RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sábado, 24 de novembro de 2012

QUEM FOI DOMINGOS JOSÉ DE ALMEIDA?



A guerra dos Farrapos não foi feita, naturalmente, apenas por lanceiros a cavalo. Ela contou com homens como Domingos José de Almeida. Dono de uma charqueada, foi pioneiro na aplicação da energia a vapor e inventou as “tinas digeridoras”. Construiu também a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul. 

Em 1835, era deputado à Assembléia Provincial, em Porto Alegre. Em 1836, houve a proclamação da República rio-grandense e instalação do Governo, em Piratini. Domingos era ministro do Interior e, interinamente, da Fazenda. Em 1838, escreveu o Manifesto explicando as razões da revolução e lançou O Povo, jornal oficial farroupilha. Vendeu escravos seus em Montevidéu para comprar fardas, cavalos e uma tipografia para a República, mas mesmo assim foi acusado de corrupto. Em tempo: Domingos era mineiro.

     “Ao novo Estado faltavam todos os recursos, como escasseavam meios de arrecadar regularmente impostos. Almeida teve de criar tudo e de prover a tudo, subdividindo-se para atender à criação e manutenção do Exército, à negociação de Tratados, à representação da República no Exterior e à sua administração interna em todos os detalhes. Pode-se dizer que todo esse trabalho de fundação e organização de u Estado, que teve vida regular ao meio da agitação ininterrupta da guerra, foi obra sua, pois que a passagem transitória de outros homens pelo Ministério em pouco o podia auxiliar. Entre tantos serviços que lhe são devidos, pode-se citar a direção da imprensa oficial, o estabelecimento de escolas de instrução pública (as primeiras no Rio Grande do Sul!), o estabelecimento de um serviço regular de correios e, por fim, a criação, em Caçapava, de um gabinete de leitura, instalado com cerca de oitocentos volumes.” 
 
Alfredo Ferreira Rodrigues.
Almanaque do Rio Grande do Sul para 1902.

ventou as “tinas digeridoras”. Construiu também