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, ás 20 hs, sendo, a entrada, um quilo de alimento não perecível.

Até o dia da tertúlia estaremos, neste blog, informando mais detalhes desta unção poética como: um breve histórico das edições passadas, relação de poemas concorrentes, seus autores, shows, jurados, etc.


Contamos com a presença de todos.

domingo, 25 de julho de 2010

INSCRIÇÕES - ÚLTIMO DIA

Não esqueçam que hoje, 25 de julho, expira o prazo para inscrições ao Encontro de Artes e Tradição (ENART), 2010.

Fonte: Chasque de Primeira

VOLTEANDO DATAS

Num dia 25 de julho, do ano de 1773, o Governador de Rio Grande de São Pedro, coronel José Marcelino de Figueiredo, transfere a capital gaúcha de Viamão para Porto Alegre

A PURA CÊPA CRIOULA

OS IRMÃOS BERTUSSI - PARTE II

Memorial Os Irmãos Bertussi, inaugurado em 2008 em São Jorge da Mulada - Criúva - Caxias do Sul

Um fato pitoresco viria a acontecer e tornar-se um marco em 8 de maio de 1942. Assim contou Honeyde:

Uma chuvarada muito grande fez encher o rio da Mulada. A orquestra que ia toca o baile em São Jorge não consegue passar. Me tiraram da cama lá pelas nove da noite, para tocar para aquele povo que estava reunido. Fui de gaita de boca e violão, e meu irmão Valmor levou um chocalho e o acordeão para mim. Nos saímos muito bem.

Naquela mesma noite, acertei um baile, o primeiro na minha vida. Contratante: Saturno Gomes, de muita coragem.

Passei a estudar tudo sobre o acordeão: música no papel e decorando certo o que eu ia aprendendo, tendo nos velhos gaiteiros todos os exemplos de harmonia, ritmos e compassos. Os diferentes gêneros, esses eu encontrei nas livretas de banda de música, na qual papai foi maestro.

Quando ele percebeu minha facilidade e minha dedicação em arte musical, pegou as duas clarinetas e passou-me a dar instruções musicais. Papai empolgou-se e resolvemos formar um conjunto com os outros três irmãos. Compramos um sax alto para o Wilson e o Valmor passou a usar a bateria que tinha sido da banda da Criúva. Logo o Adelar entrou tocando pandeiro e cavaquinho e mais tarde acordeão. Formamos o conjunto “Dois Porongos Acoierados”, que tocou muitas festas nos municípios da região.

Em 1946, os irmãos Wilson e Valmor compram um caminhão, Fioravante transfere-se para Caxias do Sul e o conjunto passa a reunir-se somente para tocar as festas do padroeiro dem São Jorge da Mulada. Honeyde continua estudando, agora com o maestro Victor De Lazzer, em Caxias do Sul, tocando bailes e festas com grande atividade, já colocando nos anúncios o aposto “Cancioneiro das Coxilhas”. A partir de 1947, Adelar, já com domínio total do instrumento, passa a acompanhar Honeyde em todas as apresentações.

Em 1949 foram contratados para uma apresentação da recém inaugurada Rádio Erechim, na cidade de mesmo nome. O apresentador do programa Álvaro Aquino, apresentou a dupla como “Os Irmãos Bertussi – Os Cancioneiros das Coxilhas”. Essa foi a “cerimônia” de batismo.

Em 1955, com a gravação e o lançamento em nível nacional, do primeiro LP “Coração Gaúcho”, pelo selo da Copacabana, e a veiculação de reportagem na revista semanal “O Cruzeiro”, então a mais importante em circulação no Brasil, consolidava-se o caminho para levar a música Bertussi para inumeráveis recantos da Pátria.

Foram duas décadas de intenso trabalho. Centenas de shows, festas, bailes e muitos LPs gravados.. No entanto, foi na música para dançar que se criaram e consolidaram alguns ritmos como samba campeiro e estilos que, mais tarde, passariam a servir de vertente para centenas de outros conjuntos musicais importantes do Rio Grande do Sul.

O pioneirismo dos Irmãos Bertussi, entre outros aspectos, reside no trabalho inovador de juntar, pela primeira vez, dois acordeões, executando com exímio e perícia, musicas previamente escritas e arranjadas para os dois instrumentos, construindo um resultado sonoro e rítmico absolutamente inédito que, com o passar dos anos, viria concretizar o que hoje genericamente se intitula, no sul do Brasil, de música fandangueira.

Em 1965, a dupla desfez-se, passando seus integrantes a formar conjuntos próprios que continuaram a trajetória de apresentações em shows e bailes e a produção de novas músicas e novos discos.

sábado, 24 de julho de 2010

VOLTEANDO DATAS


Num dia 24 de julho, do ano de 1839, Giuseppe Garibaldi, a serviço dos Farroupilhas, após a heróica travessia dos lanchões pelos campos gaúchos, puxados, cada um, por cem juntas de boi, entra em Laguna e proclama a República Catarinense ou República Juliana. Nesta cidade conhece Anita, sua futura companheira que veio tornar-se a mulher símbolo da Revolução.

COM A PALAVRA, OS ORGANIZADORES

O tradicional festival musical Coxilha Nativista, de Cruz Alta, em sua trigésima edição que ocorre agora, de 24 a 31 de julho, entre as diversas novidades e programações resolveu homenagear o grande pajador Jayme Caetano Braun dando seu nome ao palco principal das apresentações.

Hilton Luiz Araldi, historiador e pesquisador de nossa cultura e grande colaborador do nosso blog, enviou-nos o seguinte chasque:

Buenas.

Sobre o Palco em homenagem a Jayme Caetano Braun onde se lê "que a partir desta edição se chamará "Palco Jayme Caetano Braun". Merecida homenagem ao compositor, poeta e pajador que morou por muitos anos em Cruz Alta." gostaria que alguem de posse de algum documento comprove que Jayme morou por MUITOS ANOS em Cruz Alta.

Eu tenho comprovantes que Jayme morou e estudou em Passo Fundo em 1940 e 41 no Colégio Conceição.

Como tenho copia da Guia de Tansferencia datada de Dezembro de 1939 do Ginasio M. Cristo Redentor de Cruz Alta, onde deixa claro que o Jayme cursou a segunda série do Curso Fundamental naquele educandário, em 1939 somente.

Tenho procurado várias pessoas de Cruz Alta, para ter provas de que ano o Jayme foi para lá estudar. Até para completar esta lacuna dos historiadores que ninguem diz onde o Jayme viveu ou o que fez de 1938 a 1942.

Para quem quiser as cópias dos boletins de que o Jayme estudou em Passo Fundo em 1940 e 41, coloco a disposição.

Fica fácil dizer que o Jayme morou por muitos anos em Cruz Alta. Quero provas, a bem da verdade !

Hilton Luiz Araldi - Passo Fundo - e-mail : hiltonaraldi@gmail.com

Em 23 de julho de 2010 13:05, Pithan Pilchas

O que os blog pode dizer é: com a palavra, os organizadores do evento.

TERÇA, O RETOÇO É EM LOMBA GRANDE

Dionísio Costa, músico e um dos compositores mais requisitados quando o assunto é composição galponeira de fundamento, estará dia 27/07 terça feira, na Sociedade Gaúcha Lomba Grande, num bailongo de sair gente pelo ladrão, com animação do Grupo Trancaço e onde nosso parceiro velho fará um belo show juntamente com Os 3 Xirus, que lançam Cd comemorativo aos 45 anos de carreira. Quem quiser ouvir as belíssimas composições do Dionísio, o som de um dos grupos pioneiros deste Rio Grande velho e ainda chacoalhar os mondongos ao embalo do Trancaço, que vá se "apreparando".

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FESTIVAL DE POESIA - QUERÊNCIA AMADA


Agradeço do fundo do coração á Diretora de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura da cidade de Rolante, Diana Schierholt, pela lembrança de convidar-me para jurado do 1º Festival de Poesia Gaúcha Querência Amada, em homenagem a um dos filhos mais ilustres deste município, Victor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, que nasceu na localidade de Mascarada.

As inscrições do evento vão até o dia 17 de agosto e o festival será realizado no CTG Passo dos Tropeiros, no dia 15 de setembro, data que, infelizmente, já tinha assumido outro compromisso e por este motivo não poderei fazer parte do corpo de avaliadores.

Todos os participantes selecionados receberão certificados de participação; cuia e bomba de chimarrão e, os vencedores do Festival farão jus a seguinte premiação:
1º Lugar Poesia: - Troféu Querência Amada + R$ 300,00
2º Lugar Poesia: - Troféu Querência Amada + R$ 200,00
3º Lugar Poesia: - Troféu Querência Amada + R$ 100,00

1º Lugar Intérprete: Troféu Querência Amada + R$ 300,00
2º Lugar Intérprete: Troféu Querência Amada + R$ 200,00
3º Lugar Intérprete: Troféu Querência Amada + R$ 100,00

1º Melhor Amadrinhador: Troféu Querência Amada
2º Melhor Amadrinhador: Troféu Querência Amada

Informações: Diana Camila Schierholt, Izar Terezinha da Rosa e Luciana Hanich -(51) 3547.1042 – SMEEC

VOLTEANDO DATAS - I

Na data de hoje, 23 de julho de 2010, completa-se dois anos do falecimento de Sylvio da Silveira Bustamente, um dos fundadores do Grupo Tradicionalista e Piquete Fraternidade Gaúcha, da Maçonaria do Grande Oriente do Rio Grande do Sul e, também, um dos idealizadores da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula que, no dia 24 de agosto, entra em sua terceira edição.

Sylvio Bustamente é o segundo da esquerda para a direita, abaixado, na foto que retrata uma atividade do Grupo no Templo Nobre Caldas Junior.

Também num dia 23 de julho, do ano de 1963, nasce em Porto Alegre Renato Borghetti, o Borghettinho, um exímio executor da gaita de botão, ou gaita "botoneira". Ao gravar com sucesso a música, Milonga para as Missões, do também acordeonista Gilberto Monteiro, Borghetti abriu as portas do Brasil para a música instrumental gaúcha com verdadeiros recordes de vendas. É, ao lado de Gaúcho da Fronteira e Berenice Azambuja, um dos músicos mais conhecidos fora do Rio Grande do Sul.

VOLTEANDO DATAS - II


Fragmentos do texto de Walter Spalding sobre Gaspar Silveira Martins, líder Maragato da Revolução de 1893, que morreu num dia 23 de julho, do ano de 1901.

O Correio do Povo de 25 de julho de 1901 estampava, em destaque a seguinte notícia: -"Tivemos ontem, pelo telégrafo, a triste notícia do falecimento, em Montevidéu, do Dr. Gaspar Silveira Martins. O patrício ilustre, cuja morte o Rio Grande deplora, tem o seu nome vinculado de modo imperecível à história do nosso Estado, que ele muito amou e por cujo progresso moral e material, muito se esforçou. O Rio Grande do Sul chora a morte de Silveira Martins que, com justa razão, figurará na galeria dos nossos varões ilustres como um grande patriota. A notícia da sua morte, espalhou-se ontem rapidamente pela Capital e, desde logo, os escritórios dos jornais foram procurados por grande número de pessoas que, pesarosas, pediam informações a respeito. O Dr. Gaspar Silveira Martins devia completar no dia 5 de agosto próximo, 66 anos de idade".

Silveira Martins estava, ainda, no exílio em Montevidéu, apesar da paz de 1895, assinada em Pelotas, pondo fim à Revolução Federalista de que fora o chefe civil.Sua morte, ocorrida a 23 de Julho, treze dias antes de completar 66 anos de idade, em verdade muito abalou o mundo político brasileiro, principalmente o ligado ao federalismo, e sobremodo escandalizou a sociedade em virtude da situação em que se dera o falecimento do grande tribuno.

Só, longe do lar, vivendo em hotel na capital uruguaia, homem fogoso, bastante dado a mulheres, jamais se negou aos prazeres da carne de que ele usava e abusava e foi por isso que sua morte, ao lado de uma dessas vivandeiras, à meia tarde, escandalizou, lamentando-se, porém, tenha sido esse o fim do tribuno que fazia temer o adversário desde a sua juventude, quando subiu pela primeira vez à tribuna parlamentar, ou quando, em 1869, proferiu aquela sua conferência clássica sobre o Radicalismo, abalando consciências e arrastando multidões.

Era, na realidade, um fim muito triste, esse do ex-Ministro da Fazenda do Gabinete de 5 de janeiro de 1878, desse Ministro que havia proposto o voto aos acatólicos, exigindo reforma da Constituição, e que por não ser atendido, rompeu, não apenas com o Presidente do Conselho Cansansão de Sinimbu, mas com seu próprio companheiro Ministro da Guerra, senador Marquês do Erval.

Entretanto, esse final melancólico da grande vida em nada afetaria as suas idéias, as suas atividades de patriota e progressista que jamais recuou e jamais vergou diante de potentados. Foi um homem de pensamento, como poucos tem tido o Brasil nestes seus quase quinhentos anos de História, no terreno político principalmente. E nem mesmo atingiu a integridade do homem que foi, durante sua vida, exemplo de dignidade, de dedicação, de honradez de homem público, líder inconteste do liberalismo brasileiro a partir do dia em que se apresentou na vida política da Nação. Iniciando-se na política, logo após sua formatura na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1855, contando, pois, 21 anos de idade Gaspar Silveira Martins foi subindo, à custa de sua inteligência, de seu talento, de sua cultura. Degrau por degrau, chegou a Ministro, em 1878, com apenas 44 anos.

Gaspar Silveira Martins nasceu em Cerro Largo, República Oriental do Uruguai, a 5 de agosto de 1834, na estância avoenga, sendo batizado a 5 de março de 1835.

Aos 34 anos, em 1868, começou a sua grande ascensão. Diz-nos Joaquim Nabuco (Um Estadista do Império, p. 122 e segs.): "Já sob o ministério Itaboraí, podia-se distinguir a separação entre os liberais, a faixa radical. Um homem novo começava a aparecer na política, e revelava, desde seus primeiros atos, uma independência, uma força, uma audácia, como de certo ainda não se tinha visto, batendo as suas portas em nome de um direito até então desconhecido: o do povo. Era Silveira Martins. A figura do tribuno, como depois a do parlamentar, era talhada em formas colorsais; não havia nele nada de gracioso, de modesto, de humilde, de pequeno; tudo era vasto, largo, soberbo, dominador. Na cadeira de juiz, fazendo frente ao ministro da justiça; nas palestras literárias, pronunciando-se sobre as velhas raízes arianas; nas conferências públicas, fazendo reboar pelas cavernas populares o eco interminável de sua palavra; nos conselhos do partido democrático, falando aos chefes tradicionais, aos homens do passado, com a consciência e a autoridade de um conquistador bárbaro, ditando a lei à civilização decrépita, indefesa em sua tranquilidade imemorial; nas redações dos jornais amigos, nas confeitarias da Rua do Ouvidor, onde durante anos exerceu entre os moços e os exaltados a ditadura da eloqüência e da coragem, como Gambetta, durante o Império, nos cafés do Quartier Latin; nas rodas de amigos políticos, como Martinho de Campos, Otaviano, Teófilo Ottoni; depois, na Câmara dos deputados, onde sua entrada (legislatura de 1872-1875) assinala uma época e faz o efeito de um terremoto; no ministério, onde, incapaz de representar segundos papéis, mas sem preparação, talvez, suficiente para tratar negócios, só teve uma ambição: ganhar com a saída o que perdera com a entrada, e por isso ainda mais, como ministro demissionário do que como membro do Gabinete; por último no Senado, na independência, na soberba, com que, operada a sua transformação conservadora, atrai para si todos os rancores da democracia, que talvez tenha criado: em todas as posições, que se abateram diante dele para que ele entrasse sem subir, em todos os papéis que desempenhou, Silveira Martins foi sempre único, dilerente de todos os mais; possante e sólido, súbito e irresistivel, natural e insensível, como uma tromba ou um ciclone". (... ) "É o Sansão do Império. Desde logo é preciso contar com ele, que é, nesse momento, o que em política se chama povo, isto é, as pequenas parcelas de povo que se ocupam de politica".

Aí está o retrato do grande Gaspar Silveira Martins, o tribuno máximo do Brasil Império, que entraria pela República, coerente com seus princípios, combatendo oligarquias e ditaduras, exigindo liberdades e direitos que se vinham conculcando, no Rio Grande do Sul, através de leis, de conchaves e de ordens subterrâneas, num desrespeito integral à dignidade humana do adversário. Nasceu dai a Revolução, revolução que ele, Gaspar Martins, não queria, mas teve que aceitar porque o povo, aquele mesmo povo que ele conduziu e educou nos princípios da liberdade e do radicalismo que sempre pregou, o quis e o obrigou a presidir, como chefe civil.

E ele, que jamais cedia, mas procurava sempre harmonizar, desde que beneficiasse ao povo e à Pátria, foi obrigado a assistir à hecatombe terrível que foi a violenta carnificina humana daquela revolução que se fez contra sua vontade, a de 1893-95, e que, finalmente, conseguiu paralisar após lutas e mais lutas diplomáticas, até conseguir um mediador capaz de compreender a situação, compreender o povo, e firmar a paz.

Mas não foi possível evitar a luta. As provocações foram excessivas e Joca Tavares com Gumercindo Saraiva, invadiram o Rio Grande do Sul pensando calarem de imediato as diatribes e arbitrariedades que campeavam pelo Estado, ordenadas, provocadas, consentidas pelo governo de Castilhos. E,Gaspar Martins não teve outro remédio: aceitar a revolução que não queria, que jamais quis. Paulo José Pires Brandão, neto materno e afilhado do Conselheiro Antonio Ferreira Viana, conheceu Silveira Martins em casa do avô. Em seu livro Vultos do MeuCaminho, assim descreve o imortal conselheiro: "Alto, corpulento, grandes óculos, barba toda aberta e branca, pele muito vermelha. Voz de trovão, gesto largo, não sabia falar baixo, e mesmo quando palestrava era em tom de discurso, e a sua voz clara, sonora e forte invadia a sala onde estava, os corredores, o hall, a casa inteira, atravessando a rua. Não falava ao ouvido de ninguém, não dizia segredos, nem os tinha, mesmo porque a sua voz não dava diapasão para sussurros, não murmurava: tonitroava".

Com a Proclamação da República, estando Gaspar Martins na Presidência do Rio Grande do Sul, foi preso e deportado.

Pouco antes do 15 de novembro de 1889, fora Gaspar chamado à Corte para formar novo Ministério, com intenções de evitar a queda fatal. Foi tarde, porém. Ao chegar no porto de Desterro (depois Florianópolis), já a República havia sido proclamada e Gaspar Martins aprisionado. Seguiu para a Europa.

Lá o encontrou Pires Brandão, que viajava com o avô, também deportado. E conta que, ao atravessar o Canal da Mancha, encontra a bordo o diplomata e jornalista francês Tachard, a quem foi apresentado. Diz Pires Brandão: "Falou Silveira Martins toda a travessia. Ao desembarcar na Inglaterra, disse Tachard a meu avô: Não há no mundo governo e instituições que possam resistir a um homem como este, que atravessa a Mancha discutindo Renan! Um país que deporta um homem desses, ou é um país de sábios ou de ignorantes".


Colaboração: Hilton Araldi

quinta-feira, 22 de julho de 2010

DRENAGEM NO PARQUE DA HARMONIA

(Parque Mauricio Sirotski Sobrinho)

Foto: Léo Ribeiro

Mais uma vez, com a aproximação do Acampamento Farroupilha, o nosso gabinete está recebendo manifestações de preocupação dos que costumeiramente acampam no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Parque da Harmonia). A maior delas se refere ao sistema de drenagem que deveria ser implementado no Parque, cuja verba para realização desse serviço - quinhentos mil reais (R$ 500.000,00) - foi aprovada pela Câmara Municipal no final de 2009.

Queremos salientar que, em março deste ano, já preocupados com a aproximação do evento e, juntamente com ele, o período de chuvas, encaminhamos um Pedido de Informações acerca do assunto, considerando a importância da instalação desse sistema para a realização dos Festejos Farroupilhas. Até o momento, não tivemos retorno.

Em função disso, novamente estamos cobrando uma resposta do Executivo. Encaminhamos, em caráter de urgência, um pedido de averiguação, para que possamos saber de fato como está a situação desse processo de implementação do sistema de drenagem no Parque.

O Acampamento Farroupilha sempre sofreu com alagamentos, pois as chuvas são comuns durante o período em que acontece. E tratando-se de um grande evento cultural sediado pela capital gaúcha, certamente merece um cuidado especial.

Apesar de estarmos correndo contra o tempo, estamos fazendo o que está ao nosso alcance, cobrando a realização desse serviço, frisando que a verba já foi aprovada por esta Casa Legislativa.

Para visualizar os documentos relacionados ao assunto, acesse:

http://www.vereadorbernardino.com.br/website/pages/regionalismo-gaucho/--noticias/drenagem-no-parque-da-harmonia.php

COISAS DA NATUREZA OU COISAS DE MÃE?


Num zoológico na Califórnia essa tigresa deu cria a 3 tigrinhos que infelizmente não resistiram as complicações da 'gravidez' e morreram logo após o nascimento..

A mãe-tigresa depois de se recuperar do parto, começou a piorar seu estado de saúde, mesmo que fisicamente ela estivesse bem.

Os veterinários sentiram que a perda da cria causou uma profunda depressão na tigresa. Os médicos decidiram que se a tigresa adotasse a cria de uma outra mãe, talvez melhorace. Após checar com vários zoológicos pelo país, tiveram a triste noticia de que não havia nenhuma cria de órfãos tigrinhos na mesma idade para levar para a mãe tigresa.

Os veterinários então decidiram tentar algo que nunca teria sido tentado antes em um zoológico.

Às vezes a mãe de uma espécie cuida dos filhotes de uma diferente espécie. Os únicos órfãos que puderam ser encontrados rapidamente foram as crias de uma porquinha. Os funcionários do Zoológico e os veterinários revestiram os porquinhos em pele de tigre e colocaram os bichinhos ao redor da mãe tigre.

A tigresa simplesmente "adotou" os porquinhos como filhos e coitado de quem lhes fizesse algum mal...

Por quê para o ser humano é tão difícil?

JOCA MARTINS - ALMA CRIOULA

Foto: Nauro Júnior

CHASQUES DO VALDEMAR

GRUPO OH DE CASA ESTÁ DE LUTO

Bueno! Preocupado em levar a autêntica música dos fandangos e bailes gaúchos pros palcos dos galpões dos CTGs e outras entidades sociais em todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, outros Estados e países vizinhos, o Grupo Musical Oh de Casa, sob a direção do meu amigo Quadros, sempre se preocupou com o material humano, ou seja, os seus músicos, sua equipe técnica, de locomoção, todos integrantes desta grande família musical que é o Oh de Casa.

Mas no dia 16 de julho, em Porto Alegre, mais precisamente na Vila Santa Rosa, a violência urbana da nossa sociedade, de forma cruel, com dois balaços à queima-roupa, ceifou a vida do Jonas, competente baterista do grupo. Agora deve estar tocando em pagos celestes a tradicional bateria campeira. Com certeza, vai ficar a saudade e a dor de uma vida levada pela violência. Nossas condolências aos familiares do Jonas e da família Oh de Casa, pois, o fandango e a vida vão continuar.....

CTG TRADIÇÃO

Bueno! Logo mais à noite desta sexta-feira, no galpão do CTG Tradição, acontecerá um tradicional jantar campeiro, Informações com o seu Machado pelo fone 051.9708.1644. O CTG fica na Av. Ildo Meneghetti, no Jardim Aparecida.

CTG BENTO GONÇALVES DA SILVA

Bueno! A patronagem do CTG Bento Gonçalves da Silva, com o costado de todos os seus departamentos, boleia a perna e convida as entidades tradicionalistas desta cidade, da Região e de todo o Estado, para participar, nos dias 23, 24 e 25 de julho, do 3º Festival Sócrates de Arte e Tradição.

Por: Valdemar Engroff

valdemar@engroff.com.br
gaucho.valdemar@pop.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

VOLTEANDO DATAS


Num dia 21 de julho de 1940, nasceu em Pelotas, Alcy José de Vargas Cheuiche. Filho do general Alcy Vargas Cheuiche e de Zilah Maria da Silva Tavares. Os Cheuiche são de origem libanesa e os Silva Tavares constituem uma tradicional família gaúcha, cujos membros participaram dos principais movimentos revolucionários do Estado, a começar por João da Silva tavares, o Joca Tavares (Barão do Cerro Largo) que lutou na Revolução Farroupilha ao lado dos imperialistas.

Aos quatro anos de idade Alcy foi viver em Alegrete, onde aprendeu a ler e escrever e se tornou, como o pai, um entusiasta da vida do campo e das tradições gaúchas. Aos dezoito anos de idade, ingressou na Faculdade de Veterinária, da Universidade Federal de do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Nesse período, escreveu contos e poesias para jornais universitários. Diplomado em primeiro lugar em sua turma, fez cursos de pós graduaççao na França e Alemanha. Durante sua temporada na Europa, manteve uma coluna semanal no jornal Correio do Povo, intitulada Cartas de Paris.

Casa-se em 1980 com sua prima Maria Berenice Ferreira Gervásio Em 1983, nasce Zilah, sua filha única. Em 1991, assume, em Porto Alegre, a direção do Instituto Estadual do Livro. Desde então, radicado na capital gaúcha, embora continue trabalhando como veterinário, dedica-se intensamente à atividade literária e realiza novas viagens pelo mundo. Volta a Paris em 1997, para pesquisar sobre Santos Dumont. A pesquisa serviu de base para seu premiado romance sobre a vida do Pai da Aviação, Nos céus de Paris - Romance da vida de Santos Dumont. Em 2006, foi escolhido patrono da 52ª Feira do Livro de Porto Alegre, considerado o maior evento do gênero na América do Sul.

É ganhador do prêmio literário Ilha de Laytano pelo romance histórico “Guera dos farrapos” É membro vitalício da Academia Riograndense de Letras. Além de diversas obras publicadas na área de Romances e Crônicas na seara da poesia é autor de: Meditações de um Poeta de Gravata; Entre o Sena e o Guaíba e Versos do extremo Sul. Foi poeta homenageado da Sesmaria da Poesia Crioula, 10ª Quadra, e da 2ª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula.

É um dos maiores estudiosos sobre o personagem histórico do Rio Grande, índio Sepé Tiaraju.

GAITA: INSTRUMENTO SÍMBOLO DO RS

Foto: LRS

A gaita – ou acordeão – poderá se tornar o instrumento musical símbolo do Rio Grande do Sul. A proposta é do deputado Gilmar Sossella (PDT), que protocolou na Assembléia Legislativa o Projeto de Lei 112/2010 com esse objetivo. “Além de homenagear os inúmeros gaiteiros gaúchos, o projeto pretende resgatar a história de um instrumento que faz parte da história musical do estado e que está presente na maioria das composições regionalistas”, afirma o parlamentar. Na justificativa anexada ao projeto, Sossella lembra que os artigos 220 e 221 da Constituição Estadual explicitam a intenção do Estado em promover e proteger a cultura em suas diversas manifestações, e destaca a singularidade da gaita: “Talvez não seja por acaso que os gaúchos, tão ciosos de uma pretensa identidade singularmente própria em relação ao resto do país e do mundo, tenham escolhido a gaita como representativo da sua música regional”, diz ele. Identidade - Tocador de gaita desde os 14 anos, Sossella considera a música uma terapia. “O cantar desperta a alma e torna mais leve o viver”, afirma, parafraseando interação entre as pessoas”.

Histórico - Ainda na justificativa do projeto, Sossella registra que a gaita foi desenvolvida em 1829, em Viena, na Áustria, com base em um instrumento de sopro chinês chamado Cheng. No século XIX, teria ganhado o mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona, na Itália. Os primeiros registros da sua presença no Brasil. remontam à guerra do Paraguai, mas ele só se tornou verdadeiramente popular no país final do século XIX, com as levas de imigrantes italianos, que traziam consigo os seus acordeões.

Fonte: http://pithanpilchas.blogspot.com/

MAS TCHÊ! O QUE É O AMOR?

Por vezes o gaúcho rude, despreocupado com as coisas da alma, envolvido pelo ambiente de intempéries que o cerca, acaba esquecendo o que é o amor e fica até meio sestroso em prosear do assunto.

Na verdade isto é temporário pois, por mais arredio á palavras e atos de carinho, porquanto tenha crescido na intensa lida, o gaúcho é por demais romântico.

E quem tinha a dolência das tardes interioranas mas viu um mundo novo nas retinas de rapaz e saiu a buscá-lo, na força e na coragem, não pode padecer de desamor.

Quem olhou para seus pais com a mesma ternura da mãe que bombeia o filho que se vai, não tem direito de negar o afeto.

Quem retrata em seu corpo o telurismo do solo nativo, há que ser um poeta do amor!

Mas então, gaúcho, o que é o amor?

- Não é o ímpeto a um olhar sotreta lhe clamando “vamos que depois veremos”.

- Não são lonjuras quando está tão perto o braço antigo que, por só, se cansa.

- Não!

- Não é o fogo nem o beijo ardente que se apagarão logo ali na frente...

- O amor é sim um tropel de ânsias entre passos firmes de um andar perene.

- O amor é o rancho, as aves, o vento. É o sonhar de dois, é o cruzar de tempos.

- E... se hay quem diga que o amor falece, então não me conhece!

- Eu sofro a dor dos injustiçados. Isto é amor! Eu tenho o frio dos desabrigados. Isto é amor! Eu tenho apego ás coisas da terra. Isto é amor! Eu vejo o brilho dos teus olhos claros. Isto é amor!

- O amor é ...
... a memória moça num rosto de rugas, é humanizar um mundo desumanizado.

- O amor é ...
... ouvir murmúrios do coração magoado enquanto a razão grita em altos brados.

Foto: LRS
Texto: Léo Ribeiro

PÊLOS DE CAVALOS - GATEADO

Foto: Eduardo Amorim

Gateado típico: é um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura.

Gateado osco ou pardo: é mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo.

Gateado pangaré: o que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara.

Gateado ruivo: o que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo.

Dizia Jayme Caetano Braun sobre o Gateado:

Gateado - pêlo do pingo
Uma cor amarelada,
Que – das cruzes à rabada
Tem risco – escuro e parelho,
Raias nos garrões e joelhos
E cria escura – é o genuíno.
Pelo mau – disse o Firmino -
Poeta dando conselho.

Nós discordamos, Firmino
Porquê há gateados de lei.
O Gateado-Ruivo é um rei
Sob um trono de pelegos.
E o Gateado-cabos-negros?
- é de torear delegado.
Sempre gostei de gateado,
Nele saio e sei que chego!

terça-feira, 20 de julho de 2010

AMIGOS


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Texto: Oscar Wilde - Loucos e Santos
Colaboração: Xanda
Foto: LRS - meus amigos Assis e Aldo
A todos os meus amigos um grande Dia do Amigo

MONUMENTOS - LA CARRETA


Este monumento, declarado Monumento Histórico, foi contruído em 14 de outubro de 1934. Está localizado no Parque Batllés, em Montevideo, Uruguai, sendo um ponto turístico de obrigatória visitação.

Seu escultor foi José Belloni, que utilizou bronze e uma base de granito de cor rosada.

ENART 2010 - 1ª REGIÃO TRADICIONALISTA

A Primeira Região Tradicionalista promoveu nos dia 17 e 18 de julho, nas dependências do DTG Lenço Colorado e do Ginásio Gigantinho do Sport Club Internacional, a fase regional do ENART 2010.

Com grande presença do público, principalmente no domingo, apesar da chuva e do frio, 11 onze grupos de danças tradicionais apresentaram-se em busca de classificação para Força B do ENART 2010.

O evento foi um grande sucesso, atraindo grande número de tradicionalistas e de público em geral, que acompanhou atentamente o desempenho dos representantes de várias entidades tradicionalistas da Primeira Região nas modalidades artísticas individuais, que ocorreram no sábado e, principalmente, na apresentação dos grupos de danças tradicionais no domingo.

A apresentação dos grupos artísticos contou com a cobertura da TV Inter e culminou com a divulgação dos ganhadores na noite do domingo. Além dos destaques individuais, o grupo de danças tradicionais do CTG Roda de Carreta foi o grande vencedor, classificando-se em primeiro lugar entre as onze invernadas que estiveram presentes ao evento.

O resultado de todas as modalidades pode ser acessado por meio da página virtual (internet) da Primeira Região Tradicionalista: http://www.1rtrs.com.br/

Postado por Dpto. Com. Social - 1ª RT no Chasque de Primeira em 7/19/2010 06:09:00 PM

O GAÚCHO MUNDO A FORA

Este flagrante colhi em uma avenida de Buenos Aires. Notem que a vestimenta do rapaz é composta de chapéu, "palitó", gravata, bota e bombacha. É uma característica dos gaúchos de uma região da Argentina.

O gaúcho, nos tempos de agora, é um estado de espírito. Deixou de ser aquele personagem nascido na esfera geográfica do Rio Grande do Sul. Cruzou o rio Mampituba e todos os marcos de fronteiras, para espalhar seu tipo genuino no chão que passa a habitar.

A partir desta postagem, vamos, semanalmente, escrever algum tema sobre o gaúcho riograndense e sua característica nos diversos locais onde se arrancha fora do nosso Estado.

Vamos começar com a localização de alguns centros de tradições - Mundo a Fora

C.C.G Bento Gonçalves - Los Angeles-California -EEUU -
Endereço: 4946 Meridian Street - 90042 - Los Angeles-California -EEUU - Telefones: 323 256-6548 259-9818 - URL: www.ranchogaucho.com - email: delazeri@ranchogaucho.com - Patrão / Patroa: Jatir Cosme Delazeri

CTG Recuerdos del Pago - Fundado em 20 de setembro de 2008
Endereço: Calle Olmo, 24-1B, Madrid 28012, - España
Patrão: David Renato Dominguez Carreta

CTG Brasil Tche - Bernadesville -
Endereço: 201, N> Finley - 07024 - Bernadesville - NJ - Telefones: 908 642-7695 - email: vshalit@hotmail.com - Patrão / Patroa: Valeria Shalit

CTG Deserto da Saudade
Israel

CTG INDIO JOSÉ - Santa Rita - Alto Paraná - Paraguai
Endereço: Ruta 6ta - Santa Rita - Alto Paraná - Paraguai

CTG Nova Querência - Fort Lauderdale, FL - EEUU
Endereço: 920 NW First St. 33308 - Fort Lauderdale, FL - EEUU - FL - Telefones: 954 296-3935 - URL: www.jornalgazeta.com - email: allbrazil@aol.com - Patrão / Patroa: Zigomar Voelva - Valeni Santos

CTG Pedro Álvares Cabral - Lisboa-Portugal
Endereço: Av. Visconde de Valmor 73 - 2a - 1050-239 - Lisboa-Portugal - Telefones: 351 96 589 150 - email: tuliomachado@clix.pt

CTG Querência do Norte - Mississaoga, ON L5N2G1 - Canadá
Endereço: 2690 Brasilia Circle - Mississaoga, ON L5N2G1 - Canadá - Telefones: 905 821-6811 - email: meddonto@yahoo.com Patrão / Patroa: Paulo Garcia

CTG Rancho Rio Grande - Perris
Endereço: 19906 Santa Rosa Mine Rd - 92570 - Perris - CA - Telefones: 951 940-0648 909 322-9 - email: isacjaideter@aol.com - Patrão / Patroa: Isac Ribeiro

CTG Saudade da Minha Terra - Chester
Endereço: 12 Valley PL - 07930 - Chester - NJ - Telefones: 908 507-8608 - URL: www.ctgnj.com - email: rosalia44@aol.com - Patrão / Patroa: Adelino Perin

CTG União de Ideais - Paris-França
Endereço: Maison du Brésil - - Paris-França - Patrão / Patroa: Evaldo Becker

Núcleo Tradicionalista Gaúcho de Danbury, CT - Brookfield
Endereço: 32 Christian Lane - 06804 - Brookfield - CT - Telefones: 203 775-6028 - email: josesarmento@sbcglobal.net - Patrão / Patroa: José Sarmento

NOSSA TERRA - ROSÁRIO DO SUL

Foto: Fábio Rohde

Os poucos habitantes da capitania de São Pedro do Sul estavam espalhados pela área, e onde atualmente se localiza o município de Rosário do Sul pertencia à povoação de Nossa Senhora do Rio Pardo (1809). Em 1814, houve a concessão de uma sesmaria do Passo do Rosário, feita em favor de um morador da localidade (José Machado de Sousa), onde aparece pela primeira vez a denominação "Rosário". Em 1939, a cidade já era conhecida como Cidade de Rosário.

Na década de 40, houve um movimento para que o nome da cidade fosse trocado a fim de evitar confusões com Rosário (cidade argentina). Parte da população era a favor da mudança do nome para "Minuano", enquanto outros preferiam o nome tradicional, que acabou sendo mantido, com o acréscimo de "do Sul", devido à localização geográfica da cidade. Rosário do Sul - 1944

Fatos Históricos

27 de abril de 1809- Área pertencente à Freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Rio Pardo

20 de fevereiro de 1827 - Batalha do Passo do Rosário

5 de setembro de 1865 - Visita de Dom Pedro II à freguesia.

19 de abril de 1876 - Elevada à categoria de Vila (autonomia política e administrativa, com a Lei 1020)

20 de dezembro de 1912 - Inauguração do Teatro Municipal João Pessoa - O teatro foi primeiramente chamado apenas "Teatro Municipal". Recebeu o nome de João Pessoa quando, durante a Revolução de 1930, a peça "Cabocla Bonita", que estava sendo encenada pela Companhia Nacional de Operetas Vicente Celestino foi interrompida (no dia 3 de outubro de 1930) para o anúncio da eclosão da Rev. de 30 e o falecimento de João Pessoa.


3 de julho de 1969 - Inauguração da Ponte Marechal José de Abreu

1970 - Lei 731 - Criação da bandeira do município

30 de setembro de 1973 - Fundação do Museu Municipal General Honório Lemes

1975 - Decreto Municipal nº58 - Criação do hino oficial do município

19 de abril de 1976 - Centenário de Rosário do Sul

Janeiro de 1983 - 1ª Gauderiada da Canção Gaúcha

Em 15 de setembro de 1884, a vila de Rosário (antecipando-se à Lei Áurea) declarou livres todos os escravos pertencentes aos habitantes, que, solidários com o "Clube Abolicionista"" de Amaro Souto, concederama alforria aos escravos.

Data de criação: 19 de abril de 1876 (Lei nº . 1020)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

HOMENAGENS

Em primeiro plano minha esposa Miriam e este gaudério. Ao fundo o Secretário de Turismo de São Francisco de Paula, Sidi França - Patrão do Raízes Serrana, Joel Bertuol e esposa - Presidente da Câmara de Vereadores, Tadeu Barbosa Velho e o Patrão do CTG Rodeio Serrano, Paulo Marques.

Um dos defeitos (ou talvez virtude) que tenho é o de não fazer promoção pessoal. Raramente falo em mim no Blog, embora quase toda a semana eu tenha uma atividade tradicionalista como palestras, reuniões culturais e, mais raramente, homenagens que recebo de entidades que, por vezes, nem sou freqüentador.

Acontece que, por não gostar de postar sobre alguns mimos que recebo, quem promove tal carinho acaba sendo penalizado pelo fato do ato não ser divulgado.

Tal dúvida (de divulgar ou não) me fez postar, só agora, esta linda homenagem que recebi lá em abril, no CTG Rodeio Serrano, pelo Piquete Raízes Serrana, um grupo de cavalgadas que mais parece uma família e que a cada ano faz deferência á uma pessoa que tenha labutado pelos costumes gauchescos.

Foi num lindo e harmonioso jantar campeiro que o Patrão Joel Bertuol, prendas e peões do Raizes Serrana, Piquete que carrega com orgulho, no lombo dos fletes, a história de nosso pago e que hoje é o esteio que segura as tradições de São Francisco de Paula, achou por bem retribuir de maneira carinhosa e altaneira o pouco que tenho feito em prol dos nossos costumes.

Gracias, Raízes Serrana, me perdoem a demora e um beijo no coração de cada um.

Piquete Raízes Serrana

CLASSIFICADAS DA 24ª MOENDA


A LÁGRIMA DO PALHAÇO
Gênero/Ritmo básico: Alternativo
Letra: Bárbara Jaques (Recife – PE)
Música: Thiago Lasserre (Recife – PE)

A LEMBRANÇA
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra: Fabrício Marques (Pelotas - RS)
Música: Fabrício Marques e Cícero Camargo

A PALAVRA TERRA
Gênero/Ritmo básico: Canção
Letra: Jaime Vaz Brasil (Porto Alegre – RS)
Música: Adriano Sperandir e Cristian Sperandir (Osório – RS)

A PEDRA QUE DESPENCOU
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra: Diego Müller, Sérgio Sodré e Cristiano Barbosa (Canoas - RS)
Música: Robledo Martins e Maurício Lopes (Pelotas - RS)

AS MOÇAS DO TEMPO
Gênero/Ritmo básico: Toada
Letra: Martim César (Jaguarão – RS)
Música: João Bosco Ayala (Guaíba – RS)

CABEÇA
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra: Vinícius Brum (Porto Alegre – RS)
Música: Tuny Brum (Santa Maria – RS)

DE ARREPIAR A ALMA
Gênero/Ritmo básico: Chacarera Estilizada
Letra: Paulo Righi e Carlos Omar Villela Gomes (Santa Maria – RS)
Música: Piero Ereno (Jaguari – RS)

DO AVESSO
Gênero/Ritmo básico: Galope/MPB
Letra e música: João Corrêa (Rio de Janeiro – RJ)

ELÉTRICA
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra e Música: Érlon Péricles (Porto Alegre – RS)

EM PAZ
Gênero/Ritmo básico: Canção
Letra e Música : Duca Duarte (Porto Alegre – RS)

ESCRITOS DO MURO FLUTUANTE
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra: Jaime Vaz Brasil (Pelotas – RS)
Música: João Bosco Ayala e Everson Maré (Guaíba – RS)

FLOR DO LÁCIO
Gênero/Ritmo básico: MPB
Letra: José Eduardo Camargo (Zé Edu Camargo) (São Paulo – SP)
Música: Fernando Cavallieri (Santo André – SP)

GEOGRAFIA DA INSÔNIA
Gênero/Ritmo básico: Canção
Letra: Jaime Vaz Brasil (Porto Alegre – RS)
Música: Adriano Sperandir e Cristian Sperandir (Osório – RS)

MOLEQUE
Gênero/Ritmo básico: MPB/Embolada Repentista
Letra e música: João Corrêa (Rio de Janeiro – RJ)

O ESPELHO INVERTIDO
Gênero/Ritmo básico: Samba
Letra: Luciane Lopes (Mirassol – SP)
Música: Mauro Araújo (Porto Alegre – RS)

SATÉLITE
Gênero/Ritmo básico: MPB
Letra: José Leonardo Ribeiro Nogueira (Léo Nogueira) (São Paulo – SP)
Música: Fernando Cavallieri (Santo André – SP)

SÓ SE FOR AGORA
Gênero/Ritmo básico: Choro – Instrumental
Música: Yamandú Costa, Rafael Ferrari e Samuel Costa (Guaíba – RS)

VIOLAS DO SUL DO BRASIL
Gênero/Ritmo básico: Toada
Letra e música: Mario Tressoldi e Chico Saga (Tramandaí – RS)

Informaçôes: Tânia Goulart /ABC do Gaúcho-Jornal NH: www.jornalnh.com.br/abcdogaucho.

domingo, 18 de julho de 2010

VOLTEANDO DATAS

Num dia 18 de julho, do ano de 1847, morre em Pedras Brancas, residência de Gomes Jardim, atual Guaíba, Bento Gonçalves da Silva, principal líder do movimento farroupilha.

Também num dia 18 de julho, do ano de 1934, nasce, em Uruguaiana, o poeta e escritor, membro da Estância da Poesia Crioula, Sidnei da Rosa Azambuja.

Em 18 de julho, do ano de 1824, chegam a Porto Alegre os primeiros 126 colonos alemães que foram encaminhados a Feitoria Velha, imediações da atual São Leopoldo.

O começo da colonização alemã no Rio Grande

Gravura de Pedro Weingäitiner - 1903 - intitulada Ceifa Alemã

A primeira colonização maciça, após a tentativa feita com os açorianos, ainda no século XVIII, aconteceria, no Rio Grande do Sul, a partir de 1824, quando começaram a chegar os colonos alemães. Nos primeiros cinquenta anos de imigração foram introduzidos entre 20 e 28 mil alemães no Rio Grande, a quase totalidade deles destinados à colonização agrícola.

Essa primeira grande colonização alteraria a ocupação de espaços, levando gente para áreas até então desprezadas. Introduziria também outras grandes modificações. Até então, a classe média brasileira era insignificante, e se concentrava nas cidades. Os colonos alemães iriam formar uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres, em uma sociedade dividida entre senhores e escravos.

Como era o Rio Grande do Sul no início da imigração alemã

Apesar dos esforços de ocupação, no início do século XIX o Rio Grande do Sul ainda estava muito isolado, e era enorme a sua área desocupada. Em 1822 existiam em todo o seu território cem mil habitantes (menos de 10% da atual população de Porto Alegre), distribuídos da seguinte maneira:

No Planalto Setentrional havia cerca de 10 mil habitantes, sendo 6.750 na região das Missões e o restante nos Campos de Cima da Serra, na região ao redor de Vacaria. No litoral, entre Torres e Santa Vitória do Palmar estavam 23.960 habitantes (22% da população). Na Depressão Central concentrava-se a maior fatia (36%), graças a Porto Alegre (com 10 mil habitantes) e Rio Pardo (com 3.600). Os restantes 31% estavam espalhados pela Campanha, que contava com 22 mil habitantes.

A economia gaúcha centrava-se na pecuária. Portanto, os campos eram as zonas escolhidas para a ocupação luso-brasileira que, no entanto, não era muito intensa na região dos campos do Planalto. O Rio Grande tinha, em zonas desabitadas, quase toda a sua metade setentrional, compreendendo a zona de floresta na planície à margem dos grandes rios que formam o estuário do Guaíba, a encosta nordeste da Serra e os matos do Alto Uruguai.

As razões dos alemães

Por que os emigrantes alemães pretendiam deixar sua terra? A resposta é simples, e vale também para qualquer outro processo de migração humana: porque esperavam encontrar condições melhores. E, no início do século XIX, não eram boas as condições de vida do camponês alemão.

Assim, dois fatores iriam resultar na emigração. O primeiro era a determinação - ou não - dos estados em deixarem seus súditos emigrarem. O segundo fator que determinava a emigração era a situação econômica da região, em especial a situação da propriedade agrária: emigrava-se mais onde a situação era pior.

Dezenas de colônias no interior e 50 mil imigrantes

A primeira leva de colonos alemães chegou ao Rio Grande do Sul em 1824, tendo desembarcado, em 25 de julho, na colônia de São Leopoldo (antiga Real Feitoria de Linho Cânhamo). A essa leva inicial - composta de 39 pessoas de nove famílias - se seguiram outras e, entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande 5.350 alemães. Depois de 1830 até 1844 a imigração foi interrompida. Entre 1844 e 50 foram introduzidos mais dez mil, e entre 1860 e 1889 outros dez mil.

Entre 1890 e 1914 calcula-se que 17 mil alemães chegaram ao estado. A estimativa geralmente aceita é de que, entre 1824 e 1914, entraram no Rio Grande entre 45 e 50 mil alemães, e que, no total, foram criadas 142 colônias alemãs no estado.