Nesta época dos festejos farroupilhas, se a gente se virasse em três, não seria demais. Saí, num trote largo, lá do Bairro Igara, da cidade de Canoas, em riba da meia-noite (como faz o Boi-tatá), onde participei, na Loja Maçônica Fiat Luz da inauguração do seu Galpão Crioulo e da entrega da Comenda Sepé Tiaraju (postagem abaixo), para assumir meu posto na ronda da Chama Crioula que veio lá de Santo Amaro, para se aquerenciar no Acampamento Farroupilha. Horário? Da 1:06 ás 2:06 desta madrugada (dia 17).
Somente o patrão do Fraternidade Gaúcha Dom Tomaz, eu, o encarregado da Chama e três ou quatro moradores de rua cantando "...esse negócio de dizer que tu me ama / só porque eu sou um gaúcho viajado / eu estou velho mas tenho fibra e talento / não aprendi a amar sem ser amado..." do saudoso Gildo de Freitas. Oiga-lê Rio Grande velho sem porteiras...
Uma hora de silêncio, de reflexão, de perguntar ao Supremo Arquiteto porque aqui estamos. Hora de orgulho, de satisfação por rondar um símbolo tão significativo para nós, riograndenses, de reviver na carne (e na alma) um pouco do que foi nossa maior epopéia. Pouco importa o vento, a solitude, os mendigos cantando e dançando na nossa frente, afinal "... eu reconheço que sou um homem feioso / e que a feiura caiu por cima de mim / tenho no peito um coração amoroso / e a bonitona que me quiser é assim..." E fiquei matutando: como são felizes, esses que não tem nada....