NOVENTA ANOS DO IMORTAL
ANTONIO AUGUSTO FERREIRA
Ontem, 16 de maio, se vivo estivesse, um dos maiores poetas e letristas do Rio Grande do Sul, Antônio Augusto Ferreira, carinhosamente chamado no meio literário gaúcho como Tocaio Ferreira, estaria completando 90 anos de idade.
Nascido em São Sepé mas adotando Santa Maria como cidade do coração, Tocaio foi membro da Academia Rio-grandense de Letras, da Academia Santamariense de Letras e da Academia Xucra do Rio Grande, ou seja, a Estância da Poesia Crioula.
Nesta última entidade ele me escolheu para apresentá-lo. É o típico e raro caso em que o discípulo apadrinha o mestre.
Minha admiração por ele é tamanha que cheguei a criar neste blog o Troféu Antônio Augusto Ferreira, aos melhores da poesia em cada ano.
Meu amigo e Irmão Osmar Ranzolin, o grande comendador da cultura gaúcha acima do Rio Mampituba, com a sabedoria poética que lhe é peculiar, prestou uma belíssima homenagem ao Tocaio em suas redes sociais através de um poema o qual republicamos a primeira de lindas estrofes que retratam em verso o viver deste saudoso poeta autor de escritos que se tornaram perenes em nossa memória como Sonho Criador, Meu Pai e Eu e do clássico musical Veterano.
TOCAIO
No coração do Continente
Há nove décadas passadas,
Uma rima conjurada
Vai turvar o Sol nascente,
E o Verso se fez gente
Nesta saga verdadeira,
Tangendo a alma tropeira
Em prova viva de fé
Que fez nascer em São Sepé,
Antonio Augusto Ferreira.