RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

 

VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA


Caminho Novo, em fins do século 19, quando passou a chamar-se
Rua Voluntários da Pátria



O Brasil superestimou o poderio militar de Francisco Solano Lopes, do Paraguai, ao promover o recrutamento de soldados para o esforço de guerra. Com menos de 1 milhão de habitantes o Paraguai conseguiu formar um exército poderoso mas que não tinha mais que 80 mil soldados. Mesmo assim, após a invasão da Argentina e do Rio Grande do Sul, o fantasma de um Paraguai poderoso levou o Brasil a adotar providências para formar um exército compatível com os 10 milhões de habitantes que o país tinha e com as imensas extensões fronteiriças que precisava defender. 

No começo da guerra, de 865 a 1867, os três aliados não dispunham de mais de 40 mil homens na região do conflito, número que cresceu nos anos seguintes, especialmente com os contingentes vindos do Brasil. Para vencer a guerra o império chegou a ter 150 mil homens em armas. Este número incluía desde os soldados recrutados pela lei, os escravos (que recebiam alforria em troca do serviço na guerra) e especialmente as unidades militares formadas pelos voluntários da pátria, que se alistavam espontaneamente e que foram objeto de uma campanha patriótica. Praticamente todas as cidades brasileiras da época homenagearam esses voluntários com nomes de ruas e praças. Porto Alegre não foi exceção, e já em 6 de junho de 1870 o Caminho Novo recebeu o nome de Rua Voluntários da Pátria, com o qual se tornou uma das vias mais importantes da Capital.