Sem dúvida alguma, após dois anos de estagnação forçada, a atividade vinculada a cultura regional gaúcha que volta com mais força são os rodeios.
Os bailes retornam com maior intensidade fora do Rio Grande do Sul aonde o dinheiro corre mais folgadamente. Por aqui a coisa anda tímida pois, normalmente, tal evento dá prejuízo e os centros de tradições já andam rengueando de uma perna só. Quem paga a mula roubada são os conjuntos musicais que ainda resistem.
Os festivais começam a ser remarcados e nota-se um aumento de projetos junto a Lei de Incentivo a Cultura (LIC) neste sentido. Total, festival não foi feito para gerar muito lucro. Serve mais para entretenimento do povo de cada cidade e manutenção em atividade dos participantes e organizadores. Muitos festivais até gostaram da pandemia pois, de maneira virtual, os gastos eram mínimos. Agora o bicho pega e só fica quem tem competência.
Já os rodeios voltaram com tudo. Todo o fim de semana tem dezenas de atividades neste sentido. Um rodeio bem organizado normalmente dá lucro, pois as inscrições pagam as despesas. O engraçado é que o rodeio é o segmento aonde o participante tem um gasto beeeeemmmm maior. Inscrições, guias, despesas de transporte animal, alimentação.... e poucos tem chance de receber os prêmios oferecidos.
Aliás, falando em rodeio, o desfile de motor home virou norma. Antigamente pagava-se um caminhão boiadeiro para o transporte animal, hoje cada qual tem seu equipamento. Começou com um simples reboque e a coisa foi criando corpo. Agora, cada laçador tem um ambiente mais confortável do que o outro.