Por algum tempo de minha vida trouxe uma balda comigo que era a de colecionar, juntar, reculutar todo o objeto que representasse algo da nossa cultura sulina.
Reuni, no meu galpão em São Chico, tanta tralha (no bom sentido) que tal local estava virando ponto de visitação inclusive de colégios. Minha coleção de armas brancas (facas, adagas, espadas) é bem graúda.
No começo eu ia nas fazendas e comprava objetos que os proprietários não davam mais valor por estarem velhos. Não sabiam que aquilo era uma relíquia. Com o tempo, as próprias pessoas passaram a me procurar para cambiar lindas e importantes peças. Certa feita comprei uma carroça (que aparece na minha foto de perfil do blog) que, não tendo como levar, saimos rua a fora, um puxando e outro empurrando este meio de locomoção dos antigos gaúchos (não é verdade meu amigo Evilásio?).
Eu, agora, talvez por falta de tempo, ando meio afastado desta mania, mas entendo a grande alegria do meu amigo Jeândro Garcia por adquirir, em um leilão, a preciosidade abaixo, conforme nos relata a seguir:
Buenas, amigo Léo
A algum tempo eu e minha prenda pretendíamos conseguir alguma peça referente a Guerra dos Farrapos, e eis que no dia 11/09, aniversário da proclamação da república Riograndense, adquiri através da indicação de um amigo que é o maior colecionador de itens dessa guerra, uma Lança modelo Palomeda legitima, forjada a 200 anos, parte do arcenal Uruguayo que Frutuoso Rivera cedeu ao amigo Bento Gonçalves para armar o exercito da República Rio-Grandense.
Poucos conseguirão imaginar a emoção de possuir este item, tanto esperamos e agora era minha e estava nas minhas mãos um pedaço raro e importante da história do Rio Grande do Sul, e ainda por cima o colecionador, que comprei a peça, me apresentou diversos outros modelos que possui e ganhei uma aula sobre peças históricas, como eram produzidas e como diferenciar réplicas, terminando o dia em um leilão de objetos antigos a convite do novo amigo, outro grande regalo do destino no dia da República Riograndense.
Grande abraço,
Jeandro Garcia