RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
A tomada da Ponte da Azenha, do pintor Augusto Luiz de Freitas (Instituto de Educação General Flores da Cunha, Porto Alegre/RS)

quinta-feira, 1 de junho de 2023

 

COMEÇA JUNHO E COM ELE OS DEBATES


FESTA JUNINA OU FESTA CAIPIRA?




Uma festividade que tem início no dia 13 e que vai até o dia 29 de junho e que sempre motivou enormes controvérsias é a do Ciclo Junino. Ela se manifesta no folclore de quase todo o solo brasileiro e engloba os folguedos de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo.
 
Por ser uma tradição que, como sabemos, ocorre em vários estados, cada qual deveria ter sua característica própria, o que não acontece, pois há uma tendência caipira nas comemorações.
 
A origem destes festejos, está nas antigas civilizações Greco-romanas, Godas e Celtas que, no verão europeu (junho e julho), homenageavam os Deuses da Colheita com cantigas e danças ao redor de uma fogueira.
 
Foi por intermédio dos colonizadores portugueses, entre 1580 e 1590, que estas manifestações chegaram ao Brasil sendo que os originários santos pagãos foram substituídos pelos santos católicos acima citados.
 
Mesclando ritos cristãos e pagãos, são muitas as formas de homenagear os santos favoritos, as quais podemos destacar: novenas, procissões, fogueiras, fogos de artifícios, quermesse, bailes, presságios, brincadeiras como casamento na roça, dança da quadrilha, pau-de-cebo e outros.
 
O que não se entende é a unificação na forma das comemorações. Cada estado deveria festejar o ciclo junino dentro de suas características, de suas tradições, de sua cultura própria. Ex: no Rio Grande do Sul não deveria ocorrer a incidência de chapéus-de-palha, camisas estampadas, calças remendadas, etc. É comum alguns professores pintarem com rolha queimada bigodinhos e costeletas na piazada, no melhor estilo Mazaropi.