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domingo, 27 de março de 2016

SOBRE O CANTOR ARGENTINO LUNA


Algumas lembranças sobre Argentino Luna 



No flagrante acima o espetáculo Canto Sem Fronteira, no antigo Teatro da Ospa. Na frente, Argentino Luna e Jayme Caetano Braun. Ao fundo, da esquerda para a direita, José Claudio Machado, Glênio Fagundes, Enio Rodrigues, Paulo de Freitas Mendonça, Gilberto Monteiro, Cenair Maicá e Dante Ramon Ledesma.

O amigo Léo Ribeiro me instigou a escrever um artigo sobre alguns fatos da minha convivência com Argentino Luna. É um desafio, mas como eu agradeço diariamente a Deus pelos amigos que Ele tem me dado ao redor do mundo e sou daqueles que sente saudade, haja vista que a maioria não encontro no dia a dia, resolvi atender ao seu pedido de amigo, até porque neste final de semana que passou, houve uma série de postagens nas redes sociais e sites sobre os cinco anos do desencarne de Rodolfo Gimenez, o Argentino Luna. Este foi um dos irmãos que, embora nos encontrássemos muito esporadicamente, nos considerávamos e a cada vez que nossos caminhos se cruzavam, gozávamos de momentos divertidos e compartilhávamos nossas experiências de andejos.
 
O “Negro Luna” e eu nos conhecemos pessoalmente no início da década de 80 do século passado, quando ele veio ao Rio Grande do Sul para participar de um espetáculo que eu era apresentador e contribuía na organização, o Canto Sem Fronteira, evento que aconteceu por quatro anos no Teatro da Ospa, em Porto Alegre e era promovido pelo Grupo Nativista Vento Minuano, com patrocínio da Polisul, empresa de segunda geração do Polo Petroquímico. Fui encarregado de ser o anfitrião de Luna e convivemos durante a semana que ele esteve na capital gaúcha. Pensei que ele se reservaria no hotel como a maioria dos famosos faz, mas na primeira manhã de sua estada aqui, nem bem eu havia chegado ao meu escritório ele entrou porta adentro com um pacote de erva-mate e um disco (LP) e cevamos o primeiro mate de muitos que tomamos naqueles dias. Presenteou-me com um disco de José Curbelo, Roberto Ayrala e Miguel Franco, autografado pelo primeiro, que depois veio a ser meu parceiro de pajadas, gravações, andanças pelo mundo, mates e boas gargalhadas. Convivemos e conversamos bastante naqueles dias, Luna e eu, porém um dia antes do espetáculo fizemos um churrasco com o elenco do show, então tive o privilégio de apresentá-lo a Jayme Caetano Braun e Braun a ele. Digo assim, desta forma estranha, porque ambos eram fãs um do outro, mas não se conheciam. Quando o recepcionei no aeroporto, a primeira pergunta que me fez foi a de que se Braun estaria no espetáculo. Então, me informou queria conhecê-lo. E depois veio expressar esta vontade quando ambos improvisaram no palco do Teatro da Ospa: “yo lo queria encontrar / ya lo encontré compañero”/. Também o apresentei a Cenair Maicá, Glênio Fagundes, José Claudio Machado, Gilberto Monteiro e Dante Ledesma, entre outros que faziam parte daquele elenco e aos organizadores do evento. Depois disso, nossos caminhos se cruzaram algumas vezes e o nosso próximo encontro no Brasil foi, no início da década de 90, no Te-Déun de Pajadores da América Latina, em Passo Fundo, quando entre mates, me regalou um pala vermelho que usei até o ano passado quando alguma mão amiga do alheio me subtraiu a peça de grande estima. Luna foi contratado pelo Grupo Chamamento do Pampa para atuar com o pajador uruguaio Gustavo Guichón naquela ocasião. Também participavam do evento, Jayme Caetano Braun e Glênio Fagundes, já seus conhecidos, e Arabi Rodrigues que pajou comigo. Para o bem da verdade, esclareço que Luna não era conhecido como pajador na Argentina e já existe até em livro aqui no Brasil, equivocadamente, que seria um dos maiores representantes do canto pajadoril argentino. Como a maioria dos cantores crioulos, especialmente os sureños, ele conhecia bem a décima, escrevia também em espinela, tocava bem a guitarra e cantava bem as milongas. Por isso, se dispôs a improvisar aqui no Rio Grande do Sul. Pajou duas vezes em público que se tem notícia. As duas, no Brasil, com Braun no início da década de 80, em Porto Alegre e com Guichón, no início da década de 90, em Passo Fundo.  Foi sim, consagrado como cantor, compositor, poeta e guitarreiro sureño. Tanto que, em 2009, quando Luna apresentou ao público do Festival de Cosquin, o jovem pajador da cidade de Rojas, Nicolás Membriani, soltou esta décima, aqui traduzida por mim: 

“Se eu fosse pajador
tu sabes que eu não sou,
mas irmão onde estou
vou cobrando este valor.
Tão somente sou cantor
porque este cantar alaga,
é fogo que não se apaga
meu irmão, se não te “enojas”
você tem lembrado  “Rojas”
e eu lembro Madariaga.” 

Ressalto que ele não era considerado e nem se considerava pajador, sem demérito algum a Argentino Luna, porque em reconhecimento, ele estava acima dos pajadores de seu país, em seu tempo. Tanto que, por exemplo, no 29º Encontro Santosvegano de Payadores de San Clemente de Tuyu, na Argentina, em 2010, quando nos encontramos por última vez, havia um grupo dos principais pajadores do Mercosul e o espetáculo especial (“actuación estelar”, como dizem lá) era de Argentino Luna, que brilhou com sua guitarra e sua voz inconfundível. Também lembro que, em 2002, quando recebemos o Troféu Condor de Fuego, em  Magdalena, na Província de Buenos Aires, Argentina, ele como cantor e eu como pajador, Luna foi anunciado e o público que lotava o teatro cantou à capela uma das suas canções enquanto ele se deslocava do seu lugar até o palco: “Mire que es lindo mi país paisano, si usted lo vea como yo lo vi...”

Era consagrado como poeta, cantor guitarreiro e compositor. Dentre seus sucessos destacam-se "Zamba Para Decir Adiós" (que foi traduzida e gravada por Cenair Maicá), "Mire Qué Lindo Es Mi País Paisano", "Pero El Poncho No Aparece", “Uno Nunca Entiende”, "Ando Por La Huella", "Capitán De La Espiga", y "Hoy Función Guitarra y Canto", entre tantos outros, inclusive “Tres Gauchos” em parceria com Jayme Caetano Braun, que alguns andam confundindo aqui no Rio Grande do Sul, pela mesma temática, com Milonga de Tres Banderas, que é de Braun e Noel Guarany.

Argentino Luna, conhecido entre os mais íntimos como “Negro Luna” (não era um pseudônimo e sim um apelido íntimo) era um cantor guitarreiro com estilo pajadoresco, admirador e apoiador dos pajadores, mas não o era, não por falta de competência e sim por autocrítica exacerbada. É um dos nomes imortais da música argentina e latino-americana que, para meu privilégio, me deu a honra de alguns mates, de boas prosas e um dia me regalou um disco de Curbelo, hoje meu irmão de arte, e noutro, um pala, que por ironia do destino “el poncho no aparece”, como diz uma de suas lindas canções.

Sinto saudades do Negro Luna e no ano 2015 aconteceu um fato interessante que relato pra finalizar este resumo de lembranças. Estávamos numa turnê de pajadores pela província de Buenos Aires e fomos convidados para o almoço de aniversário do ex-goleiro Pato Fillol, na cidade de San Miguel del Monte, na qual atuaríamos à noite. Para minha surpresa, quando chegamos à residência, era a casa de Argentino Luna, que fora comprada por Fillol. Por eu não acreditar em acaso ou coincidência, mais uma vez agradeci a Deus pelas amizades que me permite ter e que, independente de suas nacionalidades, argentina como as de Luna e de Fillol, uruguaia como a de Curbelo, ou brasileira, como a de Leo Ribeiro, estão interligadas pelo plano espiritual e nos induzem a acreditar na maior razão da vida, a irmandade.

Paulo de Freitas Mendonça – Jornalista e pajador


 
 
 
 

quinta-feira, 24 de março de 2016

CRIOLLA DEL PRADO


Uma festa campeira de 91 anos
cancha de gineteadas abriga 40 mil pessoas 
A 91ª edição Semana Criolla Internacional del Prado, de Montevidéu, capital do Uruguai, começou no dia 20 e vai até 27 de março de 2016. O evento teve sua primeira edição no ano de 1925 e se tornou a maior festa campeira do país e o evento mais importante do calendário turístico do Uruguai. Cerca de 200 mil pessoas visitam o parque todos os anos para apreciar as gineteadas e os espetáculos artísticos. São diversos palcos, cinco oficiais e muitos outros nas penhas como são denominados os diversos restaurantes instalados no parque da Criolla. Artistas e ginetes uruguaios, argentinos, chilenos e brasileiros são os protagonistas da festa.  A cancha de gineteadas tem capacidade para 40 mil pessoas e nos finais de semana está completamente lotada para assistir aos mais corajosos ginetes do sul da América. Os concursos de gineteadas são nas modalidades de basto e pelo. A integração poético-musical também faz parte fundamental da Criolla, especialmente com os pajadores que possuem um teatro específico para seus versos de improviso, o Palco Carlos Molina, uma homenagem ao principal pajador oriental. Neste palco há cerca de duas décadas vem contando com a participação brasileira, especialmente com as atuações de Pedro Junior da Fontoura e Paulo de Freitas Mendonça que trançam versos com seus pares dos outros países, a exemplo dos uruguaios José Curbelo, Juan Carlos Lopez, Mariela Acevedo, Gabriel Luceno, Gustavo Guichón  e Santiago Clares, entre outros, dos argentinos Marta Suint, Emanuel Gabotto, David Tokar, Lazaro Moreno, Susana Repetto, Luis Genaro, Juan Lalanne, Cristain Mendez e tantos outros e dos chilenos Jorge Cespedes Romero, Fernando Yanes, Juan Carlos Bustamante, Leonel Sanchez, Guillermo Villalobos e outros. No palco Alfredo Zitarrosa se apresentam os principais cantores e grupos do Uruguai, dentre os quais podemos destacar os conceituados Pepe Guerra, Numa Moraes, Labarnois e Carrero, Maciegas, Teresita Minetti e tantos outros. Ao todo são cerca de 200 artistas que se apresentam na grande festa uruguaia que acontece anualmente na semana do turismo, que culmina na semana santa, encerrando no domingo de páscoa.
Paulo de Freitas Mendonça, pajando na Criolla Del Prado 
 
 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

HINO RIOGRANDENSE EM GUARANY


Anteontem, terça-feira, estive nas comemorações dos 121 anos da fundação do GORGS (Grande Oriente do Rio Grande do Sul), potência maçônica a qual sou vinculado.   

A Sessão Magna aconteceu no Templo Nobre Caldas Junior, que esteve tomado por mais de 200 pessoas. Nesta oportunidade, entre outras atividades, foram cantados três hinos: o hino nacional brasileiro, o hino do próprio GORGS e o hino riograndense. 

Pois lhes conto. Quando cantaram o hino riograndense, parecia que o mundo velho vinha abaixo tal o entusiasmo. Sempre é assim. Por isso escrevi a canção De Como Cantar um Hino, musicada e gravada pelo meu amigo Paullo Costa (vídeo acima).

Aliás, sobre este assunto, andam reclamando porque as torcidas de Grêmio e Internacional cantam o hino riograndense enquanto se executa o hino brasileiro (obrigatório por lei) antes de cada jogo. Mas eu dou uma sugestão aos administradores dos estádios. Ao invés de ficarem bravos com os torcedores gaúchos, porque não mudam de estratégia e colocam o hino riograndense na entrada de cada time em campo quando a partida é em Porto Alegre? Garanto que as torcidas ficariam felizes e não atrapalhariam na hora da execução do hino nacional. É uma sugestão que satisfaz a gregos e troianos. 

Mas bueno, voltando a noite de terça.

Meu irmão maçom Mauro Vanderlei de Souza Braga, parceiro do Piquete Fraternidade Gaúcha, amigaço do Telmo de Lima Freitas e que sempre nos dá uma mão das bem boa na Tertúlia Maçônica decorando com seus trastes galponeiros o palco do evento, me repassou uma preciosidade que é a letra do hino riograndense em guarany, língua que ele, nos tempos que atuou como militar de fronteira na selva (foto abaixo), estudou com afinco.

Já prometi ao Braga que na próxima Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula vamos botar um coral de índios guaranys no palco para cantar o hino riograndense em sua língua mãe. Vai ser de arrepiar o sabugo.  







HINO RIOGRANDENSE EM GUARANY - MBAI

COMO AURORA PRECURSORA 
DO FAROL DA DIVINDADE, 
FOI O 20 DE SETEMBRO 
O PERCURSOR DA LIBERDADE.

COEMBOTAICHA OGUHAÊ 
YASYRENYPE TUPAMBAE 
UPE 20 DE SETEMBRE 
TUVICHA OGUERU TAPE PYAHU

MOSTREMOS VALOR, CONSTANCIA, 
NESTA ÍMPIA E INJUSTA GUERRA, 
SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS             Estribilho. 
DE MODELO A TODA TERRA

TAPE POTIRE YAGUATA OÑONDIVEPA 
YAHECHAUKE OPAITEARA 
MACAITEVA TETAGUAPE 
NAIPORAIVA ÑORAIRO

MAS NÃO BASTA PRA SER LIVRE 
SER FORTE, AGUERRIDO E BRAVO. 
POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE 
ACABA POR SER ESCRAVO.

MABARETE PYAGUASU 
OIMBRARAMO YEPE 
TETAGUA NDORECOIVA ARADU 
ÑEÑPYTIME OICOVENE OPA ARAITE

Letra: FRANCISCO PINTO DA FONTOURA 
Música: JOAQUIM JOSÉ DE MEDANHA 
ADAPTAÇÃO PARA O GUARANY - MBAI 
Mauro Vanderlei de Souza Braga



 


quarta-feira, 11 de abril de 2012

"ENCANTADOR DE CAVALOS" NOS PRAIANOS

Monty Roberts - Cowboy americano em solo catarinense

Conhecido no mundo inteiro como “O Encantador de Cavalos”, Roberts fará uma única apresentação no Brasil durante o 40º Rodeio do CTG Os Praianos.

Este cowboy americano, que através de seu método já adestrou milhares de cavalos, já escreveu diversos livros, foi duble e ator de cinema em Hollywood, criador da equoterapia e merecidamente muito premiado no mundo inteiro, faz muita gente chorar por onde passa e não será diferente em sua apresentação no CTG Os Praianos, em São José (SC), na Grande Florianópolis.

O homem que ouve cavalos, vem pela primeira vez ao Sul do país, para uma única apresentação no 40º Rodeio Nacional do CTG Os Praianos no dia 29 de abril, às 17h. Na oportunidade ele irá ensinar a famosa técnica Join Up e adestrar quatro cavalos que, posteriormente, serão leiloados. Uma grande estrutura está sendo preparada para receber esta lenda viva que com seus quase 80 anos, continua rodando o mundo e demonstrando que podemos conquistar tudo que queremos sem agressividade.

Uma história de sofrimento e glória

A violência sofrida por Monty Roberts quando criança fez com que ele desenvolvesse a técnica de domar sem agressão. Uma história de vida emocionante e encantadora. Roberts conta que seu pai era um domador profissional e muito violento. Durante sua infância conviveu com a doma através da brutalidade onde os cavalos eram amarrados e espancados por semanas até que aprendessem quem “mandava”. Escondido do pai e observando a maneira como se comportavam os cavalos selvagens, Monty desenvolveu esse novo método que leva penas alguns minutos e que ele prefere chamar de adestramento. Quando contou o que venha fazendo, seu pai o espancou diversas vezes e, mesmo sofrendo com a dor das dezenas de fraturas, descoberta apenas muitos anos depois, ele via nos cavalos a sua forma de recuperação e superação.

A demonstração da técnica, já vista por mais de dois milhões de pessoas, é como uma aula para quem trabalha com cavalos, como um espetáculo pra quem gosta de animais e também como uma lição de vida para todo ser humano. Segundo o patrão do CTG Os Praianos, Evilásio de Oliveira Souza, “A entidade está comemorando 40 anos, mas quem ganha o presente é toda população que terá a oportunidade de ouvir, ver e conviver, pelo menos por algumas horas, com alguém que está transformando o mundo com suas ações”.

Evilásio confirma ainda que Roberts terá um momento especial junto com as crianças que participam do Projeto de Equoterapia desenvolvido pela Unisul e Apae São José em parceria com o CTG. “Temos orgulho em poder proporcionar momentos assim. Monty Roberts diz que se curava das surras do pai no lombo do cavalo e, as crianças que hoje estão sendo beneficiadas pelo método, fazem exatamente isso, andam a cavalo em busca de ajuda e cura”, completa o patrão.

Os ingressos para a apresentação já estão à venda. A programação completa do evento você encontra no site www.ctgospraianos.com.br

Serviço:

O que: Apresentação Monty Roberts no 40º Rodeio Nacional do CTG Os Praianos
Quando: 29 de abril
Horário: 17h
Local: Parque do CTG Os Praianos
Quanto: Arquibancada - R$ 100,00 e Área VIP - R$ 200,00. Neste dia não será cobrado acesso ao parque de eventos que estará aberto ao público a partir das 9h.
Informações: (48) 3357-0800
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Onde comprar seu ingresso:

Florianópolis - Quiosque Blueticket - Shopping Beiramar - Piso Jurerê - L3; Multisom - Shopping Beiramar; Multisom - Floripa Shopping; Multisom - Felipe Schmidt; Osklen - Jurerê Internacional; São José - Multisom - Shopping Itaguaçu; Multisom – Kobrasol; Palhoça - Multisom - Shopping Via Catarina; Balneário Camboriú - Posto Brava – Balneário; Multisom - Balneário Centro; Multisom - Balneário Shopping; Blumenau - Multisom - Shopping Neumarkt; Itapema - Posto Brava – Itapema; Itajaí - Quiosque Brava - Itajaí Shopping; Jaraguá do Sul - Multisom - Shopping Breithaupt; Joinville - Multisom - Shopping Mueller; Porto Alegre - Multisom – Palacio; Multisom - Shopping Iguatemi; Multisom - Barra Shopping Sul ou pelo site www.ctgospraianos.com.br

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Se extrair alguma matéria deste blog, o que será um prazer para nós, citar a fonte.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

CULTURA SEM FRONTEIRAS

O TANGO - PARTE II

Em 1917 começaram a surgir variantes formais do Tango. Uma delas, influenciada pela romança francesa, deu origem ao chamado Tango-canção. Tangos feitos para musicar uma letra. A letra passa a ser parte essencial do tango e conseqüentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. É considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - Tango-canção o "Mi Noche Triste" com uma letra que Pascoal Contursi compôs, em 1917, sobre uma música mais antiga chamada "Lita".

Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os executantes não eram mais os pequenos grupos que atuavam nos bordéis, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica.

Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935, quando faleceu vítima de um acidente de avião quando estava em pleno auge. Gardel cantava o tango em Paris, Nova York e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América latina. Eram multidões dignas de Elvis Presley e Beatles. Também foi responsável pela popularização do tango estrelando filmes musicais de tango produzidos em Hollywood.

A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabarés de luxo da década de 1920 estavam no auge de seu potencial. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era uma mera reminiscência. A fórmula ultra-romântica passa a caracterizar as letras: a chuva, a garoa, o céu, a tristeza do grande amor perdido. Muitos letristas eram poetas de renome e com sólida formação cultural.

A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky por um lado, e por outro lado do Cool Jazz.

Astor Piazzolla

Nessa época o tango passa a ser executado com alto grau de profissionalismo musical, mas no universo popular a década de 1950 vê a invasão do Rock'Roll americano e as danças de salão passam a ser prática apenas de grupos de amantes. Na década de 1960, uma lei de proteção á música nacional Argentina já está revogada, e o tango que era ouvido diariamente nas rádios vai sendo substituídos por outros ritmos estrangeiros, enquanto as gravadoras já não se interessam mais pelo tango. A juventude não só para de praticar o tango no lazer cotidiano como passa a ridicularizá-lo como coisa fora de moda. Com o desinteresse comercial das gravadoras, poucos grandes tangos foram compostos. Tem sido mais comuns, as releituras de antigos sucessos e reinterpretações modernizadas dos maiores sucessos dos primeiros tempos.

Hoje a crítica Argentina detecta um retorno do tango, cada vez mais freqüente em peças teatrais e cinematográficas. Em 1983 se apresentou em Paris uma inovação relativa aos espetáculos planejados para o exterior: os casais de profissionais que integravam o elenco provinham da "milonga porteña". Era quebrada a imagem de bailarino acrobático.


terça-feira, 26 de julho de 2011

CULTURA SEM FRONTEIRAS

O TANGO - PARTE I

O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.

Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes e bem humoradas para as músicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas.

Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase haviam letras com temática voltada para esses ambientes. São letras francamente obscenas e violentas.

Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. Existem várias versões de como isso aconteceu. A sociedade parisiense da época em que as artes viviam o modernismo ansiava por novidades e exotismos. O tango virou uma febre em Paris e, como Paris era o carro chefe cultural de todo o mundo civilizado, logo o tango se espalhou pelo resto do mundo. A parcelas moralistas da sociedade condenavam o tango, assim como já haviam se colocado contra a valsa antes, por o considerarem uma dança imoral. A própria alta sociedade Argentina desprezava o tango, que só passou a ser aceito nos salões de alta classe pela influência indireta de Paris.

Obs: se extrair matéria deste blog, citar a fonte.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

QUE VERGONHA, DINAMARCA!!!

Certa feita publiquei no blog a foto acima. Tinha o intuito de chocar e de mostrar que o gaúcho jamais faria isto com seu cavalo. Que as Instituições Protetoras dos Animais, sempre prontas para atacar os cavalarianos nos incidentes que por ventura ocorram em cavalgadas pelo Rio Grande, não tem os mesmos olhos diante da maioria dos carroceiros que maltratam, quase até a morte, os pobres e minguados animais.

Agora, o meu amigo, cantor e compositor, Dionísio Costa, me manda, para publicação, esta seqüência de fotos.

Não! Estes fatos não ocorrem num país de terceiro mundo, nos sub-desenvolvidos continentes da África ou América do Sul. Isto tudo, sob a complacência de todos, ocorre na rica e desenvolvida Dinamarca. Uma vergonha!

O mar se tinge de vermelho, entretanto não é devido aos efeitos climáticos da natureza.

Se deve a crueldade com que os seres humanos (ser civilizado) matam centenas dos famosos e inteligentíssimos golfinhos Calderon.

Isso acontece ano após ano na Ilha Feroe na Dinamarca. Deste massacre participam principalmente jovens. Por que? Para demonstrar que estes mesmo jovens já chegaram a uma idade adulta, estão maduros

Em tal celebração, nada falta para a diversão. Todos participam de uma maneira ou de outra, matando ou vendo a crueldade “apoiando-a como espectador”.

Cabe mencionar que o golfinho Calderon, como quase todas as outras espécies de golfinhos, se aproxima do homem unicamente para interagir e brincar em gesto de pura amizade.

Eles não morrem instantaneamente, são cortados uma ou duas vezes com ganchos grossos. Nesse momento os golfinhos produzem um som estridente bem parecido ao choro de um recém-nascido.

Mas sofre e não há compaixão até que este dócil ser se sangre lentamente e sofra com feridas enormes até perder a consciência e morrer no seu próprio sangue.

Finalmente estes heróis da ilha, agora são adultos racionais e direitos, já demonstraram sua maturidade.

Basta!

Alguém, em algum lugar, tem eu fazer alguma coisa. Onde andam as Associações Protetoras de Animais? Se não agirmos, nos transformamos em cúmplices-espectadores.

Cuide do mundo, ele é sua casa!




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CULTURA SEM FRONTEIRAS

Para não sermos taxados de "egocêntricos culturais" (esta veio do fundo da caixa), nosso blog abre um espaço para divulgar a cultura como um todo, sem fronteiras. Continuaremos 99% retratando e difundindo os costumes e a históia de nosso Estado riograndense mas, sempre que um fato cultural despontar aos sete ventos da terra, num clik traremos até nossos leitores. Para começar mostraremos o trabalho do artista inglês Justin Beever.

Justin Beever é um artista diferente e que surpreende ás pessoas a cada obra que produz. Sua técnica até que não é das mais pitorescas. Usa giz colorido. A superfície e os desenhos em 3D é que impressionam. Ele usa a própria paisagem como fundo, principalmente em calçadas e leitos de ruas.

Ele passou cinco dias, trabalhando 12 horas por dia, para criar a imagem acima, de 250 metros quadrados de fenda, que, visto do ângulo correto, parece ser 3D. Ele então convenceu os transeuntes para completar a ilusão, fingindo que o buraco era real.

- "Eu queria jogar com pontos positivos e negativos para incentivar as pessoas a pensar duas vezes sobre tudo o que vêem", disse ele.

- "Foi uma cena muito assustadora, mas quando as pessoas viram que era muito divertido fazer parte do ambiente, todos aproveitaram".