RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Gênero musical Bugio é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 30 de junho de 2017

RECULUTA DA BÓIA CAMPEIRA


É amanhã, dia 01 de julho, minha gente! No CTG Rodeio Serrano, em São Francisco de Paula, mais uma edição da tradicional Reculuta da Bóia Campeira.
 
Venha saborear a típica e farta gastronomia serrana e, de lambuja, dar serviço pras pernas dançando até o sol raiar ao som deste que é um dos melhores conjuntos de baile do Rio Grande, ou seja, o Grupo Cordiona (O Grupo do Porca Véia).
 
Vamos começar da melhor maneira este mês de julho, nos preparando para cruzar o mês de agosto, que o resto do ano vai que nem faca em melancia.
 
Eu estarei por lá.
 
Grupo Cordiona
 
 
 
   

quinta-feira, 29 de junho de 2017

REPONTANDO DATAS / 29 JUNHO



Em 29 de junho do ano de 1860 nasce, em Cruz Alta, Júlio Prates de Castilhos, Presidente do estado do Rio Grande do Sul que exerceu influência singular sobre a política gaúcha. Redigiu praticamente sozinho a Constituição do Estado de 1891. O Castilhismo consolidou-se como corrente política e teve voz ativa por cerca de quarenta anos. Borges de Medeiros, sucessor de Castilhos, seguiu firmemente os ideais do mestre. No plano nacional, Getúlio Vargas procurou implementar o castilhismo no Estado Novo (1937 a 1945).

Em 29 de junho do ano de 1905 nasce, em Santa Maria, Pedro Luiz Botari, padre, poeta e escritor singular, que teve como grande obra a edição do livro O Gênio do Pampa.
Em 29 de junho de 1906 nasce, em Imaruí, SC, Pedro Raymundo, compositor, cantor e instrumentista, filho do pescador e sanfoneiro João Felisberto Raimundo. Pedro Raymundo foi um dos precursores da música regionalista do Rio Grande do Sul e serviu de exemplo a dezenas de artistas gaúchos como os Irmãos Bertussi.

Em 29 de junho de 1942 nasce, em Pontão de Santa Maria, São Luiz Gonzaga, o Tronco Missioneiro e Mestre da Cultura Popular Brasileira Pedro Ortaça.

Em 29 de junho de 1957 é criada a Estância da Poesia Crioula, entidade voltada para a pesquisa e preservação da arte poética nativa do Rio Grande do Sul.  



 

PARABÉNS, ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA

 
ACADEMIA XUCRA DO RIO GRANDE
 
anais do 1º Congresso de Poetas Crioulos
 
A Estância da Poesia Crioula é uma entidade cultural sul riograndense que visa congregar os poetas e prosadores voltados para a temática gauchesca, além de pesquisar, manter, promover e divulgar tudo aquilo que se relacione com esta arte crioula em suas mais diversas formas de manifestações.

A fundação da Academia Xucra do Rio Grande, como é carinhosamente conhecida, ocorreu no dia 29 de junho de 1957, dia de São Pedro, Padroeiro da Estância, graças a visão e ao esforço de abnegados poetas e prosadores que sentiram a necessidade de organizar-se como instituição com o objetivo de exaltar nossos usos e costumes, nossas valorosas e ricas tradições.

Nos dias 27, 28 e 29 de junho de 1957, foi realizado o primeiro Congresso de Poetas Crioulos do Rio Grande do Sul. Neste evento, que teve Vargas Netto como Presidente de Honra (após sua morte tornou-se patrono da entidade) e o poeta Hugo Ramirez como Presidente da Comissão Organizadora, entre pareceres diversos, moções de louvores, discursos, homenagens, foram traçados os princípios da estância, tendo como seu mais elevado objetivo congraçar os poetas gauchescos, organizar uma corrente de pensamento e de estudo através de cuja manifestações possa atuar de maneira culturalmente objetiva a arte da poética e o culto, em si, da tradição campeira.

O primeiro Rodeio de Poetas Crioulos teve a adesão, mediante comparecimento ou manifestações expressas de 86 poetas, sendo, estes, considerados Sócios Fundadores.

Neste mais de meio século de existência a E P C tem cumprido com louvor seus princípios e objetivos promovendo, anualmente, seu Rodeio de Poetas, editando suas antologias, realizando seus concursos literários, participando ativamente dos movimentos que venham a promover nossa cultura. As reuniões dos vates e convidados acontece aos sábados na sede própria da Estância na rua Duque de Caxias 1525 sala 49 D.

A primeira diretoria da Estância foi assim constituída:

Presidente Hugo Ramirez.
Demais poetas: Rui Cardoso Nunes, Jayme Caetano Braun, José Barros Vasconcellos, Dimas Costa, Lauro Rodrigues, Pery de Castro, Nitheroy Ribeiro e Olynto Sanmartin.

Nestes 50 anos de existência foram presidentes da Estância da Poesia Crioula:

Hugo Ramires (1957/1959 – 1963 – 1986/1988);
Nitheroy Ribeiro (1959/1960)
Jayme Caetano Braun (1960/1961);
Guilherme Schultz Filho (1961/1963 – 1970/1972);
Cyro Gavião (1963/1964);
Mozart Pereira Soares (1964/1966);
Pery de Castro (1966/1970);
Hélio Moro Mariante (1972/1974);
José Paim Brites (1974/1976);
Zeno Cardoso Nunes (1976/1980);
Vasco Mello Leiria (1980/1982);
José Hilário Retamozo (1982/1986-1992/1994-2000/2002);
Francisco Pereira Rodrigues (1988/1990);
Dias Francisco Fiorenzano (1990/1992);
Caio Flávio Prates da Silveira (1994/2002);
Sérgio de Laforet Padilha (2002/2004);
Léo Ribeiro de Souza (2004/2006);
Beatriz de Castro (2006/2008);
José Machado Leal (2008/2010);
Cândido Brasil (2010/2014)
Wilson Tubino (2014/2016)
Ubirajara Anchieta (2016/...)
 

Ter sido presidente da EPC é um dos maiores orgulhos que tenho
                            
A Estância da Poesia Crioula tem uma característica marcante que é a de reverenciar seus vates já falecidos. Neste contexto, idealizou e construiu no Parque da Harmonia, em Porto Alegre, o Monumento Aos Poetas Mortos (foto abaixo), composto de uma cancela de varejão, que significa a passagem para as sesmarias do infinito e de uma pedra de 7 toneladas chamada de A Pedra da Memória.
 
Sesmaria do Infinito - Monumento aos Poetas Mortos


 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

A ORIGEM DO RITMO BUGIO


Adelar Bertussi (gaiteiro em pé), primeiro acordeonista a gravar um bugio, 
defende a teoria de que o ritmo brotou nos campos de cima da serra, 
em São Francisco de Paula.
 
Já que estamos que estamos as vésperas de mais um Ronco do Bugio, áquele que é considerado o festival mais autêntico do Rio Grande, vamos fazer uma breve explanação sobre o surgimento deste que é o único ritmo parido em nossa terra, ou seja, o Bugio.
 
Segundo o dicionário da língua portuguesa, bugio significa uma espécie de macaco. Tal animal seria oriundo da Argélia, mais precisamente da cidade de Bugia, que leva o nome por dizer-se o berço do citado primata. Figurativamente chama-se de bugio o indivíduo feio, desengonçado, que imita os outros. Macaqueador.

Uma característica marcante dos bugios é a presença do osso hióide (gogó) muito desenvolvido nos machos, que atua como câmara de ressonância e amplificação, conferindo a esses animais uma vocalização ímpar e mais acentuada, quando o tempo está para chover. Segundo os mais antigos “se o bugio roncou no mato, é chuva grossa de fato” e nenhum campeiro saía para suas lides sem a capa na garupa.

Pois foi para imitar esse ronco que surgiu o único ritmo genuinamente gauchesco, visto que todos os outros (vaneiras, chotes, valsas, etc.) são “importados”. A eterna e inútil discussão é onde surgiu o ritmo. Alguns historiadores dizem que foi em São Francisco de Assis, através do gaiteiro Neneca Gomes. Outros, como Os Bertussi, defendem que a origem do balanço sincopado apareceu pela primeira vez lá pelas bodegas do Juá, em São Francisco de Paula, através do gaiteiro Virgílio Leitão.

O pesquisador e folclorista Paixão Côrtes considera que é muito perigoso precisar o nascedouro do gênero musical característico do Rio Grande e que deve ter sido bem depois da guerra do Paraguay, pois em pesquisas discográficas da época do gramofone, entre o período de 1913 a 1924, nunca aparece o gênero bugio.
 
Em defesa de sua tese, o folclorista alega que em "gaita de botão", por ser de "voz trocada", isto é, abre num tom e fecha em outro diferente, não se pode realizar o "jogo-de-foles", que caracteriza a imitação do primata, recurso só obtido em gaita pianada, que aparece por estas bandas mais ou menos ao findar da guerra com o País vizinho.
 
O que se sabe, e isto está provado por registros fonográficos, é que foram os Irmãos Bertussi os primeiros a gravar em disco o ritmo bugio, com a música "Casamento da Doralice" no LP Coração Gaúcho.

E foi Adelar Bertussi, mais recentemente, que apresentou uma pesquisa intitulada “O Bugio na Mulada”, onde retrata o aparecimento do ritmo em sua terra natal, no interior de São Francisco de Paula. Segundo suas observações, fruto de diversas entrevistas, o gênero já era dançado na região serrana, antes de 1918, pelos bugres descendentes dos índios caingangues que habitavam as encostas do Rio das Antas e os tropeiros birivas açorianos.

Conta-se que, tal qual o tango argentino que foi parido na zona portuária de Buenos Aires e, inicialmente, era proibido de ser executado nos salões nobres por ser considerado um ritmo degradante pois permitia aos dançarinos um “roça-roça” inconcebível para a época, o bugio também só era retrechado nos bailes de ralé onde o cheiro da canha, o lusque-fusque das lamparinas e o perfume de baixa qualidade faziam parceria para o embalo que tomava conta dos bailões de fundo de campo. Seu compasso sincopado convidava aos bailarinos dançarem meio acotovelados e imitando os passos do bicho bugio.

Uma das características deste animal está relacionada com as suas reações ante uma adversidade, quando ele excreta e lança as fezes sobre seus adversários, ou seja, sua arma é seu esterco. Por esses motivos, quando gente de baixo quilate discute asperamente, as pessoas mais experientes aconselham: - não te mete, isto é briga de bugio!
 
 
 

CHASQUES DO M.T.G.


Lançada 3ª edição do Prêmio MTG de Jornalismo
  

O Movimento Tradicionalista Gaúcho anunciou nesta semana a realização da terceira edição do Prêmio MTG de Jornalismo. A iniciativa tem por objetivo reconhecer o papel da imprensa e seu compromisso com a história, cultura e folclore do Rio Grande do Sul, nas categorias Profissional e Universitário.
 
Poderão concorrer trabalhos jornalísticos veiculados em TVs, jornais, revistas, rádios, sites, blogs e fanpages, que se destaquem por ineditismo e/ou originalidade da abordagem do tradicionalismo gaúcho; pela consistência na divulgação e cobertura dos fatos tradicionalistas; capacidade de traduzir os fatos tradicionalistas para o leitor; pela contribuição para preservação da memória do tradicionalismo gaúcho; e contribuição para uma reflexão sobre a figura folclórica e simbologia do gaúcho.
 
Segundo o presidente do MTG, Nairo Callegaro, a imprensa é grande parceira da entidade na divulgação da pauta tradicionalista e a realização do Prêmio não é apenas uma forma de reconhecer, mas também de agradecer pelo trabalho desenvolvido.
 
Mais informações serão divulgadas em breve. 
 
 
MTG qualifica governança do Acampamento Farroupilha
 
O Movimento Tradicionalista Gaúcho dá mais um passo em sua política de governança na gestão, organização e realização do Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. Nesta semana, o presidente Nairo Callegaro anunciou a implantação de uma ferramenta que atende aos requisitos de transparência no relacionamento com os stakeholders do evento: um informativo técnico e periódico, com circulação pré, durante e pós Acampamento.
 
“Acreditamos em decisões orientadas para um consenso e disponibilizando as informações assim claramente colabora para que haja uma participação mais efetiva não somente na fiscalização, mas também na criação de alternativas e sugestões em momentos desafiadores”, afirma Callegaro. Segundo ele, é uma grande responsabilidade a realização de um evento deste porte e por se tratar de uma iniciativa com ampla participação popular, quanto mais inclusivo for o processo, melhor. “Não será apenas uma ação pró-forma; queremos mais eficiência e eficácia”, afirma.
 
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619


 

terça-feira, 27 de junho de 2017

CHASQUE DO M.T.G.


Três Passos também terá Cfor Básico
 
 
O Movimento Tradicionalista Gaúcho realiza, no dia 23 de julho, o Curso de Formação Tradicionalista – CforBásico, no município de Três Passos, na 20ª Região Tradicionalista. O encontro inicia às 8h, com Recepção, seguida de Abertura Oficial, e a partir das 9h15min palestras. Alguns dos temas abordados são História do Rio Grande do Sul, História do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Noções Básicas da Cultura Gaúcha, MTG e sua estrutura administrativa, Conduta e Ética implantando uma nova visão do Voluntariado, e Gestão de Pessoas: liderança, relacionamento interpessoal e gerenciamento de conflitos.
 
O investimento é de R$ 65,00 e mais informações podem ser obtidas pelo email cursos@mtg.org.br.
 
Foto Mauro Heinrich
 
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619


 

FALTA DE RESPEITO...


... DE NOSSO POVO PARA COM NOSSOS HERÓIS
 
 
Jeandro Garcia, nosso amigo fraterno e grande colaborador deste blog, preocupado que é com a cultura de nosso Estado, nos manda este flagrante colhido por ele no centro da capital, mostrando o descaso do povo e dos administradores públicos para com a memória dos que fizeram nossa história. 
 
Há poucos dias, misteriosamente, levaram as placas do Monumento Bento Gonçalves aqui na av. João Pessoa. Ressaltamos a palavra misteriosamente pois tais placas estavam chumbadas ao pedestal e pesavam mais de 150 quilos. Trabalho de horas e de muita gente, que ninguém viu e nenhuma câmara filmou....
 
Agora, segundo Jeandro Garcia, há diversos dias um monte de lixo estava recostado ao painel de nosso comandante farrapo, ali perto da estação principal do trensurb, defronte ao Mercado Público, local de intensa movimentação. Pois atearam fogo a um colchão deteriorando diversos azulejos com a gravura de Bento. O resultado é este flagrdo pela câmara do Jeandro.
 
Mas a gente questiona o que esperar da administração pública em relação a monumentos quando pessoas morrem esperando uma consulta do SUS ou diante das dezenas de assaltos neste País inseguro e corrupto?   
 
       
 
 
 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A POESIA VERTEU EM SANTIAGO


 
Sem dúvida alguma o grande momento da cultura gaúcha  neste fim de semana foi a comemoração antecipada de aniversário da Estância da Poesia Crioula - a data mesmo é 29 de junho, sob auspício de São Pedro - bem como a realização do 61º Rodeio de Poetas Crioulos, no CTG Coxilha de Ronda na cidade de Santiago. 
 
Tendo como anfitrião o poeta, artista plástico, compositor, Tadeu Martins - onde o Tadeuzinho põe a mão a coisa anda - e a Academia Santiaguense de Letras, nossa querida E.P.C. levou um naco de história através da poesia para o interior do Rio Grande, coisa que já havia feito apenas em duas oportunidades em seus sessenta anos de atividades ininterruptas. 
 
Nesta oportunidade ocorreu a solenidade de certificação a diversos poetas que, a partir de agora, passam a fazer parte da entidade, espetáculos musicais com Elton Saldanha e Nenito Sarturi, almoços de confraternização, palestras, oficinas poéticas e, é claro, muita recitação dos participantes.

O Patrono Espiritual do evento foi o vate Antônio Augusto Ferreira - meu afilhado na Estância -, homenagem in memorian a José de Figueiredo Pinto (Zeca Blau) e o recebedor da Medalha Vargas Neto foi Moisés Silveira de Menezes.

Este congraçamento telúrico contou com a participação da Academia Santa-mariense de Letras, Casa do Poeta de Santa Maria, Academia Brigadiana de Letras além de outros patrocinadores locais.

Nossos cumprimentos ao Presidente Ubirajara Anchieta extensivos a toda a diretoria que tanto labutaram pelo sucesso deste encontro.


 
 
 
 
 

CHASQUE DO MTG


MTG realizou capacitação para juízes de provas campeiras  

 
O Movimento Tradicionalista Gaúcho realizou, no dia 15 de junho, Capacitação de Juízes de Provas Campeiras. O evento aconteceu na sede da entidade, em Porto Alegre, promovido pelas vice-presidências Campeira e de Cultura.
 
No encontro, o presidente do MTG, Nairo Callegaro, falou sobre a estrutura da entidade. Dauro Soares e Nicanor Castilhos falaram sobre Regulamento Campeiro. Já o Vice-presidente de Campeira do Movimento Tradicionalista Gaúcho, José Araújo, discorreu sobre os rodeios do Rio Grande do Sul e Aimara Bolsi, que foi prenda do Rio Grande do Sul em 1998, falou sobre História do Rio Grande do Sul e Origem do Gaúcho. Marco Varela, por sua vez, falou sobre Ética em Processos Avaliativos.
O evento foi considerado um sucesso pelos organizadores.
 
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619
 
 
 

domingo, 25 de junho de 2017

O POETA E O BOI FRANQUEIRO


SEBASTIÃO FONSECA DE OLIVEIRA
 
 
 
Sebastião Fonseca de Oliveira é Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Franqueiros (ABCBF) e um guerreiro em busca das origens e culturas gaúchas. Ele faz um resgate histórico do Gado Franqueiro, a primeira e mais pura raça que movimentou o comércio no Rio Grande do Sul por séculos e que agora sofre ameaça de extinção.

Orelhano, Franqueiro ou Chimarrão, o gado xucro gaúcho. No início do século XVII, a região onde hoje é o Rio Grande do Sul, era considerada “terra de ninguém”, nela viviam os índios Guaranis e Charruas. Nesta época começou a ser ocupada com a chegada da Companhia de Jesus, que fundaram as Missões Jesuíticas. 

As missões jesuíticas, nessa região, tinham como principal característica o grande número de índios guaranis convertidos por grupos pequenos de religiosos. Com o objetivo de garantir a alimentação dos índios convertidos, o Padre Jesuíta Cristóvão de Mendonça introduziu o gado nas missões em 1634.

Em 1641, os bandeirantes saqueando e escravizando os índios entram em guerra e expulsam os jesuítas da região. Na fuga dos jesuítas, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem. Essas cabeças de gado por não ter predadores naturais se multiplicaram em rebanhos e devido ao clima, alimentação e terreno formaram a raça xucra e resistente ao ecossistema gaúcho. O pampa tem uma vegetação apropriada, os rios foram as cercas naturais e assim se formou as condições favoráveis para um grande rebanho conhecido hoje e dando origem ao gado “Franqueiro ou Orelhano”, (ou chimarrão, como se dizia na época). Essa raça hoje se encontra em perigo de extinção!

Mas além de preservar o boi franqueiro o bonjesuense Sebastião Fonseca de Oliveira é um grande poeta e declamador com larga história discográfica integrada com os hermanos do Plata (Uruguai e Argentina), pois são vastas as suas obras com a participação de renomados artistas gauchos. Fonseca também dedica-se a pesquisar o povoamento das sesmarias serranas tendo publicado livro sobre o tema.

Com toda o seu passado cultural, sua sensibilidade e versatilidade artística, vive meio que ermitão, solito com seus pensares pelas ermos de um galpão num fundo de campo em São Francisco de Paula.

Sebastião é o típico gaúcho que, por sua importância e conhecimento, vai se esvaindo deste Rio Grande velho (e a reposição é menor do que se espera).
 
 
 

sábado, 24 de junho de 2017

CHASQUE DO M.T.G.


Grandes nomes da música gaúcha já confirmados
para o Acampamento Farroupilha
 
 
A agenda de shows bailes do Acampamento Farroupilha deste ano começa a se desenhar. A AG Produtora se integrou ao Movimento Tradicionalista Gaúcho para a realização da ‘Maior Semana Farroupilha do Rio Grande do Sul” e já garantiu atrações como Os Monarcas, Joca Martins e Alma Gaudéria, Luiz Marenco e Machado, Marcelo do Tchê, João Luiz Corrêa, Os Mateadores, Grupo Rodeio, Tchê Guri, Gurias Gaúchas, César Oliveira e Rogério Melo, Moisés Oliveira, Vozes do Campo, Baitaca, Grupo Quero Quero, Xiru Missioneiro e Grupo Minuano.
 
Segundo Fernando Espíndola, da AG Produtora, a programação ainda contemplará fandango mirim para a criançada e bailes dos piquetes, com quatro bandas. “Haverá passaporte para todos os shows, com valores promocionais”, afirma.
 
Segundo o presidente do MTG, Nairo Callegaro, os bailes são um grande atrativo do Acampamento Farroupilha, que a cada ano recebe mais público.
 
Mais informações, sobre datas, valores dos ingressos e outros detalhes serão divulgados em breve.
 
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619
 
 
 

HOJE É DIA DE SÃO JOÃO


O Dia de São João é comemorado anualmente em 24 de junho por ser a data tradicionalmente atribuída ao seu nascimento. São João é conhecido como o "Santo Festeiro”, e nesse dia são realizadas muitas festas dentro daquelas incorporadas às chamadas popularmente como Festas Juninas, comemorações marcadas por danças e pratos típicos.
 
Alguns símbolos bastante conhecidos nas celebrações são a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha, o manjericão, entre outros.
 
Existem duas possíveis explicações para a origem do termo Festa Junina: pelo fato das comemorações ocorreram durante o mês de junho e, segundo a outra teoria, seria uma homenagem direta a São João. No princípio, em alguns países da Europa, a festividade era chamada de Festa Joanina.
 
São João é considerado o santo mais próximo de Cristo, pois além de ser seu parente de sangue, Jesus foi batizado por João nas margens do rio Jordão.

 
O CICLO JUNINO NO RIO GRANDE DO SUL

Uma festividade que sempre motivou algumas controvérsias em relação a sua forma é a do Ciclo Junino (13 a 29de junho). Ela se manifesta no folclore de quase todo o solo brasileiro e engloba os folguedos de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo.

Por ser uma tradição que, como nos referimos, ocorre em vários Estados, muitos folcloristas defendem a ideia de que cada qual destes Estados deveria ter sua característica própria nas brincadeiras, o que não acontece, pois há uma tendência caipira nas comemorações.

A origem destes festejos, está nas antigas civilizações Greco-romanas, Godas e Celtas que, no verão europeu (junho e julho), homenageavam os Deuses da Colheita com cantigas e danças ao redor de uma fogueira.

Foi por intermédio dos colonizadores portugueses, entre 1580 e 1590, que estas manifestações chegaram ao Brasil sendo que os originários santos pagãos foram substituídos pelos santos católicos acima citados.

Mesclando ritos cristãos e pagãos, são muitas as formas de homenagear os santos favoritos, as quais podemos destacar: novenas, procissões, fogueiras, fogos de artifícios, quermesse, bailes, presságios, brincadeiras como casamento na roça, dança da quadrilha, pau-de-cebo, além da gastronomia como pipoca, rapaduras, pinhão, quentão e outros.

O que muitos folcloristas não concordam é em relação a unificação na forma das comemorações. - Cada Estado deveria festejar o ciclo junino dentro de suas características, de suas tradições, de sua cultura própria; expressa João Carlos D"Ávila Paixão Côrtes, que muito estudou e escreveu sobre o tema.

Ex: no Rio Grande do Sul não deveria ocorrer a incidência de chapéus-de-palha, camisas estampadas, calças remendadas, etc.

Seria interessante que alguma entidade voltada para a preservação dos usos e costumes de nossa terra esclarecessem estas circunstâncias através de cartilhas sobre o assunto. É comum alguns professores pintarem com rolha queimada bigodinhos e costeletas na piazada, no melhor estilo Mazaropi.


 
 
 
 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

REPONTANDO DATAS - 22 DE JUNHO


 
Num dia 22 de junho, do ano de 1925, nascia em General Câmara, RS, o poeta Cleber Mércio. Vate a moda antiga, seus poemas são disputados a tapa pois são poucos os registros poéticos deste grande fazedor de versos. Uma de suas poesias mais conhecidas é Carreteiro, que reproduzimos abaixo, junto a uma bela gravura de Marciano Schimitz.

CARRETEIRO
Cléber Mércio

Nem bem desponta a barra da alvorada,
bordando de prateado os pinheirais,
bandos de gralhas gritam nas copadas,
o gado inquieto muge nos currais!
despertam carreteiros nas pousadas;
onde - talvez - não pousem nunca mais...

Eu também fui menino carreteiro
vocês não acreditam pois lhes juro!
de sol a sol perdido nos sendeiros,
muitas vezes tomando mate puro
tendo de dia...a luz do mundo inteiro
tendo de noite...a imensidão do escuro!

De pés no chão, bombachas remendadas,
facão no cinto, porongo na mão,
a palha, o fumo, chaleira queimada
o charque, a trempe, brasas de tição;
solução o carreteiro, uma toada;
gemendo de saudade o coração.

Teu vulto, carreteiro, é conhecido,
teu nome, carreteiro é venerado
teus causos carreteiro! repetidos,
na glorificação do teu passado;
em torno do braseiro, reunidos,
rodeio que o minuano tem parado.

Carreteiro Herói da minha terra!
Bandeirante do pampa estremecido,
abrindo estradas nos campos e serras,
tornaste o teu Rio Grande conhecido
Trabalhador na paz, fiel na guerra,
este rincão te canta agradecido!

Noites de inverno...a imensidão deitada
o gado inquieto muge nos currais...
geme o urutau sentando nas ramadas,
e soluça a juriti nos taquarais!
Despertam carreteiros nas pousadas,
onde talvez - não pousem nunca mais!
 
 
 

quarta-feira, 21 de junho de 2017

27ª TAFONA - LANÇAMENTO


 
 
Na noite desta quarta-feira, 21 de junho, o CTG Estância da Serra de Osório, abre as portas de seu galpão para receber a comunidade cultural do Rio Grande do Sul.  Lá, a partir das 19h30, acontecerá o  evento que vai lançar oficialmente a 27ª Tafona da Canção Nativa, um dos mais importantes e tradicionais festivais do estado.  Na oportunidade serão divulgados o regulamento, a programação, bem como o prazo para o encaminhamento das inscrições.
 
Depois de ter sido cancelada, na sua data tradicional, em maio, junto com o Rodeio Internacional de Osório, a Tafona está novamente agendada para o período entre 14 e 17 de setembro próximo.
 
A27ª Tafona da Canção Nativa é uma inciativa da Prefeitura de Osório através da Secretaria Municipal de Cultura, liderada pela cantora Adriana Sperandir.
 
Fonte: Blog Ronda dos Festivais - Jairo Reis
 
 
 

AQUI ESTOU, SENHOR INVERNO!


De acordo com os calendários começa hoje mais um solstício de inverno no hemisfério sul. É uma estação que, para nós gaúchos, causa grandes transtornos pelo frio intenso, pelo vento minuano cortante, pelas geadas branquejando os campos sulistas, pelas chuvas e cheias espantando os ribeirinhos de suas casas. Mas a vida e a lida não podem parar.

Contudo e como tudo, tal estação climática tem o lado bom. Um fogo-de-chão, um mate espumante, um vinho dos buenos, um catre de pelegos, um pinhão na chapa, um tinto seco....

Portanto, que venhas pois AQUI ESTOU, SENHOR INVERNO
 


Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.

Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!

Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.

Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.

Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.

Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.

Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.

Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.

Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.

Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.

Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.

Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...

Poema de: Aureliano de Figueiredo Pinto
Foto: Markinho
 
 
 

terça-feira, 20 de junho de 2017

CHASQUE DO MTG


Abertas inscrições para Formação de Posteiros Artísticos
(ensaiadores)
 
  
O Movimento Tradicionalista Gaúcho abriu inscrições para a 3ª Formação de Posteiros Artísticos (Ensaiadores), direcionada para a 1ª, 2ª, 6ª, 11ª, 12ª, 15ª, 16ª, 22ª, 23ª, 24ª, 25ª, 26ª, 27ª e 30ª Regiões Tradicionalistas. A Formação acontecerá em Campo Bom, nos dias 15 e 16 de julho, no CTG Palanques da Tradição.
 
O conteúdo teórico aborda estrutura do MTG, voluntariado, ética e conduta, motivação e gerenciamento de conflitos. Já o conteúdo prático aborda temas como Ciclos Coreográficos, o que são?; Como ensinar danças para Crianças, Jovens e Adultos (linguagem e abordagens);  Técnicas de execução de danças de roda;  Técnicas de execução de danças em fila;  Técnicas de execução de danças de pares independentes e Conceitos básicos de Harmonização.
 
No período de 10 a 30 de junho serão disponibilizadas 50 vagas para as regiões selecionadas e de 01 a 10 de julho serão disponibilizadas 30 vagas para todas as 30 regiões, dando a oportunidade de participação a todos.
 
Podem se inscrever duas pessoas por entidade tradicionalista, com autorização do Patrão e aval do Coordenador Regional. Não será permitida a participação de Tradicionalistas com Cartão Administrativo de Instrutor de Danças Tradicionais, uma vez que o curso é direcionado para iniciantes, ou seja, para aqueles que desejam atuar como ensaiadores nas suas entidades. São pré-requisitos ter conhecimento das danças tradicionais gaúchas e pelo menos 16 anos de idade. 
 
O curso é gratuito. Mais informações podem ser obtidas no link

Foto: Deivis Bueno
Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619
 
 
 

AOS VIOLEIROS GAÚCHOS

 
 
 
 
 

CHASQUES DO MTG


MTG abre inscrições para três novas turmas de CforBásico
  

O Departamento de Formação Tradicionalista, vinculado à Vice-presidência de Cultura do Movimento Tradicionalista Gaúcho, está com inscrições abertas para mais três turmas do Curso Cfor Básico.
 
No dia 02 de julho o curso será realizado no CTG Sepé Tiaraju, em Santa Rosa. No dia 09 de julho será a vez de São Gabriel, no CTG Caiboaté. Já no dia 15 de julho o Cfor Básico será realizado na sede do MTG, em Porto Alegre.
 
Segundo a vice-presidente de Cultura, Anijane dos Santos Luiz Varela, trata-se de uma excelente oportunidade para ampliar conhecimentos sobre História do Rio Grande do Sul; História do Tradicionalismo Gaúcho; Noções básicas da Cultura Gaúcha; Carta de Princípios; Gestão de Pessoas: liderança, relacionamento interpessoal e gerenciamento de conflito e Voluntariado.
 
Mais informações podem ser obtidas no site

Sandra Veroneze
Assessoria de Imprensa MTG
51 9370 0619
 
 
 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

LANÇAMENTO IMPERDÍVEL


A Poetisa Jurema Chaves, conhecida por sua preocupação em levar ao público jovem a mensagem poética voltada para nossas tradições está lançando mais uma obra de real valor. Os trabalhos de Jurema Chaves deveriam ser peça obrigatória em todos as bibliotecas de Centros de Tradições pois levam um telurismo incomum a quem está iniciando no mundo literário através de versos e poemas. Quantos e quantos jovens, nos concursos de declamação, recitam Jurema Chaves! Aí está uma nova chance de renovação neste escasso espaço dedicado as crianças e aos adolescentes.

Clique em cima do convite ao lado para saber quando e onde adquirir este belo exemplar intitulado O Jardim da Poesia, editado pela Martins Livreiro.    

CRONOLOGIA DO MAIOR TROVADOR GAÚCHO


QUE NO DIA DE HOJE COMEMORARIA ANIVERSÁRIO 

 
 
  • 1919 - Em 19 de junho, nasce em Porto Alegre, no bairro Passo D'Areia.
  • 1931 - Gildo foge de casa pela primeira vez, aos 12 anos.
  • 1937 - É tido como desertor, por não ter se apresentado à convocação militar. Envolve-se na primeira briga séria, onde morre um jovem amigo. Primeira prisão. Cria ódio da polícia.
  • 1941 - Casamento com dona Carminha. Passa a ter morada fixa no bairro de Niterói, em Canoas. Continuam os contratempos com a polícia.
  • 1944 - Nasce o primeiro filho depois de dois perdidos. Gildo começa a viajar bastante e a ser reconhecido como trovador. A polícia mantém-se em cima.
  • 1949 - Trovador com fama ascendente em todo o Rio Grande do Sul, desaparece de casa e reaparece na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, mal consegue caminhar, com problema de paralisia nas pernas.
  • 1950/51 - Em São Borja, conhece Getúlio Vargas e entra em sua campanha política. Param as perseguições policiais. Primeira viagem ao Rio de Janeiro.
  • 1953/54 - Faz fama como trovador nos programas de rádio ao vivo em Porto Alegre. Volta à viver no bairro Passo D'Areia com a família.
  • 1955 - Encontro e identificação como Teixeirinha. Muitas viagens. Mudança para o bairro Passo do Feijó e abertura do primeiro bolicho.
  • 1956/60 - Torna-se a maior atração do programa Grande Rodeio Coringa, nos domingos à noite. Mais viagens com Teixeirinha.
  • 1961/62 - Declínio dos programas de rádio ao vivo, televisão começando. Gildo resolve largar de mão a "cantoria" e inventa de criar porcos.
  • 1963 - Viagem a São Paulo para gravar o primeiro disco.
  • 1964 - É lançado o primeiro LP. Em meados do ano é "convidado" a prestar depoimento sobre suas ligações com o trabalhismo.
  • 1965 - Início da célebre disputa com Teixeirinha através dos discos. Jango o convida para viver no Uruguai e ele não aceita.
  • 1970/77 - Várias internações em hospitais, sucesso popular das gravações, muitas viagens. A "briga" com Teixeirinha chega ao auge. Mudança para Viamão.
  • 1978 - Inaugura em Viamão a Churrascaria Gildo de Freitas e dá início aos bailões.
  • 1982 - Grava o último disco, para a mesma gravadora dos outros todos, a Continental.
  • 1982 - Última internação em hospital, últimas aparições públicas em programas de televisão. Morte em 4 de dezembro.


  • Para homenagear sua data de morte que, coincidentemente é no mesmo dia e mês de Teixerinha, com apenas 3 anos de diferença, o então Deputado Estadual Joaquim Monks instituiu, através da Lei nr 8.814/89, o 4 de dezembro como Dia do Poeta Repentista e Dia do Artista Regional.

     
     

    domingo, 18 de junho de 2017

    DE GAULLE TINHA RAZÃO




    Charles de Gaulle já dizia
    que o Brasil não era sério.
    Vem lá dos tempos do Império
    o que vemos hoje em dia.
    E dentro desta anarquia
    nem a justiça se exime
    pois ela não julga o crime
    e sim quem o cometeu.
    Rouba e dorme qual Morfeu 
    quem tem Gilmar no seu time.
     
    Versos de: Léo Ribeiro
    Charge de: Miguel
     
     
     
     
     
     
      

    sábado, 17 de junho de 2017

    SUA PARTICIPAÇÃO É IMPORTANTE.


     
     
     

    EXCURSÃO LITERÁRIA DA ESTÂNCIA


    DOMINGO TEM "DO LITORAL A FRONTEIRA"


    Maxsoel Bastos de Freitas, Jairo Reis e Léo Ribeiro

    Na edição do próximo domingo, 18/06, o programa Do Litoral à Fronteira terá a honra das participações de duas figuras imponentes no cenário da arte e da cultura gaúchas, os poetas, compositores e parceiros de lides regionalistas, Léo Ribeiro de Souza e Maxsoel Bastos de Freitas.
     
    Além de apresentar em primeira mão, o seu livro "Nos Ideais Daqueles Lenços", que só será lançado oficialmente em novembro, na Feira do livro de Porto Alegre, Maxsoel nos presenteou com seus dois CDs, "De Alma e Coração" e "Nos Ideais Daqueles Lenços", cujos repertórios serviram de trilha musical para o programa. "Coza pra lá de especial" !

    O programa Do Litoral à Fronteira vai ao ar bem cedinho, das 6h as 8h da manhã, na Rádio Bandeirantes AM640, FM94,9. Sintonizem também pelo www.band.com.br/rs
     
     
     

    sexta-feira, 16 de junho de 2017

    CHASQUES DO MTG


    MTG inicia WebSérie sobre Danças Tradicionais Gaúchas


    O Movimento Tradicionalista Gaúcho está dando início a mais uma WebSérie, desta vez abordando as Danças Tradicionais Gaúchas. O objetivo da iniciativa é promover conhecimento e cultura acerca desta que é uma das manifestações artísticas mais apreciadas no Rio Grande do Sul, segundo o presidente da entidade, Nairo Callegaro.
     
    A metodologia seguirá o padrão anteriormente adotado já com as webséries sobre a Carta de Princípios e a Chama Crioula, com publicações diárias na página oficial do MTG no Facebook. O trabalho está embasado na obra Danças Tradicionais Gaúchas 4ª edição, publicado em 2016 pela Fundação Cultural Gaúcha através da Vice-presidência Artística, a cargo de José Roberto Fishborn.
    No total, serão 26 posts.
     
    Foto: Mauro Heinrich
     
    Sandra Veroneze
    Assessoria de Imprensa MTG
    51 9370 0619
     
     
     

    REPONTANDO DATAS / 16 JUNHO



    Num dia 16 de junho, do ano de 1915, nascia na cidade de Santa Maria Balbino Marques da Rochafilho de Joaquim Junqueira Rocha e Esther Marques da Rocha. Formou-se na Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1937. Cirurgião e ginecologista, trabalhou por mais de 50 anos em hospitais da capital, como Beneficência Portuguesa, Hospital Ernesto Dorneles e outros. Clinicou em várias instituições, como a Caixa dos Ferroviários e a Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul. Conforme o depoimento de colegas que ainda o conheceram em atividade, era um cirurgião dos mais ativos, operando muito em ginecologia, com rapidez e segurança. 

    Como escritor foi poeta regionalista, tendo encontrado grande repercussão com o poema satírico que escreveu aos 22 anos, em 1937, A Estância de D. Sarmento – Trovas do Amigaço, livro que teve mais três edições, em 1957, 58 e 73. Em 1956 publica Trança Crioula, seguindo-se A Mudança do Portela de 1957, Bruno Tivico – Trovas do Amigaço s/d, e em 1978 republica-os numa antologia com os poemas Colônia do Sacramento e Versos Esparsos.
     
    A ESTRUTURA DO POEMA
    O poema A Estância de D. Sarmento é composto por treze cantos, com número de estrofes variadas, com sete versos cada uma, heptassilábicos, com rima abbcddc, sendo também dois poemas em um, como no Antônio Chimango.  (José Eduardo Degrazia)
     
    O POEMA
    De sua antologia publicada pela Corag em 1978 – Companhia de Artes Gráficas –, vamos mostrar as estrofes da abertura.
     
    COMO QUEM ABRE:
     
    Indiada do meu rincão,
    Em quem o laço da ausência,
    Sempre cinchando a querência,
    Não rebenta por detrás...
    Reverdecendo a memória,
    Do peão que les canta a história,
    Ao buenacho capataz.
     
    Índio pobre, despilchado,
    Surrado pelo destino,
    Num galopeio teatino
    De pago em pago cantando
    Enchendo o luar das noites...
    E a rebencaços e açoites,
    Aos mandões desatinando.*
     
    Que a desgraça engarupada,
    Na anca deste ruano,
    Não le traga desengano,
    De pensarem num despeito...
    Sou triste e vivo aperreado,
    Mas quem vive tironeado,
    Merece estima e respeito.
     
    Se canto, sei o que canto...
    Que as armas contra os tiranos,
    Não têm corte nem dois canos,
    É o verso, o luar de prata,
    A ironia, a corda prima,
    Que o verso fere na rima,
    E se não fere, maltrata.
     
    Por mais tédio e mais cansaço,
    Que a vida atroz nos reserve,
    Por dentro sempre nos ferve
    A lembrança do fogão
    Como a realeza dum cetro...
    Que hoje é mais que um espectro,
    Sem forma e sem coração!
     
    A apreciação não me vale...
    Se não servir não importa,
    Sou índio de guampa torta
    Que à vida cego se atira.
    Em quem o juízo de um outro,
    É como coice de potro
    Em tronco de guajuvira.
     
    D. Sarmento, grande amigo
    (Que Deus o tenha na glória)
    Enquanto dedilho a história
    Nos baixos deste teclado...
    E a minha toada crioula,
    Cante baixo como rola,
    Pelo respeito ao passado.
     
    Vou les contar de mansito,
    A história da velha estância,
    Que hoje entregue à larga ânsia,
    Ao grande remordimento,
    É o boi-tatá da querência...
    Mas léguas, não são ausência
    Pras patas do pensamento.
     
    E aqui junto a caboclada,
    Na relancina da trova,
    Um relho que se retova
    A tentos da tradição...
    Enquadrilhando na calma,
    A bagualada de alma
    E os chucros de coração!
     
    Lembrar o segundo verso da Oferta do Antônio Chimango:
    “De fazer aos mandões guerra”.
     
     
     

    quinta-feira, 15 de junho de 2017

    FAZIA TEMPO....


    ... que uma música não mexia com minha alma. Nem "carculo" há quanto tempo não via uma letra tão bonita casando com uma melodia de arrepiar o pelo. Letra e música, neste trabalho, são siameses. São gémeos que nasceram ligados por uma parte do corpo.  Nossos festivais vinham de uma mesmice só. Todos querendo que aparecesse um "Florêncio Guerra", um "Negro da Gaita". Pois o antigo se renova na belíssima O Silêncio e a Campereada, grande campeã da Sapecada de Lages.
     
    Com letra de Sérgio Carvalho Pereira e melodia de Ricardo Comasseto e André Teixeira, tendo no palco o acréscimo do grande violão deste pago, Marcello Caminha e o carisma na interpretação de Luiz Marenco, o resultado não poderia ser outro. Isto prova que não adianta entupir de gente no palco se a obra não ajuda. Se a coisa é simples mas profunda, como a obra apresentada, os ouvidos e o saudosismo agradecem. Como diz o Glênio Fagundes, - foi de lavar com um bochecho d'água.  
     
     
     
     
     

    quarta-feira, 14 de junho de 2017

    NOITE DE AJUDA AOS DESABRIGADOS


    Hoje a noite, dia 14 de junho, é noite de prestarmos nossa solidariedade aos desabrigados pelas cheias em nosso Estado. Uma grande quarteada com músicos e poetas gaúchos estará acontecendo no Teatro Dante Borone, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Leve um alimento não perecível, um agasalho, ajude um irmão que esteja precisando e aprecie belos espetáculos artísticos. É hora de darmos nossa contribuição humana e material.


     
     

    VENCEDORES DA SAPECADA DE LAGES


    Marcello Caminha, André Teixeira, Luiz Marenco e Ricardo Comasseto
    defenderam a música vencedora
     
     
    Fonte: RádioSul Net


    DOIS MÚSICOS SEM INSTRUMENTOS


    EM MENOS DE UMA SEMANA ASSALTANTES
    LEVAM O GANHA-PÃO DE DOIS ARTISTAS
     
     Na insegura Porto Alegre onde roubos, assaltos e mortes se sucedem a todo o momento, nem os artistas de nossa terra são poupados. Rafael Koller, exímio tocador de bandoneon reconhecido no meio festivaleiro e na noite portoalegrense e Berenice Azambuja, popular na músicalidade galponeira de nosso Estado, viram calar o foles de seus instrumentos simplesmente por viverem neste ambiente onde se joga com a sorte para chegar ileso em casa.   
     
    Rafael Koller ficou sem o  bandoneon que toca desde a infância e é o seu ganha-pão 
              Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal  
     
    Desde terça-feira (6) diversos músicos de Porto Alegre estão mobilizados para recuperar a alegria do bandoneonista Rafael Koller, 85 anos. Ele foi roubado no bairro Nonoai, na zona sul de Porto Alegre, por volta das 20h30min daquele dia. Além de levarem seu Uno Vivace preto, os dois homens armados levaram seu instrumento de trabalho e, segundo ele, o grande amor de sua vida.
     
    a cantora Bereice Azambuja teve sua gaita roubada na noite de segunda-feira
     
    A cantora e gaiteira Berenice Azambuja, que se tornou nacionalmente conhecida com a composição "é disto que o velho gosta" teve seu instrumento levado por assaltantes que arrombaram seu carro nas proximidades do Hospital Mãe de Deus, na capital. A gaita é de grande estima para esta artista que a ganhou dos pais há mais de 40 anos. Segundo a cantora, o valor sentimental é inestimável. 
     
    Em tempo: ao que parece (neste momento são 10:48 hs), a polícia recuperou a gaita de Berenice Azambuja armando uma emboscada aos assaltantes que, num telefonema para a cantora, se propuseram a devolver a gaita em troca de R$ 1.500,00. O encontro para a efetivação do negócio seria no Morro Santa Tereza, na capital. A polícia civil entrou na negociação orientando a artista que marcasse a compra em um supermercado, aonde prenderam os ladrões e recuperaram o instrumento.
     
     
      
    
     
     
     
     

    terça-feira, 13 de junho de 2017

    FESTIVAL RONCO DO BUGIO


     
    Pinhão pulando na chapa,
    conhaque, mate, quentão,
    pandeiro, gaita, violão,
    tudo pra espantar o frio.
    Coisa igual nunca se viu
    neste Rio Grande imortal,
    campeiraço, original,
    nosso Ronco do Bugio.

    Contava Honeyde Bertussi
    que aqui pelo Juá
    inventaram de "imitá"
    o bugio lá no capão.
    E foi Virgílio Leitão,
    num pouso a beira mato,
    que arremedou o macaco
    numa gaita de botão.

    E foi também pelas mãos
    do Honeyde e do Adelar
    que o bichinho foi parar
    no antigo "bolachão".
    Assim virou o brazão
    dos cantores da querência.
    É terrunho, é pura essência,
    é filho deste torrão.

    Esta festa genuína
    veio, então, apadrinhar,
    difundir e preservar
    esse toque do rincão.
    Ainda traz a vocação,
    entre os versos que desata,
    de proteger o primata
    hoje quase em extinção.

    Artistas timbrando versos,
    gente de fama graúda,
    cantarolando saúdam
    a cultura deste pago.
    Este encontro é afamado
    por sua estirpe campeira
    e teima em cruzar fronteiras
    da serra pra todo o Estado.

    É um encontro de amigos,
    vertente de poesias,
    espetáculos, cantorias
    que dá gosto a gente ver.
    No gelado amanhecer
    as gaitas aquentam tudo
    neste trancão macanudo
    que São Chico viu nascer.

    (poema de Léo Ribeiro)





    

    segunda-feira, 12 de junho de 2017

    REGULAMENTO DO 26º RONCO DO BUGIO


     
     
     

    AOS ETERNOS NAMORADOS


    IGUAIS A MIM
     
     
     
    ESTÂNCIA DO CORAÇÃO
    Versos de: Léo Ribeiro

    Eu fui assim, cruzador
    qual vento nos alambrados......
    Fiz da cantiga meus brados,
    do campo fiz corredor.
    Rédeas soltas, campeador
    dos farranchos do rincão.
    Gargalhei da solidão
    cruzando o pago nativo
    até que parei, cativo,
    da Estância do Coração.

    Minhas noites de índio vago
    ficaram ternas, mais longas,
    das rancheiras fiz milongas,
    dos sofrenões fiz afagos.
    Não me perco embriagado
    por sonhos de vastidão.
    Meu peito responde: - Não!
    Não mais o mundo em loucuras!
    Fiquei peão das ternuras,
    da Estância do Coração.
     
     
     
     
    
     
    

    26º RONCO DO BUGIO


     Homenageados - Francisco Castilhos e Albino Manique - Dupla Mirim
    Arte: Léo Ribeiro de Souza 
     
    A administração municipal de São Francisco de Paula, através da Secretaria de Turismo, em convênio com o CTG Rodeio Serrano, vai promover, mais uma vez, o Festival Mais Autêntico do Rio Grande, ou seja, o Ronco do Bugio, agora em sua 26ª edição. O evento acontecerá nos dias 01 e 02 de setembro.
     
    Tal festividade é genuína, pois é a única que só permite um gênero musical (bugio), ritmo criado e difundido nesta cidade de cima da serra gaúcha. Este ano, por sugestões deste serrano que vive intensamente este festival, o evento sofrerá inovações.
     
    Buscando valorizar os artistas locais reconhecidos por serem exímios gaiteiros, o Ronco do Bugio contará com a chamada Fase Local, com uma noite (sexta-feira) exclusiva para compositores ou intérpretes nascidos ou moradores neste município.  
     
    Outra novidade, também sugerida por este filho de São Chico, será a seguinte: O Festival acontecerá em apenas duas noites, sexta e sábado.
     
    Na sexta-feira, dia 01 de setembro, subirão ao palco as 10 composições da Fase Local quando duas escolhidas serão reapresentadas no sábado, já fazendo parte do CD do festival  e concorrendo em igualdade de condições com os 10 bugios da Fase Geral. 
     
    No formato anterior, não havendo disputa, as apresentações destas noites (sexta e sábado) tornavam-se praticamente inúteis pois toda a premiação acontecia no domingo quando os bugios subiam ao palco novamente. Por vezes um grupo vinha de longe fazia sua apresentação na sexta-feira e só iria reapresenta-lo novamente na final, ou seja, na noite de domingo. Agora o domingo ficou livre para o retorno dos artistas e visitantes aos seus lares. 
     
    Nesta edição, cada participante receberá uma ajuda de custo de R$ 1.000,00 (Fase Local) e R$ 2.500,00 (Fase Geral). Os dois vencedores da Fase Local que passarem para a Fase Geral receberão o acréscimo de R$ 1.500,00.
     
    A premiação do 26º Ronco do Bugio será a seguinte: 
     
    1º lugar – Troféu + R$  5.000,00
    2º Lugar – Troféu + R$ 2.500,00 
    3º Lugar – Troféu + R$ 1.000,00 
    Melhor Instrumentista – Troféu + R$ 500,00 
    Melhor Intérprete – Troféu + R$ 500,00 
    Música Mais Popular – Troféu + R$ 500,00
     
    Inscrições até o dia 28 de julho pelo e-mail:
     
    Programação: 
     
    Sexta-feira, dia 01 de setembro:
    - Abertura Oficial
    - Apresentação dos 10 bugios da Fase Local
    - Proclamação dos 2 bugios vencedores
    - Homenagem a Francisco Castilhos e Albino Manique (Dupla Mirim)
    - Baile com Os Mirins
     
    Sábado, dia 02 de setembro
    - Apresentação dos 12 bugios (10 da Fase Geral e 2 da Fase Local)
    - Show com César Oliveira e Rogério Melo
    - Proclamação dos vencedores e entrega dos prêmios.
    - Baile com Volnei Gomes e Grupo Cantando o Rio Grande
     
    O 26º Ronco do Bugio acontecerá nas dependências do CTG Rodeio Serrano, com entrada franca.
     
    O Regulamento completo do Festival será levado a público ainda esta semana. 
     
    Maiores informações com Rodrigo Marques
    (54) 3244-3822 - Secretaria de Turismo 
     
    Obs: Esta publicação foi solicitada e autorizada pela Comissão Organizadora do Festival.