Antônio, Francisco, Zé eu e o Pelézinho, com os instrumentos que compramos para
a bandinha. Uma forma de ganhar uns trocos quando a graxa não dava nada.
É mais um aniversário
deste bugre Contendeiro.
Num vinte e três de janeiro,
sob a era de aquário,
acordei o vizindário
num fundão de mataria.
Era mais um que nascia
não pra ser rico ou famoso
mas pra andar e fazer pouso
no lombo da poesia.
Quanta lembrança me bate.
Primeiro emprego (oficial)
vendendo disco e jornal,
bugigangas de mascates.
E a turma de engraxates,
onde andarão meus parceiros?
Emocionou-se um campeiro....
A saudade é um veneno
e... por ter os olhos pequenos
eu sempre choro primeiro.
A todos os amigos que cruzaram o meu
caminho nestes tempos idos, um saudoso e chinchado abraço.
Francisco e o Zé. Ao fundo o
antigo chafariz com a Carta Testamento
de Getúlio Vargas e o relógio. Av. Júlio
de Castilhos, São Chico.
Dedicatória assinada pelo Zé
no verso da foto, em nome dos engraxates.