RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

VOLTEANDO DATAS / 30 DE SETEMBRO


Num dia 30 de setembro do ano de 1925, Honório Lemes da Silva (Maragato) invade o Rio Grande de S. Pedro pela fronteira de Livramento e Octaviano Fernandes pela fronteira de D. Pedrito.


2ª Brigada do Oeste - Honório Lemes é o primeiro sentado
da esquerda para a direita - Flagrante colhido em Bagé
 

Conhecido como "O Leão do Caverá" nasceu em Cachoeira do Sul, RS em 23 de setembro de 1864 e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1930 foi tropeiro e pequeno proprietário pobre e quase analfabeto que, patriota, liberal convicto e admirador de Gaspar da Silveira Martins, ao rebentar a revolução federalista, em 1893, ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel. Terminada a luta em 1895, voltou a se dedicar às lides campeiras.
Em 1923 voltou a pegar em armas, dessa vez para lutar contra a posse de Borges de Medeiros, que havia sido reeleito para o quinto mandato  consecutivo no governo gaúcho. Em novembro do ano seguinte voltou a rebelar-se, dessa vez em apoio aos jovens oficiais militares que, liderados por Luis Carlos Prestes, sublevaram unidades do Exército no interior gaúcho contra o governo do presidente Artur Bernardes. Em 1925 foi preso e levado para Porto Alegre, porém, conseguiu fugir e exilou-se na Argentina. Apoiou a candidatura presidencial derrotada de Getúlio Vargas em 1930.
Honório terminou seus dias como posteiro na Estância Santa Ambrozina em Rosário do Sul. Quando sentiu-se doente foi levado para o distrito de Pampeiro em Livramento, para a residência de seu sogro, Sr. Fulgêncio Silveira onde veio a morrer. Seu corpo foi levado para sepultamento em Rosário do Sul, cidade onde sempre residiu.
Em tempo: Nestas minhas andanças acabei conhecendo um bisneto de Honório Lemes, meu amigo e meu Irmão Herton Gularte, residindo em Curitiba. Qualquer hora temos que nos reencontrar com tempo, para prosear um pouco sobre o Leão do Caverá.