Resumo 8 - Viagem ao Rio Grande do Sul - Por: Jeandro Garcia
Novembro de 1820 - Auguste de Saint-Hilaire
Costumes militares - Xuí - Uruguai – Plantio e colheita – Cachorro Chimarrão - Cavalos selvagens
Novembro de 1820 - Auguste de Saint-Hilaire
Costumes militares - Xuí - Uruguai – Plantio e colheita – Cachorro Chimarrão - Cavalos selvagens
Em geral os homens desta província são muito corajosos, contam diversos feitos, nunca deserdam por covardia, apenas por ficarem inativos. Deixam sem pena alguma casa e família, mas após a vitória retornam.
Aqui na Estância do Xuí tem sido bem tratado, o proprietário está ausente mas sua esposa faz as honras da casa, todas as senhoras que conheceu na província tem lhe tratado com gentileza, com certeza possuem mais bom senso que seus maridos.
A dona da casa lhe apresentou tecidos feitos em casa muito fortes, sendo os de lá mais grosseiros e destinados às roupas dos negros. De costume pela região é emprestar cavalos e dar alimentos aos viajantes.
No Uruguai chega a localidade de Santa Teresa, e conhece o forte de mesmo nome. Já em parte destruído por portugueses e espanhóis mas ainda sendo utilizado em partes, já que suas muralhas continuam de pé.
Aqui planta-se trigo, depois de colhido é jogado em um curral, os burros correm em círculos para soltar os grãos, um sistema muito precário. O camponês pobre não cava fossos em volta da lavoura, o que o leva a cuidar noite e dia da invasão de animais, pensa que seria mais fácil cavarem pouco a pouco.
Conhece o cachorro chimarrão, cães selvagens soltos ao campo, com traços de fila e galgos. Cada vez mais raros pois são exterminados pelos fazendeiros, já que devoram rebanhos.
Locais onde há cavalos selvagens toma-se muito cuidado com os domados, pois tedem a fugir com estes bandos. Cercados em formato de parabólica são utilizados para caçar estes cavalos selvagens. Na viagem de carroça com o governador seis cavalos a puxavam, e dois cavaleiros ajudavam a empurrar com cordas de couro presas a sela e nas laterais.