Num dia 28 do mês de janeiro, do ano de 1916 morria o médico, político, jornalista e escritor Ramiro Fortes de Barcelos, autor de uma obra-prima em forma de livro intitulada Antônio Chimango, onde satiriza com intensa felicidade a vida do então governador Antônio Augusto Borges de Medeiros. Tal livro já foi transformado em peça de teatro e foi, também, musicado.
Ramiro Barcelos, filho de Vicente Loreto de Barcellos e de Joaquina Idalina Pereira Fortes (irmã do Barão de Viamão) nasceu em Cachoeira do Sul.
Exerceu os cargos públicos de ministro plenipotenciário no Uruguai, secretário da fazenda durante a Revolução Federalista, e foi procurador do estado do Rio Grande do Sul no Rio de Janeiro.
Além disto foi deputado provincial e senador da república.
Colaborou com o jornal A Federação, desde seu primeiro número, no qual escreveu Cartas a d. Izabel, com o peseudônimo de Amaro Juvenal, que continuou sendo utilizado em seus poemas satíricos.
Mas o que mais notabilizou literariamente Ramiro Barcellos foi o poemeto campestre já citado acima, hoje considerado uma jóia da literatura gauchesca, elaborado entre 1910 e 1915 em razão da briga com o seu primo Borges de Medeiros.
Foi um dos apoiadores da Santa casa de Misericórdia de Porto Alegre e, muito justamente, foi homenageado pelo município de Porto Alegre com a denominação da Rua Ramiro Barcelos.