LIBERDADE OU LIBERTINAGEM?
Repercute nas redes sociais a prisão do comediante Leo Lins que foi condenado a oito anos e três meses de prisão no regime fechado por discriminação e preconceito contra diversa minorias e grupos sociais em falas proferidas no seu show de comédia.
No evento o humorista faz declarações ofensivas contra negros, idosos, obesos, pessoas com HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, judeus, pessoas com deficiência... Faz piada até com as dezenas de mortos queimados na Boate Kiss, em Santa Maria.
Na sentença da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo a juíza Barbara de Lima Iseppi disse que "Trata-se da prática de desumanizar grupos sociais por meio da ridicularização sistemática, naturalizando a exclusão sob o disfarce do entretenimento."
Muita gente correu na defesa do humorista alegando que tal prática não pode ser enquadrada como crime pois a intenção do personagem é causar humor e diversão.
No programa radiofônico timeline, da Gaúcha, nesta sexta-feira (06) os apresentadores deixaram essa impressão de que o autor do texto apenas se valia da "liberdade de expressão". Queria ver algum destes apresentadores usarem da tal liberdade de expressão e falarem mal de sua empresa. No outro dia já podiam passar no RH.
Neste mesmo programa foi entrevistado o também humorista Hélio De La Pena que veio nesta mesma linha achando a prisão arbitrária e injusta.
Não esquecendo que Hélio De La Pena é aquele mesmo que, junto com seus asseclas do Casseta & Planeta, toda a semana faziam piadas ridicularizando e caracterizando, em rede nacional, os gaúchos como veados.
Não discuto a proporção da pena imposta mas penso que a liberdade de expressão deva ter um limite.
É aquele velho ditado: Minha liberdade termina aonde começa a do outro.