Se tem uma coisa que
não me gusta como compositor e como apreciador de boa música é a tal
da paródia. Paródia, para quem não sabe, consiste na
recriação de uma obra já existente, a partir de um ponto de vista
predominantemente cômico.
Para mim, paródia é
transformar algo que não presta em coisa ainda pior.
Dentro da musicalidade
rio-grandense é comum e está muito em moda esta carona de pegar alguma música que esteja fazendo
sucesso nacional e transformá-la para o nosso linguajar, de gosto duvidoso, agauchando
forçosamente algo que já não é grande coisa. O resultado é desastroso. Nem engraçado fica.
Com exceção do
personagem Guri de Uruguaiana que mescla paródias com vídeos bem-humorados não
vejo mais nada que possa ser elogiável.
Vamos trabalhar a sonoridade
gauchesca, seja ela nativista, galponeira, romântica... Nosso campo é vasto e o
potencial de nossos artistas também. Meu amigo Joca Martins abriu uma bela campanha
de valorização de nossa música pedindo que compartilhem nas redes sociais, que
liguem para as rádios solicitando que rodem, que falem, que discutam. Não vamos
nos preocupar com o que fazem lá para cima e sim revigorar e acreditar naquilo
que podemos fazer por aqui.