RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Dos tempos em que cruzava estradas firmando o Pavilhão Rio-grandense. Agora resta bombear o álbum de retratos.

sábado, 23 de abril de 2022

PAJADORES GAÚCHOS REPRESENTAM O BRASIL

 

NA "CRIOULA DO PRADO" -  URUGUAI

Pedro Junior da Fontoura e Paulo de Freitas Mendonça

A Semana Crioula do Prado realizou sua 95ª edição, nos dias 09 a 17 de abril deste ano, em Montevidéu, capital do Uruguai, depois de dois anos de ausência em virtude da pandemia. Talvez tenha sido o único hiato em quase cem anos de realização, deste que é um dos mais tradicionais eventos gaúchos da América Latina. A cancha de gineteadas abriga cerca de 40 mil pessoas diariamente, nos 9 dias do evento. Os diversos palcos da “Criolla” mostram a diversidade cultural do sul do continente. Dentre eles, há o Palco Carlos Molina, em homenagem ao mais conceituado pajador de todos os tempos daquele país, comparável a Jayme Caetano Braun para nós rio-grandenses, que apresentou pajadas no decorrer das nove noites da festa. Paulo de Freitas Mendonça e Pedro Junior representaram o Brasil, como fazem há mais de duas décadas. Neste ano, os dois brasileiros fizeram um contraponto em português entre os dois, o que não é comum, porque normalmente fazem intercâmbios entre os países. Nesta pajada Mendonça e Fontoura apresentaram um pé forçado “sou oriental brasileiro” que foi muito bem recebido pelo público presente. Nas outras duas noites que lá estiveram, os rio-grandenses atuaram como seus pares da Argentina, Uruguai e Chile. Pedro participou da Pajada Internacional com Juan Lalanne, pela Argentina, Cacho Artigas, pelo Uruguai e Luciano Fuentes, pelo Chile, numa das noites e com o uruguaio Leonardo Silva noutra. Paulo também improvisou com o argentino Luís Genaro e com o uruguaio Gabriel Luceno.

Raul Quiroga e Americanto, que foi saudado por Mendonça no palco, como o verdadeiro oriental brasileiro, também realizou uma belíssima apresentação aos seus conterrâneos uruguaios, no mesmo palco dos pajadores.

Mendonça aproveitou a oportunidade para lançar seu livro Pajador e Decimista, distribuir e encaminhar exemplares aos admiradores da décima noutros países, tendo sido prestigiado por seus pares e pelo público presente.

Segundo os brasileiros este foi o primeiro evento internacional que participaram pós-pandemia.