RETRATO DA SEMANA

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sábado, 4 de dezembro de 2021

VASSOURA DE GUANXUMA


Vassoura de Guanxuma / Imagem: Sonia Fraga


A guanxuma é uma planta rústica, de ciclo anual, que atinge entre 40 e 80 cm, adapta-se a qualquer tipo de solo, sendo pouco exigente em relação à irrigação. Produz flores amarelas e propaga-se por suas sementes. Os agricultores a consideram um inço, pois ela é de rápido crescimento sendo considerada uma erva daninha pois não serve de alimento ao gado por não ter um sabor agradável.

É  conhecida por vários nomes tais como Vassoura, Chá-da-índia, Guanxuma-branca, Guaxima, Vassoura-de-relógio, Vassoura-do-campo e Vassourinha.

A planta é usada, em forma de chá, em varias regiões, para alívio de tosses, febre, enxaqueca, gripe, cistite, transtornos menstruais, dores reumáticas, relaxamento, dores de cabeça e dentes além de possuir  outras propriedades medicinais, tais como fortificante, diurética, antidiarreica, antisséptica, antibiótica, tônica e anti-inflamatória. As folhas e raízes maceradas são usadas em doenças respiratórias como a asma, bronquite, dispneia e pneumonia. As flores são aplicadas em picadas de vespa ou comidas para aliviar as dores do parto, em algumas regiões.

Também é utilizada para lavar o cabelo e o couro cabeludo para torná-los mais resistentes. Sua madeira é rija e tenaz, servindo como matéria prima para a fabricação de palitos.

É muito procurada pelos míticos para ornamentação de jardins e canteiros pois acredita-se nos seus poderes milagrosos juntamente com a espada-de-são-jorge.

Tem grande serventia na preparação de cordas, fibras e variados artesanatos em várias partes do mundo, principalmente na Índia, onde é chamada de bala.

Aqui pela Sul do continente a guanxuma, além das propriedades já citadas, tem outras utilidades tais como limpar pátios e galpões. Se colhe um chumaço de guanxuma, amarra-se fortemente com arame ou couro a um cabo de madeira e está pronta para bailar nas mãos da peonada ao varrer o chão batido dos ranchos crioulos do Rio Grande.  

Além disso, serviu como tema para o imortal Jayme Caetano Braun rabiscar uma letra pura, autêntica, como poucos sabem fazer. Tal versos foram musicados pelo grande cantor Luiz Marenco.