O Joel Reis da Silva é uma figuraça. Meu vizinho e amigo de longos anos lá por São Chico até que ele veio para a cidade de Taquara trabalhar numa ótica e eu me vim para a capital, também atrás de serviço.
Pouco nos vemos, mas em cada lembrança das buenas, em cada churrascada regada a suco de cevada, o Joel está presente na alma e no coração.
Pois ontem pela manhã, o Joel me telefonou para elogiar nosso blog. Grande Joel.
Na última vez que conversei pessoalmente com o Joel, foi lá na praia. Ele foi me fazer uma visita “rápida”, mas só partiu quando a 18ª (e última) latinha de cerveja roncou igual cuia de mate. Entre um copo e outro proseamos de tudo. O Joel é um cara muito engraçado. Um dos assuntos que filosofamos foi sobre os namoros de agora, ao que o Joel sentenciava:
- Hoje em dia a gurizada só quer “ficar”. Ninguém assume nada. No nosso tempo não! Aquilo que era paixão.
- Eu lembro – continuou o Joel - do Lovegildo e da Fermina (os nomes são figurativos pois as pessoas verdadeiras ainda estão vivas) lá do Lageado Grande. Aquilo que era paixão.
Um vivia para o outro. Tu olhava o Lovegildo e enxergava a Fermina no costado. Namoraram, casaram e continuavam cada vez mais apaixonados. Moravam lá fora sem sentir a solidão.
O Joel já estava meio poético e eu deixei o cavalo ir no trote para ver aonde parava.
- Certa feita fui visitar o Lovegildo – disse o Joel enquanto beijava mais uma lata de Skol – e começou um temporal como ha anos não se via por aquelas bandas. Era chuva que Deus mandava. Quando estacionei o carro, a muito custo, na mangueira do rancho, enxerguei a Fermina embaixo da goteira da calha do galpão, parada tremendo de frio, com água derramada de balde sobre sua cabeça. O que é aquilo?! Pensei com meus botões.
- Quando o temporal deu uma estiada, que pude sair do carro, corri para o canto do galpão onde estava Dona Fermina, mais molhada que capincho, e perguntei: - O que tá acontecendo, Deus do céu? Porque a senhora não se protege desta chuva guasqueada e fria? Quer pegar uma pneumonia?
- É que o Lovegildo saiu cedo pro campo – respondeu a mulher - e esqueceu de levar a capa. Deve estar todo encharcado, o coitadinho. Então estou aqui, embaixo desta goteira para sofrer o que ele deve estar sofrendo!
- Aquilo que era paixão, meu amigo Léo. E abre mais uma latinha....
Pouco nos vemos, mas em cada lembrança das buenas, em cada churrascada regada a suco de cevada, o Joel está presente na alma e no coração.
Pois ontem pela manhã, o Joel me telefonou para elogiar nosso blog. Grande Joel.
Na última vez que conversei pessoalmente com o Joel, foi lá na praia. Ele foi me fazer uma visita “rápida”, mas só partiu quando a 18ª (e última) latinha de cerveja roncou igual cuia de mate. Entre um copo e outro proseamos de tudo. O Joel é um cara muito engraçado. Um dos assuntos que filosofamos foi sobre os namoros de agora, ao que o Joel sentenciava:
- Hoje em dia a gurizada só quer “ficar”. Ninguém assume nada. No nosso tempo não! Aquilo que era paixão.
- Eu lembro – continuou o Joel - do Lovegildo e da Fermina (os nomes são figurativos pois as pessoas verdadeiras ainda estão vivas) lá do Lageado Grande. Aquilo que era paixão.
Um vivia para o outro. Tu olhava o Lovegildo e enxergava a Fermina no costado. Namoraram, casaram e continuavam cada vez mais apaixonados. Moravam lá fora sem sentir a solidão.
O Joel já estava meio poético e eu deixei o cavalo ir no trote para ver aonde parava.
- Certa feita fui visitar o Lovegildo – disse o Joel enquanto beijava mais uma lata de Skol – e começou um temporal como ha anos não se via por aquelas bandas. Era chuva que Deus mandava. Quando estacionei o carro, a muito custo, na mangueira do rancho, enxerguei a Fermina embaixo da goteira da calha do galpão, parada tremendo de frio, com água derramada de balde sobre sua cabeça. O que é aquilo?! Pensei com meus botões.
- Quando o temporal deu uma estiada, que pude sair do carro, corri para o canto do galpão onde estava Dona Fermina, mais molhada que capincho, e perguntei: - O que tá acontecendo, Deus do céu? Porque a senhora não se protege desta chuva guasqueada e fria? Quer pegar uma pneumonia?
- É que o Lovegildo saiu cedo pro campo – respondeu a mulher - e esqueceu de levar a capa. Deve estar todo encharcado, o coitadinho. Então estou aqui, embaixo desta goteira para sofrer o que ele deve estar sofrendo!
- Aquilo que era paixão, meu amigo Léo. E abre mais uma latinha....