Já assisti ao espetáculo Guri de Uruguaiana três ou quatro vezes e mesmo já sabendo o roteiro do show não dá para evitar as risadas. Risadas não, gargalhadas.
Jair Kobe nos presenteia com um humor autêntico, de quem conhece da “lida”. Já fiz referência aqui mesmo no blog que o povo gaúcho é pitoresco, pois ri de si mesmo, de suas pataqüadas, do seu campeirismo bagual. Esta autocrítica o torna um ser ainda mais genuíno.
O Guri de Uruguaiana vai nessa linha do humor que campeia pelas entrelinhas e deságua num manancial de grossura (no bom sentido). Falo assim porque não gosto da jocosidade nas músicas, na poesia. A canção e o poema tem que ter mensagem. Lugar das fanfarronadas é ali, no palco, ao encargo do Jair Kobe.
Sou do tempo do Jimmy Pipiollo, artista que fazia as cenas cômicas nos filmes do Teixeirinha e desde aqueles primórdios não via ninguém representar tão bem o lado divertido do gaúcho.
Desta forma, parceiro velho, enverede para os lados da AMRIGS que o amigo sairá mais faceiro que calhandra em varal de charque.
Pelos meus cálculos de “vaqueano da psicanálise” um espetáculo do Guri de Uruguaiana vale por nove sessões de terapia.
