RETRATO DA SEMANA


domingo, 30 de setembro de 2018

SESMARIA DA POESIA GAÚCHA 23ª QUADRA


RESULTADO

 POESIA
1º lugar: Bento Gonçalves Carneiro, o vampiro sul brasileiro - Poema de Carlos Omar Villela Gomes
2º Lugar: A Casa do Poeta - Poema de Vaine Darde
3º Lugar: Batalha - Poema de Mateus Neves da Fontoura

INTÉRPRETE
1º Lugar: Rodrigo Cavalheiro - no poema Bento Gonçalves Carneiro, o vampiro sul brasileiro - Poema de Carlos Omar Villela Gomes
2º Lugar: Wilson Araújo - no poema O Sorro e a Lua
3º Lugar: Pedro Junior da Fontoura - no poema Os Bens

AMADRINHADOR
1º Lugar: Cesar Sosa - no poema A Casa do Poeta
2º Lugar: Fernando Graciola - no poema Epígrafos de Vida e Tempo
3º Lugar: Clênio Bibiano da Rosa - no poema Os Bens


 

sábado, 29 de setembro de 2018

AOS 42 ANOS MORRE LEONARDO MACHADO


Leonardo Machado deixa pelo menos dois filmes inéditos:
"A Cabeça de Gumercindo Saraiva" e "Legalidade".
Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
 
Um dos rostos mais conhecidos da dramaturgia gaúcha nas últimas décadas, Leonardo Machado morreu às 23h35min desta sexta-feira (28), aos 42 anos. Desde 2016, ele lutava contra um câncer de fígado. O ator estava internado no Hospital Moinhos de Vento.
 
Vencedor do Kikito de melhor ator no Festival de Gramado de 2009, como protagonista do drama político Em Teu Nome, de Paulo Nascimento, Leo, como era chamado por amigos e colegas, projetou-se nacionalmente com o prêmio e a performance como um jovem militante de esquerda obrigado a viver no exílio durante a ditadura militar no Brasil. Na sequência, veio o convite para trabalhar em produções da Globo, como Viver a Vida e Malhação e a série Na Forma da Lei (2010). Mas foi no Rio Grande do Sul que dedicou-se de forma intensa no cinema, no teatro e na TV.
 
— Vivendo fora do Estado, a gente continua com a cabeça aqui. Tu te sentes meio despatriado. Eu me sentia um estrangeiro vivendo no Rio. Não era nem um cidadão carioca, nem era mais gaúcho. Tu acabas ficando sem identidade. A maioria dos meus amigos nesses lugares onde morei era do Rio Grande do Sul. Aí tu te dá conta dessa situação, de que não consegue viver longe. A saudade foi decisiva para o meu retorno. Me dei conta de que o centro do mercado é o centro do país, mas a minha qualidade de vida aqui é completamente diferente. Prefiro morar aqui e trabalhar lá. Fiquei praticamente um ano trabalhando no Rio de Janeiro. Mas mantive a minha base aqui em Porto Alegre. Voltei, e agora não pretendo sair daqui nunca mais — disse em entrevista a ZH em 2011.
 
 
 
 

POMPA FÚNEBRE DE PAIXÃO CÔRTES


Ontem a noite, dia 28, na Loja Maçônica A Virtude, aconteceu a Pompa Fúnebre do folclorista Paixão Côrtes. Tal ato é composto por uma ritualística específica, realizada após 30 dias da morte de algum membro da maçonaria. Falo do assunto porque a Sessão de ontem foi totalmente aberta a familiares e amigos, portanto sem segredo algum. O tema vem apenas como um registro já que tive a honra de ser convidado pela Loja a qual Paixão Côrtes era Obreiro para ser o Orador, fato que deixou-me orgulhoso e emocionado.
 
A Sessão aconteceu no Templo Nobre Caldas Junior, do Grande Oriente do Rio Grande do Sul e teve como guarda de honra o Piquete Fraternidade Gaúcha além de diversos convidados como o CTG Paixão Côrtes, de Canoas.
 
O rito funerário trata-se de uma relação teatralizada e derradeira com a pessoa que nos deixou no plano terreno no sentido de fazer-lhe menção honrosa e também de dar aos seus o consolo de que a vida não se extinguiu de todo, pois asseguram-lhes haver uma vida algures. Soma-se a este sentido, o fato de que os ritos mortuários possuem eficácia simbólica ao fornecerem uma harmonização psico-social do cosmo, que fora perturbado com o fatídico acontecimento.
O Ritual Maçônico, tal como a instituição, é pleno de representações simbólicas. Estes atos tratam da simbologia da morte como sendo um ato, no qual “o visível se remete a um significado ausente, a uma entidade abstrata e não apresentável” servindo, desta forma, para evocar o extra-sensível em todos os seus aspectos.
Foi uma Sessão emotiva, de reconhecimento e de homenagens ao trabalho deste grande gaúcho. 
 
 
  

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

LÉO PAIN VENCE "THE VOICE BRASIL"


CRIA DOS FESTIVAIS NATIVISTAS VENCE A 7ª EDIÇÃO DO EVENTO

Laís Yasmin ajuda Léo Pain a cantar sua última música 
Imagem: Reprodução/TV Globo
 
 
O alegretense Leonardo Paim, agora conhecido nacionalmente como Léo Pain, foi o grande vencedor da 7ª edição do programa musical "The Voice", da Rede Globo, que aponta os melhores cantores e cantoras do Brasil, concurso este encerrado ontem a noite.
 
Léo Pain de belíssima voz e carismática presença de palco criou-se nos festivais nativistas pelo Estado, recebendo, diversas vezes, o prêmio de Melhor Intérprete.
 
Na grande final, em votação via internet, Léo Pain superou a soma dos outros três concorrentes alcançando o percentual de 50,01% interpretando as músicas Adoro Amar Você, de Leonardo, e Outra Vez, de Roberto Carlos. Léo Pain pertencia ao "time" do cantor sertanejo Michel Teló.
 
 
 
 
 
   

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

SEM ESPORAS, MAS AINDA ALTIVO.


 
Ontem pela manhã, assistindo o noticioso da Rede Globo, uma matéria lembrou meu Rio Grande velho, ou seja, o roubo de placas e bustos de bronze em São Paulo. Não poupam nem cemitérios. Uma vagabundagem que engloba gente graúda na função de receptadores. A maior produtora destes materiais, localizada em Campinas, perdeu 90% dos pedidos daqueles áureos tempos em que nossas praças e monumentos tinham segurança e respeito. Um busto, que leva dois meses para reproduzir alguém que muito fez em sua missão terrena, mesmo chumbado em pedestal de cimento, é roubado em menos de uma hora e ninguém vê nada. O cúmulo da incompetência. 
 
Esta semana estivemos no Parque da Redenção onde o Gaucho Oriental permanece altivo. Muito lutamos para que tal memorial doado pelo governo do Uruguai saísse daquele antigo lugar, ermo, escuro, de pouca visibilidade. Já estava, até, sem uma das mãos quando resolveram movê-lo para o centro do Parque. Mesmo assim, agora, sua placa também não existe mais e lhe furtaram as esporas.
 
Mas isto é o de menos para quem já teve as placas de quase duzentos quilos do Monumento a Bento Gonçalves roubada, numa avenida movimentada como a João Pessoa, e ninguém sabe de nada. Onde andam as Secretarias que tem a função de zelar por nosso patrimônio público? 
 
 
 
     

5º ESTEIO DA POESIA


E 1º ESTEIO DO AMANHÃ

Foto: Adriano Rosa da Rocha

Saudações, poetas e poetisas.

Na semana passada fizemos o lançamento do 5º Esteio da Poesia e 1º Esteio do Amanhã. 

Estaremos recebendo inscrições para o festival de poemas inéditos até 9 de novembro (mas não deixe para o último dia) e para o festival de declamação mirim e juvenil até 16 de novembro (idem).

Chamamos a atenção para a ajuda de custo de R$ 2 mil reais do 5º Esteio da Poesia. Um valor considerável para preparar aquele trabalho macanudo.

Triagem será no dia 1º de dezembro e final em 23 de fevereiro, em uma grande estrutura que será montada no Seminário Claretiano, patrimônio histórico de Esteio.


Convido a todos para se integrarem ao nosso festival e ajudar a fazer o maior Esteio da Poesia de todos os tempos. Só assim faremos um 6º Esteio ainda maior.

Aguardo retorno de todos.


Ass: Esteio da Poesia

Mais informações do festival em www.facebook.com/esteiodapoesia
 
 
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

5º TERTÚLIA DA POESIA



POEMAS SELECIONADOS

 
 
 

SIMPLICIDADE


 
O gaúcho pode ser autêntico sem precisar fazer pataquadas em público, sem se destacar nos ambientes através dos gritos, sem se mostrar mais conhecedor sobre tudo quanto é assunto, sem desrespeitar e menosprezar outros tipos de cultura, sem se autopromover em riba de amigos que não são "tão gaúchos" quanto ele.
 
O gaúcho há de ser verdadeiro se for uma pessoa humilde, que traz nas mãos a rudeza de seu trabalho, que mais ouve do que fala, que guarda em si o segredo das lavouras, que proseia consigo mesmo através da cuia de um mate, que, de olhos fechados, enxerga mais longe do que qualquer um de nós. O Gaúcho de que falo tem por identidade a SIMPLICIDADE.   
 
 


AUGUSTE SAINT-HILAIRE NO RS


Resumo 18- Viagem ao Rio Grande do Sul - Por Jeândro Garcia
Janeiro de 1821 - Auguste de Saint-Hilaire
 


 Retorno ao RS - Previsão de independência e Revoltas

27 de janeiro, passando a localidade de Quaraim retorna a Capitania do Rio Grande e presenteia sua gente.

Perdido no deserto envia uma carta ao alferes solicitando um vaqueano para lhe guiar até a próxima estância, sob forte calor sua carroça se enfesta de pulgas e insetos, especialmente moscas devido a carne pendurada no teto.

Aqui neste trecho Saint Hilaire prevê a Independência do Brasil, relatando que o Rei e seus filhos cada vez estão mais ligados aos costumes do Rio de Janeiro, mas quando puderem retornar a Portugal devem tomar partido pelo país, pois logo surgirão revoltas por capitanias como Pará, Pernambuco, Minas e Rio Grande se não houver este vínculo, abandonados, os mesmos se sentirão a vontade para formarem um estado único.

Acredita que seríamos uma nação diferente da Americana, pois aqui constituem muitos homens sem virtude e sem patriotismo, ainda assim superiores aos hispano-americanos, o Brasil acabará em uma anarquia como aquelas que existem nas colônias espanholas.

As margens do Arroio Santana seu empregado veio lhe informar que encontrou 4 tigres, 2 grandes e 2 pequenos devorando o seu melhor cavalo.
 
 
 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

PESQUISADORES DESCOBREM QUE...


REVOLUCIONÁRIOS FARRAPOS
ESTIVERAM PRESOS EM FERNANDO DE NORONHA
 

Em 1844 a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul, levou para Fernando de Noronha um contingente de revolucionários. Havia a intenção de ser encaminhado para a ilha-presídio o mais famoso daqueles revolucionários: Bento Gonçalves. No brigue-escuna “Constância” saiu o herói do Rio de Janeiro (onde já estava preso) em direção ao arquipélago. Fazendo escala em Salvador, não pode o navio prosseguir... Era velho e precisava de reparos. Por isso, Bento Gonçalves foi recolhido ao Forte baiano de São Marcelo, que parecia o lugar mais seguro.

A tentação de isolar no arquipélago nordestino parte dos revolucionários acabou acontecendo, quando esses prisioneiros políticos estavam sendo levados para a Bahia e, sabendo os comandantes da operação, que emboscadas tentariam matar os heróis gaúchos, desviaram as embarcações para Fernando de Noronha, onde sabiam já estar instalado uma colônia penal. Nada foi divulgado na época.

Somente em 1938, quando veio comandar o Presídio Político o gaúcho Nestor Veríssimo foi que alguns seus auxiliares tentaram organizar velhos papéis, reunindo-os cronologicamente e por assuntos. Com surpresa, encontraram a relação dos revoltosos da Farroupilha, que teriam sido recambiados para a ilha, pelas dificuldades de desembarque na Bahia. O responsável pelo “arrumação” do arquivo, João Henrique Domingues, copiou a lista e, anos mais tarde, enviou cópia para o primo do seu antigo Diretor, o escritor Érico Veríssimo que, conhecendo seu conteúdo, repassou-a para o historiador gaúcho Walter Spalding, que escrevia a obra “Um forte baiano ligado ao Rio Grande do Sul”. E então a lista foi incluída no trabalho, esclarecendo e prisão na ilha nordestina, jamais antes divulgada.

Foram 49 prisioneiros farroupilhas, chegados na ilha em 28 de outubro de 1844, na barca “Esmeralda”. Devem ter vindo antes outros presos, dos quais não se conhece a relação nem o número de pessoas, mas se sabe, com certeza, que, em 20 de novembro daquele ano, menos de um mês após ter chegado essa meia centena de presos, 17 do primeiro grupo encaminhado - da qual perdeu-se a relação completa - estavam sendo “devolvidos”, todos embarcados para a Capital da Província de Pernambuco sendo que 16 deles “com o fim de sentarem praça” e um remetido como “criminoso de morte”. Essas informações só foram divulgadas quando a relação chegou nas mãos de um historiador. Sabe-se que os originais foram enviados para o Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, que foi consumido pelo fogo há poucos dias. 

Pena que - mesmo no Rio Grande do Sul - esse momento histórico é pouco conhecido... O trabalho de Walter Spalding, publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, circulou no restrito círculo de pesquisadores interessados pela história pátria. A grande divulgação não se fez.

Em 2007, o episódio dos farroupilhas em Fernando de Noronha foi incluído na obra “FERNANDO DE NORONHA – CINCO SÉCULOS DE HISTÓRIA, divulgando essa aventura. Ainda bem que foi assim!

Postado por Marieta Borges: Marieta Borges Lins e Silva é educadora, poeta, historiadora e pesquisadora. Seu último livro chama-se “Fernando de Noronha: Cinco Séculos de História”.
 
 
 

PARABÉNS PELA INICIATIVA...


... meus amigos Zezinho (José Claro) e Gabriel Claro, gaiteraços de primeira e seres humanos de alma e coração, bem como ao Grupo Loko de Gaúcho  que voluntariamente dedicaram um pouco de seu tempo e sua arte em prol dos mais necessitados. Estes gestos são cativantes e nos tornam, ainda mais, seus admiradores.

 
 
 

BEM POR AÍ....


Minha maior alegria é saber que somos, durante os 365 dias do ano, gaúchos que não se cansam de cantar sua identidade e de amar esse "estado de espirito" que tanto nos orgulha e fascina! Viva o 20 de setembro.
 
Luiz Carlos Borges
 
 
 
 
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

COMO DIZIA O SAUDOSO NILSON GONÇALVES


- MAIS ATRASADO DO QUE BOLAS DE PORCO,...
 
 
....mas não poderíamos deixar de fazer o registro de dois nascimentos por demais importantes ocorridos no dia e ontem, mesmo mês, em anos diferentes.
 
O primeiro foi simplesmente do maior nome da história de nosso Estado, Bento Gonçalves da Silva, que nasceu num 23 de setembro de 1788. Um fato curioso é que num dia 22 de setembro, do ano de 1835, um dia antes de completar 37 anos, Bento Gonçalves, sob gritos e vivas, adentrava na cidade de Porto Alegre para começar a mais longa revolução da história brasileira a qual acabamos de comemorar há quatro dias. 
 
O segundo nascimento importante desta data, também de um revolucionário, ocorreu no dia 23 de setembro do ano de 1864. Fazemos referência ao "Leão do Caverá", Honório Lemes. Nasceu em Cachoeira do Sul e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1830. Foi tropeiro, pequeno proprietário, pobre e quase analfabeto. Patriota, liberal convicto e admirador de Gaspar Silveira Martins, ao rebentar a Revolução Federalista em 1893, ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel. Terminada a luta em 1895 voltou a se dedicar as lides campeiras.   
 
2ª Brigada do Oeste - Honório Lemes é o primeiro sentado
da esquerda para a direita - Flagrante colhido em Bagé
 
 
 

 


domingo, 23 de setembro de 2018

GAÚCHO DA FRONTEIRA FAZ SUCESSO


GRAVANDO DVD EM SÃO PAULO

Gaúcho da Fronteira canta ao lado de Leonardo


Foi sucesso absoluto o espetáculo de gravação do DVD do Gaúcho da Fronteira, em São Paulo. Gaúcho da Fronteira ousou em gravar o DVD, comemorativo aos 50 anos de carreira, numa superprodução, no Credicard Hall, em São Paulo, em pleno dia 20 de setembro, Dia do Gaúcho. Alcançou pleno sucesso de público e comprovou ser o cantor rio-grandense em atividade de maior popularidade dentro e fora das fronteiras do Estado.

Contou com participações especiais de artistas conceituados em âmbito nacional e regional. Do Rio Grande do Sul foram Gildinho, Chiquito, João de Almeida Neto, Paulinho Mixaria, Os Caibatés e Paulo de Freitas Mendonça. Representando Minas Gerais estavam César Menotti e Fabiano, Goiás,  Leonardo, Paraná, Chitãozinho e Xororó, São Paulo, Sérgio Reis e Mato Grosso do Sul, Grupo Tradição. Com exceção de Paulo de Freitas Mendonça, que fez uma pajada, e Paulinho Mixaria, que apresentou humor rio-grandense, todos interpretaram músicas representativas da cultura gaúcha. Os artistas ressaltaram a importância da música gaúcha como expressão legítima e significativa da cultura regional brasileira.

O público e a mídia do centro do país compareceram ao evento, comprovando a importância do espetáculo numa das casas mais emblemática da América Latina.

A produção do show e do DVD "Gaúcho da Fronteira - Rio Grande do Brasil" é da Mussini Produções, empresa que aposta no talento do Gaúcho da Fronteira e passa administrar sua carreira a partir deste momento. Para quem não sabe, o diretor da produtora, Luiz Mussini, é natural de Passo Fundo, está sediado  em São Paulo e trabalha com artistas de renome nacional. O DVD está previsto para ser lançado em diversas regiões do país no mês de novembro deste ano. 

Com ousadia, competência e profissionalismo, a produtora pretende afirmar a representatividade que Gaúcho da Fronteira tem na música regional brasileira e automaticamente abrir novos espaços para artistas rio-grandenses.
 
 
superprodução para o DVD de Gaúcho da Fronteira
 
 

 
 

sábado, 22 de setembro de 2018

COMO QUE É ??? ALGUÉM FALOU QUE ....


.... A NOSSA TRADIÇÃO VAI TERMINAR ???

Luiza: Bonequinha de Galpão do CTG Rodeio Serrano
 
 
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

FIM DE FESTA






FIM DE FESTA
(Léo Ribeiro)

Fim de festa é só afeto,
é harmonia entre os lotes 

onde até os sacerdotes
vem rezar por Bento e Netto.
É o desmanche de tetos
que nos cobriram do frio.
No fim de festa os bugios
 já botam mão em cambuca
e o jacaré dá garupa
pra onça cruzar o rio.

* Até o ano que vem, amigos e amigas,
que festejam com orgulho a Guerra dos Farrapos.







INDEFINIÇÕES AO APAGAR DAS LUZES


DO ACAMPAMENTO FARROUPILHA
EM PORTO ALEGRE 
 
Tem um ditado que diz que, o que começa torto termina torto. Acho que tal citação cabe como uma luva para o Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. De início, muita confusão, burocracias, guerra de poderes, todos querendo mandar, falta de patrocínios públicos e privados.... Em relação ao término do Acampamento a confusão foi a mesma, ou maior ainda. A grande maioria dos Piquetes gostaria de emendar as festividades até domingo, dia 23. O Presidente do MTG Nairo Callegaro chegou a gravar um vídeo dizendo que isto aconteceria, ou seja, o Acampamento seria prorrogado.
 
Ocorre que, oficialmente, nada foi autorizado além do dia 20 de setembro. Os bombeiros e seu famoso PPCI não liberaram o funcionamento do Parque. Eu mesmo fui colher informações junto a Prefeitura do Acampamento e ninguém sabia de nada. O que se presume, de acordo com o regulamento, é que segurança, banheiros químicos ao público, comércio e outros detalhes importantes deixarão de funcionar a partir de hoje.
 
Apesar de todas as incertezas que nortearam a Comissão Organizadora, o Acampamento, a princípio, ocorreu de maneira tranquila com uma programação cultural intensa e com o parque completamente tomada por uma multidão no último dia e sempre com o mesmo fervor cívico nas pessoas que ali acamparam. Contudo, vamos esperar um balanço dos fatos para opinar com mais precisão.  
 
durante o Acampamento centenas de crianças, velhos e necessitados
receberam alimentação e conheceram um pouco da nossa tradição 
 
 
 
        

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

SALVE O 20 DE SETEMBRO


 
Num dia 20 de setembro, após escaramuças no pontilhão da Azenha na noite anterior, os Farroupilhas adentram em Porto Alegre, tomando a capital da Província de São Pedro e dando início a épica revolução (até 11 de setembro de 1836) e posterior Guerra dos Farrapos. Bento Gonçalves da Silva entra na cidade somente no dia 22, quando o Presidente da Província Fernandes Braga, colocado neste posto pelo próprio Bento, já tinha alçado o pingo (navio) para as bandas de Rio Grande.
 
Foram quase dez anos de lutas, vitórias, derrotas e fatos heroicos que marcaram a nossa história e ajudaram a formar a nossa identidade, embora alguns intelectuais, nos dias de hoje, tentem projetar-se minimizando este passado.
 
O Governador Júlio de Castilhos, através de decreto, tornou o 20 de setembro como o Dia do Gaúcho, por isto hoje, além de festejarmos, devemos refletir sobre tudo o que aconteceu, perceber os reflexos daquelas atitudes em nossos dias atuais, pesquisar e preservar nossa história.

No mês que vem nós, gaúchos e brasileiros, temos uma nova luta. Nossas armas? Nosso voto! Não vou, aqui, entrar em questões políticas mas dizer que devemos utilizar este instrumento da melhor maneira. Vamos votar de acordo com nossa consciência para ver o que é melhor para nossos filhos, nosso Brasil e nosso Rio Grande do Sul.

Um bom feriado a todos.





 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PARA FECHAR O JN


O Jornal Nacional de ontem a noite, dia 18, começou com uma chamada: - O que os três times brasileiros que ainda disputam a Libertadores da América (Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro) tem em comum?
 
É claro que botei tenência no programa para ver a resposta que veio através de uma bela reportagem no encerramento do informativo global: - Os três técnicos são gaúchos e seus pratos preferidos é o churrasco!

Para arrematar e encerrar com chave de ouro a matéria, mostraram o Acampamento Farroupilha.
 
Aí, como dizia o "Seu Boneco", da Escolinha do Professor Raimundo, EU FUI PRA GALERA.... 
 


 
 
 

ASSIM TUDO COMEÇOU:


No dia 19 de setembro de 1835 um grupo de revolucionários se aproxima da cidade, pela estrada da Azenha. (....) E quando a aurora do dia 20 de setembro resplandecia sobre a cidade, e o sol mandava seus primeiros raios sobre a terra, os farroupilhas, entre vivas e gritos de alegria, entravam na capital da província. (Walter Spalding)
 
Transpondo a Ponte da Azenha
óleo sobre tela de Guido Mondin - Dimensão: 0,73 m x 0,60 m
 

Noite tensa, cerração,
a peleia se desenha,
revoltosos vem da Azenha,
sentinelas vem do Centro...
Os ideais farroupilhas,
e as razões imperialistas
trazem seus pontos-de-vista
pro calor do enfrentamento. 
 
É a invasão de Porto Alegre,
dia vinte dando o facho,
lá na ponte do riacho,
Cabo Rocha puxa a frente.
Visconde de Camamu,
do Palácio, o segurança,
ferido a ponta-de-lança,
recuou com sua gente.
 
Resenha do poema Colunas de Paz de Léo Ribeiro

 
 
 

O QUE MUDOU EM 183 ANOS? NADA !



A sensação que existe hoje, passados 183 anos do início da Guerra dos Farrapos, é a de que as motivações daquele movimento não foram superadas. A diferença é que hoje o Rio Grande do Sul não consegue enxergar o próprio umbigo e compreender que suas dificuldades resultam da forma como tem sido realizada sua inserção como sócio menor no sistema econômico brasileiro. Expressando-se de forma figurativa, nosso Estado continua produzindo e vendendo "charque", ajudando a subsidiar o funcionamento do mercado exportador e sem o cacife no processo político-decisório nacional. Como não se aproxima nenhuma guerra com países vizinhos e não precisam dos gaúchos para pegar em armas, vai continuar assim por muitos e muitos anos, até que apareça algum Antônio de Souza Netto por estas bandas...
 
 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

FESTIVAL DE FOLCLORE DE PASSO FUNDO


É O MELHOR DO MUNDO
 
                                            Crédito: Gerson Lopes/Arquivo ON


O  XIV Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo, promovido pela Prefeitura de Passo Fundo, foi eleito o melhor festival de folclore do mundo em 2018. A escolha foi feita no Congresso Mundial da FIDAF – Federação Internacional de Festivais de Dança, em Seul na Coréia. O Festival de Passo Fundo, foi indicado com mais três festivais, Polônia, Turquia e Sérvia, para concorrer ao prêmio, portanto já estava entre os 4 finalistas segundo a FIDAF. E ontem ocorreu a votação final, tendo obtido unanimidade. A comunicação foi feita por Régis Bastian, representante da FIDAF para a América, membro do Comitê Executivo da FIDAF e também Presidente da FEBRARP, que encontra-se na Coréia, participando do Congresso FIDAF e do Festival Mundial de Dança de Cheonan. “Essa notícia nos dá um grande alento e mostra que  estamos no caminho certo. Esperamos ter o apoio permanente dos Poderes Constituídos, especialmente da Prefeitura de Passo Fundo, voluntários e comunidade. Obrigado a todos”, declarou o idealizador do evento, Paulo Dutra.

Depoimentos
 
“A Companhia Artística Estimulo, de Cali, felicita Passo Fundo, Brasil, por ser declarado como o Melhor Festival de Folclore do Mundo. A Companhia Artística Estimulo fez parte deste belo festival. Felicitações Paulo Dutra. Felicitações Passo Fundo. Um abraço a todos”.
Companhia artística da Colômbia

“Muitos me chamam de louca em participar como voluntária do Festival de Folclore, passando frio, chuva, correndo um dia inteiro de um lado para o outro. Agora a resposta da minha "loucura" chegou, somos o melhor Festival de Folclore do Mundo. Amo essa "loucura" toda, participo e me envolvo de coração em todos os momentos, durante todos os dias de folclore esqueço do "mundo" do meu "mundo" e passo a viver em outros Mundos em outras regiões do meu Brasil. Só quem se envolve como voluntária sabe a alegria e o prazer que é em participar, em fazer parte de uma história. Parabéns a todos os envolvidos. Parabéns Paulo Dutra. Vida longa ao Festival”.
Patrícia cavalheiro, voluntária e professora municipal

“Perguntam porque a gente se esforça tanto por esse festival, porque a gente se doa tanto. Passa frio, dorme pouco, empresta instrumento para quem a gente nem conhece. Conserta, monta, desmonta, carrega, leva, traz. Todo o esforço de todos os envolvidos está recompensado. Parabéns chefe Cledson Basso e parabéns principalmente ao grande comandante Paulo Dutra. Parabéns a todos nós, voluntários, patrocinadores que acreditam na cultura e no folclore dos povos”
Fabiano Lengler, voluntário
 
 
 
 

SESSÃO MAGNA FARROUPILHA


 
Ontem a noite, dia 17 de setembro, o Grupo Tradicionalista e Piquete Fraternidade Gaúcha realizou no Templo Nobre Caldas Junior, em Porto Alegre, Sessão Maçônica Aberta alusiva a epopeia épica da Guerra dos Farrapos. O evento foi concorrido com a presença de muitos Irmãos da Ordem e convidados.
 
Na ocasião fiz uma breve explanação sobre a necessidade de buscar a veracidade dos fatos que nortearam estes dez anos de conflito. Nos tempos de redes sociais e de notícias falsas temos o dever de repassar os fatos de uma maneira mais próxima possível do acontecido. Como já disseram, uma mentira repetida a exaustão pode virar verdade e existem acontecimentos nebulosos deste período que precisam de pesquisas profundas e sérias. 
 
Exemplo do repasse incorreto de informações aconteceu ainda na semana passada quando um jornal de grande circulação do Rio Grande do Sul escreveu que o nome de "Revolução Farroupilha" deu-se me virtude de que os soldados republicanos lutavam famintos e esfarrapados. Uma mentira pois sabe-se que a origem do nome farrapos vem da Revolução Francesa e seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.    
 

 
 
 

PIQUETE CAUSA POLÊMICA



 
 
O Piquete Aporreados do 38 que sempre traz uma decoração temática para seu acampamento no Parque da Harmonia este ano está causando muita polêmica ao tentar reproduzir uma senzala e colocando manequins negros presos a grilhões.
 
- A imagem é impactante, principalmente para as crianças, e o assunto poderia ser explorado de outra forma mais branda, diz uma ativista em protesto nas redes sociais.
 
O Movimento Tradicionalista gaúcho, um dos coordenadores do Acampamento Farroupilha, em nota expressou que "discorda veementemente da abordagem".  A prefeitura de Porto Alegre também manifestou-se que "repudia qualquer ato que faça exaltação ao período de escravidão no Brasil".
 
Clemilton Almeida, coordenador do espaço, relata que a ideia do tema era a Batalha dos Porongos onde, segundo ele, os negros foram massacrados. Para Almeida o que motivou a polêmica foi a adição dos manequins, que serão retirados antes de reabrir a exposição que, por hora, encontra-se fechada.     


Fotos: Joana Berwanger/Sul21Pique



segunda-feira, 17 de setembro de 2018

NOTÍCIAS DO FÓRUM DA TRADIÇÃO



 
Quando digo que cultura não faz parte do plano de governo da maioria dos candidatos....
 
 
 

PAIXÃO É MOTIVO DE HOMENAGENS


NOS DESFILES FARROUPILHAS
 
 
 
Embora a maioria dos desfiles das comemorações farroupilhas aconteçam no próximo dia 20 de setembro, muitas escolas de diversos municípios gaúchos já saíram as ruas em homenagens ao decênio épico que comove todos os gaúchos. 
 
Apesar de que o tema oficial de tais comemorações seja o Tropeirismo, o que se pode notar é que as homenagens ao grande folclorista João Carlos D'Avila Paixão Côrtes serão uma constante neste feriado de setembro. Exemplo disto é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Artuíno Arsand, de Parobé, que tem como Diretora Chistiane Isabel Araújo.
 
Para minha alegria vi que o cartun que fiz sobre Paixão Côrtes adentrando no céu, sob o título de "Chegou Chegando", fez parte das homenagens.
 
Por vezes a gente acerta no cravo e outras na ferradura, isto é, nesta existência a gente faz coisas certas e erradas. Penso que, com esta brincadeira, eu acertei no cravo. Batida certeira. Tal desenho recebeu perto de 5 mil compartilhamentos no facebook. Recebi mensagens de congratulações de diversas partes do mundo. 
 
Paixão Côrtes merece tudo isso.
 
 
 
  
 

domingo, 16 de setembro de 2018

RESULTADO DO 27º RONCO DO BUGIO


Jardel Borba e grupo - Música Mais Popular do 27º Ronco

Em meio ao baile de Volnei Gomes, no CTG Rodeio Serrano, foi fornecido o resultado do 27º Ronco do Bugio de São Francisco de Paula. Na sexta-feira foram apresentadas as concorrentes locais quando duas passaram para disputar em igualdade de condições com as composições da fase geral, apresentadas ontem a noite, dia 15 de setembro. O Festival, pela primeira vez, aconteceu em meio as comemorações farroupilhas.

O resultado foi o seguinte:

1º Lugar: O GAITEIRO É O MAESTRO CAMPEIRO
Letra e Música: Érlon Péricles.

2º Lugar: A ALMA DA GAITA
Letra: Silvio Carvalho
Música: Vani Vieira e Henrique Bagestério Fan

3º Lugar: CANDINHO, DE HERÓI A BANDIDO
Letra: Ivo Ladislau, Mário Tressoldi e Chico Saga
Música: Mário Tressoldi e Chico Saga

Melhor Instrumentista: Ronison Borba (acordeon)
Música: O Gaiteiro é o Maestro Campeiro

Melhor Intérprete: Igor Tardiele
Música: O Gaiteiro é o Maestro Campeiro

Música Mais Popular: QUERÊNCIA ABENÇOADA
Letra e Música: Jardel Borba





 

ÚNICA IMAGEM DE BENTO GONÇALVES


TERIA SIDO ENCONTRADA EM MUSEU

 
Fotografia inédita foi encontrada em museu de Júlio de Castilhos 
          Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
 

Quando tudo sobre a Guerra dos Farrapos parecia já ter sido escrito, eis que surge uma nova imagem da revolução que forjou a identidade do Rio Grande do Sul – e um novo enigma. Uma fotografia inédita encontrada no Museu Julio de Castilhos, que retrataria o general Bento Gonçalves, voltou ao centro de debates, dividindo opiniões e multiplicando teses sobre a representação do principal líder farroupilha.
 
Três pares de olhos examinam durante quase duas horas aquele retrato em tom sépia de personagem com olhar firme e lábios finos pronunciados em um biquinho, no Museu Julio de Castilhos, em Porto Alegre, tentando decifrar seu mistério.

Esquecida em uma pasta etiquetada anos atrás por uma estagiária, com o adesivo “Personalidades Históricas Públicas”, a fotografia desbotada causa furor desde que foi redescoberta no acervo mais antigo do Rio Grande do Sul, identificada como uma imagem de general Bento Gonçalves – supostamente a primeira e única da história a retratar o principal líder da Revolução Farroupilha, iniciada há 178 anos.

— E aí, se emocionou ou não? — pergunta ao final o diretor do museu, Roberto Schmitt-Prym, ao publicitário Raul Justino Ribeiro Moreira, tataraneto de Bento Gonçalves e presidente da associação da família, que fez questão de ir ao Julio de Castilhos para analisar a imagem.

Moreira, que chegara desconfiado da possibilidade de existir um retrato original de seu tataravô, responde balançando a cabeça de cima para baixo, em gesto afirmativo. Depois de comparar minuciosamente a fotografia com a pintura do general em exposição no museu, saiu mais otimista.

— Alguns traços são realmente muito parecidos. É difícil assinar embaixo, mas é bem interessante — avaliou.

A ausência de registro da data em que foi feita aumenta a polêmica. O cartão que acompanha a fotografia traz o nome do fotógrafo H. Fritot, com a inscrição “Photografia Parisiense” e a cidade de Bagé. Como Bento morreu em 1847, antes da difusão de estúdios fotográficos no país, a direção do museu acredita que se trate de uma reprodução feita a partir de um daguerreótipo, imagem em placa de prata produzida pelo primeiro equipamento fotográfico fabricado em escala comercial.

Ainda assim, como a técnica surgiu 10 anos antes da morte de Bento, o líder farrapo precisaria estar entre os primeiros brasileiros a acompanhar a vanguarda internacional para a tese ser factível. 
 
 Foto foi achada no Museu Julio de Castilhos
Foto: Félix Zucco


A foto foi localizada às vésperas da Semana Farroupilha há uns 4 anos quando funcionários procuravam materiais relativos ao período em suas pastas guardadas na reserva técnica mas foi divulgada há pouco após a realização de pesquisas que, se não conseguiram comprovar a hipótese, pelo menos não a descartaram. Até então, a imagem considerada mais fiel de Bento era uma pintura anônima, em exposição no Julio de Castilhos.

— Foi uma surpresa enorme. Acho que agora chegou o momento de apresentar ao público e aos historiadores — afirma Prym, explicando que não é estranha a redescoberta tardia de relíquias como esta: a maioria das 11 mil peças do acervo nunca foi estudada — e só metade está digitalizada.

Apesar de destacarem que seria necessário um estudo mais aprofundado para garantir a autenticidade, historiadores como Gunter Axt, professor do mestrado em memória social e bens culturais do Unilassale e pesquisador associado da USP, e Spencer Leitman, historiador norte-americano brasilianista, autor de Raízes Sócio-econômicas da Guerra dos Farrapos, consideram a versão plausível.

— Se comprovado cientificamente ser uma fotografia autêntica de Bento, será uma descoberta verdadeiramente importante. A fotografia era um campo experimental na época, que atraiu as mais brilhantes mentes. Talvez entusiasmado com essa descoberta, acho que consigo ver como a guerra devastou o rosto de Bento: ele envelheceu, a guerra drenou a vida extraordinária que tinha levado  empolgou-se Spencer, depois de analisar uma cópia escaneada da imagem, nos Estados Unidos.

A descrença é compartilhada pelo pesquisador das origens da fotografia no Brasil e no Rio Grande do Sul Ronaldo Marcos Bastos — que acredita se tratar de um retrato original, mas de alguém parecido com o líder farrapo.

— Teriam de ser muitas coincidências para que fosse Bento — diz.

Apesar das divergências, o museu pretende ampliar a imagem e exibi-la como um retrato presumido de Bento. Mesmo sem certeza?

— Claro. O Masp tem um quadro lá, que Pietro Maria Bardi, o diretor na época, colocou lá: “Pintura de Rembrandt”. E aí botou entre parênteses, pequenininho, embaixo: “Uma comissão do museu da Holanda acha que não é” —  responde o diretor, lembrando que a história é feita de versões.
 
Texto: Letícia Duarte
 
 
 

OBRIGADO, RONCO DO BUGIO.


Recebendo o troféu que simbolizou a homenagem das mãos do
Secretário de Turismo Rafael Castello Costa

Sexta-feira, dia 14 de setembro, juntamente com meu amigo Porca Véia, que por motivos de saúde não pode se fazer presente mandando uma emotiva mensagem através de vídeo ao povo serrano e sendo representado por seu filho Diego, recebi uma linda homenagem por meus serviços prestados ao festival Ronco do Bugio de São Francisco de Paula. Nestas 27 edições só não participei concorrendo, julgando, coordenando, desenhando as capas e cartazes, na primeira... edição. Minha música mais conhecida Brasil de Bombachas concorreu num Ronco. Inclusive, lancei um livro sobre este autêntico e, genuinamente falando, único festival do Rio Grande do Sul. 
 
Por tudo isso carrego na estampa a identidade do Ronco e agradeço do fundo do coração ao Prefeito Marcos Aguzzolli, ao Secretário de Turismo Rafael Castello Costa, a Coordenadora Lúcia Pires, pela lembrança de meu nome e por esta noite que ficará marcada, indelevelmente, em minha alma pelo resto de meus dias.
 
Da esquerda para a direita: José Alberto Andrade (apresentador)
Rafael Castello Costa (secretário de Turismo), Léo Ribeiro,
Diego Xavier (filho do Porca Véia) e Marcos Aguzzolli (Prefeito)
 
 
 
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PARABÉNS, FRATERNIDADE GAÚCHA !


Ontem a noite, dia 13 de setembro, comemorou-se no Acampamento Farroupilha os 13 anos do Piquete que faço parte e do qual fui um dos fundadores e segundo Patrão. Na verdade o Piquete já existia bem antes de 2005 quando foi oficialmente criado mas foi a partir deste momento que começou a receber apoio institucional do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, entidade a qual o grupo é vinculado.
 
Através do atual Patrão Paulo Cremer dos Reis estendo meu tríplice e fraternal abraço a todos os integrantes deste grupo de irmãos que não mede esforços para levar, por onde ande, os aprendizados dos templos e o orgulho de fazer parte do rol das pessoas que cultivam as tradições de nosso Estado.   

O Piquete foi criado para inserir a Ordem Maçônica no
Movimento Cultural Rio-grandese principalmente nas Sessões
Comemorativas da Epopeia Farroupilha.
 

O Festival Poético Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula (na foto em
 sua VI edição onde homenageou-se o MTG e Paixão Côrtes)
foi um dos diferenciais que consolidou o Piquete.  
 

O Grupo Tradicionalista Fraternidade Gaúcha também organiza
Sessões a Campo, como esta em Uruguaiana, para rememorar
os maçons farrapos que não tinham tempo para se reunir em templos
 

Apesar da Ordem Maçônica ser uma instituição predominantemente
de homens, as mulheres sempre estiveram presentes em nossos eventos
como o de ontem a noite, na palestra de Maxsoel Bastos sobre os Birivas.
 
 

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO



A TODA A TERRA


Que estas festividades farroupilhas que ora começam, sirvam para revigorar nosso espírito rio-grandense fazendo reflorescer o atavismo daqueles que nos deram motivos para estas comemorações. Que os valores históricos prevaleçam, que o lado cultural se sobreponha. Vamos cantar, vibrar, sem no entanto esquecer do real motivo de aqui estarmos festejando.
 
 
 

A GUERRA DOS FARRAPOS - PARTE X


AS NEGOCIAÇÕES DE PAZ E A SURPRESA DE PORONGOS

General Bento Gonçalves da Silva, assim como Souza Netto, vendo que as proposições farrapas não seriam totalmente atendidas, como a libertação dos negros escravos, retirou-se das tratativas de paz, deixando em seu lugar o general David Canabarro. 

Em novembro de 1844 estavam todos em pleno armistício. Suspensão de armas, condição fundamental para que os governos pudessem negociar a paz. Por isso o relaxamento da guarda no acampamento da curva do arroio Porongos. Recolheram os cartuchos de munições para colocá-los ao sol para secar. Canabarro e seus oficiais imediatos foram a uma estância próxima visitar a mulher viúva de um ex-guerreiro farrapo. O coronel Teixeira Nunes e seu corpo de Lanceiros negros descansavam. Foi então que apareceu Moringue, de surpresa, quebrando o decreto de suspensão de armas. Mesmo assim o corpo de Lanceiros Negros, cerca de 100 homens de mãos livres, pelearam, resistiram e bravamente lutaram até a aniquilação, em uma posição de difícil defesa. Além disso foram presos mais de 300 republicanos entre brancos e negros, inclusive 35 oficiais.

O general Canabarro, recuperado, reuniria ainda todo o restante de seu exército, cerca de 1.000 homens, e atacaria Encruzilhada a 7 de dezembro de 1844, tomando-a e mostrando assim que a sua intenção não era entregar-se.

A PAZ DO PONCHE VERDE

Por fim, a 1 de março de 1845, assinou-se a paz: o Tratado de Poncho Verde ou Paz do Poncho Verde, após quase dez anos de guerra que teria causado 47829 mortes. Entre suas principais condições estavam a anistia plena aos revoltosos, a libertação dos escravos que combateram no Exército piratinense e a escolha de um novo presidente provincial pelos farroupilhas. O cumprimento parcial ou integral do tratado até hoje suscita discussões. A impossibilidade de uma abolição da escravatura regionalmente restrita, a persistência de animosidade entre lideranças locais e outros fatores administrativos e operacionais podem ter ao menos dificultado, senão impedido o cumprimento integral do mesmo. Tal discussão é remetida para o artigo principal deste assunto.

Dos escravos sobreviventes, alguns acompanharam o exército do general Antônio Neto em seu exílio no Uruguai, outros foram incorporados ao Exército Imperial e muitos foram vendidos novamente como escravos no Rio de Janeiro.

A atuação de Luís Alves de Lima e Silva foi tão nobre e correta para com os oponentes que a Província, novamente unificada, o indicou para senador. O Império, reconhecido, outorgou ao general o título nobiliárquico de Conde de Caxias. Mais tarde, (1850), com a iminência da Guerra contra Rosas seria indicado presidente da província de São Pedro do Rio Grande.