RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

 

CTG PODE SER MULTADO EM R$400 MIL

O responsável pelo CTG cedeu a estrutura do local para fins logísticos e de manutenção do movimento contra o resultado das eleições presidenciais. 

Por Elizeu Ribeiro / Topmidia news

 

Crédito: Divulgação

 

O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Dourados, a 221 quilômetros e mais dois empresários foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), por incitar e/ou financiadoras do movimento que, entre outras pautas, reivindica a atuação das Forças Armadas para contestar os resultados das eleições ocorridas em 30 de outubro.

As denúncias têm como base o art. 286 do Código Penal, que consiste em “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade” e são resultado de trabalho intenso da Polícia Federal para identificação das pessoas que, de algum modo, vêm subsidiando as manifestações. 

Conforme a denúncia, enquanto o proprietário do restaurante financia o movimento ilegal fornecendo alimentação a centenas de pessoas que encontram-se acampadas em frente à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, além de reivindicar a atuação das Forças Armadas contra o Estado Democrático de Direito nas redes sociais, o empresário do ramo agropecuário enviou todos os veículos de sua empresa, mais de 50 carretas, para a frente do mesmo quartel. 

Já a responsável pelo CTG cedeu a estrutura do local, que está localizado próximo ao quartel, para fins logísticos e de manutenção do movimento. Para além do exercício da liberdade de expressão, os denunciados incentivam atos que incitam as Forças Armadas a agirem contra o resultado das eleições reconhecido como válidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

O MPF pede que a Justiça condene os denunciados ao pagamento de danos morais coletivos nos valores de R$ 200 mil (dono de restaurante e responsável pelo CTG) e R$ 400 mil (dono de loja de insumos agropecuários). Pede ainda o bloqueio das contas do empresário do ramo de restaurantes no Instagram, visto que uma delas vem sendo utilizada com fins criminosos. 

O MPF continuará atuando no trabalho intenso de identificação dos responsáveis pelos referidos atos, contando com o suporte investigativo da Polícia Federal.