UM HINO SONOLENTO
Há tempos que circula por aí a gravação do hino Rio-grandense de uma forma truncada, arrastada, fora do ritmo. Tal versão parece ser a única pois até em eventos oficiais se escuta o citado hino.
Há três ontontes estive em uma solenidade e dava pena de ver o povo tentando acompanhar. Mal comparando parecia cantoria em velório ou, para ser mais incisivo, uma corrida de lesma. Até pode ser que, para ouvir em casa, tomando um mate, a música se torne bonita mas não em momentos solenes. Está muito aquém do compasso original.
Acredito que o cantor não tenha gravado com a intenção de que seu trabalho se tornasse oficial. Ele sabia o que estava fazendo. A responsabilidade é de quem coloca o hino a rodar nestas circunstâncias pomposas.
Nosso hino é para cima, entusiástico, vibrante mas torna-se um sacrifício tentar cantar junto a essa gravação. É um convite a desafinação e a sonolência.