Como vimos os grandes "debates" deste fim de semana não aconteceram no Congresso Tradicionalista do MTG mas sim nas redes sociais. Outra discussão que saiu lasca foi em função de uma postagem de Giovani Grizotti fazendo referência ao valor cobrado por um grupo de baile do Rio Grande do Sul para animar um fandango: R$ 35 mil.
O repórter não esclarece a quem se refere mas tudo indica, pelas manifestações, que a matéria foi direcionada aos Serranos, que neste final de semana tocaram no CTG Lalau Miranda, em Passo Fundo. Na sua opinião o cachê é um tanto exagerado em virtude de que recém estamos saindo de uma pandemia e que os Centros de Tradições estão alquebrados, lutando só com o cabo da faca para emergir deste sufoco.
Entendi seu posicionamento desta forma, ou seja, o momento é de negociação neste difícil recomeço.
Minha opinião sobre o tema é a seguinte:
Se o clube organizador do evento se dispõe a contratar por tal valor, que o faça. Da mesma forma, se o associado tem disponibilidade monetária de frequentar um baile pagando entrada, mesa, bebidas, a um preço elevado, que frequente. Caso contrário, faça seu protesto junto a patronagem. O conjunto não tem culpa. Ele tem seu preço, seus gastos, seus funcionários, sua estrutura que varia de grupo para grupo, seus contratempos... Tudo subiu nestes dois anos. Comparem o preço dos combustíveis, por exemplo.
Também não creio que a intenção seja de recuperar, agora, superfaturando valores, os tempos de paralisia.
O que uma entidade leva em conta ao promover alguma atividade é o retorno que terá. Que artistas levam mais gente? Que estilo de música é mais apropriada aos seus associados? Em suma, qual será a sua receita e a sua despesa.
Quanto ao grupo. Vale a pena o deslocamento somente para "trocar figurinhas"?
Cada qual sabe aonde seu sapato aperta e o "tabelamento", neste setor, não existe. Deve ser algo natural, a não ser que se revogue a Lei da Oferta e da Procura (brincadeira).
Em tempo: Não sei qual o alcance das restrições em virtude das aglomerações mas acompanhei vídeos de uns três ou quatro bailes pelo interior do Rio Grande e o que vi foram pistas de danças tristemente vazias. Uma pena.