Ontem estive em meu
rancho praieiro para resolver alguns probleminhas (toda semana tem) e,
novamente, ao descansar a ossada junto ao sofá, viajei nesta obra. Este
quadro comprei há 16 anos ali na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. O nome do
autor está meio apagado mas vou descobrir e trago aqui novamente. Somente o ano
aparece (2005). É um óleo sobre tela e todos que chegam em minha morada ficam enternecidos
com os detalhes (mais parece em 3D). A pintura nos transporta para o interior
da tela.
Quando o adquiri,
estava exposto no chão e por um preço acessível. Se estivesse em alguma galeria de arte seu
valor estaria fora do meu alcance.
Fico impressionado com
estes pintores que fazem das praças o seu atelier. Os retratos realistas beiram
a perfeição. Tem artistas que, usando os dedos no lugar de pincéis, retratam paisagens
em azulejo em 5 minutos, coisa que eu, metido a desenhista, levaria um dia inteiro
para fazer e sem a mesma qualidade.
Tenho o maior respeito
pelo artista de rua. Em outros países eles são valorizados. Quando visitei meus
filhos na Austrália descobri um ponto na cidade de Melbourne em que as
apresentações são por agenda. Uma hora para cada músico. Um espetáculo melhor
do que o outro.
Falando nisso, nunca
mais vi o "Folhinha", que tocava seu violão acompanhado do som
extraído do sopro em uma folha de árvore. Alguém tem notícias dele?