CTGs e grupos: Sei dançar, mas aprecio uma boa prosa
Me
lembro quando seu Waldemar Alchieri me contou uma história, de quando
quase colocou um técnico de som pela janela do CTG, devido a insistência
no exagero do volume do baile. Isso lá pelos anos 80. Hoje em dia se
ele estivesse jovial e ativo na administração com certeza haveria uma
pilha de técnicos lançados por ela.
Alguns
CTGs e principalmente grupos perderam a noção de que o baile não é só
para dançar, mas principalmente para rever amigos, conversar, socializar
mesmo! Todos conversam, o dançarino, quem não dança, o novo, o velho, o
patrão, quem trabalhou... todos! Até mesmo os surdos conversam! Então
porque temos que encerrar nossas conversas de mesa quando começa o
baile? Terá a gauchada que aprender a linguagem dos sinais?
Falta sensibilidade e até mesmo visão de negócio, pois quando cessam as conversas o baile fica monótono e a tendência é que se vá mais cedo embora. Afinal quem vai embora quando o papo está fervendo na mesa?? Quanto mais tempo, mais se consome, mais bonito fica o baile... todos ganham. É desanimador ter que conversar individualmente, gritando já, assuntos que seriam agradáveis a todos os amigos da mesa. Quando ficamos um olhando para a cara do outro já está selada a hora em que alguns irão abandonar o baile.
Falta sensibilidade e até mesmo visão de negócio, pois quando cessam as conversas o baile fica monótono e a tendência é que se vá mais cedo embora. Afinal quem vai embora quando o papo está fervendo na mesa?? Quanto mais tempo, mais se consome, mais bonito fica o baile... todos ganham. É desanimador ter que conversar individualmente, gritando já, assuntos que seriam agradáveis a todos os amigos da mesa. Quando ficamos um olhando para a cara do outro já está selada a hora em que alguns irão abandonar o baile.
Os
argumentos são dos mais variados: “Nosso som distorce se baixa” ou “O
baile fica caído”. Bobagem. Nos bailes que eu participei da organização
sempre pedi para os grupos maneirarem no volume e até já fui à mesa de
som pedir para baixar, sem ameaçar ninguém com a famosa janela do seu
Alchieri e fui bem atendido, e os mais baixos foram os bailes com mais
público no final e amplamente elogiados. Eu nunca vi alguém reclamar que
um baile estava ruim, pois o som era baixo.
Patrão
é quem manda no baile, não é o grupo, cada um sabe o tamanho do seu
galpão e o quanto é necessário para dançar e para conversar. Baile não é
só dança, também é ambientação e local de encontro. Se você tem que
chegar a orelha de alguém para conversar é porque já está demais. Som
baixo também ajuda a evitar problemas com vizinhos. Todos têm a ganhar,
pense nisso.
Aos grupos, quanto melhor vocês tocarem o que menos importará será o som alto, o contrário também é válido.
Jeândro Garcia