MORRE PLÁCIDO DE CASTRO
No
dia 11 de agosto de 1908 o gaúcho de São Gabriel Plácido de Castro foi
assassinado pelas costas com um tiro desferido de emboscada. Plácido de Castro
foi o líder, no Acre, de um movimento guerrilheiro de seringueiros que lutaram
contra a venda para os ingleses, deste Estado brasileiro, que na época pertencia a Bolívia. Tudo motivado pela riqueza do extrativismo da borracha. Ao final,
tendo o Ministro Barão do Rio Branco como mediador, o Brasil, para evitar um
conflito internacional, acabou comprando o território do Acre que teve como
primeiro governador o próprio Plácido de Castro.
Em 9 de agosto de 1908,
Plácido de Castro se dirigia à sua propriedade, ao lado de seu irmão Genesco de
Castro, quando foi ferido numa emboscada que lhe prepararam mais de uma dezena
de jagunços, próximo à propriedade e sob a liderança de Alexandrino José da
Silva, o subdelegado das tropas acreanas na Revolução Acreana. Rumores da época
diziam que coronel Alexandrino estava insatisfeito com a sua posição no poder
do Acre, um posto bem menor que o de Plácido, e por isso armou a emboscada. No
dia 11 de agosto implorou ao irmão, Genesco: "Logo que puderes, retira
daqui os meus ossos. Direi como aquele general africano: 'Esta terra que tão
mal pagou a liberdade que lhe dei, é indigna de possuí-los.' Ah, meus amigos,
estão manchadas de lodo e de sangue as páginas da história do Acre.. .tanta
ocasião gloriosa para eu morrer...".
O herói rio-grandense
foi covardemente trucidado, aos 35 anos de idade, ficando esse crime para
sempre impune. Próximo à propriedade do seu assassino, erguido pelos fiéis
amigos de Plácido de Castro, há um pedaço de mármore assinalando o local da
emboscada. Seus ossos, porém, foram sepultados logo à entrada do Cemitério da
Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. Na fronte do pedestal, a família
fez questão de deixar gravados, um a um, nome e sobrenome dos seus catorze
carrascos.