RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

VIDA É JOGO, JOGO É SORTE!




Embora não sendo viciado em nenhum jogo, sempre gostei de competições. Todo tipo de disputa sadia sempre me atraiu, ao menos para olhar.
Desde os tempos em que minha mãe matava uma galinha e meu irmão e eu ficávamos esperando alguém comer o peito para ficarmos com aquele osso que forma um V (o jogador). Cada um puxava um lado e aquele que ficasse com a parte maior era o vencedor.
Depois veio a fase das tampinhas de garrafa. Com uma pedrinha e as tampinhas viradas de boca pra cima, a gente batia nas beiradas, a que virasse era da gente. Cada um apostava uma duas três tampinhas por jogo. As vezes saia com o bocó cheio, outras, liso que nem sovaco de rengo. 
"Bater figurinhas" era para quem tinha álbum, mas eu gostava de ver as disputas da gurizada.
Isto sem falar nas bolitas, futebol com bola de meia, bola de borracha...
Já mocito cheguei a frequentar algum rinhedeiro mas, realmente, dava-me dó dos galos e acabei não aderindo àquele esporte. Gostava mesmo é de carreira e do ambiente que circundava uma cancha reta.
Nunca fui muito bom mas apreciava quem atirava um osso com precisão. - Suerte! - Culo! Oiga-lê coisa bem linda um braço firme e, não raro, uma encrenca arrematando um fim de domingo nas tardes bolicheiras do meu rincão que já vinha se arrastando num gritedo de truco cego com um mentiroso "cantando flor". 
Hoje, com os sessenta janeiros dando ôh de casa em minha vida, fico jogando com a sorte de que os meus filhos, nas madrugadas de Porto Alegre, ao pegarem um taxi, tenham como motorista um homem de bem e não alguém que possa ser um estuprador, um traficante, um viciado, um assassino devidamente credenciado pela EPTC.