documentário que mostra a trajetória internacional
de Paulo de Freitas Mendonça faz reverência
a suas raízes.
A
SPN Produções lançou neste domingo (4), o documentário que registra parte
importante da trajetória internacional de Paulo de Freitas Mendonça, como
pajador.
Primeiro,
Mendonça fez uma transmissão ao vivo para demonstrar alguns agradecimentos e
depois disponibilizou o link do vídeo em seu canal do YouTube. Nas duas
primeiras horas, alcançou 170 visualizações, número que hoje deve ser bem
maior.
Há
algum tempo eu publiquei no blog que aqui no Rio Grande do Sul dávamos pouco
valor por suas investidas culturais pelo mundo. Agora, o documentário me dá
razão, pois nos 52 minutos do audiovisual, se aprecia depoimentos espontâneos
de 49 intelectuais de diversos países, intercalando com imagens e atuações no
exterior e no Brasil.
A
maioria dos depoimentos é feita por improvisadores internacionais que estão
acostumados a dividir palco com o Pajador do Brasil e já fazem parte de seu círculo
de amizades, além de quatro pajadores brasileiros que viajaram com Paulo para o
exterior. Contudo há também de outros intelectuais que analisam o trabalho por
outro ângulo, a exemplo do pesquisador e poeta Abel Zabala, da Argentina, do
professor e poeta César Huapaya Amado, do Perú, do professor e poeta Moisés
Silveira de Menezes, do Brasil e do professor doutor da Real Academia das
Nobres Artes da Espanha, Manuel Galeote, entre outros.
Conhecido
internacionalmente como “Pajador do Brasil”, Mendonça atuou pela primeira vez
no exterior, em 1982, no Uruguai. Depois passou a ser requisitado em diversos
países americanos e europeus, sendo que está às vésperas de completar 40 anos
desta carreira exitosa e sem fronteiras.
Conforme
afirma, o também pajador Jadir Oliveira, Mendonça possui reputação elogiável no
ambiente dos improvisadores do mundo e perante o público de diversos países.
Nota-se nos demais depoimentos que ele se tornou reconhecido por sua veia
poética e seu dom de improvisar, mas também por seu trabalho de pesquisa e seus
estudos sobre o assunto em âmbito universal, além da sua força de trabalho em
diversos projetos. É um dos poucos autores no mundo com trabalho científico
publicado com amplitude sobre a poesia oral improvisada. Em virtude disso, já
apresentou palestras em inúmeras universidades, escolas,
incontáveis congressos, seminários e jornadas sobre improvisação nos
continentes americano e europeu, passando a ser respeitado por isso. Possui
textos de sua autoria em livros no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru,
Cuba, México, etc. Também participa de discos em diversos países. Mendonça tem
realizado contrapontos com a imensa maioria dos mais importantes improvisadores
do mundo, levando a cultura gaúcha e brasileira aos mais distantes recantos do
planeta.
O
documentário relata algumas passagens desta caminhada, demonstra o longo
caminho percorrido pelo pajador no decorrer destes anos, levando o nome do
Brasil a diversos dos mais importantes palcos da poesia oral improvisada do
mundo, porém ressaltando sempre o Rio Grande do Sul e salientando a cultura
gaúcha como um fundamental signo da formação étnico-cultural dos povos do sul
do país e, também, sem nunca esquecer o seu rincão natal. A cidade de São Pedro
do Sul é citada em entrevista, como uma região onde o verso improvisado é
pulsante, da mesma forma, é salientada em improvisações gravadas ao vivo, como
o pago do Pajador do Brasil.
O
documentário Pajador do Brasil é fruto de um projeto aprovado pela SPN
Produções, no Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, da Fundação
Marcopolo, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura - SEDAC RS –
“Novas Façanhas na Cultura” – Governo do Estado do Rio Grande do Sul e
Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo - Governo Federal,
através dos recursos da Lei 14.017/2020 – Aldir Blanc.