Antigamente eu começava minha leitura da Zero Hora, jornal que assino há mais de 35 anos, pela penúltima página, ou seja, do colunista Paulo Santana. Não por ser gremista mas por ser um "Gênio Idiota" tipo do cara que qualquer torcedor quer no seu time. O David Coimbra também escreve bem mas oscila muito entre a genialidade e a idiotice.
Atualmente, e podem me chamar de infantil, começo minha leitura pelos quadrinhos do Fernando Gonsales, intilutado Níquel Náusea. Seus rabiscos são tão bons que eu tiro fotos e mando para meu filho que mora na Austrália que também é seu fã. Tudo porque gosto da mensagem de cada desenho, da criatividade, da inovação. Tenho aversão ao plágio.
Hoje, dia 22 de abril, novamente ele matou a pau.
Aproveitei a olada para acrescentar um lado gauchesco na história e dizer que nem sempre estamos bem "estribados". Estribo é a peça dos arreios que dá segurança ao cavaleiro. Facilita sua movimentação nas lides. Por isso admiro os guerreiros charruas que peleavam de acavalo, lança na mão, usando o lombo do animal como escudo e... sem estribos. Os índios eram feras.
Depois surgiram os estribos com ossos atados a um tento que somente podiam ser utilizados por pessoas descalças ou com botas-de-garrão. Com a evolução, chegou-se aos lindos estribos trabalhados em prata.
Mas o fundamento da mensagem do Gonsales é esta. Nem sempre podemos confiar naquilo que nos dá aparente suporte. Nem em peças materiais, animais ou pessoas.
