RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

terça-feira, 8 de março de 2016

"NÃO PODEMO SE ENTREGÁ PROS HOMI"


Na matéria logo abaixo, meio que desiludidos, fizemos uma postagem sobre a corrupção e outras coisitas mais deste Brasil velho sem dono.

Dizíamos: - Como falar em cultura quando há tantas coisas de ruim acontecendo à nossa volta.

Especialmente sobre corrupção, podemos dizer que ela se faz presente em quase todos os setores. Poucos estão imunes. É algo entranhado. Mas até aí não estávamos dizendo novidade alguma.
 
Contudo, sorrateiramente, esta erva daninha ameaça, também, os galpões culturais do Rio Grande. Aí mesmo é que nossa responsabilidade aumenta e não podemos ficar de braços cruzados. Temos que reprimí-la para não deixar que faça com nossos costumes regionalistas o que fez com parte da classe empresarial e política deste país.
 
Duas matérias do repórter investigativo Giovani Grizotti nos levam a lutar com mais força contra este câncer que, aos olhos estrangeiros, por culpa de alguns, já faz parte da identidade e da personalidade de nosso povo. 
 
A primeira matéria partiu nada mais, nada menos, da Primeira Prenda do Rio Grande Marina Giolo ao fazer uma declaração muito forte afirmando existir "corrupção" no tradicionalismo. Disse ela, em texto publicado pela Rádio Planalto, de Passo Fundo, que há desvio de verbas em reformas, indumentária e alimentação, para pessoas "encherem os próprios bolsos". Marina também afirma que avaliadores beneficiam certos grupos em concursos artísticos. 
 
Marina Giolo, talvez melhor orientada, tratou de desfazer o "mal entendido" solicitando por telefone ao repórter a exclusão da postagem. Mas aí, a matéria já tinha vasado nas redes sociais...
 
Ontem, uma segunda reportagem envolvendo corrupção no ventre de nossa cultura.
 
Trata-se de uma prática conhecida mas até então nunca provada, ou seja, a devolução dos 25% destinados ao FAC (Fundo de Apoio a Cultura) para os próprios patrocinadores de projetos aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura, que destina anualmente 35 milhões para diversos eventos.
 
A reportagem flagrou o professor Paulo Schneider, captador de recursos junto às empresas, e o vereador Ivan Bassi, de Rodeio Bonito, que afirmou conseguir notas frias para este fim.
 
Na prática a coisa é simples. Um exemplo: Diz-se (mente-se) no projeto que haverão 100 inserções em rádios divulgando o evento. Ninguém da Secretária da Cultura terá como averiguar se aconteceram, mesmo, estas divulgações. Elas acontecem duas ou três vezes e o bonde anda. A nota sai como se tivesse ocorrido as 100.
 
A divulgação veio a tona graças a denúncia de um produtor musical que captava patrocínios para a turnê de um conjunto musical. Sem saber que estavam sendo filmados, ofereceram ao grupo 49 mil dos 140 que conseguiram. Eles teriam que dar recibo dos 140 mil. E assim vai...
 
A matéria completa está em:  ‪#‎RBSNotícias‬: glo.bo/21XeOOP