RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sexta-feira, 31 de março de 2017

TAPERA


Por: Chico Ribeiro




Sem porta e sem janelas, da cumeeira,
tirou-lhe o vento há muito o santa-fé;
É o esqueleto - o que sobrou pra história
do velho rancho - é o esqueleto em pé!

A dois passos - a clássica figueira,
com seus poemas de sons, pela ramada,
lembrando alguém, que vive pela glória
de recordar saudades e mais nada...

E o resto! O resto... é morto, não existe,
o próprio chão da grama se ressente.
Nem um palanque se descobre mais...
Apenas a figueira inda resiste:
- Há de ficar... pra transmitir à gente,
do extinto rancho, amigo, os funerais!...
 
 
 
 

SALADEIRO SÃO MIGUEL


UMA CHARQUEADA PASSO-FUNDENSE
 


Em 1914 a firma J.J. Magalhães & Cia. iniciou as atividades saladeris em Passo Fundo, tendo como local escolhido para a sua implantação a região conhecida como Umbu, próximo a Pulador.

Estando a cidade de Passo Fundo geograficamente situada na região do Planalto Médio e no interior do Estado, ou seja, sem litoral e observando que o modo tradicional e mais utilizado de escoamento da produção na época era o marítimo, seja pelos gastos com os fretes ou pela dificuldades do transporte rodoviário ou a pé, que emagrecia o gado e que era moroso, era preciso buscar outra forma de escoar a produção da charqueada passo-fundense.

Assim, para solucionar este problema o Saladeiro de São Miguel foi estabelecido às margens da linha da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, isso facilitou a distribuição de seus produtos para o seu mercado interno e consumidor do centro do país.

Ainda não se pode esquecer de outro fator importante para a constituição de uma charqueada interiorana e fora do eixo principal – no caso, fronteiriço e litorâneo no Estado: a grande quantidade de gado aqui existente, aproximadamente 65.000 cabeças.

Mo que diz respeito ao Saladeiro de São Miguel, a sua produção na fase inicial foi de aproximadamente 10 mil cabeças de gado abatidas anualmente e exportadas para os principais centros como Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Saladeiro comercializava em média 850 mil quilos de charque por safra, uma soma nada inexpressiva para uma empresa, que no início, era basicamente artesanal, não era provida de luz elétrica, nem água encanada e que dependia das linhas do trem para escoar sua produção.

Anos mais tarde, houve a ampliação da empresa, com a adesão na sociedade do pecuarista Jonathas Waihrich e do investidor Domingos Lopes, época em que a charqueada passou a ser denominada como Magalhães, Lopes & Waihrich.

No ano de 1927, Passo Fundo estava em 15º lugar no Estado em quantidade de bovinos com um rebanho de aproximadamente 196.500 cabeças de gado, contudo, o Saladeiro de São Miguel também sofria com a crise, pois a mesma trouxe a diminuição da procura do produto. Ocorre que o charque estava se acumulando, e parado em seu estabelecimento, onde as pilhas só aumentavam. Esse era o primeiro indício de prejuízos na indústria charqueadora e consequentemente do Saladeiro.

Mas o desfecho para a charqueada passo-fundense seria outro. Em meados de dezembro de 1931, à meia noite, após a passagem do trem de passageiros o Saladeiro de São Miguel incendeia e as chamas o consomem por completo. Neste fatídico episódio de destruição são perdidos maquinários, casas, equipamentos e todo o depósito de charque que possuía em seu estabelecimento. Segundo relatos, o fogo teria iniciado com as fagulhas do trem de passageiros que por ali passara.

Assim, o entreposto comercial saladeiril de São Miguel decreta a sua falência no ano de 1932, e põe a leilão o que restou de sua estrutura, como terras e imóveis, pois era necessário pagar o sinistro para que os seus proprietários recebessem o valor da apólice de seguros que haviam feito há aproximadamente um ano antes do acontecido.

Quanto à vila que existia ao redor do Saladeiro e ao entreposto comercial, composto por depósito de madeiras, moradias, armazéns que ali existiam, foram gradativamente se extinguindo como as chamas que consumiram com a empresa comercial ou indústria saladeiril que antes se situava naquele lugar.

Daniel Ricardo Damiani
Acadêmico do Curso de História
Imagem: Funcionários do Saladeiro São Miguel
Acervo particular João Carlos Wahrich Neto
Fonte: Acervo AHR

Arquivo Histórico Regional – UPF
R. Paissandu, 1576 – Centro
Fone: 3316 8516 – e-mail: ahr@upf.br – site: www.upf.br/ahr
Doações de documentos são recebidas o ano inteiro.

Colaboração: Hilton Araldi
 
 
 

quinta-feira, 30 de março de 2017

O FUMO NO FOLCLORE BRASILEIRO



O fumo e o cigarro, aparecem no folclore de todos os povos, nas adivinhas, na poesia, na terapêutica popular, nas expressões etc.

O pitar, cachimbar, fumar, é comum entre a gente simples do campo e da cidade, homens e mulheres, principalmente cigarro de palha. Há também o costume de mascar o fumo; põe-se um pedaço de fumo na boca e fica-se a mastigá-lo. Esse hábito, geralmente, vem do emprego do fumo para curar dor-de-dente.

Segundo Câmara Cascudo o termo pitar é de origem tupi e guarani, de uso geral não só no Brasil, como também nas Repúblicas Platinas, do Pacífico e do Chile.

Quando o cigarro é muito forte, dão-lhe o nome de estoura peito, que também significa má qualidade. Para pedir um cigarro, dizem: "dá um pito", para acendê-lo: "me dá uma fumaça" ou "me dá um fogo". Fumo ruim é chamado "macaio".

Em alguns estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Minas Gerais a preparação de um cigarro de palha (crioulo ou palheiro no Rio Grande do Sul), obedece a um verdadeiro ritual que vai de picar o fumo em rolo, até o preparo da palha.

Deve-se notar, que até poucos anos não havia uma restrição tão forte como agora em relação ao cigarro e aos seus malefícios.

Quanto à poesia popular, eis algumas quadras:

Moça que fuma cigarro
dá uma fumaça pra eu.
Tenho fumo, tenho páia,
meu canivete perdeu.

Me empresta o teu aceso
pra acender meu apagado,
quando o meu prender o fogo
lhe direi muito obrigado.

Dizem que o pito alivia
as mágoas do coração
eu pito, pito e re-pito,
e as mágoas nunca se vão,

Terapêutica popular

Umbigo
• Para curar umbigo, amassa-se o fumo e põe-se no local

• Seca folha de fumo na chapa do fogão, depois reduz o pó, mistura com azeite de mamona e faz o curativo.

• Quando o umbigo está "zangado" cura-se com azeite, pó de fumo e alecrim.

• Torra-se a folha de fumo e o broto de laranjeira, mistura-se com óleo e põe-se no umbigo da criança.

• Uma colher de sopa de óleo, fumo e dente de alho, deixa fritar e depois passa, ainda morno.

• Mistura pó de fumo com picumã e põe-se no local.

Dor de barriga• Pega-se a folha do fumo, unta-a com azeite, esquenta-se na chapa do fogão e põe-se sobre a barriga da criança.

• O primeiro banho da mulher depois de ter nenê, deve ser na água onde se colocou um pouco de pinga, fumo e folha de algodão.

Frieiras

• Fumo com pinga ou álcool canforado.

Picadas de insetos
• Fumo com pinga

Machucados• Fumo com urina.
Fonte: Marina Andrade Marconi
Foto: Reuter/Andres
 
 
 

TIO MENA É HOMENAGEADO


EM PASSO FUNDO
 
amigos e familiares de Tio Mena
 
Familiares, músicos, amigos e convidados do Tio Mena reuniram-se para, com um churrasco, homenagear Plinio Mena Barreto do Amaral. Na oportunidade foi apresentada a música (chamarrita) em sua homenagem com letra de Cesar  Augusto de Cesaro e música de Miguel Pereira, intitulada "Caudilho do Bandoneon"​, ambos  foram os mentores para este evento​. Muito elogiado por todos os participantes. Tio Mena como é conhecido, hoje com 92 anos é natural de Lagoa Vermelha, mas adotou Passo Fundo como sua segunda cidade, casou-se com Dona Elsa (hoje já falecida) com quem teve duas filhas: a Circe (casada com Waldir Mozzini) que lhe deram a neta Carolina e a Zenilda (Kika).
 
Prestigiaram a homenagem mais de 120 pessoas, entre os quais o vice prefeito João Pedro Nunes entre tantos, como o Músico Monteiro de Porto Alegre e o Maestro Don Fernando Cassiet e família que se deslocaram da Argentina especialmente para a homenagem.
 
Tio Mena é o mentor e organizador do Encontro Internacional de Bandoneon de Passo Fundo que neste ano vai para sua XV Edição ininterruptamente, e que através do então deputado Diogenes Basegio criou um projeto de Lei que transformou Passo Fundo na Capital Estadual do Bandoneon.
 
Tio Mena é detentor da Medalha Fagundes dos Reis, maior comenda e honraria prestada pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo por seus serviços prestados e pela divulgação que faz de nosso município. Também é ganhador de diversos concursos, Rodeios e EART. Trabalhou sempre em prol do tradicionalismo, por vários anos no CTG Lalau Miranda e um dos fundadores do CTG Tropel de Caudilhos.
 
Foto e texto: Hilton Luiz Araldi
 
 
 
 

quarta-feira, 29 de março de 2017

5º CANTO CAMPEIRO DE VIAMÃO


 
Nos dia 08 e 09 de abril, o Parque de Exposições Bento Gonçalves, no município de Viamão,  acolhe mais uma edição do Canto Campeiro de Viamão.  O festival se desenvolve junto a programação do 37º Rodeio Crioulo da ETA, que ocorre no mesmo local, situado na rodovia RS 040,  parada 64, Rua José Garibaldi, s/n, Passo do Vigário.
 
O 5º Canto Campeiro inicia no sábado, dia 08 de abril com apresentação de 14 músicas concorrentes, todas inéditas. 
 
Antecedendo as músicas, haverá show de abertura com o cantor viamonense Leonardo Quadros
 
Depois da mostra competitiva, a plateia terá a oportunidade de prestigiar o espetáculo do cantor Nilton Ferreira, um dos mais talentosos artistas do regionalismo gaúcho.
 
No domingo, dia 09,  o Canto Campeiro apresenta um novidade. Trata-se do 1º Canto Piá Campeiro, certame exclusivo para jovens intérpretes na faixa etária entre 14 e 18 anos.
 
Nas modalidades "Chinoca" e "Peão", o 1º Canto Piá Campeiro inicia as 15 horas e terá as apresentações de 3 concorrentes por categoria. Por volta de 16 horas, tão logo encerre a mostra competitiva dos jovens intérpretes, iniciará a grande final do 5º Canto Campeiro, da qual participarão dez músicas, classificadas no dia anterior pela comissão avaliadora formada por João Bosco Ayala Rodriguez, Léo Ribeiro de Souza e Nirion Machado.
 
No intervalo entre as apresentações das canções finalistas e a divulgação dos resultados do festival, o público terá a oportunidade de prestigiar um dos mais autênticos e populares artistas do Rio Grande do Sul, o cantor missioneiro Mano Lima. 
 
O 5º Canto Campeiro é uma realização da JBA Produções Culturais, com Produção Executiva de Jairo Reis, e conta com os patrocínios das empresas Coopernorte e Arroz Realengo, através do Sistema Pró-Cultura RS, Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Governo do Estado do Rio Grande do Sul.  É importante enfatizar o apoio institucional e estratégico prestado pela ETA, Escola Técnica de Agricultura, que cedeu o espaço para o desenvolvimento das atividades do festival.
 
5º Canto Campeiro - Programação Oficial
 
08/04/2017:
13h: Passagem de som
18h: Show de abertura - Leonardo Quadros
19h: Apresentação das 14 músicas concorrentes
21h: Show de intervalo - Nilton Ferreira
22h: Divulgação das 10 músicas finalistas
 
09/04/2017:
12h: Passagem de som 1º Canto Piá Campeiro
15h: 1º Canto Piá Campeiro - Apresentações dos 06 concorrentes
16h: Apresentação 10 músicas finalistas 
17h30: Show de intervalo - Mano Lima
18h30: Resultado e premiação
 
Vejam as músicas concorrentes bem como a ordem de apresentação em:
 


 

terça-feira, 28 de março de 2017

FAZENDO AMIZADES



Apesar da dificuldade da língua pois meu inglês é meio fracote, andei fazendo algumas amizades por aqui, como é o caso desta turma de cangurus que encontramos pela estrada. Dizem que a população destes animais é maior do que a de humanos na Austrália.
 
Falando em humanos, vi gente de todo o porte. Japoneses, chineses, indianos, árabes, muitos brasileiros (gauchada de Porto Alegre, Flores da Cunha, Cachoeira do Sul, Novo Hamburgo...), mas somente após 18 dias de andanças pelo continente avistei um aborígene, os primeiros habitantes deste lugar e que foram escravizados pelos ingleses. Estava no centro de Sydney, com sua pintura original, tocando seus instrumentos ancestrais e ganhando alguns minguados. Bem como nossos índios guaranis por debaixo das marquises de Porto Alegre. 
 
 
 
 
 
  

MONUMENTOS GAÚCHOS



Seguindo nossa "exposição" de monumentos que retratem o gaucho continentino (você pode acompanhá-la clicando no link Monumentos, de nosso blog), mostramos, na cidade de Montevideu (considerada a cidade dos monumentos), a belíssima escultura intitulada La Diligencia, de José Leoncio Belloni, nascido a 12 de setembro de 1882 e falecido no ano de 1965, no Uruguai. José Belloni é autor, na mesma cidade, de monumentos como La Carreta e El Entrevero, já postados em nosso blog.

Hijo de inmigrantes europeos, su familia regresó a Europa en 1890 y se radicó en Suiza donde comenzó su carrera artística en la Escuela Cantonal de Arte con el maestro Luis Vasseli, en la Escuela Profesional de dicha ciudad. Vuelto al Uruguay obtuvo por concurso una beca de escultura en el año 1899. Regresó a Europa, concurriendo a la Academia de Múnich, enviando anualmente sus trabajos a las exposiciones de esa ciudad, como asimismo a las de Roma, Ginebra, Budapest, Lugano, Lausana y Neuchâtel. Enseñó dibujo profesional en Tesino (Suiza).

Finalizada su beca regresó a Montevideo, donde fue designado por la Comisión del Círculo Fomento de Bellas Artes, para dirigir las clases de modelado y de dibujo ornamental, cargo que ocupó hasta el año 1914, cuando con motivo de la muerte del pintor Carlos María de Herrera, director del Círculo fue designado para ocupar esa vacante.

En el año 1910 concurrió a la exposición de Arte del Centenerio Argentino, en el que obtuvo una medalla de plata por su obra "Angustia". En el año 1914, realizó el monumento conmemorativo a la memoria del pintor uruguayo Carlos María de Herrera, ubicado en el Paseo del Prado. Dentro de su vastísima obra cabe mencionar el monumento a "La Carreta", emplazado en el Parque José Batlle y Ordóñez, una de las más admirables obras del género escultórico, que alcanzara justa fama universal, así como "La Diligencia", ubicada en el Prado, obra de similares características a la anterior.

Es también autor de algunas figuras decorativas del Salón de los Pasos Perdidos del Palacio Legislativo y de bajorrelieves que se hallan al frente de dicho edificio.
 
 
 

segunda-feira, 27 de março de 2017

MORRE UM SÍMBOLO DO RIO GRANDE


Morreu hoje, em Natal, Rio Grande do Norte, um dos últimos baluartes do tradicionalismo autêntico do nosso Estado. Falamos em Waldemar Alchieri, uma legenda, pioneiro nas cavalgadas, nas lojas de pilchas, na nossa tradição quando ela ainda gatinhava.  

 
Em abril de 2012 nosso blog fez a seguinte postagem sobre esta figura que era um moirão de angico da tradição Gaúcha:
 
Dentre àquelas pessoas que labutaram para que nosso tradicionalismo alcançasse o patamar que hoje ostenta, podemos considerar Waldemar Alcheiri, conselheiro do MTG e proprietário da Loja de Pilchas Alchieri, como uma lenda viva do nosso tradicionalismo. Seu Alchieri, como é conhecido, é um dos primeiros membros do MTG. Em sua carteirinha ostenta, com muito orgulho, no número 005! Sendo que, antes dele, há apenas um associado vivo (figuras como Paixão Cortes não entram nesta numeração).
 
Foi, também, o pioneiro em diversas atividades tradicionalistas como: a primeira Invernada Xiru; as primeiras cavalgadas (a 1ª Cavalgada da Paz saiu do Rio Grande do Sul indo até o Chile); o primeiro a confeccionar bombachas em Porto Alegre, em uma época em que andar pilchado pela cidade era “coisa de grosso”. Também foi o primeiro a confeccionar faixas de prenda além de diversas outras atividades.
 
Sua loja localizada na Av. Voluntários da Pátria, 825, sempre foi referência de qualidade em indumentária, principalmente em confecções sob medida como bombachas e vestidos de prendas, mas o diferencial desta loja está no atendimento direto do seu Alchieri e sua esposa “tia” Ana Alcheiri. A gente nunca sai daquele ambiente sem ouvir belas histórias sobre o tradicionalismo, sobre suas andanças, e também sobre temas bem atuais, pois ainda estão em plena atividade, tanto na loja quando no MTG e CTGs que freqüentam semanalmente. Mesmo beirando os 80 anos não perdem as reuniões do conselho, e atividades dos CTG 35 e CTG Vaqueanos da Tradição dos quais são membros ativos.
 
Sua participação na nossa cultura foi fundamental para sua estruturação e disseminação, tendo participado ativamente da construção de CTGs como Rancho da Saudade, ao qual é sócio benemérito, CTG Aldeia dos Anjos, CTG Tiarayú e tantos outros que surgiram nestes mais de 40 anos.
 
 
 

PORONGO - TAÇA RUDE DO GAÚCHO


O Porongo, propriamente dito, já era conhecido pelos Índios Guaranis no ano de 1580, quando então receberam os Jesuítas de Manoel da Nóbrega que prontamente se apresentaram para vir ao Guairá. Eles serão os pioneiros da Companhia de Jesus no Paraguai, eles, os Jesuítas da província de Portugal. Sofreram rivalidades e acusações infundadas, prisão, ferro e humilhações.

Estiveram quase perto de Porto Alegre, pois andaram na Aldeia dos Anjos (hoje Gravataí), foram embrulhados devidamente pelo astuto Cacique Anjos, e só desistiram do sul porque eles iam fatalmente entrar em choque de interesses com os Jesuítas Castelhanos, que desde Lima, Peru, avançavam pelo sul e para o leste.

Pois foi no Guairá que os Jesuítas encontraram a “Erva do Diabo” uma droga que tirava o cansaço dos índios e fazia com que não sentissem a fome e até excitava-os sexualmente.

Era muito fácil fazer o tal chá. Primeiro, os índios colhiam a erva no mato ("Caa", em Guarani, quer dizer tanto mato como erva), sapecavam ligeiramente as folhas com os restinhos dos galhos segados, amarravam um feixe com essas ramas por cima do fogo e alí ficava tudo, balanceando e ressecando devidamente. Quando as folhas estavam estalando e se rachando, era só socá-las num pilão de madeira dura com um toco longo, fino e cabeçudo, chamado de "Mão de Pilão." Tinha-se assim, e em menos de uma semana, erva pronta para o preparo do tal chá Guarani.

Era assim: O índio pegava o fruto de uma planta (Legionária Vulgaris, uma das cucurbitáceas, portanto parente da velha abóbora campeira) chamada de "Porongo", em forma de oito. À parte de cima, a parte menor do oito, era cortada e deixada para secar. Então ficava pronta a cuia, recipiente do tal chá.

O PLANTIO

O plantio do porongo se dá nos meses de Julho, Agosto, Setembro e raramente em Outubro.

A primeira colheita se faz no mês de Janeiro quando o Porongo já está lorando (ficando maduro) e pronto para ser raspado manualmente ou no escovão de aço, permitindo assim uma cor amarelada. Nesses casos, o Porongo deve ter uma atenção redobrada no processo de secagem para não "xuringar" (encolher, retorcer-se), outra maneira é deixar o Porongo secar na lavoura, aonde a colheita se faz lá pelo mês de maio, permitindo uma secagem uniforme e homogenia. Começa aí, o processo de beneficiamento do Porongo para transformá-lo em cuia.

BENEFICIANDO O PORONGO

Após a colheita, corta-se o Porongo na parte de cima, separando-se a cuia da parte de baixo do Porongo, chamada de "Bunda do Porongo."

Já com a cuia extraída do Porongo, coloca-se a mesma em estaleiro e a sombra onde circula corrente de ar, para não rachar e perder seu cheiro característico. Após isso, em primeiro lugar fura-se o centro da cuia retirando do seu interior, o bagaço mole até chegar na parede dura da cuia, após, lixa-se a aba ou bocal e seu interior deixando-a bem lisinha.

A parte do acabamento fica por conta de uma boa cera de polir, em um motor de alta rotação para dar brilho uniforme. Temos então, uma cuia lisa e polida.

A CUIA

A cuia dentre os apetrechos do mate, é a mais cantada e declamada pelos poetas sulinos. A cuia, que deve ser sempre de Porongo e, prefencialmente, o Porongo grosso ou doce, é o recipiente mais adequado para o Mate ou chimarrão do gaúcho, já que não modifica o seu sabor, não permite que a erva fique lavada precocemente, e não alterando ainda, a temperatura da água.

Existem cuias, confeccionadas de outros materiais, tais como madeira, barro cozido, porcelana, vidro e até de plástico, que foram diferentes tentativas de se buscar outros recipientes para o mate, em períodos diversos da história. Tentativas essas que restaram frustradas, já que nenhum se mostrou capaz de competir com o velho Porongo, descoberto pelos Índios Guaranis e conservado hediornamente, como vasilha ideal para o mate, cujo plantio é intensificado ano após ano, já que o hábito de matear continua fazendo adeptos.

ESCOLHENDO UMA BOA CUIA

Para se escolher uma boa cuia, quer para chimarrão, quer para mate-doce, deve-se primeiramente levar em consideração o tipo de Porongo "Casco Grosso e Doce" que é de uma variedade mais apropriada ao mate. Se para matear sozinho, uma cuia pequena, para matear duas ou três pessoas, uma cuia média, para matear em rodas de chimarrão, usa-se uma cuia grande.

COMO CURAR SUA CUIA DE PORONGO

Para curar a cuia de Porongo, é necessário que a mesma seja cheia antes do seu uso, com água quente, não fervida, e cinza de lenha de fogão ou lareira, para eliminar fungos ou bactérias, evitando mofo e ainda, enrijecer o casco, deixando-se por aproximadamente 24 horas, completando-se a água sempre que absorvida pelo Porongo até o bocal da cuia. Após, a cuia deve ser lavada em água corrente deixando-se secar por 72 horas, na sombra e em local ventilado. Finalmente, colocam-se novamente, duas a três colheres de sopa de erva-mate nova de sua preferência e água quente (não fervida) para não trincar ou rachar a cuia, e para curtir a cuia parelha. Após, novamente, deixa-se secar por mais 48 horas; o ideal é repetir o processo por duas ou três vezes.

CONSERVANDO SUA CUIA DE PORONGO

Uma cuia bem curada é um processo que deve durar de 12 a 15 dias, exigindo-se muito cuidado e carinho, pois esta não pode cair no chão, não deve ficar exposta ao sol, e deve ser bem lavada e enxugada com um pano de algodão.

Para se conservar uma cuia de Porongo sempre boa, sem azedar ou alterar o gosto do mate, é necessário tomar alguns cuidados, tais como: Primeiramente, a cuia não deve ser envernizada ou pintada externamente, deve ser polida com cera para dar brilho natural ao Porongo.

A cuia depois de curada, não pode ser usada diariamente, de forma contínua. O ideal, é que se use a cuia em um dia e outro não, deixando sempre secar em local arejado e na sombra, não podendo ficar com a boca para baixo, para não mofar.

Fonte: 500 Anos de História da Erva-Mate
Autor: Dorival Berkai e Airton Braga
Editora do Cone Sul
3ª ED. História do Chimarrão Barbosa Lessa / Sulina Porto Alegre - RS 1986

Foto: Pedro Luis Raota
 
 
 

domingo, 26 de março de 2017

CAUSO DE GALPÃO


RABELO BERRÃO
 
Como já faz tempo que não publico um causo de galpão e temos aí um domingo de politicagem correndo solta pelas ruas e parques deste meu Brasil, vou contar de uma que aconteceu no saudoso CTG Rancho Colorado, na antiga e legendária Aratinga de minha infância.

Corria a década de sessenta, vésperas das eleições no município de São Francisco de Paula. Um dos candidatos a prefeito que, sinceramente, não me recordo o nome, tinha comício marcado naquele lugarejo ermo, mas com uma farta mesa eleitoral visto que ali existia uma sub-prefeitura do município.

A churrascada ia correr solta e os preparativos eram grandes pois naquelas bandas, além dos comícios, só carreira, velório e festa do padroeiro para juntar tanta gente.

Acompanhavam a comitiva diversos candidatos a vereadores e alguns artistas que tinham a função de alegrar o ambiente. Dentre estes, um trovador de Gravataí que vinha com os versos “na manga” exaltando o fulano candidato. Era de praxe convidar algum cantador ou gaiteiro da localidade para “valorizar” o povo visitado. Aí é que entra na história o Rabelo Berrão.

O Rabelo Berrão era um gringo metido a fazedor de verso que se aquerenciou pela Aratinga e vivia de pequenos biscates. Dizem que era um bom mecânico mas como por lá a maioria da força motora era na pata de cavalo, o Rabelo não tinha muita função. Consertava uma tombadeira aqui, um trator ali, e assim, como a mulher era professora municipal, ia se defendendo. No mais, vivia no bolicho do Seu Albérico fazendo verso e bebendo. De beberrão é que veio o apelido Rabelo (berrão).

Ficou então definido que o Rabelo faria uns versos, representando a Aratinga, com o trovador de Gravataí. Tudo muito recomendado para que não se emborrachasse na véspera nem fizesse cantoria que fosse contra o candidato.

Chegado o dia, domingo ensolarado, gente saindo pelo ladrão do Rancho Colorado, discurso pra cá, discurso pra lá, promessas e mais promessas. O trovador gravataiense num canto do balcão, já entre um trago e outro, combinou informalmente com o Rabelo para trovarem no estilo Gildo de Freitas que estava muito em moda pelas redondezas da capital. O galo da Aratinga, embora não muito manso com a métrica desta trova, topou a parada.

Pois a trova ia mais ou menos bem com a torcida local toda para o Rabelo Berrão quando o trovador de Gravataí, vendo que estava perdendo terreno, esqueceu dos elogios para o seu candidato e começou a dar “puaços” no Rabelo. O gringo, já meio ofendido com os versos provocativos, não deixava por menos. Foi então que aconteceu a desgraça; O trovador da grande Porto Alegre, levando a mão na genitália, terminou seu verso assim: “.... hoje tu engole meu osso”.

Correu um calafrio nas autoridades presentes. Rabelo Berrão, envermelhou, branqueou, esverdeou e sem querer saber aonde e com quem estava respondeu à altura:

- Hoje tu engole meu osso
não sou assim como tu,
eu sou da velha Aratinga
onde gorjeia o inhandu,
se tu é um lenha-podre
eu sou pau-de-guabiju,
me adesculpe seu moço
mas cusco que engole osso
tem confiança no seu c...!

Não precisa dizer que o comício, entre uma porção de panos mornos, foi esmorecendo ali mesmo.

causo recolhido e escrito por Léo Ribeiro
 
 
 

sábado, 25 de março de 2017

LUIZ CARLOS BORGES


UM ARTISTA COMPLETO 
 
 
No Rio Grande do Sul, na seara regionalista, se fôssemos organizar um plantel dos melhores dentro de sua especialidade em todos os tempos - músico, intérprete, compositor - seria uma briga de foice no escuro, ou seja, de muita dificuldade.
 
Qual seria o melhor gaiteiro de pianada? Adelar Bertussi, Albino Manique, Edson Dutra...?

Qual seria o melhor guitarreiro? Edison Campagna, Oscar dos Reis, Bonitinho, Antoninho Duarte, Yamandu Costa, Marcello Caminha, Lúcio Yanel...?
 
Qual o melhor intérprete? Cesar Passarinho, José Claudio Machado, Délcio Tavares...?

Qual seria o melhor melodista? Teixeirinha, Honeyde Bertussi, Luiz Marenco, Elton Saldanha....?

E assim vai.

Mas se perguntássemos qual seria artista regionalista mais completo, com certeza, não teríamos muita dificuldade em responder: - Luiz Carlos Borges  
 
Pois é sobre este grande gaiteiro, intérprete, guitarreiro e compositor Luiz Carlos Borges que desejamos falar hoje.

LUIZ CARLOS BORGES iniciou sua carreira aos sete anos de idade, no conjunto "Irmãos Borges", na região missioneira do Rio Grande do Sul, com quem gravou seus três primeiros discos. Sua carreira solo iniciou a partir do sucesso com a composição "Tropa de Osso", premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical que revolucionou a Música Tradicional Gaúcha na década de 70.

Borges é formado em Música e em sua trajetória profissional, já assumiu cargo como assessor de Cultura e Turismo das cidades de São Borja e Santa Maria. Em 1983 idealizou e desenvolveu o Festival Musicanto Sul-Americano de Nativismo em Santa Rosa.

No ano de 1992, lançou seu 1º CD Internacional "Gaúcho Rider", e iniciou o ano cumprindo uma agenda de 14 Shows pela Europa, em países como: Alemanha, Áustria, Itália, Eslovênia, Suíça e Polônia. Borges marcou presença também em eventos musicais de diversos países, entre eles: Festival Nacional Del Folclore em Cosquin – Córdoba – Argentina; Fiesta Nacional del Chamamé em Corrientes – Argentina; Festival Internacional de folclore – em Salt Lake City - Estados Unidos; Semana regional do Folclore em Caiena - Guiana Francesa. Em 2005, esteve em Viena, na Áustria, representando o Brasil junto a outros diversos artistas da música regional gaúcha. Em 2006 com o violonista Maurício Marques mais Renato Borghetti "Quarteto", participou do festival de música e poesia da cidade de Elko – Nevada – Estados Unidos. Em 2007 a convite da inesquecível Mercedes Sosa, participou da última tournê da cantora pela Alemanha e Israel fazendo parte também do seu último álbum, “Cantora”, com a música Misionera.

Com 50 anos de carreira e mais de 32 discos gravados, Luiz Carlos Borges é considerado embaixador cultural do Rio Grande do Sul e segue sempre investindo na renovação da música regional gaúcha. Sinônimo de sucesso. Está só começando!
 
Acesse www.luizcarlosborges.com e saiba mais sobre este grande nome da música regional gaúcha.




sexta-feira, 24 de março de 2017

DEIXEM ELA DAR


PARA QUEM ELA QUISER
 


Há gente descontente com a Medalha de Mérito Farroupilha dada a um deputado que nada teria feito pelo Rio Grande. A mim não me ofende, porque oriento meu pensamento e minha postura através da verdade. Quanta gente que recebe esta medalha sem merecer e outras que mereceriam nunca são lembradas... Essas coisas não são reconhecimentos, são atos políticos e em todo ato ...político há outros interesses. Lembro de algumas frases de Aristóteles que cabem bem para esta reflexão: 

 - "A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."
- "Em tudo o que fazemos, temos em vista alguma outra coisa."
- "Cometer uma injustiça é pior que sofrer uma injustiça."
- "A politica não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça."
- "A verdade e a justiça são por natureza mais fortes que os seus contrários."
- "Fazer o pior parece a melhor decisão."
- "O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito à medida que avança."
- "O castigo do mentiroso é que não acreditamos quando ele fala a verdade."
- "Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade."
-"O excesso e a deficiência são uma marca do vício e a observância da mediana uma marca da virtude."
 

Opinião do Blog: fomos obrigados a compartilhar este belíssimo contraponto do pajador e amigo Paulo de Freitas Mendonça em relação a polêmica que se avizinha. 
Embora respeitando seu abalizado ponto de vista, somos obrigados a discordar pelo mesmo fato de que discordamos em relação a Evo Morales, ou seja, não vemos mérito no ato porque tais pessoas nada fizeram por nosso Estado. (um dos requisitos para o recebimento). Achamos que a deputada Manoela está cometendo um equivoco igual ao que tantos outros deputados já cometeram ao distribuir tais honrarias para pessoas que não eram merecedoras.
 
Isto banaliza a comenda.  
 
  
 
 

UM POUCO DE POESIA




O UMBU
(Padre Pedro - O Gênio do Pampa)

Quincha verde, umbrosa e boa,
velho marco da tapera,
no verão o umbu povoa
de prazer a primavera
com seu poncho de folhagem
a distância mais austera
desta rústica paisagem.

Tronco plástico e anguloso
de coluna grega antiga,
dá aos ninhos teto e pouso
e carícias à fadiga.
Tem pavor do inverno insano;
Pedra drástica o castiga
e o guasqueia o minuano.


 

4º SARAU FEMININO


DA ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA

 
Uma promoção que vem se destacando dentro do calendário de eventos da Estância da Poesia Crioula é o Sarau Feminino, realizado todo mês de maio com participação exclusiva de mulheres, poetisas, cantoras, declamadoras, artistas de todos os quadrantes.  
 
E agora, dia 25, estará acontecendo a 4ª edição desta brilhante festividade já com a confirmação de dezenas, isto mesmo, dezenas de convidadas a subir ao palco.
 
O espetáculo é delas, mas todos estão convidados. 
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de março de 2017

MOMENTOS PARA SEMPRE


momentos para sempre
 
Na parceria de nossa amiga Jucy (van) estamos cruzando o litoral de Norte a Sul da Austrália. Na primeira etapa, de Gold Coast a Sydney, são algo em torno de mil quilômetros de uma praia mais linda do que a outra. Ontem estivemos Byron Bay, o espaço litorâneo dos hippies. Voltei aos anos setenta.  
 
Uma curiosidade. Em nosso contrato com a locadora da "Jucy" está a seguinte cláusula: "o seguro de viagem não cobre rodar das 18 hs até as 5 hs do dia seguinte". Motivo: alto índice de atropelamentos de cangurus na autoestrada.
 
Contudo, mais belo do que estes locais paradisíacos é conviver 24 hs com minha família. Viajamos cantando de Reconheço Que Sou Grosso, do saudoso Gildo de Freitas, até rock australiano. Como diz o velho jargão de quem se emociona "Isto não tem preço".  
 
 
 
 
   

quarta-feira, 22 de março de 2017

23ª RT VENCE A 29ª FESTA CAMPEIRA


29ª FESTA CAMPEIRA DO RIO GRANDE DO SUL – FECARS
ROLANTE – 2017
R E S U L T A D O S
 
Foto: Tv Tradição
LAÇO SELEÇÃO – TROFEU ALFREDO JOSÉ DOS SANTOS
1º Lugar:    23ª REGIÃO TRADICIONALISTA
2º Lugar:    7ª REGIÃO TRADICIONALISTA
3º Lugar:    5ª REGIÃO TRADICIONALISTA

LAÇO VETERANO
1º Lugar: JOÃO DE MOURA – GN NATIVOS DO ATLÂNTICO – ERECHIM – 19ª RT
2º Lugar: PEDRO JESUS GONÇALVES DOS SANTOS – CTG SINUELO DAS COXILHAS – ESPUMOSO – 14ª RT
3º Lugar: DIRCEU KNEVITZ – CTG CAMPO VERDE – CAMPO BOM – 30ª RT

LAÇO VAQUEANO
1º Lugar: CELSO DA SILVA LOPES – PL TRÊS ESTÂNCIAS – ROLANTE – 22ª RT
2º Lugar: LEODIR RODRIGUES PEDROSO – CTG RINCÃO SERRANO – CARAZINHO – 7ª RT
3º Lugar: DENIO BAGESTEIRO DE AGUIAR – CTG POTREIRO GRANDE – TRAMANDAÍ – 23ª RT

LAÇO PATRÃO
1º Lugar: ALDO SILVEIRA BRUM – GN PEDRO QUEBRA – TUPANCIRETÃ – 9ª RT
2º Lugar: RICARDO KRETZMANN – PQT AMIZADE SEM FRONTEIRA – MAURICIO CARDOSO – 20ª RT
3º Lugar: RICARDO RODRIGUES CARBONI – PL JÚLIO DOS SANTOS – PASSO FUNDO – 7ª RT

LAÇO CAPATAZ
1º Lugar: ALAN SOARES - PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: FÁBIO GONÇALVES - CTG TAPERA VELHA – CAMPOS BORGES – 14ª RT
3º Lugar: LUAN ANGELO DA SILVA – CTG HERANÇA GAUDÉRIA – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

LAÇO COORDENADOR
1º Lugar: MATHEUS HENRIQUE PIERRI SALVADOR – CTG 20 DE SETEMBRO – MACHADINHO – 29ª RT
2º Lugar: ROBERTO DIEGO DE OLIVEIRA – PL CAPITÃO JANUÁRIO - JACUIZINHO – 14ª RT
3º Lugar: CARLOS HUMBERTO CONCEIÇÃO – CENTRO FARROUPILHA DE TRADIÇÃO GAÚCHA – ALEGRETE – 4ª RT

LAÇO DIRETOR CAMPEIRO DE RT
1º Lugar: EDSON RICARDO – PL JOÃO DE BARRO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: CARLOS ALBERTO DE MORAES – CTG NENÊ LIMA – CAPÃO BONITO DO SUL – 8ª RT
3º Lugar: JOSÉ ONOFRE FARIAS DA SILVA – PQT TRÊS PALMEIRAS – PALMEIRA DAS MISSÕES – 17ª RT

LAÇO BRAÇO DE OURO
1º Lugar: LUCAS MENDES DA ROSA - PL SÃO GERALDO – OSÓRIO – 23ª RT
2º Lugar: ARLAN TROMBINI SOARES – PT CAPRICHO DE PEÃO – SANTIAGO – 10ª RT
3º Lugar: ALAN SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT

LAÇO BRAÇO DE DIAMANTE
1º Lugar: ANGELITO CUSTÓDIO HERNANDEZ – CTG TAPERA VELHA – TUPANCIRETÃ – 9ª RT
2º Lugar: RODRIGO ELIAS ROCHA MORETTO – PL PORTEIRA DA COXILHA – COXILHA – 7ª RT
3º Lugar: ALAN SOARES – PL SINUELO DO CERRITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT

LAÇO PAI E FILHO
1º Lugar: LUCAS DIAS JAVASQUE – DT QUERO QUERO e KAUAN DO AMARAL JAVASQUE – PT CAMPO A FORA – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: PAULO ROBERTO DUTRA BERGAMO e LUIZ OTHÁVIO BRAGAGNOLO BERGAMO – CTG RINCÃO DOS BÉRGAMOS – BARRACÃO = 29ª RT
3º Lugar: GARIBALDI NETO MAIDANA FERRAZ e ALAN DA SILVA FERRAZ – PL RODEIO TEATINO – SÃO MARCOS  – 25ª RT

LAÇO DUPLA DE IRMÃOS
1º Lugar: ARLAN TROMBINI SOARES – PT CAPRICHO DE PEÃO – SANTIAGO e ANDERSON TROMBINI SOARES – PT SENTINELA DO PAREDÃO – SÃO FRANCISCO DE ASSIS – 10ª RT
2º Lugar: LEONARDO RODRIGUES DA ROSA e RAFAEL DA ROSA RODRIGUES – PTG JALMENGO AZEVEDO – ROSÁRIO DO SUL – 18ª RT
3º Lugar: LUCAS FELIPE JAHNEL e MATEUS FERNANDO JAHNEL – CTG SENTINELAS DA TRADIÇÃO – IGREJINHA – 22ª RT

LAÇO GERAÇÃO
1º Lugar: SINVAL LIMA, LUIS HENRIQUE LIMA e THALLES DE FREITAS LIMA – PT FAZENDA DO CEDRO – SANTIAGO – 10ª RT
2º Lugar: ALVIM LOUZADA, LUIS ALBERTO LOUZADA E FELIPE DIAS LOUZADA, CCN SENTINELA DO RIO GRANDE – RIO GRANDE – 6ª RT
3º Lugar: WILMAR ALVES DA SILVEIRA – CTG ESTÂNCIA DA SERRA, VILNEI SILVA DA SILVEIRA e  LUAN ESPINDOLA DA SILVEIRA – PL GENERAL OSÓRIO – OSÓRIO – 23ª RT

LAÇO PIÁ /MENINA DUPLA
1º Lugar: LUCAS LORENZI PEREIRA – CTG MANECO RODRIGUES – SANTA MARIA e LUIS FELIPE MORAES CAVALHEIRO – PL ALMIRO BORGES – RESTINGA SECA – 13ª RT
2º Lugar: DANIEL DE BASTOS – CTG QUERÊNCIA DE NOVA HARTZ e MURILO FERNANDO AULER – CTG PEDRO SERRANO – SAPIRANGA – 30ª RT
3º Lugar: KAHUÃ RODRIGUES DA SILVA – CTG ÚLTIMA TROPEADA – GUAPORÉ e GUILHERME AUGUSTO OSMARINI BARRETO – CTG GAUDÉRIO SERRANO – BENTO GONÇALVES – 11ª RT

LAÇO GURI/GURIA DUPLA
1º Lugar: DAVI ZAMBIASI BENEDUZI – CTG CAPITÃO RIBEIRO – CAPITÃO e EDUARDO MAKIEL MARTINI – PQT CAVALEIROS DA ESTRADA – VENÂNCIO AIRES – 24ª RT
2º Lugar: FELIPE TROES – CTG TERRA NATIVA e GUSTAVO HENRIQUE DAUDT – PL CUCHO DAUDT – NOVO HAMBURGO – 30ª RT
3º Lugar: OCTAVIO AUGUSTO DA SILVA – CTG MOACIR DA MOTTA FORTES e EVANDER DOMINGUES MEIRELES – CTG LALAU MIRANDA – PASSO FUNDO – 7ª RT

LAÇO PRENDA DUPLA
1º Lugar: GABRIELE MACHADO SOARES – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS e LAÍNE ARAÚJO – CTG QUERÊNCIA PAMPEANA – NOVA SANTA RITA – 12ª RT
2º Lugar: ABDIELA SOARES – PL SINUELO DE SÃO CHICO e TARLIS TOMASINI – PL CABANHA PARAÍSO - SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
3º Lugar: BÁRBARA JULIA FICAGNA – CTG SINUELO DAS COXILHAS – ESPUMOSO e RADESH PARIZOTTO LAMAISON – CTG TRÊS COQUEIROS – SOLEDADE – 14ª RT

LAÇO INDIVIDUAL EQUIPE
1º Lugar: LUCAS MENDES DA ROSA - PL SÃO GERALDO – OSÓRIO – 23ª RT
2º Lugar: YURI DA SILVA TEIXEIRA – CTG PORTEIRA DO LITORAL – TERRA DE AREIA – 23ª RT
3º Lugar: BRUNO FREITAS GOMES – CTG SENTINELA DOS CERROS – CAÇAPAVA DO SUL – 18ª RT

VACA PARADA PIAZINHO DUPLA
1º Lugar: OTÁVIO SCHELL MACIEL – PL ALMA CAMPEIRA e JOSÉ HENRIQUE CASCONCELOS BAUMART – CTG QUERÊNCIA DO MUNDO NOVO – TRÊS COROAS – 22ª RT
2º Lugar: HENRIQUE AUGUSTO GRIFANTE – CTG O FOGÃO GAÚCHO – TAQUARA e MIKAEL MACIEL MARQUES – CTG QUERÊNCIA DO MUNDO NOVO – TRÊS COROAS – 22ª RT
3º Lugar: FREDERICO WEBER BERGAMO – PTG OS VAQUEANOS e MAURICIO RODRIGUES GOMES – PTG RANCHO DA AMIZADE – SÃO GABRIEL – 18ª RT

VACA PARADA PIAZINHO INDIVIDUAL
1º Lugar: OTÁVIO SCHELL MACIEL – PL ALMA CAMPEIRA – TRÊS COROAS – 22ª RT
2º Lugar: JOSÉ HENRIQUE CASCONCELOS BAUMART – CTG QUERÊNCIA DO MUNDO NOVO – TRÊS COROAS – 22ª RT
3º Lugar: MIKAEL MACIEL MARQUES – CTG QUERÊNCIA DO MUNDO NOVO – TRÊS COROAS – 22ª RT

VACA PARADA PIAZITO DUPLA
1º Lugar: FELIPE DE ANDRADE e MATHEUS DOS REIS MACHADO – PL LAGO VERDE – CANELA – 27ª RT
2º Lugar: ROMULO DE OLIVEIRA PEREIRA – PL CAPITÃO JANUÁRIO – JACUIZINHO e
GUILHERME COSTA GARDIN – PL OS GAUDÉRIOS DE SÃO DOMINGOS – ESPUMOSO – 14ª RT
3º Lugar: ARTHUR NUNES SILVEIRA – PL TIO ROSA – CIDREIRA e NICOLAS MOTTA MOREIRA – PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ – 23ª RT

VACA PARADA PIAZITO INDIVIDUAL
1º Lugar: LEONARDO DE LIMA LUMMERTZ – PL LAGEADO BONITO – SÃO FRANCISCO DE PAULA – 27ª RT
2º Lugar: GUILHERME COSTA GARDIN – PL OS GAUDÉRIOS DE SÃO DOMINGOS – ESPUMOSO – 14ª RT
3º Lugar: GABRIEL SANTOS DA CUNHA – CTG ARGEMIRO MARTINS PINTO – SOLEDADE – 14ª RT

VACA PARADA PRENDINHA DUPLA
1º Lugar: EMANUELE VITORIA ARRUDA e THALITA TOMAZONI BERNARDO E SILVA –
CTG SENTINELA DO PAMPA – NONOAI – 19ª RT
2º Lugar: MYRELA SILVEIRA LESSA DA SILVA – PL RINCÃO DO CAVALO – TRAMANDAÍ e JÚLIA DA SILVA ROCHA – PL TROPEIROS DO PAGO – SANTO ANTONIO DA PATRULHA – 23ª RT
3º Lugar: LUISA BECKER SCHIMIDT e LARISSA BORGES BORTOLANZA –
CTG RANCHO DO CHIMARRÃO – IGREJINHA – 22ª RT RT

VACA PARADA PRENDINHA INDIVIDUAL
1º Lugar: KAMILLI VITÓRIA GOMES – CTG FRONTEIRA DO RIO GRANDE – VICENTE DUTRA – 28ª RT
2º Lugar: DANIELLY RACHOR DA COSTA – CTG CHEIRO DA TERRA – CANOAS – 12ª RT
3º Lugar: EMILY GRAZIELI SOARES – CTG SENTINELAS DA TRADIÇÃO – 22ª RT

VACA PARADA BONEQUINHA DUPLA
1º Lugar: MARIANA MARTINS DA SILVA – PL TRÊS PALMEIRAS e ISABELLI SILVEIRA GODOI – CTG MIGUEL ROCHA SAMPAIO – PALMEIRAS DAS MISSÕES – 17ª RT
2º Lugar: JULIA DE ABREU MACHADO – PL LAGO VERDE e EMANUELLY BASEI MACEDO – PL PRESILHA SERRANA – CANELA – 27ª RT
3º Lugar: MARIANA MACHADO RODRIGUES – PTG ESTÂNCIA DOS ROLANTE – PALMARES e RAFAELA SOUZA DOS SANTOS MARTINS – PL SANTA TEREZINHA - IMBÉ – 23ª RT

VACA PARADA BONEQUINHA INDIVIDUAL
1º Lugar: MARIANA MARTINS DA SILVA – PL TRÊS PALMEIRAS – PALMEIRA DAS MISSÕES – 17ª RT
2º Lugar: IMANUELY DOS SANTOS BARBOSA – CTG SENTINELA DOS PAMPAS – CANDELÁRIA – 5ª RT
3º Lugar: JULIA DE ABREU MACHADO – PL LAGO VERDE – CANELA – 27ª RT

RÉDEAS PIÁ
1º Lugar: JOÃO FRANCISCO DA CRUZ FACHINI – CTG QUERÊNCIA PAMPEANA – NOVA SANTA RITA – 12ª RT
2º Lugar: DIEGO HENRIQUE FONSECA RUBIN – PQT LOURIVAL DIAS DE FREITAS – URUGUAIANA – 4ª RT
3º Lugar: LAURO CARGNIN PEGORARO – CG PORTEIRA DA TRADIÇÃO – SANTA MARIA – 13ª RT

RÉDEAS GURI
1º Lugar: EDUARDO FLORES RAMOS – CTG ESTÂNCIA DA VENDINHA – TRIUNFO – 15ª RT
2º Lugar: JOSÉ GABRIEL DE OLIVEIRA – CTG PORTEIRA DA RESTINGA – PORTO ALEGRE – 1ª RT
3º Lugar: FELIPE FONSECA SOARES – PQT LOURIVAL DIAS DE FREITAS – URUGUAIANA – 4ª RT

RÉDEAS PEÃO
1º Lugar: ALECSANDRO ANTUNES CARUZO – CTG VAQUEANOS DA PRAIA DO PINHAL – BALNEÁRIO PINHAL  – 23ª RT
2º Lugar: SOLANO CAVALHEIRO NUNES – CTG LENÇO BRANCO – SÃO GABRIEL – 18ª RT
3º Lugar: SANDRO FIUZA MOISÉS – CTG CAPITULINO VIEIRA – JACUIZINHO – 14ª RT

RÉDEAS VETERANO
1º Lugar: ANANIAS LADI DA COSTA – CTG SINUELO DO PAGO – JACUIZINHO – 14ª RT
2º Lugar: PAULO OSVALDO FELIX DOS SANTOS – PQT DESCANSO DO PINGO – VIAMÃO – 1ª RT
3º Lugar: VALTER CORREA – CTG TROPEIRO DOS CAMPOS NEUTRAIS – SANTA VITÓRIA DO PALMAR – 6ª RT

RÉDEAS MENINA
1º Lugar: EMANUELLI SILVEIRA AREND VARGAS – CTG TARUMÃ – SÃO GABRIEL – 18ª RT
2º Lugar: EMILY GARZIELI SOARES – CTG SENTINELA DA TRADIÇÃO – TAQUARA – 22ª RT
3º Lugar: GABRIELA LEOTE CALINO – GAG PIAZITOS DO SUL – CANOAS – 12ª RT

RÉDEAS GURIA
1º Lugar: THAYS KAYLANI SALES MACIEL – CTG PORTEIRA DA RESTINGA – PORTO ALEGRE – 1ª RT
2º Lugar: LIDIA MARIA PAGNONCELLI – CTG RETORNO A QUERÊNCIA – NOVA PRATA – 11ª RT
3º Lugar: GABRIELE MACHADO SOARES – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS - 12ª RT

RÉDEAS PRENDA
1º Lugar: LAÍNE ARAÚJO – CTG QUERÊNCIA PAMPEANA - NOVA SANTA RITA – 12ª RT
2º Lugar: MONIQUE EVELIN TASCHETTO – CTG DESGARRADOS DA QUERÊNCIA – SAPIRANGA – 30ª RT
3º Lugar: JULIA WINCKEL AVILA – CTG TROPEIRO VELHO – PANAMBI – 9ª RT

CHASQUE
1º Lugar: CASSIANO PALMEIRA MARQUES – PL LAÇADORES DA QUERÊNCIA, VALMIR DE ANDRADE CORREA – CTG ANGELO FRANCISCO GUERRA, ALAN DA SILVA FERRAZ, JEAN GARCIA VIANA, LUCAS VANAZ – PL RODEIO TEATINO – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

2º Lugar: LUCAS MATUS LAUER, JARBAS TORNQUIST JUNKHERR – CTG ESTÂNCIA ALEGRE – SANTA CRUZ DO SUL, DIEGO RUTZ BARBOSA – CTG SENTINELA DOS PAMPAS – CANDELÁRIA, VASCO HENRIQUE PORTO BARROS – PL CABANHA QUINHECA – CACHOEIRA DO SUL, VOLNEI EDUARDO HOFF – CTG ESTÂNCIA FARROUPILHA – VERA CRUZ – 5ª RT

3º Lugar: MATIAS TRENTINI HARTEMANN, FELIPE TRENTINI HARTEMANN, ADILSON VASCONCELOS DA SILVA, CASSIANO JANES DE ANDRADE – CTG MARCIANO BRUM – SOLEDADE, WILIAN BORGES DA SILVA – CTG TAPERA VELHA – CAMPOS BORGES – 14ª RT

GINETEADA
1º Lugar: SÉRGIO TAIRONI DA SILVA LESSA – CN SERIEMA – OSÓRIO – 23ª RT
2º Lugar: JOÃO FELIPE LIMA RIBEIRO – DTG MORADA DE GUAPOS – CANOAS – 12ª RT
3º Lugar: PEDRO VARELA WESCHENFELDER – CTG MANGRULHOS DA SERRA – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

LAÇO CONSELHEIRO DE REGIÃO
1º Lugar:  THIAGO  CENTOFANTE – CTG RÈSTIAS DO PASSADO – PAIM FILHO – 29ª RT
2º Lugar:  JOSÉ ALVONI ARAÚJO SILVA – CTG QUERÊNCIA – CANELA – 27ª RT
3º Lugar:  LUIS ALBERTO ELY BERGAMASCHI – PQT INVERNADA DE GUAPOS – LAJEADO – 24ª RT

LAÇO NARRADOR
1º Lugar:  FÁBIO GONÇALVES DOS SANTOS – CTG TAPERA VELHA – ESPUMOSO – 14ª RT
2º Lugar:  LUIZ GUSTAVO M. DOS SANTOS – GTC 20 DE SETEMBRO – XANGRILÁ – 23ª RT
3º Lugar: DIEGO GUIMARÃES DE CAMPOS – CTG VOVÔ FLORIANO – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

LAÇO AUTORIDADE
1º Lugar:  EVANDRO KUWER – PL RODEIO DO LAGEADO – SÃO MARCOS – 25ª RT
2º Lugar:  CIRANO CAMARGO – CTG PORTEIRA DA AMIZADE – LAGOÃO – 14ª RT
3º Lugar:  PURANCI BARCELOS DOS SANTOS – CTG PORTEIRA DAS MISSÕES – 3ª RT

LAÇO PEÃO FARROUPILHA
1º Lugar: AGNALDO REIS – CTG SINUELO DO PAGO – URUGUAIANA – 4ª RT
2º Lugar: FELIPE LOUZADA – CCN SENTINELA DO RIO GRANDE – RIO GRANDE – 6ª RT
3º Lugar: ERNANI DE OLIVEIRA NUNES – PL TIMBAÚVA – PORTÃO – 15ª RT

TROFÉU CYRO DUTRA FERREIRA - Região Campeã da FECARS
1º Lugar: 23ª RT
2º Lugar: 7ª RT
3º Lugar: 14ª RT e 22ª RT
 
Fonte: Notícias do Tradicionalismo Gaúcho / Rogério Bastos
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 21 de março de 2017

REPONTANDO DATAS / 21 DE MARÇO


 
No dia 21 de março de 1949 nascia, em Uruguaiana,RS, César Osmar Rodrigues Escoto, o César Passarinho. Considerado um dos melhores intérpretes de festivais nativistas, apareceu para o mundo musical do Estado através da Califórnia da Canção Nativa onde saiu-se vencedor por quatro edições, consagrando clássicos como Negro da Gaita e Guri. Antes disto, César Passarinho cantava em conjuntos de música popular e foi grande puxador de samba, em escolas do carnaval de Uruguaiana. 

Na foto, registrada em 1997, o intérprete aparece junto aos seus inúmeros troféus. No final de sua carreira, César Passarinho escolheu Caxias do Sul para viver, residindo no bairro Medianeira.


 
 
 
 

segunda-feira, 20 de março de 2017

RODEIO DE OSÓRIO CANCELADO


 
 
Buenas. Em contato agorinha mesmo com um integrante da comissão organizadora do Rodeio Internacional de Osório e da Tafona da Canção Nativa, obtive a lamentável confirmação do cancelamento destes dois importantes eventos, fundamentais para a cultura e para o tradicionalismo do litoral norte e até mesmo do Rio Grande do Sul. Na data programada para o 37º Rodeio, haverá uma festa campeira de menores proporções. Quanto a 27ª Tafona, existe a possibilidade remota de ser realizada no mês de setembro, durante a Semana Farroupilha. Mais um grande palco que se fecha em 2017, pelo menos por enquanto. Que pena!!! (Imagem: Pampa Sem Fronteira).
 
Jairo Reis
 
 
 
 
 

SOBRE A POSTAGEM DE HOJE


(O GRANDE DASAFIO DO MTG)
 
Amigo Léo Ribeiro de Souza, sobre seu post sobre o movimento ser mais popular... Eu acredito que isso vem ao encontro do voluntariado. E que tudo é um ciclo, que atualmente não está se fechando.

Com a concentração de esforços nas competições os voluntários para atividades como estas escolares e até coisas muito mais simples, foram deslocados pra estes "novos focos"... e outros voluntários, das outras atividades, se sentiram desgostosos e deixaram as entidades ou simplesmente frequentam eventos.

E aqueles novos que chegam, trabalham um pouco e vêem que o seu esforço vai todo para um poço sem fundo e que muitas vezes os mais beneficiados nunca são voluntários na própria entidade, que por fim acaba revertendo todos os recursos obtidos a estes mesmos. Que no caso deveriam ser os primeiros a se voluntariar. Afinal mensalidades e caixinhas não são suficientes para água, luz, estrutura e dezenas de custos que mantém a porta aberta da entidade.

Portanto não sobram voluntários, que são justamente aqueles que iriam desenvolver trabalhos de popularização! O MTG pode incentivar este novo enfoque popular, mas precisamos de gente para por em prática e muitos CTGs não estão se importando com estas pessoas, que estariam disponíveis para voluntariar em práticas não competitivas.
 
Jeandro Garcia
 
 
 



O GRANDE DESAFIO DO MTG


  
Ontem, na cidade de Rolante, o MTG encerrou com sucesso mais uma Festa Campeira do Rio Grande do Sul. Neste tipo  de coordenação de grandes eventos o Movimento tem-se saído muito bem, basta ver seus Congressos, Convenções, Encontro de Artes, Encontros de Prendas e Peões...
 
Contudo, de uma forma mais ampla, penso que o grande desafio da entidade que comanda o Tradicionalismo deve ir além.  
 
Em meados de janeiro o M. T. G. esteve reunido no 65º Congresso Tradicionalista Gaúcho, no CTG Laço Velho, em Bento Gonçalves.
 
Neste encontro alguns objetivos foram traçados, dentre os quais o Plano Quinquenal que tem por base o Projeto Social "Voluntariado", numa proposição da Diretoria da entidade. O tema será trabalhado ao longo de cinco anos e deverá ser desenvolvido em todo o âmbito do Movimento. 
 
Sem dúvida alguma é um projeto interessante em face de que o profissionalismo está ocupando um espaço enorme dentro das tradições e isto não é bom mas, voltamos a repetir, a missão do MTG, na nossa opinião, deve ser ainda maior.
 
Cabe a ele, como órgão organizador e propagador da nossa cultura, tornar nosso folclore nativo menos elitizado, ou seja, fazer com que os costumes e a cultura gaúcha como um todo seja POPULAR.  
 
Mas como fazer isto?
 
Tudo começa pela raiz e, aqui neste caso, a semente é a escola. Enquanto o MTG, através de seus braços tradicionalistas que são os Centros de Tradições não atacar o âmago desta questão e ir ao encontro das crianças levando nossos costumes, não só da dança, mas com oficinas que mostrem nossa cultura como um todo, ficaremos secando gelo e ouvindo que a tradição gaúcha é para os ricos, ou seja, elitizada. 
 
Claro que, por estilo, não chegaremos nunca ao nível popular do carnaval, por exemplo, nem conseguiremos alcançar Estados como Pernambuco onde os costumes locais não exigem tanto poder aquisitivo, mas poderíamos aprender muito com alguns locais, do mundo todo, que popularizaram suas tradições. 
 
Nós que vivenciamos o meio tradicionalista temos a falsa impressão que tudo gira em torno do gauchismo. Não é verdade. É só fazermos uma pesquisa e veremos que, fora os festejos farroupilhas, a GRANDE maioria da população gaúcha não está nem aí para a tradição gaúcha. Incluem-se aí as rádios e televisões do Rio Grande do Sul.  
 
Apenas para exemplificar. Se formos fazer uma pesquisa em relação a musicalidade, veremos que dentro do próprio Rio Grande a "brilhante" Meu Pau Te Ama, roda 30 vezes mais ao dia do que a clássica Querência Amada. Um absurdo.
 
É um círculo vicioso. As rádios precisam faturar e as empresas só patrocinam o que o povão (que compra seus produtos) escuta.
 
Os festivais nativistas estão minguando. Os rodeios e festejos por esta província afora, embora organizados por gente daqui, preferem pagar 10 vezes mais e trazer qualquer duplinha sertaneja para atrair o grande público e o prefeito poder ver seu evento "bombando". 
 
Nossa tradição não é popularesca. Não é acessível. O clima, a geografia, não nos favorecem. As pessoas precisam ter café no bule para se pilchar e participar dos eventos culturais.
 
Este é o grande desafio do Movimento. Achar uma maneira de dispor nossos costumes ao alcance de todos.
 
Como? Não sabemos. Mas achamos que tudo deve começar pela infância, pelos colégios, com apoio dos Centros de Tradições e das coordenadorias regionais.   
 
Na década de 50 as professoras ensinavam nossas tradições nos colégios
como registra este flagrante de 1954, no Colégio Rural de Aratinga,
no interior do município de São Francisco de Paula. 
Por que este costume se perdeu? 
 
 
 


domingo, 19 de março de 2017

10º CANTO MISSIONEIRO


ACONTECERÁ EM MAIO
 
Por: Jairo Reis
 
 
Buenas amigos.   Pela décima edição consecutiva, terei a honrosa missão de atuar como produtor executivo do Canto Missioneiro da Música Nativa, um dos mais importantes festivais do Rio Grande do Sul.

Obrigado ao prefeito de Santo Angelo, Jaques Barbosa, ao produtor cultural Flávio Schwede e, particularmente à Secretaria de Cultura, Neusa Cavalheiro, por confiarem na minha capacidade de trabalho e organização.

A 10ª edição do Canto Missioneiro acontecerá de 18 a 20 de maio e as inscrições devem ser encaminhadas até o dia 10 de abril, exclusivamente para o endereço eletrônico cantomissioneiro@gmail.com.

No mesmo período será realizada a 9ª edição do Canto Piá Missioneiro, certame exclusivo para jovens intérpretes.

A comissão avaliadora será formada por Antônio Fontoura, Juliano Javoski, Léo Ribeiro de Souza, Marcello Caminha Valter Portalete. 

Para baixar os regulamento e as fichas de inscrição, basta clicar nos links abaixo.
 
- Ficha de Inscrição 10º Canto Missioneiro:
http://www.novaproducoes.com.br/…/inscricao-10-Canto-Missio…
- Regulamento 9º Canto Piá Missioneiro:
http://www.novaproducoes.com.br/…/Regulamento-9-Canto-Pia-M…
- Ficha de Inscrição 9º Canto Piá Missioneiro:
http://www.novaproducoes.com.br/…/inscricao-9-Canto-Pia-Mis…