O Setembrino é um amigo meu. Gente muito boa. Ele é meio assim tipo... lobisomem! Se transforma! Do dia primeiro até o dia vinte de setembro vira num gaúcho ferrenho. Não sai do acampamento farroupilha. Não perde um churrasco da “firma” onde trabalha. Termina o acampamento e... termina o gaúcho.
Quando os sinos da catedral retrecham a Ave Maria, o Setembrino vai chegando pro lado dos ranchos. Bota nova, ainda apertando nos pés, bombacha plissada, uma faixa na cintura com uma das pontas quase arrastando no barro (nesta época sempre chove), o lenço atado com um nó de gravata ou com um "passador" do inter...
O Setembrino é alegre, bonachão, prestativo, mas, de tradição entende muito pouco. Certa feita, puxei uma prosa de história com ele. Perguntei se já tinha ouvido falar no Bento Gonçalves.
- Conheço demais – disse-me o Setembrino. Seguido tomo uns vinhos com galeto e polenta por aquelas bandas.
Bueno. Ninguém é obrigado a saber do seu passado para ser um gaúcho de fato, então toquei num assunto mais brando. Música.
- O que tu acha do Mano Lima, Setembrino?
- Olha tchê – estufou o peito forçando o sotaque – o Mano que conheço é o Menezes. Que por sinal convocou o Ronaldinho, aquele f ......
Oiga-lê Setembrino!
Aonde tem um bufo de gaita ele está no meio fazendo um costado com um pandeiro mal tocado ou pondo em prática as danças de salão que está aprendendo num curso de CTG.
No ano passado, ouvi o Setembrino declamar o “Bochincho”, do Jayme, quatorze vezes.
Este é o meu amigo Setembrino, um tradicionalista por vinte dias.
Mas seja bem-vindo ao meio gauchesco. Todos são bem-vindos e ninguém é mais gaúcho que ninguém. Mas Setembrino, para o bem dos nossos ouvidos... aprenda outra poesia!!!
Quando os sinos da catedral retrecham a Ave Maria, o Setembrino vai chegando pro lado dos ranchos. Bota nova, ainda apertando nos pés, bombacha plissada, uma faixa na cintura com uma das pontas quase arrastando no barro (nesta época sempre chove), o lenço atado com um nó de gravata ou com um "passador" do inter...
O Setembrino é alegre, bonachão, prestativo, mas, de tradição entende muito pouco. Certa feita, puxei uma prosa de história com ele. Perguntei se já tinha ouvido falar no Bento Gonçalves.
- Conheço demais – disse-me o Setembrino. Seguido tomo uns vinhos com galeto e polenta por aquelas bandas.
Bueno. Ninguém é obrigado a saber do seu passado para ser um gaúcho de fato, então toquei num assunto mais brando. Música.
- O que tu acha do Mano Lima, Setembrino?
- Olha tchê – estufou o peito forçando o sotaque – o Mano que conheço é o Menezes. Que por sinal convocou o Ronaldinho, aquele f ......
Oiga-lê Setembrino!
Aonde tem um bufo de gaita ele está no meio fazendo um costado com um pandeiro mal tocado ou pondo em prática as danças de salão que está aprendendo num curso de CTG.
No ano passado, ouvi o Setembrino declamar o “Bochincho”, do Jayme, quatorze vezes.
Este é o meu amigo Setembrino, um tradicionalista por vinte dias.
Mas seja bem-vindo ao meio gauchesco. Todos são bem-vindos e ninguém é mais gaúcho que ninguém. Mas Setembrino, para o bem dos nossos ouvidos... aprenda outra poesia!!!
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