RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

terça-feira, 10 de novembro de 2015

MENDONÇA REPRESENTA O BRASIL


NA DIPLOMAÇÃO DA PAJADA COMO
PATRIMÔNIO IMATERIAL DO MERCOSUL


O pajador brasileiro Paulo de Freitas Mendonça, a convite do governo da Argentina, representou o Brasil, na diplomação da pajada como Patrimônio Imaterial do Mercosul, no Paraguai. O ato aconteceu no dia 06 de novembro, dentro da programação do Encontro dos Ministérios de Cultura dos países formadores do bloco, em Assunção, que transcorreu de 05 a 07 de novembro de 2015. Paralelamente se realizou o 1º Festival Cultural do Mercosul, no teatro do Hotel Guarany, no centro da capital paraguaia. O evento contou com apresentações espetáculos de música, dança e pajada com artistas dos países do Bloco.

Na abertura houve o pronunciamento da Ministra de Cultura, Mabel Causarano, uma atuação do balet nacional do Paraguay. Em seguida houve a diplomação da Pajada (payada e paya) como Patrimônio Imaterial do Mercosul. Receberam o diploma das mãos da ministra de cultura do país anfitrião, representando aos demais pajadores, pelo Brasil, Paulo de Freitas Mendonça, pela Argentina, Marta Suint, Juan Alberto Lalanne e Davi Tokar, pelo Uruguai, José Curbelo e Juan Carlos Lopez e pelo Chile, Jorge Céspedes Romero. Imediatamente após a diplomação, os pagadores fizeram uma mostra de pajada em conjunto numa demonstração das semelhanças e especificidades de estilo de cada país. Foram ovacionados pelo público, que aplaudiu em pé, pedindo insistentemente bis.

Os espetáculos seguiram com diversos artistas internacionais, dentre eles, o destaque para Norma Àvila, Efrén Echeverría e o duo argentino Tonolec, formado por Charo Bogarín e Diego Pérez.

Segundo o brasileiro Paulo de Freitas Mendonça, os pajadores que receberam o diploma pela pajada em Assunção estavam conscientes de que cada um representava a todos os pajadores de seu país. E, aprofunda mais: “na verdade estávamos representando os improvisadores de todo o bloco e latino-américa, independente da nomenclatura que se dê a sua arte, porque esta consagração é da poesia oral improvisada em geral.”  E, acrescenta: “ eu fiz questão de citar em minha apresentação outros nomes de improvisação brasileira para prestar homenagem aos meus compatriotas verseadores, haja vista que a pajada é o primeiro bem considerado como patrimônio imaterial do Mercosul porque possui o mesmo nome nos países do sul da América, mas improvisadores há mais, inclusive no Rio Grande do Sul, como é o caso dos trovadores que merecem nosso respeito e apoio.”

Ao seguir para Assunção, Mendonça havia chegado dois dias antes do Chile, onde participou de diversas atividades em Santiago e San José de Maipo, em encontros internacionais de Pajadores, que pelo sexto ano consecutivo é contratado. Agora de volta, do Paraguai, ficou dois dias em casa e já se dirigiu para Corrientes na Argentina, para ser um dos painelistas do Congresso de Chamamé – La Nación Chamamecera, de 11 a 13 deste mês. Retorna da Argentina e atua como palestrante e apresentador do Festival Internacional de Folclore da cidade de Bossoroca, de 19 a 22 de novembro.
Leia mais sobre o Festival Cultural do Mercosul:

http://www.espectador.com/sociedad/326408/la-payada-es-declarada-patrimonio-del-mercosur http://www.nacimiento.com.py/fuente/la-musica-del-mercosur-reunida-1424498.html