Como era de se esperar a postagem de ontem acompanhada do vídeo veio junto a inúmeras manifestações, muitas delas passionais, deixando de lado a questão em si que é a busca pelo aperfeiçoamento, não dos concorrentes, mas dos envolvidos na organização.
Admiramos a disposição do MTG em promover um evento deste porte e sabemos das dificuldades enfrentadas pois são diversas categorias envolvendo milhares de participantes e, com certeza, alguns erros ocorrerão, todos eles sem a intencionalidade de quem organiza. Contudo, nem por isso devemos nos omitir dos comentários.
Sendo assim, postamos o que nos enviou o leitor Dilerman Zanchet, da Rádio Planalto, de Passo Fundo e estamos abertos a demais posições civilizadas sobre o assunto.
ENART 2014 - OS ERROS SE REPETEM
Por: Dilerman Zanchet - Rádio Planalto - Passo Fundo
Realizado entre 14 e 16 de
novembro, o Encontro de Arte e Tradição – Enart, que ocorreu no Parque da
Octoberfest, em Santa Cruz do Sul, repetiu os mesmos erros das edições passadas
e demonstrou que são necessárias mudanças em sua estrutura para que o tradicionalismo
gaúcho não sofra uma incalculável desmotivação por parte das entidades do meio.
Com uma grande equipe de
trabalho, envolvendo mais de 200 pessoas só na avaliação dos diversos
concursos, individuais e coletivos, além de secretaria, coordenação e outros
setores, o Enart de Santa Cruz do Sul, visto como o maior festival amador da
América Latina sofre o desgaste do descrédito. Os grupos e os concorrentes
individuais que conseguem chegar à Santa Cruz não encontram mais a motivação de
outrora para lutar pelo título, haja vista os erros cometidos por alguns
avaliadores e pela própria organização.
Atribui-se á coordenação, por
exemplo, o fato de que chuleadores tiveram que fazer suas apresentações sobre
tapumes de construção. Os primeiros foram beneficiados, mas a partir da sétima
ou oitava dupla, o laminado começou a soltar-se, prejudicando o desempenho de
muitos. Observou-se, junto aos concorrentes, o descontentamento e a indignação
pelo fato, tendo em vista que trabalharam o ano todo para chegar entre os
finalistas. Outro aspecto observado refere-se às danças tradicionais, concurso
que conta com mais de uma dezena de avaliadores na Força A. Pois bem: Na final
do domingo, o campeão do Enart 2014 apresentou, na dança Xote de Duas Damas,
erros de coreografia e harmonia de forma escancaradas (um vídeo demonstra
isso). Não se consegue entender é como, com tantos avaliadores, erros como
estes não são levados em conta.
Pergunto: Qual entidade
tradicionalista terá, por muitos anos, motivação para investir mais de 150 mil
reais para o Enart, com tantas agruras? Qual entidade terá ousadia para
protestar oficialmente uma decisão dos avaliadores do MTG? O que a direção do
Movimento Tradicionalista Gaúcho fará diante de tais fatos apontados? Pouco se
pode esperar, infelizmente.
Se pudesse, sugeriria aos
responsáveis para que promovessem uma reformulação e reciclagem de muitos dos
avaliadores do quadro do MTG. E que a justiça fosse feita com os outros 19
grupos da A que dançaram no domingo.