Com o recomeço das aulas e passado o carnaval, nosso litoral vê findar mais um veraneio com suas cidades voltando ao normal (sem filas em banco), com seus moradores habituais e aposentados iguais a mim.
Só que desta vez a temporada foi diferente. Não vivenciamos um veraneio raiz com mar achocolatado, vento nordestão trazendo areia e levando guarda-sóis, com chuva guasqueada o tempo inteiro nos forçando aos bolinhos-fritos e jogatinas de canastra... Ao contrário sol, brilhando dia após dia.
Lembro quando dava um dia assim, bonito, mar limpo e calmo, que a gente exclamava: - Hoje foi um dia de Santa Catarina. Pois agora a gente pode dizer: - Foram meses de Santa Catarina. Não fosse o mar gelado poderíamos ir além e exclamar de boca cheia: - Foram umas férias de Maceió.
A praia é o local mais democrático que existe pois, ali, todos são iguais. E quem não gosta deste entrevero acaba se retirando paras os condomínios fechados que proliferam ao de redor das cidades praieiras.
A novidade deste ano, e por isso estamos tocando no tema neste espaço gaúcho, foram as churrascadas a beira do mar. As churrasqueiras, práticas para o momento, brigavam por espaço com equipamentos de banho.
Até o locutor global Galvão Bueno, que tem propriedade em Candiota e passou o carnaval na Praia do Cassino, entrou na farra e ainda brincou com uma frase sua que virou jargão, ao se referir ao churrasco na beira do mar: - Pode isso, Arnaldo?