VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA
O Brasil superestimou o poderio militar de Francisco Solano Lopes, do Paraguai, ao promover o recrutamento de soldados para o esforço de guerra. Com menos de 1 milhão de habitantes (alguns historiadores estimam em 500 mil), o Paraguai conseguiu formar um exército poderoso, mas que não passava de 80 mil soldados. Mesmo assim, depois da invasão da Argentina e do Rio Grande do Sul, o fantasma de um Paraguai poderoso levou o Brasil a adotar providências para formar um exército compatível com os 10 milhões de habitantes que o país tinha e com as imensas extensões fronteiriças que precisava defender.
No começo da guerra, de 1865 a 1867, os três aliados não dispunham de mais de 40 mil homens na região do conflito, número que cresceu nos anos seguintes, especialmente com os contingentes vindos do Brasil. Para vencer a guerra, o Império chegou a ter 150 mil homens em armas. Este número incluía desde os recrutados pela lei, os escravos (que recebiam alforria em troca de serviços na guerra) e especialmente as unidades militares formadas pelos voluntários da pátria, que se alistavam espontaneamente e que foram objeto de uma campanha patriótica. Praticamente todas as cidades brasileiras da época homenagearam esses voluntários com nomes de ruas e praças. Porto Alegre não foi exceção, e já em 6 de junho de 1870 o Caminho Novo recebeu o nome de Rua Voluntários da Pátria, com o qual se tornou uma das vias mais importantes da capital.