Uma discussão que se formou, ontem (e todo 31 de outubro),
foi o fato de comemorar, ou não, o Dia das Bruxas aonde muitos tentam ignorar
tal data em face de que a mesma não faz parte da nossa cultura.
É um erro imenso não deixar nossos filhos brincar estes
folguedos por ser algo oriundo do "estrangeiro". O mundo está globalizado, os costumes se
mesclam. Fôssemos seguir ao pé-da-letra não deveríamos comemorar o natal da
maneira que está (Papai Noel). Aliás, nem a bombacha é nossa. E nos fandangos
gaúchos teríamos que dançar a noite inteira somente o ritmo bugio e, assim
mesmo, de maneira discutível pois há fortes indícios de que nosso compasso
"genuíno" tem origens no cururu paulista.
O que temos que fazer é mostrar, ensinar, repassar, as
nossas crianças as coisas do nosso chão mas dar-lhes a liberdade de
manifestação.
Pensando bem, deveríamos é agradecer pois foi graças a
invasão dos "enlatados" norte americanos que Paixão Côrtes e sua
parceirada reavivaram as chamas culturais do Rio Grande do Sul. E nem por isso
o saudoso folclorista deixou de ser um cidadão do mundo.
Minha gente: As mulheres iam para a fogueira, tidas como bruxas, por serem inteligentes, visionárias, bonitas, terem posses, buscarem reconhecimento. Não vamos voltar a estes tempos.