Ontem a noite, dia 28, na Loja Maçônica A Virtude, aconteceu a Pompa Fúnebre do folclorista Paixão Côrtes. Tal ato é composto por uma ritualística específica, realizada após 30 dias da morte de algum membro da maçonaria. Falo do assunto porque a Sessão de ontem foi totalmente aberta a familiares e amigos, portanto sem segredo algum. O tema vem apenas como um registro já que tive a honra de ser convidado pela Loja a qual Paixão Côrtes era Obreiro para ser o Orador, fato que deixou-me orgulhoso e emocionado.
A Sessão aconteceu no Templo Nobre Caldas Junior, do Grande Oriente do Rio Grande do Sul e teve como guarda de honra o Piquete Fraternidade Gaúcha além de diversos convidados como o CTG Paixão Côrtes, de Canoas.
O rito funerário trata-se
de uma relação teatralizada e derradeira com a pessoa que nos deixou no plano
terreno no sentido de fazer-lhe menção honrosa e também de dar aos seus o
consolo de que a vida não se extinguiu de todo, pois asseguram-lhes haver uma
vida algures. Soma-se a este sentido, o fato de que os ritos mortuários possuem
eficácia simbólica ao fornecerem uma harmonização psico-social do cosmo, que
fora perturbado com o fatídico acontecimento.
O Ritual Maçônico, tal
como a instituição, é pleno de representações simbólicas. Estes atos tratam da
simbologia da morte como sendo um ato, no qual “o visível se remete a um
significado ausente, a uma entidade abstrata e não apresentável” servindo,
desta forma, para evocar o extra-sensível em todos os seus aspectos.
Foi uma Sessão emotiva, de reconhecimento e de homenagens ao trabalho deste grande gaúcho.