SIRVAM NOSSAS (BOAS) FAÇANHAS
DE MODELO A TODA TERRA
O gaúcho pode ser autêntico sem precisar fazer pataquadas em público, sem se destacar nos ambientes através dos gritos, sem se mostrar mais conhecedor sobre tudo quanto é assunto, sem desrespeitar e menosprezar outros tipos de cultura, sem se autopromover em riba de amigos que não são "tão gaúchos" quanto ele, sem se achar mais homem no lombo de um cavalo.
Contudo, entra ano e sai ano e uma minoria burra acha que a avenida é o palco para seu momento de glória arrojando animal, bebendo cerveja em meio ao desfile e tirando desavenças pessoais diante dos olhos de milhares de pessoas que vão ali para ver nossa cultura e não provas de valentia, como foi o caso do desfile em Soledade aonde os mangaços e as facas ditaram o tom.
Ainda bem que, como disse, é uma minoria burra, mas a batata podre, se não for retirada, estraga o saco.
O gaúcho há de ser verdadeiro se for uma pessoa humilde, que traz nas mãos a rudeza de seu trabalho, que mais ouve do que fala, que guarda em si o segredo das lavouras, que proseia consigo mesmo através da cuia de um mate, que, de olhos fechados, enxerga mais longe do que qualquer um de nós. O Gaúcho de que falo tem por identidade a SIMPLICIDADE.
