RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Identidade Visual dos Festejos Farroupilha 2024 / Cintia Matte Ruschel

quinta-feira, 21 de julho de 2016

LEGENDAS DO RIO GRANDE



Nós temos ao nosso redor verdadeiras legendas artísticas do Rio Grande do Sul que passaram sua vida profissional cantando as coisas do chão gaúcho. Muitas destas relíquias humanas já dobraram o cabo dos setenta anos e continuam em atividade, da forma que o fizeram por toda a vida.
 
Para não cometer o pecado do esquecimento não vamos relacionar todos estes baluartes que merecem o nosso abraço, o nosso apreço e o nosso respeito mas como não lembrar de nomes como Adelar Bertussi, Telmo de Lima Freitas, Paulinho Pires, Glênio Fagundes, Pedro Ortaça, Gildinho, Bruno Neher, Gaúcho da Fronteira, Nelson Cardoso, Adair de Freitas e tantos outros.
 
Ainda na semana passada estive falando com dois destes brazões rio-grandenses. Paixão Côrtes e Albino Manique. É o tipo de prosa que te enche de satisfação e de aprendizado. É um momento de tietagem, de bater uns retratos, de reafirmar nossa admiração. Sobre Paixão Côrtes, já me reportei aqui e sobre Albino (77 anos) me reporto agora: O gaiteiro de melhor mão esquerda que conheço (que utiliza os baixos do acordeom) junto com o seu grupo Os Mirins, sábado passado, tocou um baile em nossa terra, São Francisco de Paula, mais especificamente no CTG Rodeio Serrano.

Me falaram que, devido a enfermidades, Albino não estava mais tocando. Em muitos casos nem acompanhava o grupo. Pois não foi o que vimos.

Talvez pela energia emanada de sua gente, de seus amigos, de seu torrão natal, o gaiteiro velho abriu o foles no início do fandango e quando saí de lá, por volta das duas da madrugada, rengo de tanto dançar, continuava firme como moirão.

Este tipo de pessoas, nós, cultores das tradições gaúchas, temos reverenciar, exaltar, pois são as verdadeiras Legendas do Rio Grande.