RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

REPONTANDO DATAS / 11 DE AGOSTO

 

MORRE PLÁCIDO DE CASTRO 



No dia 11 de agosto de 1908 o gaúcho de São Gabriel Plácido de Castro foi assassinado pelas costas com um tiro desferido de emboscada. Plácido de Castro foi o líder, no Acre, de um movimento guerrilheiro de seringueiros que lutaram contra a venda para os ingleses, deste Estado brasileiro, que na época pertencia a Bolívia. Tudo motivado pela riqueza do extrativismo da borracha. Ao final, tendo o Ministro Barão do Rio Branco como mediador, o Brasil, para evitar um conflito internacional, acabou comprando o território do Acre que teve como primeiro governador o próprio Plácido de Castro.

Em 9 de agosto de 1908, Plácido de Castro se dirigia à sua propriedade, ao lado de seu irmão Genesco de Castro, quando foi ferido numa emboscada que lhe prepararam mais de uma dezena de jagunços, próximo à propriedade e sob a liderança de Alexandrino José da Silva, o subdelegado das tropas acreanas na Revolução Acreana. Rumores da época diziam que coronel Alexandrino estava insatisfeito com a sua posição no poder do Acre, um posto bem menor que o de Plácido, e por isso armou a emboscada. No dia 11 de agosto implorou ao irmão, Genesco: "Logo que puderes, retira daqui os meus ossos. Direi como aquele general africano: 'Esta terra que tão mal pagou a liberdade que lhe dei, é indigna de possuí-los.' Ah, meus amigos, estão manchadas de lodo e de sangue as páginas da história do Acre.. .tanta ocasião gloriosa para eu morrer...".

O herói rio-grandense foi covardemente trucidado, aos 35 anos de idade, ficando esse crime para sempre impune. Próximo à propriedade do seu assassino, erguido pelos fiéis amigos de Plácido de Castro, há um pedaço de mármore assinalando o local da emboscada. Seus ossos, porém, foram sepultados logo à entrada do Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. Na fronte do pedestal, a família fez questão de deixar gravados, um a um, nome e sobrenome dos seus catorze carrascos.


Túmulo de Plácido de Castro, no Cemitério da Santa Casa,
em Porto Alegre, traz o nome de seus assassinos.