Minha gente. É muito bom quando tu andeja longe da querência e nos chega notícias de sua gente. Antigamente, se usava até os cobradores de ônibus para mandar "bilhetes" aos parentes. Hoje em dia, com o advento da internet, o mundo virtual aproxima ás pessoas. Ando longe de casa já faz uns 8 dias mas continuo postando e muitos nem repararam que não estou na volta. Contudo, hay uma grande diferença nas comunicações: você pode estar perto do remetente e vir uma mensagem fria, sem conteúdo. Por outro lado, as vezes estamos do outro lado do mundo e nos chegam chasques com fundamento, imbutidos de carinho e amizade, como é o caso desta correspondência que nos chega do grande pajador Paulo de Freitas Mendonça:
Meu caríssimo amigo Léo Ribeiro
Não é novidade e tampouco exclusividade minha, mas tenho por hábito, em minhas leituras de atualização, recorrer ao teu blog, todavia neste mês de outubro estive mais atarefado do que de costume, então passei alguns dias sem cavalgar os olhos por tuas belas paisagens serranas e gaúchas. Como os dias se tornaram curtos para mim, pensei que havia me furtado de poucas leituras, contudo quando debrucei-me sobre os teus escritos percebi que desde o dia 5 eu não visitava teu rancho virtual. Como hoje a Sara aniversaria e houve uma fumacinha aqui no fundo do rancho, à tarde estou me dedicando a tarefas mais prazerosas. Escutei ao Paullo Costa nesta bela parceria tua com o Pedro Neves, apenas ratificando de que se trata da união de três grandes numa bela obra. Li que o Lucas está na Italia e tua saudade o puxa pra casa, mas saibas que os filhos são filhos do mundo antes de serem dos pais. Na postagem em que elogias a Shana Müller concordo plenamente de que se trata de uma grande apresentadora. Julgo que seja importante vermos a esta profissional como uma jornalista formada pela PUC RS e não uma cantora, que por fazer sucesso ganha um emprego na RBSTV. Ela tem competência científica ao contrário do muito que se vê em televisão, quando o empirismo comete aberrações. Bati estrivo com Rodrigo Bauer no Poema para Um Fim de Tarde. Por conhecer bem e conviver com os Bauer, pai e filho, posso dizer que Rodrigo, que é um grande vate, deixa neste estro o eu-lietrário interferir no pensar do eu-poético, matizando maior beleza a sua obra cheia de metáforas, que neste caso iluminam mais o poema, e porque os conheço, as vejo como relatos fidedignos de um filho a um pai amigo e companheiro.
Meu caríssimo amigo Léo Ribeiro
Não é novidade e tampouco exclusividade minha, mas tenho por hábito, em minhas leituras de atualização, recorrer ao teu blog, todavia neste mês de outubro estive mais atarefado do que de costume, então passei alguns dias sem cavalgar os olhos por tuas belas paisagens serranas e gaúchas. Como os dias se tornaram curtos para mim, pensei que havia me furtado de poucas leituras, contudo quando debrucei-me sobre os teus escritos percebi que desde o dia 5 eu não visitava teu rancho virtual. Como hoje a Sara aniversaria e houve uma fumacinha aqui no fundo do rancho, à tarde estou me dedicando a tarefas mais prazerosas. Escutei ao Paullo Costa nesta bela parceria tua com o Pedro Neves, apenas ratificando de que se trata da união de três grandes numa bela obra. Li que o Lucas está na Italia e tua saudade o puxa pra casa, mas saibas que os filhos são filhos do mundo antes de serem dos pais. Na postagem em que elogias a Shana Müller concordo plenamente de que se trata de uma grande apresentadora. Julgo que seja importante vermos a esta profissional como uma jornalista formada pela PUC RS e não uma cantora, que por fazer sucesso ganha um emprego na RBSTV. Ela tem competência científica ao contrário do muito que se vê em televisão, quando o empirismo comete aberrações. Bati estrivo com Rodrigo Bauer no Poema para Um Fim de Tarde. Por conhecer bem e conviver com os Bauer, pai e filho, posso dizer que Rodrigo, que é um grande vate, deixa neste estro o eu-lietrário interferir no pensar do eu-poético, matizando maior beleza a sua obra cheia de metáforas, que neste caso iluminam mais o poema, e porque os conheço, as vejo como relatos fidedignos de um filho a um pai amigo e companheiro.
A tua mensagem subliminar apenas mostra que temos muito em comum e esta é apenas mais uma. Já o encontro dos Donatos denota a origem de quem descende de pura cepa e honra sua ancestralidade.
Bueno, sobre o aniversário de tua estrela, já postei felicitações a Miriam, creio que via facebook a esta libriana que te faz feliz. E hoje, seguindo teu exemplo, já que sei que não apanhaste, postei sobre o aniversário da Sara pra ver se ela, também libriana, pese bem os porquês de sermos assim tão românticos, hehehe.
Pedi à benção a Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira, e aliás, sugiro que conheça o Santuário dela em São Paulo, algo inexplicável espiritualmente.
Depois de ter viajado até a infância ao visualizar a imagem de um telefone de barbante volto para ver nas postagens seguintes o sucesso dos amigos Mena Barreto e seu tão bonito encontro de Bandoneon, Luiz Marenco em Santa Maria e Os Monarcas no Paraná. Já em conversas de velório concordo contigo de que o tradicionalismo, equivocadamente, regulamenta e padroniza a indumentária, desprezando as diferenças regionais e até o gosto pessoal.
Bueno, não vou me estender mais sobre todas as postagens
para não deixá-lo 15 dias lendo meus escritos sobre a quinzena que estive
ausente de teu blog, porém mais duas citações quero fazer. Tradicionalismo não
vota em tradicionalista e artista pelo simples fato de que política, tradição e
arte são coisas diferentes. Uma vez, há muitos anos, quando me perguntavas por
que eu não me candidataria a deputado estadual te respondi que aplauso não é
voto e hoje está provado isto.
Tchê, mesmo com pensamentos muito parecidos e me identificar
com a maioria de tuas postagens, vou pedir permissão para discordar de ti numa
questão. Nem todo bombachudo é tradicionalista, ao meu ver. Penso que tradicionalista
é aquele que é filiado a um CTG e por consequência ao MTG. Aliás, me aprofundo
mais na questão: O que é o MTG? Uma ONG (Organização Não Governamental) como
tantas outras no País, sendo que esta tem por objetivo administrar a união dos
CTGs e manter o que julga tradicional. O MTG não é dono, mandatário e muito
menos legislador da cultura gaúcha. Pode legislar aos CTGs, mas não ao povo. E,
cultura é algo que emana do povo, está acima das instituições e dos cargos.
Por fim, agradeço a postagem em que me felicitas pela
passagem do meu aniversário, pedindo desculpas por não ter dado este retorno
antes. Agradeço imensamente por tuas palavras de incentivo às minhas andanças
tão pouco difundidas em nosso território e tão aplaudidas lá fora, e
especialmente por tua amizade, que sei ser sincera. Te afirmo que encontras
reciprocidade aqui, porque o tenho em alta estima por tua forma de ser, por teu
talento e honestidade.
Desculpe-me por tomar teu precioso tempo e finalizo
definitivamente este relato, convidando a ti e a Miriam para que numa ida aos
belos campos dobrados do São Chico, cheguem aqui na subida da serra para um
mate e uns dedos de prosa.
Com admiração, um abraço, meu amigo.
Paulo de Freitas Mendonça