RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

domingo, 9 de outubro de 2016

SÓ PRA NÃO PERDER O TREINO


Meu amigo e grande gaiteiro Ângelo Marques, diretor do grupo musical Os Tiranos, me solicitou uma letra para o novo trabalho que o conjunto está preparando.
 
Ando meio destreinado nas escritas para serem musicadas mas não se nega um pedido a um parceiro musical de tantos anos. Então saiu Gaúchos de Alma, a qual repasso para os meus amigos e amigas neste amanhecer de domingo.
 
Um abraço a todos.

 

GAÚCHOS DE ALMA
Letra: Léo Ribeiro
Sou do Rio Grande, terra de Netto e de Bento,
gaudério cento por cento, pilchadito noite e dia,
mas tem gaúcho da Bahia à Sacramento
ser gaúcho é um sentimento, não importa a geografia.  

O mate amargo que passa de mão em mão,
numa praça ou num galpão traduz aquilo que falo.
O gauchismo a gente traz de memória,
brota de um livro de história ou do lombo de um cavalo.  

REFRÃO
Eu sou daqueles que se criou lá pra fora
lida bruta desde a'urora aonde a vida é mais calma,
mas eu respeito quem nunca botou bombacha
e riograndense se acha porqu'é um gaúcho de alma.  

Tem muita taura de aba larga e tirador
e que pouco dá valor a quem anda diferente.
Não é na roupa que se vê a gente boa,
o cusco que muito acoa nem sempre é o mais valente. 

Nossa cultura é aberta e tem espaço
pra milonga e pro gaitaço, sapateio e poesia.
Que coisa linda ver pras bandas lá de cima
o Rio Grande sendo rima, cantado com galhardia. 

REFRÃO  

Eu sou daqueles que se criou lá pra fora
lida bruta desde a'urora aonde a vida é mais calma,
mas eu respeito quem nunca botou bombacha
e riograndense se acha porqu'é um gaúcho de alma.  

Pra ser  gaúcho não precisa de fronteira,
cor de lenço ou de bandeira, tudo é pátria e liberdade,
é só gostar de nossos velhos costumes
e a tradição que nos une forma nossa identidade. 

E tanto faz se o índio é igual a mim
repontando nestes fins a boiada com paciência,
ou s'ele passa de gravata sobre o peito 
mas cultiva do seu jeito seu amor pela querência.