RETRATO DA SEMANA

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terça-feira, 17 de julho de 2018

REPONTANDO DATAS / 17 DE JULHO


Num dia 17 de julho, do ano de 1983 morria em Porto Alegre um dos mais notáveis tradicionalistas, ou seja, Glaucus Saraiva.

Glaucus Saraiva (de óculos) numa reunião do MTG em Cruz Alta.
 
Glaucus Saraiva da Fonseca nasceu em São Jerônimo, em 24 de dezembro de 1921, e morreu em Porto Alegre, num 17 de julho de 1983, Glaucus Saraiva, também conhecido como Glauco Saraiva, foi um poeta crioulo, tradicionalista, folclorista, historiador, professor, pesquisador, escritor, conferencista, músico, e compositor. 

Era filho mais novo de Álvaro Saraiva da Fonseca e Maria Luiza Saraiva da Fonseca. Teve 07 (sete) irmãos. Deixou uma filha: Maria Luiza Saraiva Soares.

Foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do 35 Centro de Tradições Gaúchas, do qual foi o primeiro patrão. Idealizou e tornou realidade o IGTF - Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, órgão vinculado a Secretária de Estado da Cultura, instituído pelo Decreto n.º 23.613, de 27 de dezembro de 1974, tendo sido seu primeiro diretor técnico, o Parque Histórico General Bento Gonçalves da Silva, na Estância do Cristal e o Galpão Crioulo do Palácio Pirati, que pelo Decreto Estadual nº 31.204, de 1º de agosto de 1983, passou a chamar-se Galpão Gaúcho Glaucus Saraiva

Foi professor de folclore do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Música Palestrina, professor no Curso de Extensão Universitária da PUC (Folclore na Educação) e no SENAC (Culinária Gauchesca e Usos e Costumes do Sul), e conferencista internacional sobre folclore. Presidiu três congressos tradicionalistas: em Santa Vitória do Palmar (1973), Pelotas (1975) e Passo Fundo (1977). Desenvolveu, também, profunda pesquisa sobre os brinquedos tradicionais das crianças gaúchas, promovendo exposições e publicações a este respeito. Formulou a Carta de Princípios do MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, o mais importante documento para a fixação da ideologia e dos compromissos tradicionalistas, aprovada no 8º Congresso Tradicionalista, em julho de 1961 em Taquara - RS. Autor da nomenclatura simbólica do tradicionalismo.

Publicou ainda os ensaios “Manual do Tradicionalista” e “Catálogo da Mostra de Folclore Juvenil”. Foi vocalista dos conjuntos “Os Gaudérios” e “Quitandinha Serenaders” entre 1950 e 1955, além de atuar na Rádio Farroupilha e Rádio Nacional do Rio de Janeiro, de 1948 a 1955. Mas sua ligação com a música foi ainda mais profunda deixando registrado grandes clássicos como: Cigarro de Palha, Porongo Velho, Tropereada, O Rum é a Gente que Abre, Casa Grande de Estância (com Luiz Telles), entre outras. Seu poema mais conhecido é chimarrão.