Romeu Weber
Léo Ribeiro
Valdemar Camargo
Este time integra a Comissão de Declamação Peão.
Se tem coisa que acho
linda é um poema bem recitado. O declamador coloca sua alma nos versos e faz a
gente viajar junto deles. Temos excelentes representantes da arte declamatória neste Rio Grande de São
Pedro. Do saudoso Marco Aurélio Campos, o Boca, para mim o melhor de todos, até
este pessoal festivaleiro, de estilo mais contemporâneo.
Estou tocando neste
assunto porque pela 5ª vez seguida faço parte do corpo de avaliadores da
declamação masculina do maior rodeio crioulo do Brasil, ou seja, o Rodeio
Internacional de Vacaria. Faz 10 anos (o evento é de 2 em 2 anos) que adentro
nas plagas vacarianas para ouvir e opinar sobre as recitações de 100 concorrentes
somente nesta categoria (masculina).
Também vou avaliar,
pela 3ª vez seguida, o Concurso de Poesias Inéditas.
Não sou um grande
declamador pois faço parte daqueles viventes que precisa de um ambiente
adequado para soltar o verso. Não consigo me concentrar com gritaria na volta.
Penso que poesia tem hora e lugar. Nos templos maçônicos, aonde não se escuta um mosquito, ou na beira de um fogo de chão, entre amigos, me dou bem. Contudo,
meu ouvido é afinadíssimo para ouvir uma poesia e jamais pecarei pela falta de
isenção em uma avaliação.
Acompanho, nesta
jornada, dois dos maiores declamadores que conheço, os multicampões Romeu Weber
e Valdemar Camargo Athayde. Estes são feras.
A gente sabe que tudo
depende do dia, do foco, da memória, da escolha do poema, da ansiedade, do
domínio do tema abordado, enfim, de um somatório de bons fluídos. De toda a
forma desejo uma boa sorte a todos os competidores.