RETRATO DA SEMANA

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20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

OITO ANOS SEM O ZÉ CLAUDIO




 

José Cláudio Machado nasceu em Tapes, RS, em 17 de novembro de 1948 e faleceu em 12 de dezembro de 2011. Começou sua carreira de intérprete no antigo conjunto Tapes após tornar-se conhecido naquela região ao apresentar-se como gaiteiro num programa dominical da rádio de Camaquã, comandado por Bonifácio Barros e consagrou-se para o grande público ao vencer a Califórnia da Canção Nativa de 1972 com a composição Pedro Guará, um clássico regionalista.

Participou como intérprete, em duas ocasiões, do conjunto Os Serranos. O melhor álbum do grupo (na minha opinião) "Isto é... Os Serranos", no final da década de 1980, muito se deve a participação do José Cláudio.

Intérprete de canções consagradas como Pêlos, De Como Cantar um Flete, Milonga Abaixo do Mau Tempo, Cantar Galponeiro e outras tantas, Zé Cláudio foi do tango cantado em espanhol a nossa música de raiz com a mesma desenvoltura.

Polêmico e firme nos seus atos, é considerado como o melhor intérprete galponeiro de todos os tempos no Rio Grande do Sul, porque aliava a estampa gaudéria e a irreverência dos bugres bolicheiros com uma voz de trovão, afinada e retumbante, que acordava as madrugadas campeiras.

Seu velório foi na Câmara Municipal de Vereadores de Guaíba, cidade onde morava. Atualmente, há um movimento de tradicionalistas do município com a intenção de erguer uma estátua ao cantor nesta cidade.