Por: Jeandro Garcia
Esta foi a nossa terceira FECARS,
mas a primeira em que participamos efetivamente, tanto na cobertura do evento,
quanto em um acampamento, no caso da 1ª RT. Já temos aí algumas dezenas de
rodeios e 4 ENARTs, posso dizer que na nossa opinião não existe evento mais
gaúcho do que a FECARS!
Nesta edição estavam acampados no
parque de eventos de Viamão em torno de 5 mil pessoas divididas entre
competidores (2.400), apoios e espectadores, e quase em sua totalidade pilchados...
na verdade era quase como um típico baile de Fandango, mas campeiro. Não
importando os milímetros e nem mesmo a pilcha mais bonita, mas sim o cultivo da
tradição gaúcha, onde estar pilchado não era uma imposição do instrutor ou
patrão, mas sim um orgulho, musica gaúcha então... era só que se ouvia.
Claro que eu sempre vou comparar
com o ENART, que teve boa estrutura em 2013, e já sei que será melhorada em
2014, segundo o MTG. Evento que já fomos
campeões do troféu Melhor Acampamento, mas com certeza não seriamos páreo para
90% dos acampados na FECARS, pois ali nada é encenado, é tudo extremamente
autêntico e natural. Sei que houve algumas reclamações sobre alguns problemas
de estrutura, afinal a decisão do local e data foi tardia e praticamente tudo
teve que ser construído em menos de 30 dias para a FECARS. Mas lhes digo: para os
campeiros acostumados a acampar, as condições eram melhores do que o ENART,
onde apenas em 2013 as torneiras chegaram a beira do acampamento próximo ao
campo de futebol, seguramente no mínimo 500 acampados buscando água a 100-200
metros, e hoje os banheiros estão ainda inferiores aos da FECARS, onde tinham
até aqueles “containers” com chuveiros, algo que no ENART as filas podem levar até 1h e meia. Claro que algo pode e deve ser melhorado na FECARS
2015, mas apesar das observações foi uma linda festa, e feita por gente gaúcha
por demais.
Com certeza o espírito dos
competidores foi o arrebate do sucesso, muitos ali poderiam estar disputando
motos e camionetes em outros rodeios, mas preferiram estar ali representando a
sua região! Outros tantos estavam disputando jogos campeiros, e eu mesmo me
emocionei com a premiação da Bocha Campeira, aliás, todos estavam emocionados. Foi dita a seguinte frase: “- Alguns não ganharam,
mas ninguém perdeu, pois pelo menos um amigo todos haviam feito, nestes quatro
dias de festa!” Discursos e poesias declamadas em comemoração pelas grandes
amizades feitas foram comuns. Sem rixa, apenas o amor pela cultura campeira,
onde Rodrigo Moretto, que já é multicampeão de tiro de laço, abriu mão de
disputar até o fim os dois troféus mais importantes, para premiar outros jovens
laçadores.
Jeandro Garcia